sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Latitudes e longitudes

Latitudes e longitudes

A necessidade de localização é uma questão sempre presente desde os primórdios da humanidade. Para atender a essa demanda, foram desenvolvidas diferentes formas de identificar os diferentes lugares ao longo da superfície terrestre, com o objetivo de fornecer as referências necessárias para a tomada de caminhos, rotas e o estabelecimento de moradias e pontos fixos.
Nesse sentido, um dos principais e mais conhecidos sistemas de localização terrestre é o sistema de coordenadas geográficas, que surge a partir da combinação entre latitudes e longitudes. Assim, esses dois elementos juntos indicam a referência exata de qualquer ponto da superfície do nosso planeta em relação ao seu todo, permitindo tanto a localização absoluta como a distância relativa entre duas localidades.
Mas o que são latitudes e longitudes?
A latitude é a distância, em graus, de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à Linha do Equador, o principal dos paralelos terrestres. Os paralelos, por sua vez, são as linhas imaginárias traçadas horizontalmente ao eixo principal da Terra, no sentido leste-oeste ou oeste-leste.

Esquema indicativo das latitudes e dos paralelos terrestres
Desse modo, a Linha do Equador, que se encontra na exata posição de igual distância aos dois polos terrestres, possui a latitude de , aumentando para o norte até 90º e diminuindo para o sul até –90º.
A longitude, por sua vez, é a distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação ao Meridiano de Greenwich, uma linha imaginária que, por convenção, separa os hemisférios ocidental e oriental. Os meridianos são as linhas traçadas verticalmente no sentido norte-sul ou sul-norte.

Esquema indicativo das longitudes e dos meridianos terrestres 
O Meridiano de Greenwich possui longitude de , aumentando até 180º para o leste e diminuindo até –180º a oeste.
Portanto, o sistema de coordenadas geográficas surge a partir da combinação entre as latitudes e longitudes da superfície terrestre, com o auxílio da orientação dos paralelos e meridianos. Desse modo, cada ponto, por menor que seja, encontra-se localizado em uma latitude específica e em uma longitude, de forma que esses números (mesmo que fracionários, com muitas casas decimais) indicam a sua correta posição no globo.
A título de exemplo, consideremos os pontos indicados no mapa a seguir. Para uma maior simplificação, os pontos estão indicados em coordenadas representadas por números redondos, sem casas decimais, o que, no entanto, não costuma acontecer na prática real.

Mapa das coordenadas geográficas da Terra e alguns pontos indicados
Assim, temos que as coordenadas geográficas dos pontos indicados no mapa são:
A
Latitude: 50º N (norte)
Longitude: -100º ou 100ºW (oeste)
B
Latitude: 40º N
Longitude: 80ºE (leste)
C
Latitude: -20º ou 20ºS (sul)
Longitude: -40º ou 40ºW
D
Latitude: -10º ou 10ºS
Longitude: 20ºE
E
Latitude: 0º ou Linha do Equador
Longitude: 0º ou Meridiano de Greenwich
Curiosidade: no âmbito das latitudes, as áreas mais próximas ao Equador são chamadas comumente de “baixas latitudes” e as áreas mais próximas aos polos terrestres são chamadas de “altas latitudes”. Isso é útil, por exemplo, no estudo sobre o clima, quando se diz que, quanto menores as latitudes, maiores tendem a ser as temperaturas

Por Me. Rodolfo Alves Pena

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR POR SALMONELLA

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR POR SALMONELLA
O que é
Salmonelose é uma doença infecciosa provocada por um grupo de bactérias do gênero Salmonella, que pertencem à família Enterobacteriaceae, existindo muitos tipos diferentes desses germes. A Salmonella é conhecida há mais de 100 anos e o termo é uma referência ao cientista americano chamado Salmon, que descreveu a doença associada à bactéria pela primeira vez.
Como se adquire
A Salmonella é transmitida ao homem através da ingestão de alimentos contaminados com fezes animais. Os alimentos contaminados apresentam aparência e cheiro normais e a maioria deles é de origem animal, como carne de gado, galinha, ovos e leite. Entretanto, todos os alimentos, inclusive vegetais, podem tornar-se contaminados. É muito freqüente a contaminação de alimentos crus de origem animal.
O cozimento de qualquer destes alimentos contaminados mata a Salmonella.
A manipulação de alimentos por pessoas contaminadas que não lavam as mãos com sabonete, pode causar sua contaminação.
Fezes de animais de estimação, especialmente os que apresentam diarréia, podem conter Salmonella, e as pessoas em contato com estes animais podem ser contaminadas e contaminar a outras se não adotarem medidas rígidas de higiene (lavar as mãos com sabonete). Répteis são hospedeiros em potencial para a Salmonella e as pessoas devem lavar as suas mãos imediatamente após manusear estes anamais, mesmo que o réptil seja saudável.
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O que se sente
A maior parte das pessoas infectadas com Salmonella apresenta diarréia, dor abdominal (dor de barriga) e febre. Estas manifestações iniciam de 12 a 72 horas após a infecção. A doença dura de 4 a 7 dias e a maioria das pessoas se recupera sem tratamento. Em algumas pessoas infectadas, a diarréia pode ser severa a ponto de ser necessária a hospitalização devido à desidratação. Os idosos, crianças e aqueles com as defesas diminuídas (diminuição da resposta imune) são os grupos mais prováveis de ter a forma mais severa da doença. Uma das complicações mais graves é a difusão da infecção para o sangue e daí para outros tecidos, o que pode causar a morte caso a pessoa não seja rapidamente tratada.
Como se faz o diagnóstico
Muitas doenças podem causar as mesmas manifestações que a salmonelose, sendo o diagnóstico, na maior parte das vezes, associado à história alimentar recente. A comprovação de que as manifestações clinicas são causadas pela Salmonella só pode ser feita pela identificação do germe nas fezes da pessoa infectada e é útil somente nos casos mais graves, em que a administração de antibiótico se faz necessária. Este teste usualmente não é realizado em um exame comum de fezes, sendo necessário uma instrução específica ao laboratório para a procura do germe nas fezes. Uma vez identificado pode ser realizada a cultura das fezes para a determinação do tipo específico e qual antibiótico deve ser utilizado para o tratamento.
Como se trata
A infecção por Salmonella usualmente dura de 5 a 7 dias e freqüentemente não é necessário tratamento, sendo suficiente as medidas de suporte e conforto ao paciente. Após este período, a pessoa fica recuperada, podendo permanecer ainda por algum tempo um hábito intestinal irregular. Caso o paciente se torne severamente desidratado ou a infecção se difunda do intestino para outras regiões do organismo, medidas terapêuticas devem ser tomadas, incluindo a hospitalização. Pessoas com diarréia severa devem ser reidratadas através da administração endovenosa de soro. Os casos graves, em que a infecção se difunde, devem ser tratados com antibióticos.
Como se previne
 
Sendo os alimentos de origem animal uma das principais fontes de contaminação por Salmonella, ovos, carne e galinha não devem ser ingeridos crus, mal-passados ou não completamente cozidos.
Atenção especial deve ser dada aos ovos crus que aparecem sem serem percebidos em um grande número de pratos, como maionese caseira, molho holandês, tiramisu, sorvete caseiro. Estes pratos devem ser evitados.
Carnes em geral, incluindo hambúrgueres e frango, devem ser bem cozidas (não devem estar avermelhadas no centro). Leite não pasteurizado deve ser evitado.
Todos os produtos devem ser bem lavados antes de sua preparação e consumo.
Contaminação entre alimentos deve ser evitada: carnes cruas devem ficar separadas de alimentos que estão sendo preparados, de alimentos já cozidos e de alimentos prontos para serem servidos.
Todos os utensílios de cozinha (tábuas, facas, etc.) devem sempre ser lavados após sua utilização em alimentos crus.
As mãos devem ser lavadas antes do manuseio de qualquer alimento e entre o manuseio de diferentes itens alimentares.
Já que os répteis são portadores em potencial da Salmonella, qualquer pessoa deve lavar as mãos imediatamente após o contato com estes animais.
Répteis, incluindo as tartarugas, não são apropriados como animais de estimação de crianças e não deveriam habitar o mesmo ambiente.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O que é o ciclo menstrual?


