terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Matando 10 mitos sobre exercícios físicos

Matando 10 mitos sobre exercícios físicos

Por , em 25.01.2015 A indústria fitness é um negócio de bilhões de reais – exatamente pelo potencial de fazer dinheiro com reivindicações milagrosas que convencem pessoas desesperadas que elas vão perder peso ou ficar mais atraentes.
No meio de todo esse blá blá blá comercial, bons planos de treino e verdades simples se escondem, esperando sua hora de brilhar.
Essa hora chegou, graças a uma coisa chamada “ciência”. Veja mitos comuns sobre exercícios físicos e por que eles estão errados, de acordo com informações do Dr. Brian Parr, professor do Departamento de Exercício e Ciências do Esporte da Universidade da Carolina do Sul em Aiken, nos EUA.

Mito 1: No Pain, No Gain

Quem nunca viu essa frase na regata de um marombado na academia? Podendo ser traduzida como “Sem Dor, Sem Ganho”, ela absolutamente não é verdade. Desconforto após exercícios físicos é algo natural, mas dor? De jeito nenhum. “A ideia de que o exercício deve doer é simplesmente errada. Grande dor muscular durante ou após o exercício geralmente sugere uma lesão”, explica o Dr. Parr. “No entanto, um pouco dor muscular é inevitável, especialmente se você estiver começando a se exercitar”.
Este mito já foi desmascarado por médicos, fisioterapeutas e pesquisadores de todas as aéreas, mas ainda persiste porque a maioria das pessoas confundem a ideia de empurrar seus limites (aumentar sua resistência) com ter dor. É importante lembrar que os treinos ainda devem ser desafiadores – ao invés de muito fáceis -, mas se você estiver sentindo dor, deve parar.

Mito 2: Dor após o exercício é causada por ácido láctico nos músculos

De onde vem a dor que você começa a sentir um ou dois dias depois de malhar? Há uma crença de que a chamada “dor muscular de início tardio” é causada por acúmulo de ácido láctico nos músculos. “Essa crença baseia-se no fato de que durante a musculação, músculos produzem energia de forma anaeróbia (sem oxigênio), o que leva a produção de ácido láctico, em contraste com exercícios aeróbicos, como caminhada, que produzem energia com uso de oxigênio, que forma pouco ácido. Mas a ideia de que o ácido láctico provoca dor muscular tardia é falsa, uma vez que qualquer ácido produzido durante o exercício é destruído logo depois que você termina, muito antes de a dor começar”, explica Parr.
Em vez disso, a dor é causada por “rasgos” em seu músculo que ocorrem quando você se exercita, especialmente se você está começando um regime de treino novo. “O exercício extenuante leva a rasgos microscópicos no músculo, o que leva à inflamação e dor. Isso soa ruim, mas a lesão muscular é um passo importante para deixar o músculo cada vez maior e mais forte. Essencialmente, conforme o corpo repara esses rasgos, constrói tecido muscular novo, saudável e forte”.l

Mito 3: Demora muito para ficar em forma / É inútil fazer exercícios se você não pode fazer atividades físicas regularmente

Ficar em forma não precisa levar um tempo muito longo. Não existe nada milagroso para entrar em forma rapidamente, mas muitas pesquisas mostram que um regime de exercícios saudável não significa passar horas na academia todos os dias.Para fazer menos exercício e obter o mesmo benefício, é necessário aumentar sua intensidade. Isso é chamado de treino intenso intervalado, uma ótima maneira de reduzir o comprimento dos seus treinos e obter resultados em menos tempo – só que com mais esforço. Um treino pesado de 15 minutos por dia é suficiente, mas nem todos conseguem. Se preferir ir devagar, faça essa escolha, mas tenha paciência.
Além disso, enquanto exercício regular tem grandes benefícios para a saúde, fazer atividade mesmo que de vez em quando já é ótimo. Se você acha que não consegue treinar todos os dias, não use isso como motivo para não treinar hoje. Mesmo uma caminhada de meia hora uma vez por semana pode fazer uma grande diferença. Qualquer atividade é boa atividade.

