quinta-feira, 31 de março de 2016

ENDOCARDITES


ENDOCARDITES
O que são endocardites?
Endocardite é o nome dado às afecções, infecciosas ou não, do endocárdio.
O coração é formado por três camadas: o pericárdio é a externa, o miocárdio é a medial e o endocárdio é a interna, da qual fazem parte as válvulas cardíacas.
A maioria das endocardites tem uma origem infecciosa e os microorganismos mais freqüentemente causadores dessa doença são:
 
bactérias
fungos
micobactérias
riquetsias
clamídias
micoplasmas
Os agentes mais comuns são:
 
estreptococos
estafilococos
enterococos
alguns germes gram-negativos
Também existem reações inflamatórias do endocárdio provocadas por doenças auto-imunes, nas quais não encontramos um agente infeccioso na reação inflamatória do endocárdio.
A endocardite se localiza preferencialmente nas válvulas do coração, mas pode ser encontrada em qualquer parte do endocárdio, podendo ser classificada em aguda e subaguda.
A aguda se caracteriza pela intensa toxicidade e rápida progressão, podendo evoluir em dias para a morte. Costuma provocar infecções à distância, como no cérebro, rins, pulmões, fígado, olhos. O agente etiológico mais comum é o estafilococos aureus.
Já a subaguda tem a evolução mais lenta, persistindo por até meses e, na maioria dos casos, é causada por Estreptococos viridans, enterococos, estafilococos coagulase negativos ou bacilos gram-negativos.
A endocardite pode atingir as pessoas em qualquer idade e os sintomas e sinais principais são:
 
febre de longa duração
suores noturnos persistentes
astenia, baço aumentado de volume
alterações cardíacas, como o agravamento súbito de uma doença cardíaca previamente existente.
O que favorece o aparecimento de endocardites ?
As pessoas portadoras de lesões valvulares do coração, congênitas ou adquiridas, são as mais propensas a apresentarem a doença. Contudo, a endocardite também ocorre em pessoas que não tenham lesões cardíacas.
As endocardites surgem principalmente depois de procedimentos invasívos, em que há a invasão do organismo, como cirurgias, extrações dentárias, colocação de sondas, manipulação de abscessos (cuidado com espremer espinhas ou furúnculos!). Em alguns grupos, a metade dos casos encontrados de endocardite é em pessoas que fizeram ou fazem uso de drogas injetáveis.
Um outro grupo de pessoas seguidamente acometido de endocardite encontra-se entre os que foram submetidos a cirurgia cardíaca. Existem trabalhos que relatam que até 30% das válvulas artificiais implantadas nos corações são atingidas por infecção.
Diagnóstico
O diagnóstico de endocardite é feito principalmente quando existe um alto índice de suspeita do médico naqueles pacientes que tenham febres prolongadas e sem um outro diagnóstico que explique a elevação da temperatura. A história de procedimentos cirúrgicos, dentários e uso de drogas aumentam a suspeita. Para um diagnóstico de endocardite, o médico se vale de um bom exame clínico do sistema cardiovascular, no qual se destacam o surgimento ou a alteração em sopros anteriormente existentes, o aumento do baço, alterações ecocardiográficas e culturas do sangue.
Atualmente, um dos exames que mais auxilia para o diagnóstico de endocardite é a ecografia trans-esofágica. Em um grande número de casos, não se consegue obter uma cultura positiva do sangue para identificar o agente causador da endocardite. Nos melhores laboratórios, que tenham acesso às técnicas mais apuradas, em cerca de 70 a 80% dos casos em que se colhe o sangue dos pacientes se consegue obter culturas positivas que identifiquem o agente etiológico. Uma das razões para a falta de identificação está no fato da maioria dos pacientes estarem recebendo antibióticos administrados às cegas, isto é, sem ter um diagnóstico etiológico confirmado.
Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos em doses generosas e durante um tempo prolongado, em média 30 dias. Alguns pacientes, uma vez curada a infecção do coração, havendo alterações severas de válvulas, devem ser submetidos a troca cirúrgica dessa válvula. Denomina-se de endocardite hospitalar aquela que ocorre em pessoas tratadas em hospital, que não foram submetidas a procedimentos sobre o coração, e que tendo ou não uma lesão cardíaca ou uma válvula artificial, desenvolvem endocardite atribuída ao uso de agulhas ou cateteres infectados, instrumentação ou cirurgia de vias urinárias ou digestivas.
Microrganismos mais freqüentemente envolvidos na endocardite
 