O que é o ciclo menstrual?

Compreender o que é o ciclo menstrual é fundamental para entender o funcionamento do organismo feminino.
Todas as pessoas sabem que as mulheres, a partir dos 12 a 15 anos, na maioria dos casos, mensalmente apresentam um sangramento denominado de menstruação. Entretanto, poucas pessoas sabem ou compreendem o processo que leva a tal sangramento. Esclareceremos a seguir o que é o ciclo menstrual e os hormônios envolvidos nesse processo.
O que é o ciclo menstrual?
O ciclo menstrual pode ser definido como um processo fisiológico normal que ocorre de maneira cíclica em mulheres na idade fértil. Esse processo é controlado por hormônios e causa alterações no endométrico, que, durante o processo, prolifera-se e depois é eliminado. Normalmente um ciclo menstrual dura em torno de 28 dias, mas existem mulheres com ciclos menores ou maiores que esse período.
Fases do ciclo menstrual
Durante o ciclo menstrual, o endométrio sofre modificações ocasionadas pela ação dos hormônios estrógeno e progesterona. Apesar de ser um processo contínuo, é possível perceber a presença de três fases: fase menstrual, fase proliferativa e fase secretora.
Observe o esquema simplificado do ciclo menstrual
Observe o esquema simplificado do ciclo menstrual
Fase menstrual: Nesse período, observa-se a chamada menstruação, processo que marca o início do ciclo. Essa fase ocorre apenas se não houver fecundação do ovócito secundário liberado no processo de ovulação. A etapa é marcada pelo fim do funcionamento do corpo lúteo e por uma queda brusca nos níveis dos hormônios estrógeno e progesterona, o que resulta na destruição da camada funcional do endométrio.
O período de menstruação varia muito de uma mulher para outra, todavia, é comum demorar três dias ou mais. Durante a menstruação, é liberado sangue, em virtude do rompimentos de artérias presentes no local, e fragmentos do endométrio.
Fase proliferativa: Logo após a menstruação, percebe-se que a mucosa uterina encontra-se relativamente reduzida. Apesar do descamamento, é possível perceber a permanência da camada basal, que não se descama e permite a renovação do endométrio perdido.
Na fase proliferativa, que dura em média 10 dias, observa-se a proliferação celular do endométrio, que nessa etapa é reconstituído. As glândulas nessa região também se preparam para o início de sua fase secretora.
Toda a fase proliferativa é estimulada pela liberação de estrógenos, produzidos ativamente por folículos ovarianos, que iniciam seu crescimento no começo dessa etapa do ciclo menstrual. O crescimento desses folículos é estimulado pelo hormônio FSH.
Fase secretora: Essa fase começa logo após o pico de LH, que induz a ovulação e a formação do corpo lúteo. O corpo lúteo é a estrutura responsável pela produção da progesterona, hormônio que estimula ainda mais as células glandulares e as células do endométrio. Nesse ponto do ciclo, o endométrio atinge sua espessura máxima, em decorrência, entre outras razões, das secreções liberadas e do aumento da mucosa. Nesse período é possível perceber que as glândulas se tornam mais tortuosas.
Se nesse período ocorrer a fecundação, inicia-se o desenvolvimento do embrião. Caso a mulher não engravide, inicia-se novamente a fase menstrual, recomeçando o ciclo.

Por Ma. Vanessa dos Santos

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Ano Bissexto

 Ano Bissexto




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Ano Bissexto


O ano de 2016 é um ano bissexto. Em nosso calendário, chamado Gregoriano, os anos comuns têm 365 dias e os anos bissextos têm um dia a mais, totalizando 366 dias. Esta informação praticamente todo mundo sabe, mas o entendimento sobre o funcionamento dos anos bissextos ainda é recheado de dúvidas na cabeça de muita gente. Você saberia dizer quais são os anos bissextos?
ano bissexto
Os anos bissextos são anos com um dia a mais, tendo portanto 366 dias. O dia extra é introduzido como o dia 29 de Fevereiro, ocorrendo
a cada quatro anos.
O período de um ano se completa com uma volta da terra ao redor do sol. Como instrumentos de uso prático os calendários adotam uma quantidade
exata de dias para o período de um ano: 365 dias. Mas na realidade a terra leva aproximadamente 365 dias e 6 horas para completar uma volta ao redor do sol.

O ano bissexto é aquele que possui um dia a mais do que os outros anos que possuem  365 dias. No calendário gregoriano, este dia extra é contado a cada 4 anos, sendo incluído sempre no mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias. O ano bissexto acontece  porque o ano-calendário tradicionalmente utilizado  possui uma diferença em relação ao ano solar. Enquanto que no calendário tradicional  o ano dura 365 dias para se completar; no calendário solar, dura 365,25 dias. 
Essa diferença de 0,25 corresponde a fração de  um quarto de um dia. Sendo assim, a cada quatro anos temos a diferença de um dia em relação ao calendário convencional e solar. Esse dia é justamente o que caracteriza o ano bissexto.

           
Origem nome

O ano bissexto teve início no Egito em 238 a.C. Em 45 a.C. Entretanto, foi o imperador romano Júlio César quem trouxe a idéia do ano bissexto para o ocidente.
No antigo calendário romano, os dias recebiam nomes com base no ciclo lunar e um mês dividia-se em três seções separadas por três dias fixos: Calendas (lua nova), Nonas (quarto-crescente) e Idos (lua cheia). Os dias eram designados por números ordinais contados em ordem retrógrada em relação ao dia fixo subsequente, algo semelhante ao costume que temos em dizer um horário de 16:45h com sendo “15 para as 5”.
Desta forma o dia 3 de fevereiro, por exemplo, chamava-se “antediem III Nonas Februarii”, ou seja “três dias antes da Nona de Fevereiro” e o dia 24 de fevereiro chamava-se “antediem VI Calendas Martii” ou “antediem sextum Calendas Martii”, ou seja “sexto dia antes da Calendas de Março”.
O imperador romano Julio César ao fazer a introdução de mais um dia no ano, optou pelo o mês de fevereiro, e dentro deste mês escolheu por duplicar o dia 24, chamando-o de “antediem bis-sextum Calendas Martii” (De novo o sexto dia antes das Calendas de Março), surge então o nome “ bissexto”, que passou a designar o ano que tivesse este dia suplementar.
Júlio César escolheu o mês de fevereiro para adicionar um dia porque, além de ser o mês mais curto do ano, com 28 dias, também era  último mês do ano entre os romanos, e que por eles era considerado como um mês egativo. Desta forma a escolha por duplicar o dia 24, ao invés de ser introduzido o novo dia 29 (como atualmente fazemos) se deu por motivos supersticiosos.