Mito 4: Você precisa de uma bebida esportiva para repor eletrólitos/minerais/etc

As bebidas esportivas são importantes para melhorar o desempenho quando uma pessoa realiza exercícios de alta intensidade com mais de uma hora de duração com frequência, como as pessoas que treinam para maratonas ou triatlo. Bebidas esportivas fornecem água para substituir o que é perdido no suor e dão açúcar (glucose) como combustível para manter a energia.Mas a maioria de nós não precisa dessas bebidas. Treinos de menor intensidade ou menor duração não requerem essa “reposição”. Apenas água comum é mais do que suficiente. Na verdade, se você está se exercitando com o objetivo de perder peso, as calorias da bebida esportiva podem te atrapalhar.

Mito 5: Alongamento antes do exercício evita lesões

Este mito é controverso e os pesquisadores ainda não chegaram a um acordo. O que é importante entender, no entanto, é que alongamento é diferente de aquecimento. É muito importante se aquecer antes de fazer exercícios extenuantes, o que pode evitar lesões, mas alongamento especificamente têm pouco benefício (como uma revisão de mais de 10 estudos concluiu) e, na pior das hipóteses, pode até inibir seu desempenho (como um estudo da Universidade de Northampton descobriu).

Mito 6: Musculação não ajuda a emagrecer

Francamente, a maioria das pessoas que começa a se exercitar não perde peso imediatamente. Por causa disso, desistem. Embora seja mais fácil ver resultado ao cortar calorias em uma dieta, é mais provável manter a perda de peso com exercício físico.
A crença de que o exercício aumenta a massa muscular é verdadeira, mas isso não faz você ganhar peso.“O exercício, especialmente o treinamento de força, pode aumentar a massa muscular. Algumas pessoas acreditam que isso leva ao ganho de peso, não à perda de peso. Na verdade, quando a maioria das pessoas perde peso [através de dieta], perde gordura e músculo. O exercício ajuda a manter a massa muscular e promover a perda de gordura. A diminuição da massa muscular durante a perda de peso pode levar a uma redução na taxa metabólica de repouso, que é parte da razão pela qual as pessoas tendem a recuperar o peso após uma dieta. Ao reduzir a perda de massa muscular, os exercícios podem ajudar a manter a taxa metabólica e evitar a recuperação do peso”, argumenta o Dr. Parr.

Mito 7: Exercício físico ajuda a perder peso rapidamente

O inverso do mito anterior, esse também desanima as pessoas que não veem logo os resultados que estavam esperando. O problema é a simplificação do mantra: “comer menos calorias, queimar mais calorias”. Perder peso é mais complicado que isso. Por exemplo, caminhar pouco mais de um quilômetro em uma hora queima cerca de 100 calorias. Sentar em uma cadeira pelo mesmo período de tempo queima 60 calorias. Os benefícios da perda de peso vêm de aumentar a intensidade e duração do exercício uma vez que você começa a fazê-lo. Se você caminha ou corre mais de dez quilômetros em vez de um, você queima 500 calorias, e ao mesmo tempo demora mais no exercício, mais os benefícios da perda de peso aumentam ao longo do tempo em comparação a ficar sentado em casa.
Também é importante não confundir os benefícios da perda de peso com os benefícios de saúde do exercício físico, os quais se sente quase que imediatamente.

Mito 8: Você precisa tomar suplementos para construir músculos

Infelizmente, este é mais um mito que é aplicável a algumas pessoas, mas não a maioria de nós. Os suplementos podem te ajudar se você for um fisiculturista ou um alguém que treina pesado, mas a típica pessoa que treina duas ou três vezes por semana para manter a forma não precisa tomar creatina ou shakes de proteína para construir músculos.

Dr. Parr explica: “É verdade que você precisa de mais proteína para aumentar sua força muscular. Mas você pode facilmente obter essa proteína a partir de alimentos, o que significa que os suplementos são desnecessários”.
Ninguém está dizendo para você pular o shake de proteína se você achar que ele é gostoso, mas lembre-se que é essencialmente uma outra refeição e uma ingestão calórica que você pode não precisar se estiver indo para a casa jantar.