Estreptococcus viridans

de 30 a 65% dos casos de endocardite não relacionados ao uso de drogas ilícitas, são causados por esse agente. Ele é um habitante normal das nossas vias aéreas e orofaringe. Essa endocardite é muito encontrada em portadores de lesões valvulares que foram submetidos a tratamentos dentários nos dias precedentes à descoberta de endocardite.
Estreptococcus bovis (e outros)

é geralmente um habitante normal do trato digestivo, estando envolvido em cerca de 27% dos casos de endocardite. É mais freqüente em pacientes portadores de câncer ou pólipos intestinais.
Estreptococcus pneumoniae

Embora esse germe seja muito encontrado no sangue dos portadores de infecções causadas por ele, só em 1 a 3% ele atinge o coração. É encontrado em alcoolistas e costuma estar associado a meningite e pneumonia.
Enterococcus

Em 85 % dos casos de endocardite provocada pelos enterococos, os responsáveis são e E. faecalis ou o E. faecium. São habitantes normais do trato digestivo e urinário e os casos de endocardite por eles causados costumam ser em pessoas jovens, principalmente em mulheres jovens e homens idosos, como conseqüência da manipulações do trato genitourinário.
Estafilococos

O E. aureus dos coagulase positivos e o E. epidermidis entre os coagulase negativos, são os mais encontrados em casos de endocardite provocados pelo uso de sondas, drenos e próteses de uso hospitalar.
Fungos

Os fungos podem estar envolvidos em casos de endocardite, bacteriana ou não, que se caracterizam por lesões vegetantes de proporções maiores causando embolias. São particularmente encontrados em pacientes que tiveram válvulas cardíacas trocadas e em usuários de drogas ilícitas injetáveis.
Endocardite não bacteriana trombótica

Pode surgir em pacientes que tenham sofrido uma lesão no endocárdio e em portadores de doenças que se acompanham de hipercoagulabilidade do sangue. É mais encontrada em pessoas idosas, em portadores de doenças malignas, lesões de válvulas, portadores de lupus eritematoso sistêmico e em pacientes que tiveram cateteres implantados em procedimentos hospitalares. Esse tipo de endocardite chega a ser detectado em l,3% das necrópsias.
Sintomas e sinais
Sintomas de endocardite, mais freqüentes:
 
Calafrios - 40 a 70%
Suores, principalmente noturnos - 25%
Emagrecimento - 25 a 35%
Falta de ar - 20 a 40%
Tosse - 25%
Confusão mental - 10 a 20%
Dores diversas - 5 a 35%.
Sinais de endocardite, os mais freqüentes:
 
Febre - 80 a 90%
Sopro no coração - 80 a 85%
Mudanças dos sopros cardíacos - 10 a 40%
Agravamento súbito de doença cardíaca preexistente - 30%
Alterações neurológicas - 30 a 40%
Embolias arteriais ou pulmonares - 20 a 40%
Aumento do baço - 15 a 50%
Manifestações periféricas - 5 a 40% (em pele, unhas, fundo do olho)
É importante saber que qualquer endocardite necessita do acompanhamento urgente de um médico para orientar o diagnóstico e o tratamento.

Título: Endocardites

Link : | Data de Acesso : 31/03/2016 - Código do Conteúdo : Artigo 177 | Palavras-Chave : Endocardites - Cardiologia - Infecção no Coração , Febre Reumática , Infecção nas Válvulas do Coração

quarta-feira, 30 de março de 2016

Ministério do Trabalho reconhece mais 12 ocupações profissionais

30/03/2016 11h18 - Atualizado em 30/03/2016 11h20

Ministério do Trabalho reconhece mais 12 ocupações profissionais

Entre as novas categorias estão entrevistador social e agente de endemias.
Reconhecimento da ocupação não quer dizer que sua regulamentação.

Do G1, em São Paulo
O Ministério do Trabalho e Previdência Social atualizou a Classificação Brasileira de Ocupações, com a inclusão de 12 novas categorias profissionais. Entre elas estão agente de combate a endemias, condutor de ambulância, mestre de cerimônias e entrevistador social. Com as novas inclusões, as ocupações reconhecidas chegam a 2,6 mil.

Segundo o ministério, o reconhecimento de uma ocupação é feito após um estudo das atividades e do perfil da categoria.
A CBO é o documento que reconhece a existência de determinada ocupação e não a sua regulamentação. A regulamentação da profissão é realizada por lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional e submetida à sanção da Presidência da República.

Veja abaixo as novas ocupações e as definições de cada uma:

Tecnólogo em soldagem – Elabora o plano de qualificação de procedimentos de soldagem e qualifica profissionais da área.

Mestre de cerimônias – Conduz eventos públicos, corporativos e sociais presenciais, seguindo roteiro elaborado por organizadores.