                              
Como calcular um ano bissexto

A partir da introdução do calendário Gregoriano foram adotadas as seguintes regras:
1- Todo ano divisível por 4 é bissexto.
2- Todo ano quando divisível por 100 não é ano bissexto.
3- Mas, se o ano for também divisível por 400 é ano bissexto.

Outras formas de contar o tempo

Existem outras formas  de contar o tempo. Os chineses, por exemplo, baseiam seu calendário através dos movimentos da Lua e dividem o tempo em ciclos de 60 anos. Porém, o calendário gregoriano  foi escolhido para ser universal, reconhecido por todos os países.

Anos bissextos entre 1000 e 2020



1004      1008      1012      1016      1020      1024      1028      1032      1036      1040      1044      1048      1052      1056      1060    
1064      1068      1072      1076      1080      1084      1088      1092      1096      1104      1108      1112      1116      1120      1124    
1128      1132      1136      1140      1144      1148      1152      1156      1160      1164      1168      1172      1176      1180      1184    
1188      1192      1196      1200      1204      1208      1212      1216      1220      1224      1228      1232      1236      1240      1244    
1248      1252      1256      1260      1264      1268      1272      1276      1280      1284      1288      1292      1296      1304      1308    
1312      1316      1320      1324      1328      1332      1336      1340      1344      1348      1352      1356      1360      1364      1368    
1372      1376      1380      1384      1388      1392      1396      1404      1408      1412      1416      1420      1424      1428      1432    
1436      1440      1444      1448      1452      1456      1460      1464      1468      1472      1476      1480      1484      1488      1492    
1496      1504      1508      1512      1516      1520      1524      1528      1532      1536      1540      1544      1548      1552      1556    
1560      1564      1568      1572      1576      1580      1584      1588      1592      1596      1600      1604      1608      1612      1616    
1620      1624      1628      1632      1636      1640      1644      1648      1652      1656      1660      1664      1668      1672      1676    
1680      1684      1688      1692      1696      1704      1708      1712      1716      1720      1724      1728      1732      1736      1740    
1744      1748      1752      1756      1760      1764      1768      1772      1776      1780      1784      1788      1792      1796      1804    
1808      1812      1816      1820      1824      1828      1832      1836      1840      1844      1848      1852      1856      1860      1864    
1868      1872      1876      1880      1884      1888      1892      1896      1904      1908      1912      1916      1920      1924      1928    
1932      1936      1940      1944      1948      1952      1956      1960      1964      1968      1972      1976      1980      1984      1988    
1992      1996      2000      2004      2008      2012      2016      2020    


http://www.sogeografia.com.br/Curiosidades/?pg=4



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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

REPRODUÇÃO DAS PLANTAS


REPRODUÇÃO DAS PLANTAS

Duas formas básicas:
1- Reprodução assexuada ou agâmica: onde unidades reprodutivas, provenientes de partes do organismo originam diretamente um outro indivíduo. Ex.: esporos, tubérculos, estolhos, brotamentos em caules e folhas, etc.
2- Reprodução sexuada ou gâmica: através da união de duas unidades reprodutivas unicelulares, os gametas (singamia). Em todas as plantas terrestres, além de muitas algas e fungos, ocorre um ciclo vital com alternância de gerações haplóide e diplóide (ciclo haplodiplôntico):
(geração esporofítica)  - R* (meiose esporofítica)  - n n (esporos) - (geração gametofítica) n - n+n (gametas) = 2n (zigoto = geração esporofítica)
Nas briófitas (hepáticas e musgos), a geração perene é a gametofítica, com vida livre; o gametófito pode ser taloso ou folhoso e o esporófito é epifítico (vive sobre o gametófito) e efêmero.

Os anterozóides (gametas masculinos) são produzidos nos anterídios (gametângios masculinos); são biflagelados e nadam em meio líquído, chegando aos arquegônios (gametângios femininos) por quimiotactismo e fecundando a oosfera.

Nas plantas vasculares, ou seja, a partir das pteridófitas (samambaias, avencas, etc.), a geração predominante é a esporofítica, possuindo um sistema vascular bem desenvolvido, raízes e folhas. Aqui, o gametófito é muito reduzido; nas samambaias (Polypodiaceae), chega a se formar um gametófito de vida livre, o protalo, que produz arquegônios) e anterídios.

Os esporângios agrupam-se em soros, na parte inferior das frondes do esporófilo. Em outras pteridófitas, como Lycopodiaceae e Selaginellaceae, os esporângios estão reunidos em estróbilos, ramos modificados, portando esporofilos (folhas modificadas) que sustentam um único esporângio. Nas primeiras, há produção de um único tipo de esporos (plantas homosporadas) e nas últimas, dois tipos (plantas heterosporadas).

Os dois tipos de esporos produzidos em Selaginella são os miscrosporos e os macrosporos. Ao encontrar o solo úmido, o macrosporo germina, formando um macrogametófito (ou megagametófito), que é o gametófito feminino; este diferencia no ápice alguns arquegogônios contendo oosferas, que serão fecundadas por anterozóides (gametas flagelados e, portanto, dependentes do meio líquido). Em Selaginella, o megagametófito não tem vida livre, e é alimentado pelas reservas do macrosporo. Essa situação representa um passo evolutivo.

A partir daí, a permanência dos macrosporos nos macrosporângios da planta mãe, é o próximo passo evolutivo; isso significa a formação da semente, um macrosporângio contendo um macrosporo que não é liberado, ficando protegido por um tegumento. Desta forma, o processo de fecundação ocorre "in situ", oferecendo às espermatófitas maior chance de sobrevivência do que o esporo.

REPRODUÇÃO EM GIMNOSPERMAS

Microstróbilo: é o eixo ao qual se prendem os microsporófilos, folhas modificadas que sustentam microsporângios (estruturas produtoras de microsporos). Os microsporos irão se desenvolver em grãos de pólen (microgametófitos).

Muitas células diplóides (2n) de diferenciam no interior do microsporângio e, ao sofrerem divisões reducionais (meiose), originam uma tétrade tetraédrica de microsporos (n) unicelulares. Esses microsporos, ao se desenvolverem, sofrem divisões equacionais, originando uma estrutura no mínimo bicelular, o grão de pólen (microfito).
Megastróbilos: São diferentes para os diversos grupos: Em Cycadopsida são simples (Dioon, Zamia e Welwitschia) ou estão ausentes (Cycas: nesse caso, os macrosporófilos são claramente foliares e estão na porção terminal do caule, portando de 5 a 8 óvulos).

Em Ginkgopsida os megastróbilos são pequenos, com poucos óvulos. Em Pinopsida, são compostos, constituídos de um eixo caulinar sustentando dois tipos de escamas: a escama ovulífera, que contém o óvulo e a escama bracteal, que a sustenta.