Mito 9: Se você não fizer exercícios quando é jovem, é perigoso quando ficar mais velho

Nunca é tarde demais para começar a se exercitar, você apenas tem que ser cauteloso. Um estudo de 2009 com mais de 1.800 idosos da Universidade Hebraica Hadassah e da Universidade Hebraica de Jerusalém concluiu que os idosos que começaram a se exercitar no final da vida eram propensos a viver mais tempo e de forma mais saudável do que os seus colegas que evitaram exercícios físicos.
A chave é encontrar um treino que está no nível de impacto certo para a sua idade e condição. Os benefícios para a saúde em áreas como memória, ansiedade e depressão e até mesmo artrite ou dor nas articulações se tornam visíveis quase imediatamente.

Mito 10: É melhor fazer exercícios em casa vs na academia

Se exercitar em uma academia não é nem melhor nem pior do que em casa, e vice-versa. Há opiniões de ambos os lados da questão, mas um estudo de 2008 publicado na revista Annals of Behavioral Medicine constatou que o que realmente importa é a crença pessoal do indivíduo sobre sua capacidade de iniciar e manter um regime de exercícios.
Essencialmente, os indivíduos que são capazes de motivar-se sozinhos a se exercitar e que acreditam que podem manter o treino são mais propensos a se beneficiar de um treino em casa. Pessoas menos confiantes em sua capacidade de manter um regime de treino se saem melhor na academia. No final, as duas versões desse mito são falsas: a verdade é que o melhor tipo de treino, seja em casa ou em uma academia, depende de você e de como você está motivado a manter seus objetivos de exercício. [LifeHacker] HScyence - Dez/19)

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Assustador: apenas 9% dos adolescentes conseguem diferenciar fatos de opiniões

Assustador: apenas 9% dos adolescentes conseguem diferenciar fatos de opiniões

Por , em 29.12.2019 A cada dois anos, amostras de alunos de 15 anos do Brasil e outros 78 países participam do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Desde o ano de 2000 esta avaliação classifica alunos dos países participantes em matemática, ciências e leitura. Em 2018, o foco da avaliação foi na leitura, e os resultados não foram nada bons.  Um estudo conduzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que coordena o PISA, constatou que apenas 9% dos alunos de 15 conseguem diferenciar fatos de opiniões. Este trabalho tem o título de “O que os estudantes sabem e podem fazer”. No teste de 2018, os alunos realizaram leituras de textos de tamanhos moderados nas telas de computadores, mídia mais procurada pelos jovens para leitura, em comparação com livros, revistas e outros impressos. A participação global foi de 600 mil estudantes, sendo que e 10,7 mil foram no Brasil, em 638 escolas.
A pesquisa concluiu que menos de 1 entre 10 estudantes testados conseguem “distinguir entre fato e opinião, com base em pistas implícitas relacionadas ao conteúdo ou à fonte da informação”. Apenas seis países conseguiram resultado melhor que 1 em 7 ao identificar fatos com sucesso: China, Canadá, Estônia, Finlândia, Singapura e Estados Unidos.
Os melhores leitores do mundo são da China, mais especificamente de quatro províncias: Beijing, Shanghai, Jiangsu e Zhejiang. Os países participantes da América Latina, de forma geral, ficaram abaixo da média na compreensão de texto.

Nível de proficiência na leitura

A avaliação tem seis níveis de leitura. O aluno que está no segundo nível, por exemplo, consegue identificar a ideia principal de um texto de tamanho moderado, encontrar informação baseada em critérios explícitos, apesar de algumas vezes serem complexos. Ele também consegue realizar uma reflexão sobre o objetivo e forma dos textos quando orientado diretamente a fazer isso. Cerca de 77% dos estudantes têm nível 2 de proficiência.
Os melhores leitores conseguiram atingir os níveis cinco ou seis, onde alunos conseguem compreender textos longos, lidar com conceitos abstratos ou contraintuitivos, e estabelecer distinções entre fato e opinião, com base em pistas implícitas relacionadas ao conteúdo ou fonte da informação. Apenas 8,7% dos estudantes participantes atingiram estes níveis.De forma geral, as observações apresentadas pelo trabalho servem de alerta claro de que ainda há muito o que fazer para melhorar o ensino e aprendizado de adolescentes no mundo todo.
“Hoje, eles vão encontrar centenas de milhares de respostas para suas perguntas na internet, e está nas mãos deles determinar o que é verdade e o que é falso, o que é certo e o que é errado”, diz o trabalho. “É por isso que a educação no futuro não é apenas sobre ensinar as pessoas, mas também ajudá-las a desenvolver bússolas confiáveis para navegar em um mundo cada vez mais complexo, ambíguo e volátil”.