Entregador de publicações – Entrega correspondências, objetos e publicações, organizando e fazendo triagem dos mesmos.

Concierge – Recepciona e prestam serviços de apoio a clientes, pacientes, hóspedes, visitantes e passageiros; presta atendimento telefônico e fornece informações em diversos estabelecimentos.

Entrevistador social – Entrevista famílias de baixa renda, orienta sobre os programas sociais e políticas públicas, e encaminha para órgãos competentes, caso necessário.

Agente de combate a endemias – Realiza ações de controle de endemias, promove educação sanitária e ambiental e orienta a comunidade para promoção de saúde por meio de inspeções domiciliares.

Casqueador de animais - Monitora doenças, lesões e traumatismos em animais. Corta excessos de cascos, limpa e higieniza ferimentos no local.

Ferrador de animais – Coloca e substitui ferraduras em animais, detecta presença de ferimentos nas patas e recomenda encaminhamento a veterinário, se necessário.

Tapeceiro de autos – Responsável por fabricar ou reformar estofamento e revestimento interno de veículos.

Condutor de ambulância - Transporta pacientes e auxilia equipes de saúde nos atendimentos de urgência e emergência.

Operador de abastecimento de combustível de aeronave – Realiza operações de abastecimento e destanqueio de combustível de aeronaves.

Monitor de sistemas eletrônicos de segurança interno – Ativa e monitora os sistemas, analisa os eventos e imagens recebidos da central de alarme monitorada, identifica problema e encaminha ocorrências ao setor responsável.

Monitor de sistemas eletrônicos de segurança externo – Monitora os equipamentos e sistemas da central de monitoramento, realizar inspeção técnica no local monitorado, realizar manutenções corretiva e preventiva dos sistemas.

terça-feira, 29 de março de 2016

Dinheiro, depressão e as escolhas que você faz

Dinheiro, depressão e as escolhas que você faz

Não trabalhe por dinheiro. Pessoas valem mais do que coisas

Dinheiro é bom, sim. Quem é que gosta de andar num trem lotado, todo amassado? Desejar consumir o básico e não ter acesso? Olhar para os seus filhos e não poder dar a eles condições de competirem de igual para igual com crianças de sua idade? Hipócrita é quem diz que dinheiro não é bom.
Mas iludido é quem bate no peito e fala: “dinheiro traz felicidade”. Segundo números da Organização Mundial da Saúde, os campeões da depressão são os países ricos:
21% da população da França, 19,2% da população dos EUA e 17,9% da população da Holanda tiveram pelo menos um episódio de depressão na vida. Todos os países citados possuem alta renda per capta e são considerados países desenvolvidos.
Eu conheço os dois lados da moeda e posso confirmar essa estatística, por ter me relacionado e ainda me relacionar com muitas pessoas simples em minha vida, sorridentes, alegres e, principalmente, felizes, apesar de todas as dificuldades. Por outro lado, já vi muita gente rica vivendo à base de antidepressivos, com a conta bancária gordinha, mas com o coração vazio e solitário, vivendo numa jaula imaginária para se proteger de todos que se aproximam.
Nem a riqueza, nem a pobreza podem ser rotuladas como geradores de felicidade ou infelicidade. Feliz é aquele que está rodeado de pessoas que ama, de amigos sinceros e de um propósito que lhe dará sentido em todas as manhãs quando acordar. Feliz é quem tem propósito.
A propósito, o dinheiro compra uma cama, mas não compra o sono. Compra o melhor plano de saúde, mas não compra a cura de uma doença em que a medicina disse ‘não’. Compra momentos alegres, mas não a felicidade. Também compra água mineral francesa e garrafas de vinhos de cinquenta mil dólares, mas não é capaz de matar a sede de justiça, de amor e de significado.
No último dia de sua vida, se você pudesse escolher quem passaria esse dia com você ao seu lado, certamente não seria com o seu gerente do banco, que faz a gestão de sua fortuna, nem na companhia de todos os seus diplomas, títulos, conquistas ou até mesmo com os puxa-sacos de plantão. Nesse dia, se fosse possível escolher e prever, você certamente preferiria estar ao lado das pessoas mais importantes de sua vida.
Como conciliar esse aparente paradoxo? Eu sempre pensei que todo projeto que realizei nos últimos 20 anos – as horas que trabalhei e as incontáveis viagens de negócios que fiz – tudo isso foi com a finalidade de proporcionar aos que amo o melhor, ainda que eu sempre soubesse que a minha presença é fundamental para todos. Assim, estive muito presente até durante minha ausência física, ao contrário dos que chegam cedo em casa, mas passam o tempo na frente da TV.
Envolva sua família em seus projetos. Ainda que eles não trabalhem com você, porque quando você viajar ou trabalhar num fim de semana, eles também estarão ao seu lado onde quer que eles fiquem à sua espera. Viajarão sem sair de casa, porque eles se sentem parte de seus projetos e não meros apoiadores de seus sonhos. Serão donos deles juntamente com você.
Não trabalhe por dinheiro. Pessoas valem mais do que coisas. No meio de tudo isso, o dinheiro será conquistado na medida de sua competência em produzir e empreender. Quando o dinheiro chegar, desfrute-o, faça-o trabalhar para você em vez de se tornar o seu escravo.
E para não escrever um texto bonitinho e politicamente correto, desfrute com sua família suas conquistas e principalmente com a pessoa que sempre esteve ao seu lado lhe apoiando, em vez de trocá-la aos 40 anos de idade por duas mulheres de 20 – o que, infelizmente, tem se tornado cada vez mais comum (pode chorar à vontade nos comentários se não gostou).
Certamente, no dia de nossos velórios, os que realmente venceram na vida, sejam eles pobres ou ricos, serão aqueles que deixarão saudades e não os que vão deixar filhos mal resolvidos que passaram toda a vida sendo filhos órfãos de pais vivos, porque, em casos assim, com dinheiro ou sem dinheiro, mais um miserável será enterrado e esquecido.