O óvulo das gimnospermas constitue-se de um megasporângio (nucelo), envolvido por um tegumento e possue uma abertura, a micrópila, pela qual penetrarão os microsporos, tipicamente dispersos pelo vento nas gimnospermas.

Por outro lado, dentro do macrosporângio, uma célula diplóide (2n) irá sofrer meiose, originando uma tétrade linear de megásporos, dos quais apenas um se desenvolve, tornando-se um megagametófito (macrogametófito); os outros 3 macrosporos se degeneram. Durante o desenvolvimento do megagametófito, ocorre uma série de divisões nucleares, seguida da formação de paredes, da periferia para o centro.

Algumas células, próximas à micrópila, originam os arquegônios (gametângios femininos), que podem ser 2 ou mais e contêm a oosfera. A semente madura mantém o tegumento do óvulo, que dá origem à testa. Internamente a ele, observa-se uma fina camada, formada por restos de macrosporângio, que circunda o macrogametófito e serve de reserva alimentar para o embrião.

Em gimnospermas relativamente primitivas, da Classe Cycadopsida (Cycas, Encephalartus, Zamia, etc.), os microsporos trazidos pelo vento se fixam numa gota secretada nas proximidades da micrópila, sendo retraídos, com a evaporação para o interior, até uma câmara polínica, existente no ápice do macrogametófito (formado a partir do macrosporo, dentro do gametângio), que possue no ápice vários arquegônios; cada um contendo uma grande oosfera (gameta feminino); abaixo da câmara polínica, forma-se uma câmara arquegonial, com um conteúdo líquido.

Os microsporos que estavam na câmara polínica germinam, formando microgametófitos, em forma de tubo, contendo nas extremidades anterozóides, que irão nadar na câmara arquegonial, até alcançar os arquegônios.

Seguindo a evolução, aparecem as Pinopsida (Pinus, Araucaria, etc.), com formação de tubos polínicos, que crescem diretamente até o arquegônio, deixando aí os gametas masculinos, não mais flagelados, pois cessa a dependência da água. Esse processo é chamado sifonogamia. O embrião das gimnospermas se desenvolve às custas do tecido do macrófito circundante.

REPRODUÇÃO EM ANGIOSPERMAS

Nesse grupo, os órgãos de reprodução não estão mais reunidos em estróbilos, mas em flores, onde os estames representam os microsporofilos e os ovários, os macrosporofilos.

Como já foi dito, as angiospermas apresentam uma redução acentuada do megagametófito, nelas denominado saco embrionário; ele é formado a partir de uma tétrade de macrosporos originados por meiose, onde apenas um evolui, dividindo-se por 3 vezes seguidas, originando 8 núcleos, dos quais 3 se agrupam próximo à micrópila (duas sinérgides laterais e uma oosfera central); outros 3 migram para a extremidade oposta, constituindo antípodas; no centro do saco embrionário instalam-se os dois núcleos restantes, denominados núcleos polares da célula média.

O conjunto do saco embrionário, mais os dois tegumentos característicos desse grupo, forma o óvulo. Os microsporos que darão origem aos grãos de pólen são formados no interior das anteras, que podem abrir-se por fendas ou poros para liberá-los, quando esses estão maduros.

Ao chegarem ao estigma de outra flor; os grãos de pólen começam a produzir o o tubo polínico, que cresce através do estilete até o ovário, atravessa a micrópila do óvulo, lançando em seu interior duas células espermáticas; uma se funde com a oosfera, originando o zigoto e a outra se une aos núcleos polares, formando um tecido triplóide, o endosperma, que freqüentemente acumula grande quantidade de reservas nutritivas (amido, óleo, açúcares, etc.).

O embrião é formado após sucessivas divisões do zigoto, nutrindo-se do endosperma. Obs.: Alguns autores italianos e argentinos, utilizam uma nomenclatura diferente para as estruturas reprodutivas. Veja a tabela a seguir, com os sinônimos e as respectivas definições: Microsporo = androsporo > esporos que originam microgametófitos.

Macrosporo ou megasporo = ginosporo > esporos que originam macro ou megagametófitos. Microsporângio = androsporângio = saco polínico > esporângio produtor de microsporos. Macrosporângio = ginosporângio > esporângio produtor de megásporos. Microsporofilo = androsporofilo > estrutura de natureza foliar que sustenta 1 ou mais microsporângios.

Macrosporofilo = ginosporofilo > estrutura de natureza foliar que sustenta 1 ou mais megasporângios. Microgametofito - androfito = gametófito masculino (n) > pólen em estado tricelular - representa a geração sexuada masculina, originada a partir do microsporo; suas estruturas reprodutivas são os gametas masculinos (anterozóides ou células espermáticas).

Macrogametofito ou megagametofito - ginofito = gametófito feminino (n) = saco embrionário maduro > representa a geração sexuada feminina, originada a partir do megásporo; suas estruturas reprodutivas são os gametas femininos (oosfera e célula média). Microstróbilo = androstróbilo > estróbilo (ramo modificado portando esporófilos) que produz microsporos. Macrostróbilo = ginostróbilo > estróbilo que produz macrosporos.

Anterídio = androgônio > gametângio masculino > produz gametas masculinos. Arquegônio = ginogônio > gametângio feminino > produz gametas femininos. Anterozóide ou células espermáticas > gametas masculinos, sendo o primeiro tipo com flagelos. Oosfera > gameta feminino.3


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O que a música faz com o seu cérebro

O que a música faz com o seu cérebro

Publicado em 18.02.2016
cerebro
Quer você esteja dançando ao som de sertanejo universitário em um churrasco ou ouvindo Bach enquanto lê um bom livro, a música tem o poder de levantar o seu humor ou te deixar para baixo. Os cientistas ainda estão tentando descobrir o que acontece em nosso cérebro quando nós ouvimos música e como ela produz estes efeitos potentes sobre a psique.
“Nós estamos usando a música para entender melhor o funcionamento do cérebro em geral”, disse Daniel Levitin, um proeminente psicólogo que estuda a neurociência da música na Universidade McGill, em Montreal, em entrevista ao site da rede CNN.Três estudos publicados recentemente exploram a forma como o cérebro responde à música. A missão para chegar exatamente a que processos químicos ocorrem quando colocamos nossos fones de ouvido está longe de terminar, mas os cientistas já encontraram algumas pistas.

Benefícios para a saúde

Ouvir música é bom, mas será que pode se traduzir em benefício fisiológico? Levitin e sua equipe publicaram uma meta-análise de 400 estudos na revista “Trends in Cognitive Sciences” que sugere que a resposta para esta pergunta é “sim”.
Segundo a CNN, em um dos estudos revisados, os pesquisadores estudaram pacientes que estavam prestes a passar por cirurgias. Os participantes foram selecionados aleatoriamente para ouvir música ou tomar medicamentos anti-ansiedade. Os cientistas registraram as avaliações dos pacientes sobre sua própria ansiedade, bem como seus níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
Os resultados: os pacientes que ouviram música tinham menos ansiedade e menores níveis de cortisol do que as pessoas que tomaram a medicação. Ainda que tenha advertido que este é apenas um estudo e mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar os resultados, Levitin aponta para um uso medicinal poderoso para a música.
“A promessa aqui é que a música é, sem dúvida, menos cara do que as drogas, é melhor para o corpo e não tem efeitos colaterais”, explica. A equipe que fez a revisão bibliográfica também realça a evidência que ela é associada com a imunoglobulina A, um anticorpo ligado a imunidade, assim como maiores contagens de células que combatem as bactérias e germes.