Educomunicação

Uma possível solução para este enorme problema está na educomunicação, a educação para a mídia. Com ela, os consumidores de notícias e textos de todos os tipos aprendem a identificar características básicas de um conteúdo, como fontes e autores. Assim, têm maior autonomia para perceber se aquela é ou não uma notícia falsa.
[Big Think, OECD, Agência Brasil, Educomunicação] - HScyence - Dez/19

domingo, 22 de dezembro de 2019

9 crenças comuns sobre exercícios que não são verdadeiras

9 crenças comuns sobre exercícios que não são verdadeiras

Por , em 21.12.2019 Quando se trata de exercícios físicos, existem muitas crenças falsas que as pessoas têm dificuldade em abandonar. A professora de fisioterapia Julie Broderick, do Trinity College Dublin (Irlanda), aponta nove delas:

Uma vez em forma, não preciso mais me exercitar

Quando se trata de exercício físico, consistência é a chave. Se você parar de se exercitar ou diminuir bastante o ritmo, vai certamente perder muitos dos benefícios conquistados, como aptidão cardiovascular e resistência. Sem contar a forma.

Ficar em pé o dia todo não é o mesmo que se exercitar

Ficar em pé e se movimentar o dia inteiro é uma coisa boa, é claro. De fato, melhora a saúde. No entanto, se você quiser otimizar os benefícios de saúde, é preciso se exercitar de verdade. Tente suar um pouco, pelo menos 150 minutos por semana.

É preciso se exercitar no mínimo dez minutos por vez

As novas diretrizes sobre exercícios físicos não indicam um mínimo de tempo necessário de exercícios físicos para ter benefícios de saúde. Você pode carregar sacolas pesadas e isso ser melhor do que não fazer nada, por exemplo. A intensidade conta, porém. Se quiser otimizar seu tempo, invista em curtos períodos de atividade (de meio minuto a dois minutos) espalhados ao longo do dia, como subir lances de escadas com uma intensidade suficientemente alta para ficar ofegante, por exemplo.

Quem tem alguma condição crônica não deve se exercitar

Algumas pessoas pensam que suas condições a impedem de se exercitar, mas esse não é o caso. Inclusive, ser ativo fisicamente pode ter benefícios de saúde a uma variedade de condições crônicas, como cânceres, doenças cardíacas e doenças pulmonares. É preciso consultar um médico ou um fisioterapeuta antes de decidir qual exercício fazer e com qual intensidade, contudo.

Estou velho para me exercitar

Não existe idade para não se exercitar. Não importa quantos anos você tenha, ainda pode adquirir força, potência e massa muscular. Você deve se exercitar sim, com o acompanhamento de um profissional.

Exercício físico emagrece

Não necessariamente. Estudos científicos, inclusive, têm apontado que a dieta é mais importante nesse aspecto, ainda que fazer atividade física certamente ajude a perder calorias. Se sua meta de perda de peso for substancial, pode ser necessário fazer mais de 300 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana.s

Correr apenas uma vez por semana é pouco

Não é. Qualquer quantidade de corrida pode levar a benefícios à saúde. Uma pesquisa descobriu que até 50 minutos de corrida uma vez por semana em um ritmo mais lento que 9,65 km/h resulta em uma diminuição no risco de morte prematura. Ao mesmo tempo, correr mais do que isso não aumenta a expectativa de vida, necessariamente.Grávidas devem se exercitar pouco
Se você é saudável e sua gravidez não é de risco, fazer exercícios físicos de intensidade moderada é seguro. Além disso, pode ajudar a evitar diabetes gestacional e ganho excessivo de peso. Peça a ajuda de um profissional.