Os Horários do Nosso Corpo

 Os Horários do Nosso Corpo

  

Você conhece os horários do seu corpo?
Pouca gente sabe, mas nosso corpo tem certos horários que se respeitados podem fazer grande diferença!

DESPERTAR (das 7hs às 8hs)
Quem gosta de acordar tarde já começa o dia em desvantagem. À partir das 6h, o corpo produz um hormônio que faz acordar, o cortisol. Entre 7h e 8h, a taxa de cortisol no corpo atinge a concentração máxima. Essa faixa de horário é ideal para acordar com facilidade e com o pé direito. ATENÇÃO: Voltar a dormir é um erro; por volta das 9h o corpo começa a produzir endorfinas (analgésicos naturais) que encorajam um sono pesado do qual será difícil sair sem dor de cabeça ou mau-humor.

PRAZER (das 9hs às 10hs)
A hora certa para as folias amorosas, já que a taxa de serotonina (neuro transmissor ligado ao prazer) está em seu apogeu. O prazer experimentado só será aumentado. Por outro lado, também é a hora de marcar uma consulta ao dentista: as endorfinas, que também estão em alta nesse horário, funcionam como anestésicos naturais.

TRABALHO (das 10hs às 12hs)
O estado de vigilância atinge o seu pico e a memória de curto prazo (que guarda coisas como um número de telefone que olha na lista, é retido por alguns segundos e esquecido na seqüência) está mais ativa. Depois que as endorfinas presentes entre 9hs e 10hs desaparecem, o organismo atinge a sua velocidade ideal. É o momento certo para refletir, discutir idéias e encontrar inspiração.

DESCANSO (das 13hs às 14 hs)
A moleza que dá depois do almoço não se deve unicamente á digestão, mas também a uma queda de adrenalina que acelera o ritmo cardíaco. Para retomar a disposição, basta uma sesta de 20 minutos.

MOVIMENTO (das 15hs às 16hs)
A forma física encontra o seu apogeu no meio da tarde, ao mesmo tempo em que a capacidade intelectual diminui. Como não há produção de hormônios específicos nesse horário, os cronobiologistas ainda não encontraram uma explicação para o fato.

RUSH (das 18hs às 19hs)
À partir das 18h, o organismo fica particularmente vulnerável à poluição e ao monóxido de carbono. Convém então limitar o consumo de cigarros e evitar se possível, os engarrafamentos. Também é nesse horário que a atividade intelectual e o estado de vigilância atingem um novo pico – hora certa de mandar as crianças fazerem a lição de casa, por exemplo.

PILEQUE (das 20hs às 21hs)
Se esse horário costuma coincidir com o aperitivo de antes do jantar é bom saber que é também o momento em que as enzimas do fígado estão menos ativas, o que faz com que se fique bêbado bem mais rápido.

SONO (à partir das 20hs…)
A melatonina (hormônio do sono) invade progressivamente o corpo a partir das 18h. Mas é as 20hs que aparece o primeiro momento ideal para dormir, sucedido por outros iguais a cada duas horas. Para ajudar a cair no sono, fazer amor é uma excelente idéia: o prazer sexual desencadeia a secreção de endorfinas no cérebro, favorecendo o adormecimento.