O tipo de música que gostamos

Ok, a música é boa para nós, mas como podemos julgar se ela é prazerosa? Um estudo publicado na revista “Science” sugere que os padrões de atividade cerebral podem indicar se uma pessoa gosta do que está ouvindo.
Valorie Salimpoor, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Rotman de Toronto e ex-aluna de Levitin, conduziu um estudo no qual os participantes acompanharam 60 trechos de música que nunca tinham ouvido antes, enquanto tinham seus cérebros escaneados por uma máquina de ressonância magnética funcional (RMf).
Os 19 participantes foram convidados a indicar quanto pagariam por uma determinada canção quando ouviam os trechos, ao mesmo tempo, permitindo que os investigadores analisassem seus padrões de atividade cerebral. Um número pequeno de participantes como esse é comum em um estudo de RMf em função de complexidade e custos, embora isso sugira que mais pesquisas devem ser feitas.
Os autores do estudo destacam em seus resultados uma área do cérebro chamada núcleo accumbens, que está envolvida na formação de expectativas. “Há uma rede de atividade que prevê se você vai ou não comprar a música que você está ouvindo”, afirma a pesquisadora.

Atividade cerebral

Quanto maior a atividade no núcleo accumbens, mais dinheiro as pessoas disseram que estavam dispostas a gastar em qualquer música no “leilão” que os pesquisadores projetaram. “Isto foi um indicador de que algum tipo de expectativa relacionada com a recompensa foi cumprida ou superada”, explica.
Outra área do cérebro chamada giro temporal superior está intimamente envolvida na experiência da música e sua conexão com o núcleo accumbens é importante. Os gêneros de música que a pessoa escuta durante a vida têm um impacto em como o giro temporal superior é formado.
O giro temporal superior sozinho não prevê se uma pessoa gosta de uma determinada música, mas está envolvido em armazenar modelos a partir do que você já ouviu antes. Por exemplo, uma pessoa que tenha ouvido muito jazz é mais propensa a apreciar um determinado trecho de jazz do que alguém com muito menos experiência. “O cérebro funciona meio que como um sistema de recomendação de música”, exemplifica Salimpoor. Isso mesmo, nosso cérebro tem um Spotify particular.
Levitin acredita que, embora os resultados sejam interessantes, eles são um refinamento do que outros laboratórios já encontraram no passado. Ele e Vinod Menon, na Universidade de Stanford, foram os primeiros a mostrar o papel do núcleo accumbens na música, em 2005.

Todos ouvimos a mesma coisa?

Parece intuitivo que pessoas diferentes, com base em suas personalidades, preferências e histórico pessoal, terão experiências diferentes quando expostos a uma determinada canção. Sua atenção a vários detalhes pode variar e elas podem gostar de coisas diferentes na música.
Mas Levitin e seus colaboradores mostraram em um estudo publicado no “European Journal of Neuroscience” que, da perspectiva do cérebro, pode haver mais semelhanças entre os ouvintes de música do que se acredita.
“Apesar das nossas idiossincrasias em ouvir, o cérebro experimenta a música de uma forma muito consistente entre os indivíduos”, disse Daniel Abrams, o principal autor e pesquisador de pós-doutorado na Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, em entrevista à CNN.
Dezessete participantes que tinham pouca ou nenhuma formação em música participaram deste estudo que, como o de Salimpoor, é pequeno, mas típico para uma pesquisa de RMf. Os participantes ouviram quatro sinfonias do final do período barroco do compositor William Boyce – que os pesquisadores escolheram porque refletem a música ocidental, mas que provavelmente seriam desconhecidas para os participantes.

Música é mais que gosto

Entre os participantes, os pesquisadores encontraram sincronização em várias áreas importantes do cérebro e padrões de atividade cerebral semelhantes em diferentes pessoas que ouvem a mesma música. Isto sugere que os participantes não só perceberam a música da mesma forma, mas, apesar de todas as diferenças pessoais que possuíam previamente, há um nível em que compartilham uma experiência comum.
Regiões cerebrais envolvidas no movimento, atenção, planejamento e memória mostraram ativação quando os participantes ouviam as músicas – estas são estruturas que não têm a ver com o processamento auditivo em si. Isto significa que quando nós experimentamos a música, um monte de outras coisas estão acontecendo para além do mero processamento de som.
Uma teoria resultante é que essas áreas do cérebro estão envolvidas em “segurar” na mente determinadas partes de uma canção, como a melodia, enquanto o resto da música continua tocando, explica Abrams.
Para Levitin, os resultados também refletem o poder da música para unir as pessoas. “Não é nossa tendência natural nos enfiarmos em uma multidão de 20 mil pessoas, mas para um show do Muse ou do Radiohead, nós fazemos isso”, aponta Levitin. “Há uma força unificadora que vem da música e não achamos isso em outras coisas”.
Uma pesquisa adicional pode comparar a forma como os indivíduos com cérebros saudáveis ​​diferem na sua audição musical em comparação com as pessoas com autismo ou outros transtornos cerebrais, acreditam os cientistas. “Os métodos que usamos podem ser aplicados para entender como o cérebro controla a informação auditiva ao longo do tempo”, disse Abrams.

Qual é o próximo passo

A próxima fronteira na neurociência da música é olhar mais atentamente para quais substâncias químicas no cérebro estão envolvidas na audição da música e descobrir em que partes do cérebro elas estão ativas.
De acordo com Levitin, qualquer neuroquímico pode ter uma função diferente dependendo de sua área do cérebro. Por exemplo, a dopamina ajuda a aumentar a atenção nos lobos frontais, mas no sistema límbico está associada com o prazer.
Usando a música como uma janela para a função de um cérebro saudável, os pesquisadores podem ter insights sobre uma série de problemas neurológicos e psiquiátricos. “Conhecendo melhor como o cérebro é organizado, como funciona, quais mensageiros químicos estão trabalhando e como eles estão trabalhando é o que nos permitirá formular tratamentos para pessoas com lesão cerebral ou combater doenças, distúrbios ou mesmo problemas psiquiátricos”, completou Levitin. [CNN]