Se não estou me sentindo bem, não devo me exercitar

Se você estiver com febre, sentindo muita dor ou um mal-estar intenso, realmente não deve se exercitar. Na maioria dos casos, no entanto, fazer atividade física é seguro. Tente se guiar pelo seu corpo – escute-o, e se exercite até onde achar que é suficiente. [ScienceAlert] - HScyence - Dez/19

sábado, 21 de dezembro de 2019

Esse experimento de escola primária com pão branco vai te surpreender

Esse experimento de escola primária com pão branco vai te surpreender

Por , em 20.12.2019
Com o inverno do hemisfério norte batendo à porta e a temporada de gripe aberta, dois educadores americanos resolveram realizar um experimento muito interessante com seus alunos.
O especialista em comportamento infantil Jaralee Metcalf e a professora de educação especial Dayna Robertson, que trabalham com alunos autistas do jardim de infância até a sexta série, descobriram o experimento no site do Hospital Infantil C. S. Mott. Ele se chama “Quão limpas estão suas mãos?”.
Os resultados são certamente surpreendentes.

A importância da higiene

O objetivo da experiência científica era ensinar aos alunos a importância da higiene para evitar o espalhamento de germes e doenças.
O que os professores fizeram foi abrir um saco de pão branco de forma e submeter algumas fatias a condições diferentes:  uma delas não foi tocada e foi imediatamente colocada em um saco e selada. A outra foi tocada por todos os estudantes, sem que eles tivessem lavado as mãos.
A terceira foi tocada por todos os estudantes depois de eles lavarem as mãos com água e sabão. A quarta depois de todos limparem as mãos com antisséptico. Por fim, a última fatia foi esfregada nos computadores da sala de aula (que não estavam limpos).Confira os resultados, depois de 3 a 4 semanas:
Intocado
Tocado com mãos sujas
Tocado com mãos lavadas
Tocado com antisséptico
Esfregado nos computadores

Impactante

Todos ficaram surpresos quando mofo começou a se formar em algumas fatias em apenas alguns dias.
Segundo os educadores, o experimento funcionou.
“Os estudantes estavam muito envolvidos, geralmente fazem experimentos práticos. Como os resultados foram tão chocantes, os alunos e a equipe deram uma virada muito séria em direção a uma melhor higiene. Alunos de diferentes salas de aula de toda a escola vieram à nossa turma para olhar o pão mofado e aprender sobre a lavagem das mãos”, contou Metcalf.
Até eu estou indo lavar a mão agora. Já volto! [BoredPanda] - HScyence- Dez/19

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A devastação da Amazônia está rápida: aumentamos a área perdida em 84% em relação a 2018

A devastação da Amazônia está rápida: aumentamos a área perdida em 84% em relação a 2018

Por , em 17.12.2019 A área que sofreu desmatamento na Amazônia brasileira neste último mês de novembro saltou 104% em comparação com o mesmo mês em 2018, de acordo com dados oficiais publicados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).De forma geral, houve um aumento de 84% de desmatamento entre janeiro e novembro de 2019 em comparação com o mesmo período de 2018.
Estados que mais desmataram. Fonte: INPE
Esses dados são do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Inpe.Os dados divulgados agora mostram uma continuação na tendência de desmatamento observada no ano de 2019 inteiro. No mês de agosto o então diretor do Inpe, Ricardo Galvão, foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após ter divulgado dados que mostraram um aumento de 88% no desmatamento em junho de 2019 comparado a junho de 2019.

Área perdida em 2019 e na última década

Área perdida nos últimos 12 anos. Fonte: INPE
Outro sistema baseado em satélite usado pelo Inpe foi o PRODES, que leva mais tempo para compilar os dados mas produz resultados mais confiáveis, apontou que os 12 meses entre setembro de 2018 e setembro de 2019 tiveram desmatamento de mais de 10 mil km², a maior área desde 2008.
A média anual de área de floresta perdida entre 2009 e 2018 estava em 5,74 mil km².