REGENERAÇÃO (das 21hs à 1hs)
Esta fase do sono é muito importante porque coincide com o pico da produção do hormônio do crescimento, indispensável para a renovação das células e a recuperação física. Esse hormônio permite que os conhecimentos adquiridos na véspera sejam armazenados no cérebro.
http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/os-horarios-do-nosso-corpo.html

domingo, 27 de março de 2016

Saliva


Saliva


A saliva é composta por água e diversos componentes que iniciam a digestão e protegem o trato respiratório e digestório contra vírus e bactérias.
A nossa boca faz parte do sistema digestório e é nela que começa a digestão, auxiliada pela saliva, um líquido produzido por três pares de glândulas salivares: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais.

A saliva tem como função lubrificar e diluir o alimento (facilitando a mastigação, a gustação e a deglutição), além de proteger contra bactérias e umedecer a boca. A saliva é composta por ar (por isso o aspecto espumoso), água (99,5%), ptialina, nitrogênio, enxofre, potássio, sódio, cloro, cálcio, magnésio, ácido úrico e ácido cítrico. Possui também proteínas enzimáticas, estruturais e imunológicas.

A saliva humana contém uma substância chamada de imunoglobulina secretória A (IgA), que tem a função de proteger o organismo contra vírus que invadem o trato respiratório e digestivo. A saliva também possui um efeito microbiano, que controla o crescimento de bactérias, por isso, quando não há saliva, há maiores chances de aparecerem cáries dentárias. Alterações na quantidade de saliva também podem causar halitose.

Uma das enzimas presentes em nossa saliva é a amilase salivar, também conhecida como ptialina, que inicia a digestão do amido e do glicogênio, quebrando-os em maltose. A ptialina age no pH neutro da boca, mas é inibida ao chegar no estômago, por causa da acidez do suco gástrico.

Uma pessoa adulta produz cerca de 1 a 2 litros de saliva por dia e ao ingerir algum alimento, a quantidade de saliva secretada aumenta. Ficamos com “água na boca” porque o nosso sistema nervoso estimula a produção de saliva pelas glândulas salivares quando sentimos o cheiro ou o sabor de algum alimento.

A xerostomia é uma alteração na quantidade de saliva na boca. Pode ser causada pela ingestão de alguns medicamentos, idade avançada (com o envelhecimento, as glândulas salivares vão se atrofiando), câncer na região da cabeça e pescoço, diabetes, entre outros. Com baixa quantidade de saliva, os riscos de se ter doenças periodontais, saburra na língua e mau hálito são maiores. Isso também impede a mastigação adequada dos alimentos, fazendo com que a pessoa mude a consistência dos alimentos que ingere, podendo causar problemas digestivos.  
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

sexta-feira, 25 de março de 2016

5 estratégias que vão tornar a tomada de decisão mais simples

5 estratégias que vão tornar a tomada de decisão mais simples

Não podemos apontar um único responsável por dificultar escolhas do cotidiano, pois existem inúmeros fatores que p


A todo momento somos obrigados a tomar decisões, seja no trabalho, em casa ou no happy hour com os amigos. Mesmo sendo algo tão rotineiro, é muito comum encontrarmos pessoas e até mesmo empresas que têm dificuldades para fazer escolhas. Por vezes, os assuntos se arrastam em reuniões intermináveis e, em meio a tantas discussões, muitos temas são “compartilhados” até o momento em que ninguém mais é dono da ideia.

Isso pode ser imperceptível para muitos, mas gera perda de tempo e, pior, de dinheiro também. Diante disso tudo, não podemos apontar um único responsável por dificultar as escolhas, existem inúmeros fatores que podem empacar esse processo. Com algumas estratégias, no entanto, é possível tornar a tomada de decisão mais simples. Destaquei cinco ações que podem facilitar, confira:
1 - Se veja como um observador do fato

Muitas pessoas são emotivas demais no momento em que precisam se posicionar a respeito de algo. Quando for decidir, seja mais racional. Como fazer isso? Pense na situação apenas como um observador, por exemplo, de comprar ou não um carro novo. Ao enxergar o cenário de fora, você consegue dar palpites e ser muito mais racional.

2 - Foque no momento presente

Em determinados momentos, as pessoas querem decidir, mas estão com a cabeça longe. Dedique um tempo do dia para focar somente na decisão a ser tomada. Caso seja necessário, reserve de três a quatro minutos do dia, relaxe, respire e foque na situação presente. Ao se dedicar totalmente a isso, é possível ser muito mais assertivo.