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

CHOCOLATE



CHOCOLATE
Em medicina, como medicamento.
O chocolate foi levado do México para a Europa no século XVI. Os invasores espanhóis se encantaram com o chá desta planta, se surpreenderam menos com o seu gosto e mais agradavelmente com os seus outros efeitos. O gosto amargo foi contornado adocicando o cacau conforme o gosto de cada um.
Desde cedo, aconteceram surpresas com o chocolate, o que continua acontecendo até os nossos dias. A primeira indicação terapêutica do chocolate veio quando descobriram que ele ajudava aos asmáticos nas suas crises, e a última surpresa agradável vem agora da Alemanha, onde um estudo muito bem conduzido chegou à conclusão que o chocolate é útil no combate à hipertensão arterial e na prevenção de doenças isquêmicas decorrentes da elevação da pressão arterial.
Um dos primeiros componentes estudados do cacau foi a teobromina. Esta palavra vem do grego e significa “alimento dos deuses”. A teobromina é um alcalóide do grupo das metilxantinas, assim como a cafeína e a teofilina. No chocolate o alcalóide de maior concentração é a teobromina.
Por outro lado, o chocolate teria a capacidade de liberar endorfinas, substâncias que provocam bem estar e facilitam o sono. É por esta razão que as camareiras dos hotéis costumam colocar à disposição um bombom ou um pequeno chocolate sob o travesseiro para que os hóspedes durmam bem.
O cacau contém outras substâncias, como os poilifenóis e os flavonóides. Os flavonóides têm a propriedade de diminuirem a pressão arterial, se administrados em doses maiores correspondendo a mais de 100 gramas de cacau ao dia. A novidade que é importante: os médicos pesquisadores (D.Taubert, R. Roesen, C. Lehmann, N. Jung e E. Schöemig) da Universidade de Colônia, na Alemanha, estudaram o efeito do cacau sobre a pressão arterial, administrando 6,3 g/dia de chocolate amargo ou 5,6 g/dia de chocolate branco e observaram o efeitos sobre a pressão arterial de pessoas voluntárias, da terceira idade, hipertensas leves e sãs sob demais aspectos. O estudo foi publicado na revista JAMA, 4 de Julho de 2007,. Vol. 298.
Foi constatado que depois de ingerir chocolate, 5,6 gramas por dia, havia uma diminuição da pressão arterial, já observável após 6 dias , e que depois de 18 dias baixava mais ainda, tanto em homens como em mulheres. A redução na pressão sistólica (a máxima), depois de 18 dias ingerindo 5,6 g de chocolate amargo/dia, era em média de 2,9 mm de Hg nas mulheres e 3,0 mm de Hg nos homens. Já na pressão diastólica (a mínima) a redução foi de 1,9 mm de Hg nas mulheres e 1,8 mm de Hg nos homens. Isto aconteceu somente com o chocolate amargo. Com o branco não houve influência sobre a pressão arterial.
A substância responsável por esta diminuição da pressão arterial seria do grupo S-nitrosoglution, encontrada somente no chocolate negro. A quantidade de chocolate administrada de 5,6 gramas ao dia, não alterou os níveis de açúcar no sangue e de colesterol, triglicerídeos ou creatinina. Os pacientes também não engordaram.
O cacau puro é bastante amargo, mas no chocolate o cacau é associado ao açúcar, o que pode tornar o seu consumo prejudicial nas dietas de emagrecimento ou para diabéticos. Já existem no mercado chocolates dietéticos, sem açúcar.
Podemos concluir que, além das dietas ricas em fibras, frutas e verduras, pobres em gorduras saturadas ou trans, o chocolate é recomendável para ajudar a controlar a pressão arterial. Aos pacientes se recomenda que não se fiem somente nestes dados, devem continuar controlando a sua pressão arterial com o seu médico.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Faz mal segurar o xixi?

Faz mal segurar o xixi?

Publicado em 16.02.2016
I need to go to bathroom!
Às vezes seguramos o xixi para terminar de ver o final daquele filme ou para mandar mais um e-mail no trabalho, ou simplesmente porque estamos com muita preguiça de levantar e ir ao banheiro. Você já deve ter escutado que isso faz mal para você. Mas como, exatamente?
Segurar a urina faz mal apenas se você fizer isso com frequência e por um tempo muito longo. Na maioria das situações, segurar o xixi por muito tempo não chega a ser uma ameaça para a sua vida.Sua bexiga tem receptores que medem o quão cheia ela está, e quando atinge a capacidade máxima, os receptores mandam o sinal de que está na hora de correr para a privada. A bexiga de um adulto consegue conter 500 ml de xixi antes de mandar o sinal para o cérebro.
A maioria dos adultos consegue segurar o xixi por um bom tempo, então você pode decidir se quer urinar agora ou mais tarde. Essa capacidade de segurar o xixi é muito importante caso você não esteja perto de um banheiro. Se você decide segurar, os esfíncteres cilíndricos na sua bexiga se contraem para evitar que toda a urina escape pela uretra.

O que acontece se você segurar o xixi com frequência?

Quem segura a urina com frequência e por longos períodos de tempo, como os motoristas de caminhão, podem experimentar efeitos não muito agradáveis, como retenção urinária ou infecções.
Segurar a urina com frequência pode enfraquecer seus músculos da bexiga, o que pode causar a retenção urinária quando você ficar mais velho. Isso significa que apesar de sentir vontade de urinar, a pessoa vai ao banheiro mas nunca consegue esvaziar completamente a bexiga. Parece uma coisa digna de pesadelo.
Quanto à infecção, isso acontece porque a bexiga pode se transformar num local ideal para a proliferação de bactérias se ela está sempre segurando uma grande quantidade de xixi.

E se eu simplesmente me recusar a ir ao banheiro e tentar segurar o xixi para sempre?

O mais provável é que a bexiga vai se revoltar contra os sinais enviados pelo cérebro ordenando que ela continue segurando a urina e você vai acabar fazendo xixi nas calças.
No entanto, em alguns casos muito raros, a bexiga pode se romper. Isso acontece com mais frequência em pessoas que já tinham algum problema na estrutura da bexiga, como depois de um acidente de carro.
Mesmo assim, existem alguns poucos casos de pessoas que sofreram rompimento da bexiga sem nenhum problema anterior. O rompimento normalmente aconteceu em pessoas que beberam demais e não conseguiram computar o sinal enviado pela bexiga de que era hora de ir ao banheiro. Assim, elas simplesmente não foram e a bexiga se rompeu.
Esses casos, porém, são raríssimos. Então se você precisar segurar o xixi por algumas horas de vez em quando, provavelmente nada terrível vai acontecer com você. [SciShow]

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

5 coisas bonitas que estão destruindo o mundo

5 coisas bonitas que estão destruindo o mundo

Publicado em 15.02.2016
Não é novidade que seres humanos possuem uma grandiosa falta de consciência ambiental. Desde o lixo que jogamos nas ruas todos os dias até a negação da mudança climática, nossas atitudes há muito vêm prejudicando o planeta.
Uma melhor educação ecológica é mais do que um capricho, é uma necessidade básica. Por exemplo, confira abaixo cinco coisas que você provadamente não sabia que faziam mal ao meio ambiente:

5. Papel de embrulho

coisas bonitas que estao destruindo o mundo 5
Presentes precisam ser embrulhados. Isso é tão enraizado em nossa cultura que nos desculpamos com alguém quando não conseguimos colocar a surpresa em uma embalagem bonita.E, no entanto, todo mundo que já embrulhou um presente provavelmente deve à Terra um pedido de desculpas. Uma estimativa sugere que gastamos cerca de US$ 2,6 bilhões anualmente em papel de embrulho. Metade das 85 milhões de toneladas de produtos de papel que os americanos usam em um ano é apenas para embalagens.
Papel de embrulho e sacos de papel são responsáveis por cerca de quatro milhões de toneladas de lixo.
Ou seja, quatro milhões de toneladas de madeira inocente se transformam em lixo, mesmo que um lixo muito bonito. Nem sequer temos o que fazer com os papéis de embrulho uma vez que os presentes são dados.
Não rola nem queimá-los para fazer uma fogueira, já que a maioria dos embrulhos hoje é feita em lugares como a China, onde ingredientes como chumbo, plástico, cloro e tintas sintéticas são usados. Essas substâncias queimam em cores deliciosamente cancerígenas.