Terras indígenas

Fonte: INPE
As terras mais afetadas foram as indígenas, com desmatamento 74,5% maior que no ano anterior.

Top 10

Na última sexta-feira (13), Ricardo Galvão foi nomeado um dos 10 cientistas mais importantes do ano pela respeitável revista britânica Nature. [Inpe, Phys.org] - HSyence - Dez 19

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Maconha parece estar ligada ao câncer de testículo

Maconha parece estar ligada ao câncer de testículo

Por , em 16.12.2019 Um novo estudo americano descobriu que homens que fumam maconha todos os dias por uma década podem ter um risco 36% maior de desenvolver câncer de testículo.Isso não significa que um a cada três fumantes pesados de maconha vão desenvolver câncer, mas sim que o risco de desenvolver a doença é aumentado em três vezes para cada indivíduo.

Metodologia

Os pesquisadores (do Instituto de Pesquisa e Educação do Norte da Califórnia, da Universidade Brown, da Universidade da Califórnia e do Memorial Sloan Kettering Cancer Center) revisaram 25 estudos sobre o assunto, que ao todo compreenderam 50 anos de dados coletados.Infelizmente, as metodologias dessas pesquisas eram todas diferentes, o que impediu a equipe de tirar melhores conclusões. De qualquer forma, a ligação encontrada não é causal, ou seja, não podemos dizer que a maconha causa câncer, ao menos por enquanto.
De todo o modo, o risco de desenvolver câncer testicular não deve preocupar muito as pessoas, uma vez que é preciso ser um usuário muito frequente e antigo da droga para ver efeitos.

Lacunas

Vale notar que não conhecemos totalmente os impactos da maconha na saúde, e os cientistas não gostariam que as pessoas assumissem que a droga não tem consequências.“Detestaria que as pessoas interpretassem isso como significando que o uso da maconha é completamente seguro. O fato é que não sabemos muito sobre o impacto do uso pesado, do uso em uma idade muito jovem ou sobre o uso de maconha que não seja fumada”, disse a pesquisadora Deborah Korenstein, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, ao Inverse.
Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica JAMA Network Open. [Futurism] HScyence - Dez/19

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Artigo – Sobre o direito das sucessões – Por Fábio Abrahão Bucci