3 - Pense em seu ambiente

Um estudo da Journal of Consumer Psychology aponta que um ambiente mais claro e com mais luz favorece a tomada de decisão.
Eu, por exemplo, quando preciso resolver uma questão mais séria, tenho o meu canto. Em determinados momentos, gosto de ir para um lugar silencioso ou dar uma caminhada no parque. Um ambiente tranquilo ajuda a pessoa a se conectar com ela mesma e auxilia no processo de decisão.

4 - Espere o momento certo

Evite tomar uma decisão do dia para a noite. É muito importante refletir sobre o problema. Em certas situações, somos muito calorosos para decidir algo. Durma, pense e decida no dia seguinte.

5 - Faça um quadro dos prós e contras de uma decisão

Essa é uma técnica que ensinei aos meus filhos e vale muito a pena fazer com crianças, adolescentes e até mesmo com os adultos. Por exemplo, você quer viajar para um determinado lugar, mas ainda está em dúvida se é a melhor opção. Pegue um quadro e liste os pontos positivos de um lado, os negativos de outro e avalie. Com isso, você vai ter muito mais racionalidade e vai tomar a decisão de maneira mais acertada.

Dificilmente, a tomada de decisão será um ato fácil e rápido. Sempre que precisar fazer uma escolha, tente colocar essas estratégias em prática, isso vai ajudar a tornar o processo muito mais simples e ainda vai evitar a perda de tempo.

quarta-feira, 16 de março de 2016

Ranking de países mais ignorantes: adivinhe a colocação do Brasil

Ranking de países mais ignorantes: adivinhe a colocação do Brasil

Publicado em 15.03.2016
mapas representacoes erradas (2)
Uma pesquisa feita pelo Ipsos MORI, um instituto de pesquisa da Inglaterra, entrevistou 1500 pessoas de 28 países para analisar a percepção da população desses locais sobre suas próprias características. As dez perguntas básicas envolviam economia, saúde, igualdade de gênero, entre outros temas.
Quase todos os países não acham que há tantos obesos em sua população
Quase todos os países não acham que há tantos obesos em sua população
Quase todos os países participantes subestimam o problema da obesidade, acreditando que esse problema atinge muito menos gente do que acontece na realidade. Apenas a China, Japão e Índia veem sua população como mais obesa do que é de verdade.
Outro ponto importante é a imigração: a população de todos os países envolvidos na pesquisa acredita que há muito mais imigrantes em seus países. A resposta mais selecionada em todos esses locais foi de cerca de 23%, enquanto a média entre os países é de 10%.

Percepção x realidade

O resultado revelou que os brasileiros não têm muita noção do que acontece em seu próprio país. A visão geral sobre a maioria dos brasileiros é que somos um povo com grande acesso à internet (72%, quando a realidade é de 53%), com meia-idade (56 anos, quando a idade média do país é de 31 anos), rural (34%, mas apenas 15% da população não vive em cidades) e que – pasmem – 25% da população brasileira não nasceu no Brasil (apenas 0.3% da população é de imigrantes).
Esse resultado nos colocou em terceiro lugar no “índice de ignorância” entre os países participantes. Confira abaixo o ranking completo.
índice de ignorância
Países com pior percepção da sua realidade:
1. México
2. Índia
3. Brasil
4. Peru
5. Nova Zelândia
6. Colômbia
7. Bélgica
8. África do Sul
9. Argentina
10. Itália
11. Rússia
12. Chile
13. Grã Bretanha
14. Israel
15. Austrália
16. Japão
17. Canadá
18. Alemanha
19. Holanda
20. Espanha
21. Noruega
22. França
23. Suécia
24. Estados Unidos
25. China
26. Polônia
27. Irlanda
28. Coreia do Sul

Por que erramos tanto?

Bobby Duffy, diretor da Ipsos MORI, explica o resultado: “há várias razões para esses erros – elas vão da nossa dificuldade com matemática básica e proporção à cobertura dos problemas pela mídia, passando por explicações psicológicas para os atalhos que nosso cérebro pega. Fica claro pelo ‘índice de ignorância’ que os países com pior resultado têm penetração relativa da internet pequena”.
Já que o teste foi feito de forma online, ele tende a avaliar mais a população conectada e a classe média, que generalizam suas experiências ao invés de considerar as circunstâncias maiores da população geral de seu país.