4. Tintas escuras

coisas bonitas que estao destruindo o mundo 4
Se você acha que cor não importa, acha errado. As cores possuem um efeito sobre a eficiência energética, podendo fazer toda a diferença.
Pesquisadores deixaram um carro preto e um prata em um estacionamento em um dia quente em Sacramento, nos EUA, durante uma hora. No fim do tempo estipulado, o carro prata tinha uma temperatura interna um pouco mais fria do que o carro preto. Pode não parecer nada, mas quando um motorista tem que gastar mais tempo e energia com o ar condicionado ligado para esfriar seu carro de cor escura, a diferença é de um aumento de cerca de 2% em economia de combustível. Se todos os carros do mundo fossem claros, veríamos uma drástica redução das emissões de carbono.
A pintura afeta outras coisas também, além dos carros. Pintar o telhado de sua casa de branco pode significar uma economia de cerca de 20% nos custos de ar condicionado, por exemplo.

3. Pegar conchas da praia

coisas bonitas que estao destruindo o mundo 3
Praticamente todo mundo já pegou conchas da praia para levar de lembrança ou usar como decoração. Essa é uma péssima ideia.
Um estudo que levou mais de 30 anos para ser completo sugere que o turismo está destruindo a ecologia das praias, principalmente graças a coleta de conchas. Isso, combinado com patrulhas policiais passando pela areia com seus veículos, resultam em grandes mudanças nos ecossistemas encontrados ao longo da costa.
Na Praia Llarga, na Espanha, onde o estudo foi realizado, a abundância de conchas diminuiu 60% conforme o turismo aumentou 300% na área.
Por que isso importa? Porque conchas desempenham um papel na erosão da praia, oferecem abrigo para numerosos peixes e outros seres vivos do oceano e são usadas em ninhos de pássaros. Menos conchas significa menos de tudo o que precisa delas.

2. Janelas

coisas bonitas que estao destruindo o mundo 2
Janelas podem até ajudar a economizar energia por não precisarmos acender as luzes durante o dia, mas elas também nos fazem gastar mais energia, por conta de não ajudarem a manter a temperatura dentro de casa.
Aproximadamente 30% da energia utilizada para aquecer ou arrefecer a sua casa voa direto para fora da janela. Existe uma solução para isso? Você poderia optar por “janelas inteligentes”, produtos que podem ajudar a economizar mais de 1% no consumo anual de energia de todo os EUA, por exemplo. Parece uma quantia ridícula, mas que se traduz em US$ 10 bilhões.
E o que faz uma janela inteligente? Basicamente, duas placas de vidro são ligadas no centro com um adesivo. O interior fica turvo quando atingido por luz brilhante, o que reduz o calor dentro de sua casa. A diferença é realmente substancial.

1. Frutas com formatos irregulares ou maduras

coisas bonitas que estao destruindo o mundo 1
Você já deve ter feito isso: passado pela seção de frutas em um supermercado e não levado nada porque “não tinha nada bonito”. Até mesmo bananas que estão ainda um pouco verdes são mais propensas a ser compradas do que as já estão maduras. Por quê? Ninguém quer uma banana que já passou muito tempo no supermercado – mesmo que ainda seja perfeitamente comestível.
Então, o que acontece com as bananas que amadurecem totalmente nas vendas e com as frutas perfeitas que não possuem formatos muito regulares? Vão para o lixo.
Supermercados e restaurantes são responsáveis por mais de 180 milhões de quilos de alimentos produzidos a cada ano, e quase um terço disso nunca é comido. Qualquer coisa que fica muito madura, manchada, machucada ou com aparência de velha tem que ser trocada, mesmo que ainda boa, porque é o que o consumidor quer.
O resultado é que 10% do fornecimento de alimentos só nos EUA vai da fazenda para o aterro, com pequenas férias em lojas no meio, e outros 20% são jogados fora nas casas dos consumidores. O mal que isso causa a população e ao meio ambiente todos podem estimar. [Cracked]

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Cinco doenças transmitidas pelo beijo

Cinco doenças transmitidas pelo beijo

Durante o beijo, entramos em contato com a saliva do parceiro, que pode conter seres patogênicos. Entre as doenças que podem ser transmitidas, podemos citar a cárie e o herpes.

A herpes labial pode ser transmitida pelo beijo
A herpes labial pode ser transmitida pelo beijo
Beijar muitas pessoas em uma noite é um comportamento facilmente observado entre os jovens. Apesar de parecer um ato inofensivo, o beijo expõe-nos a uma série de problemas, alguns extremamente sérios. Durante a troca de saliva, ocorre a transmissão de vírus e bactérias, por exemplo, que podem ser patogênicos. A seguir listaremos cinco doenças que podem ser transmitidas pelo beijo:
Herpes labial
O herpes labial, doença viral causada pelo herpes simples, não apresenta cura e pode ser transmitido pelo beijo. Normalmente não causa graves danos, entretanto, em pessoas imunocomprometidas, as consequências podem ser severas. Inicialmente o paciente percebe uma coceira e uma ardência local; posteriormente, surgem bolhas que se fundem e formam uma ferida que elimina secreção. Após um certo período, a ferida seca e inicia-se a formação de uma crosta.
Cárie
A cárie é um problema de saúde de múltiplas causas que desencadeia a desmineralização da estrutura dos dentes. Muitas bactérias estão associadas ao problema e podem ser transmitidas pelo contato no momento do beijo. Para evitar a cárie, a saúde bucal é essencial.
Mononucleose
A mononucleose, também chamada de “doença do beijo”, é causada por um vírus denominado de Epstein-Barr, que é principalmente transmitido pelo beijo. O quadro clínico dessa doença é marcado por febre alta, faringite e linfadenomegalia (aumento dos linfonodos). Podem ocorrer ainda dores abdominais, esplenomegalia, hepatomegalia, vômitos e tosse. Em casos graves, a doença pode causar a morte do paciente.
Meningite
A meningite é uma doença grave caracterizada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o sistema nervoso. Essa doença pode ter causas variadas, como lesões, medicamentos, cânceres e infecções por bactérias, vírus e fungos. Como no momento do beijo ocorre a troca de saliva, esta pode contar organismos capazes de desencadear a doença, como a bactéria Neisseria meningitidis.
Sífilis
A sífilis é uma doença infeciosa desencadeada por uma bactéria denominada de Treponema pallidum. É uma doença relativamente grave que, se não tratada adequadamente, pode evoluir para comprometimento de órgãos importantes como coração e fígado. Apesar de ser transmitida predominantemente por via sexual, a sífilis pode ser transmitida pelo beijo caso haja cancro na boca ou a pessoa esteja com sífilis secundária.

Por Ma. Vanessa dos Santos

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Curiosidades da Antiga Roma


 
Curiosidades da Antiga Roma
 

Aproveitando que os últimos assuntos do blog é sobre Roma, gostaria de compartilhar com vocês algumas curiosidades sobre a vida cotidiana da Antiguidade Romana que descobri lendo o livro de um escritor paleontólogo italiano. Tantas delas foram herdadas pelos povos conquistados pelos romanos e existem até hoje.