Faça o teste

Você sabe quantas mulheres em idade produtiva no Brasil trabalham? Ou qual proporção de brasileiros não tem religião? Faça o teste e veja se sua percepção da nossa população corresponde à realidade. Clique aqui.
[IFLScience, Ipsos MORI, Mail Online]

Pronomes oblíquos átonos


Pronomes oblíquos átonos

Gramática

Os pronomes oblíquos átonos podem exercer várias funções sintáticas. Objeto direto, objeto indireto e adjunto adnominal são algumas delas.
Os pronomes oblíquos são aqueles que funcionam sintaticamente como complemento, diferentemente dos pronomes de caso reto, que desempenham função de sujeito na oração.
Além dessa característica, os pronomes oblíquos possuem outra peculiaridade, eles podem ser classificados em pronomes oblíquos átonos e pronomes oblíquos tônicos. Os átonos são pronomes que nunca são precedidos por preposição. Já os pronomes tônicos são sempre precedidos por preposição.
Pronomes pessoais: caso reto, oblíquos átonos e oblíquos tônicos
Pronomes pessoais: caso reto, oblíquos átonos e oblíquos tônicos
Hoje o Brasil Escola dedicou-se à produção de uma material que apresentará tudo o que você precisa saber sobre os pronomes oblíquos átonos. Vamos lá?
1) Objeto direto: quando complementam o sentido de um verbo transitivo direto (VTD).
Eu o esperei por anos.
Elas se amam.
- Se o verbo terminar em m, -ão ou -õe, os pronomes o, a, os, as assumirão as formas no, na, nos, nas.
Eles esperam-na impacientes.
As piores notas, eles sempre reservam e dão-nas aos alunos que pouco participam das aulas.
Pegue os livros e põe-nos no armário do seu avô.
- Se o verbo terminar em r, s ou z, as terminações são retiradas e os pronomes o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las.
Vamos esperá-lo na esquina.
Carlos sai com os cachorros todas as tardes e condu-los até o lago.

Se você quer dizer a verdade a eles, di-la.
- Se o VTD terminar em mos e o objeto direto for nos ou vos, o s do verbo deve ser retirado.
Esperamo-vos.
Recolhemo-nos bem cedo aos domingos.
2) Objeto indireto: quando complementa o sentido de um verbo transitivo indireto (VTI).
Ela não lhe obedeceu.
Eles se obedecem.

Obedecemos-lhes cegamente.
- Se o VTI terminar em -mos e se o objeto indireto for nos ou vos, o s do verbo deve ser retirado.
Perdoamo-nos.
Obedecemo-vos.
3) Adjunto adnominal: a construção sintática será verbo+ pronome oblíquo átono+ substantivo.
Roubaram-lhes os passaportes.
Cortaram-me as roupas no trote.
4) Complemento nominal: quando complementarem o sentido de adjetivos, advérbios ou substantivos abstratos.
Sou-te fiel.
Tenha-me respeito.
5) Sujeito acusativo: quando o complemento de fazer, mandar, ver, deixar, sentir ou ouvir for uma oração cujo verbo esteja no infinitivo ou no gerúndio.
Deixaram-me ficar naquele espaço.
Senti-a puxar minha bolsa.

Ouvi-os cantando diferente desta vez.
Mandei-o sair imediatamente.
Colocação pronominal
Próclise
→ Elementos que atraem os pronomes oblíquos átonos:
  • Palavras negativas: nem, não, nunca, jamais etc.
    Não me incomodo com esse tipo de barulho.
  • Advérbios: Acolá, aí, aqui, lá, já etc.
    me disseram que aqui não é um bom lugar.
  • Pronomes relativos: que, o qual, os quais.
    A menina que me mostrou o jardim secreto é um amor.
→ Emprego da próclise:
  • Com partículas exclamativas e optativas.
    Deus lhe abençoe!
  • Em sentenças interrogativas diretas e indiretas.
    Quem lhe falou sobre o nosso segredo?
  • Em orações subordinadas desenvolvidas.
    Pedi que lhe entregasse minhas atividades.
  • Orações coordenadas alternativas.
    Ora me batia, ora me abraçava.
  • Orações com inversão sintática.
    Clara me pareceu sua reflexão.
  • Gerúndio precedido da preposição em.
    Em se tratando de direção preventiva, ele é uma negação.
  • Orações com verbo antecedido de pronome não pessoal.
  • Aqui se estuda.
Mesóclise
→ Emprego da mesóclise:
  • Verbo no tempo futuro do presente.
    Os ovos de páscoa, comprá-los-ei ainda esta semana.
  • Verbo no tempo futuro do pretérito.
    Não posso comprar aquele carro. Comprá-lo-ia se estivesse mais em conta.
Ênclise
→ Emprego da ênclise:
  • Em frases iniciadas por verbo.
    Entregaram-me as provas amassadas.
  • Com o verbo no imperativo afirmativo.
    Alunos, aquietem-se!
  • Com o verbo no gerúndio.
    Deixando-nos, ela foi sem olhar para trás.
  • Com o verbo no infinitivo impessoal.
    Começamos a interessar-nos por moedas antigas quando éramos crianças.
Informação importante!
Devemos ter atenção especial às locuções verbais.
Locuções verbais: são expressões formadas por verbos auxiliares mais verbos no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.
→ Verbo auxiliar mais verbo principal no infinitivo: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo estará depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
Deve lembrar-se das obrigações.
Deve-se lembrar das obrigações.
→ Verbo auxiliar mais verbo principal no gerúndio: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo estará depois do verbo auxiliar ou do verbo principal.
Ela foi-se envolvendo com o novo trabalho.
Ela foi envolvendo-se com o novo trabalho.
→ Verbo auxiliar mais verbo principal no particípio: o pronome deve ficar após o verbo auxiliar. Caso a palavra atrativa esteja presente, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe falado a verdade.
Não lhe falaram a verdade.

Por Mariana Pacheco
Graduada em Letras

terça-feira, 15 de março de 2016

ANOREXIA NERVOSA




ANOREXIA NERVOSA
Sinônimos
Anorexia, transtornos alimentares
O que é?
Anorexia nervosa é um transtorno alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas apresentam um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.
O que se sente?
 
Perda de peso em um curto espaço de tempo.
Alimentação e preocupação com peso corporal tornam-se obsessões.
Crença de que se está gordo, mesmo estando excessivamente magro.
Parada do ciclo menstrual (amenorréia).
Interesse exagerado por alimentos.
Comer em segredo e mentir a respeito de comida.
Depressão, ansiedade e irritabilidade.
Exercícios físicos em excesso.
Progressivo isolamento da família e amigos.
Complicações médicas
 
Desnutrição e desidratação.
Hipotensão (diminuição da pressão arterial).
Anemia.
Redução da massa muscular.
Intolerância ao frio.
Motilidade gástrica diminuída.
Amenorréia (parada do ciclo menstrual).
Osteoporose (rarefação e fraqueza óssea).
Infertilidade em casos crônicos.
Maior propensão a infecções por comprometimento do sistema imunológico.


Quais são as causas?
Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa. Essa síndrome é considerada multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. Alguns estudos chamam atenção que a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estaria fortemente associada à ocorrência desses quadros.
Como se desenvolve?
A preocupação com o peso e a forma corporal leva o adolescente a iniciar uma dieta progressivamente mais seletiva, evitando ao máximo alimentos de alto teor calórico. Aparecem outras estratégias para perda de peso como, por exemplo: exercícios físicos excessivos, vômitos, jejum absoluto.
A pessoa segue se sentindo gorda, apesar de estar extremamente magra, acabando por se tornar escrava das calorias e de rituais em relação à comida. Isola-se da família e dos amigos, ficando cada vez mais triste, irritada e ansiosa. Dificilmente, a pessoa admite ter problemas e não aceita ajuda de forma alguma. A família às vezes demora para perceber que algo está errado. Assim, as pessoas com anorexia nervosa podem não receber tratamento médico, até que tenham se tornado perigosamente magras e desnutridas.
Como se trata?
O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar formada por psiquiatra, psicólogo, pediatra, clínico e nutricionista, em função da complexa interação de problemas emocionais e fisiológicos nos transtornos alimentares.
Quando for diagnosticada a anorexia nervosa, o médico deve avaliar se o paciente está em risco iminente de vida, requerendo, portanto, hospitalização.
O objetivo primordial do tratamento é a recuperação do peso corporal através de uma reeducação alimentar com apoio psicológico. Em geral, é necessário alguma forma de psicoterapia para ajudar o paciente a lidar com sua doença e com as questões emocionais subjacentes.
Psicoterapia individual, terapia ou orientação familiar, terapia cognitivo-comportamental (uma psicoterapia que ensina os pacientes a modificarem pensamentos e comportamentos anormais) são, em geral, muito produtivas.
Para o quadro de anorexia nervosa não há medicação específica indicada. O uso de antidepressivos pode ser eficaz se houver persistência de sintomas de depressão após a recuperação do peso corporal.
O tratamento da anorexia nervosa costuma ser demorado e difícil. O paciente deve permanecer em acompanhamento após melhora dos sintomas para prevenir recaídas.
Como se previne?
Uma diminuição da pressão cultural e familiar com relação à valorização de aspectos físicos, forma corporal e beleza pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É fundamental fornecer informações a respeito dos riscos dos regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", pois eles têm um papel decisivo no desencadeamento dos transtornos alimentares.