1. Embelezamento: os romanos eram vaidosos e primavam pela boa aparência. Os homens criaram o hábito de se barbearem (com lâminas de ferro e a seco), uma obrigação sobretudo se eram soldados. Mas não faziam sozinhos; se eram ricos, possuiam um tonsor (barbeiro) particular que fazia o serviço em casa. Os  menos favorecidos iam em barbearias públicas - algumas até a céu aberto - espalhadas pela cidade. As mulheres se embelezavam em casa com ajuda de uma serva, se eram ricas. Herdaram das egípcias as técnicas da maquiagem (usavam até fuligem para pintar os olhos) e dos banhos aromáticos. O penteado variava segundo a moda ditada pelas esposas dos imperadores e chegavam até ser muito elaborados, como o das tranças que formavam um cone no alto da cabeça. Elas também tingiam os cabelos com hena, faziam apliques com cabelos importados da Índia e até depilação. 

2. Vestuário: a toga, usada sobre a túnica, servia para distinguir a classe social de quem a vestia através da cor, do volume e da forma e só podiam ser usadas por quem tinha a cidadania romana. Os escravos, plebeus pobres e soldados usavam só a túnica. As mulheres usavam, além da túnica e da toga, uma faixa sobre os seios (mammilia) e uma espécie de calcinha (subligaculum) como roupa interior e um manto que cobria a cabeça quando saiam de casa. As crianças usavam a toga praetexta com uma faixa púrpura e quando cresciam, mudavam para a toga uirilis (os meninos) e a stola (as meninas que se casavam). As romanas também usavam um tipo de biquíni para praticar esportes ou relaxarem nas termas.

Toga e pallio, o manto comprido que cobre a cabeça. As mulheres o usavam quando saiam de casa e os homens quando viajavam

Toga romana masculina

Tunica romana, usada abaixo da toga ou sem nada por cima (no caso de plebeus pobres, escravos ou soldados)

Os primeiros biquínis foram invenção dos romanos e não dos franceses. As mulheres retratadas aqui faziam ginástica usando esse traje de duas peças, mas também podiam ser usados para os banhos termais (mosaico de um antigo palacete romano de Piazza Armerina, província de Enna, Sicília)

3. Hábitos higiênicos: a higiene não era muito o forte naquela época, pelo menos do nosso ponto de vista. As mulheres estavam mais acostumadas ao banho em casa, enquanto que os homens preferiam as termas públicas. Os mais pobres tinham que se virar e tomavam banho como podiam. Para escovar os dentes, usavam uma mistura de bicarbonato de sódio, ervas aromáticas e até pó de pedra-pomes. Papel higiênico nem pensar! Cada um tinha uma esponja que era umedecida na água que corria em um pequeno canal localizado aos pés de cada vaso sanitário.

4. Lavanderia: os romanos lavavam as roupas de uma forma um tanto nojenta. Todo dia de manhã, o servo recolhia a urina de toda a família de seus patrões e a mandavam para a lavanderia, que seria usada para a limpeza das roupas. O cheiro forte era eliminado com água e essências naturais.

5. A casa romana: os patrícios e a plebe mais rica moravam nas domus, a residência urbana da Antiguidade. Essas habitações possuíam um grande atrium (átrio) cercado por colunas e ornado de jardins, pequenas hortas e de um impluvium, uma pequena cisterna pluvial, além de ser a principal fonte de luz solar da casa. O triclinium era o cômodo destinado aos jantares e banquetes, o tablinium era onde o patrono tratava de negócios e as cubicula (que eram mesmo cubículos) o local de repouso noturno, escuro e sem muita decoração ou mobílias. Também havia cozinha e banheiro. Apesar de todo o luxo e ricas decorações dessas domus, as janelas eram escassas e sempre pequenas, quase inexistentes (por motivos de segurança e privacidade). Os mais pobres moravam nas insulae, prédios condominiais com vários andares que depois  passou a ser também residência dos mais abastados quando começou a crescer o índice demográfico de Roma (era uma das cidades mais populosas da Antiguidade). Nesse caso, os andares de baixo eram os mais caros e os mais altos os mais baratos, ao contrário de hoje; quem morava mais embaixo podia fugir com mais facilidade em caso de incêndio (que eram muito comuns naquela época). 

Detalhe de uma domus romana urbana (Sir Lawrence Alma-Tadema, 1901). A parte descoberta, chamada de atrium, era o centro da casa e de onde entrava a luz do sol, vista a escassez de janelas na residência
Restos de uma insula, os nossos atuais apartamentos, em Ostia Antica, uma antiga colônia romana, atual distrito do município de Roma

6. Escola: até os 7 anos, a criança era educada pelo próprio pai, que lhe ensinava moral, noções rudimentares de escrita e história dos personagens ilustres. Depois dos sete anos, a criança (de família rica) passava a ser educada por um tutor, geralmente um escravo grego (a civilização grega era muito mais progredida culturalmente que a romana) liberto, que lhe dava noções de aritimética, escrita e leitura. Os menos favorecidos e até alguns ricos mandavam seus filhos às escolas públicas (e a céu aberto), onde também aprendiam a ler, a escrever e a fazer contas. Um fato interessante é que a leitura naquela época era em voz alta; somente na Idade Média, com os monges copistas, aprendemos a ler mentalmente.

Auto-relevo de uma cena escolar

7. Vida social: as ruas de Roma eram muito movimentadas durante o dia. Era um vai e vem de pessoas de todas as classes sociais que se misturavam ao caos do comércio, quase uma Vinte e Cinco de Março (rua do centro de São Paulo famosa por seu grande comércio) em época de Natal. À noite não era aconselhado sair de casa pelo risco de assaltos e assassinatos, devido ao policiamento praticamente inexistente. O ponto de encontro dos romanos eram as termas, divididas entre masculinas e femininas, locais de relax, prática de esportes e vida social. Em alternativa, havia os bares, frequentados exclusivamente por homens, que também serviam de restaurante e "outros fins". Um lugar bem insólito para a socialização dos homens romanos era nos banheiros públicos; sentados em um banco conjunto sem divisórias, discutiam sobre diversos assuntos enquanto faziam o número 2.

Ruínas das Termas de Caracalla
Um bar-restaurante da Antiguidade Romana

Toilettes públicas da Antiguidade Romana. Como se pode ver, não havia privacidade e os homens faziam suas necessidades conversando com outros homens tranquilamente e sem pudor. Aos pés de cada sanitário havia um canal por onde corria a água que servia para umedecer a esponja e se limpar depois do "social"

8. Engenharia civil: os romanos eram hábeis engenheiros. Devemos a eles a construção de pontes, aquedutos e estradas, que foram por muito tempo uma importante via de comunicação com outras colônias do Império Romano (a mais famosa é a Via Appia, que ligava Roma a Brindisi, no sul da Itália).

Antiga Via Appia que ligava Roma a região da Puglia , no sudeste da Itália

Há ainda várias outras curiosidades ligadas aos romanos como simbologias, técnicas militares, comportamento etc. que dariam assuntos para um livro ou tratados de antropologia. Se alguém se lembrar de um interessante, pode escrever como comentário que será bem-vindo.