Artigo – Sobre o direito das sucessões – Por Fábio Abrahão Bucci

Ao morrer, o falecido perde a sua titularidade sobre o patrimônio. No entanto, todo os seus bens, dívidas e obrigações, que com sua morte passou a ser reconhecido como sendo herança, por lei, são encaminhados os sucessíveis, que podem aceitá-la ou rejeitá-la.
I – INTRODUÇÃO
Com o falecimento da pessoa física termina com ela a sua existência jurídica. Esta situação é evidenciada pela Código Civil no art. 68, n.1 O Direito das Sucessões integra todas as áreas do Direito Civil. Desde modo, a pessoa falecida deixa de ser um sujeito possuidor de direitos e obrigações.
Ao morrer, o falecido perde a sua titularidade sobre o patrimônio. No entanto, todo os seus bens, dívidas e obrigações, que com sua morte passou a ser reconhecido como sendo herança, por lei, são encaminhados os sucessíveis, que podem aceitá-la ou rejeitá-la.
Esta situação é descrita por Maria Berenice Dias (2011), como sendo a sucessão. Ou seja, por causa da morte do responsável pela herança, ele deixa de ter a capacidade jurídica sobre os seus bens passando esse direito para outra(s) pessoa(s).
Nos primórdios da humanidade, tudo que era conquistado pertencia a todos os integrantes do grupo ou tribo. Havendo morte, os bens não era devolvido para os herdeiros pois já era de uso comum de todos.
Posteriormente, a religião e o parentesco integrou-se ao processo sucessório. Com isso, os integrantes da família eram determinado de acordo com a sua ligação religiosa, ou seja, a relação de parentesco era efetivada de acordo com ao culto no qual os demais integrantes da família pertenciam (RIZZARDO, 2005).
Segundo Rizzardo (2005), as primeiras diretrizes relacionadas ao direito sucessório romano baseavam-se na relação existente entre o culto no qual a família praticava e no seu vínculo com a propriedade, ou seja, a religião era a base fundamental do direito sucessório.
A respeito do Brasil, por ter sido por muito tempo colônia de Portugal, suas leis eram submetidas às Ordenações do Reino, sendo que, segundo Gonçalves (2007), as primeiras tinham uma grande semelhança com o direito romano.
Entre as várias leis que vieram a ser implantadas para versarem sobre o tema sucessão no Brasil posteriormente, Oliveira (1952), destacou que a Lei 1.839, de 31 de dezembro de 1907, denominada de Lei Feliciano Pena, modificou os dizeres relacionados à vocação hereditária, incluindo o conjugue como herdeiro, dando-lhe prioridade sobre os demais.
Em seguida, em 1ª de janeiro de 1916, entrou em vigor a Lei 3.071, denominada Código Civil, que tratou o tema sucessão de uma forma especial. Na consolidação das Leis Civis em seu art. 978 e no Código Civil de 1916, em seu art. 1572, com base no Código Civil Francês, o Brasil passou a fazer uso do Princípio da Saisine (GONÇALVES, 2008).
Ao entrar em vigor, o Código Civil Brasileiro de 1916, entendia que somente a família constituída do casamento teriam direitos, do mesmo modo, somente os filhos tido dentro do casamento eram reconhecidos como filhos legítimos, e por consequência, possuidores de direitos.
Estas e outras discriminações, como por exemplo, com os filhos adotivos e concubinatos somente foram vencidas por lei com o reconhecimento da União Estável através da Constituição de 1988. No entanto, o direito sucessório do companheiro já vinha sendo assegurado desde 1994, através da Lei 8.971.28.
Com o passar dos anos, devido as inovações sociais, políticas e econômicas, novas leis foram surgindo para atender às necessidades da população diante da nova problemática levantada. O texto atual do Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, por estar atrelado à Constituição Federal de 1988, traz algumas novidades sobre as sucessões, substituindo as premissas destacadas pela lei de 1916.
Nos dias atuais, o Direito Sucessório possui um aparato legal conforme consta no art. 5º, § XXX e XXXI da Constituição Federal de 1998; no art. 10 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro; nos artigos 982 a 1169 do Código de Processo Civil; nos artigos 1784 a 2027 do Código Civil e na Lei 11.441/2007.
II – SOBRE A SUCESSÃO E OS SUCESSORES
No que se refere à abertura das sucessões, o art. 1784 do Código Civil diz que sendo aberta a sucessão, a herança deve ser transmitida imediatamente para os herdeiros legítimos e testamentários. De fato, a sucessão só é aberta caso haja uma morte real ou presumida.
Tendo a morte, a herança, segundo o art. 1829 CC, deve ser transmitida da seguinte maneira:
Para os descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente (exceto se foi casado no regime da comunhão universal, ou da separação de bens); ou se no regime da comunhão parcial, caso o autor da herança não tiver deixado bens particulares.
Para os ascendentes em concorrência com o cônjuge.
Ao cônjuge sobrevivente.
Aos colaterais, ou seja, irmão, tios e primos.
Na falta deles, a herança será recolhida pelo município, Distrito Federal ou união (art. 1844 CC).
No momento de transmissão da herança, no caso da comoriência, ou seja, morte simultânea, onde duas ou mais pessoas morrem e não se sabe quem morreu primeiro, a abertura da sucessão e a transmissão da herança aos herdeiros ocorrem num só momento.
No entanto, para que, de fato o sucessão seja eficaz, é necessário que o herdeiro aceite a herança. Sobre isso o art. 1804 CC destaca que sendo aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.
Caso o herdeiro não aceite a herança, a situação da transmissão fica na condição de não verificada.
No art. 1791 CC, fica evidente que a herança consiste em um todo. Neste caso, mesmo que haja vários herdeiros, até a partilha, o direito dos coerdeiros quanto a herança será INDIVISÍVEL.
A respeito da Sucessão legítima e testamentária, o art. 1.786 CC faz o seguinte esclarecimento:
A sucessão dá-se por lei ou por disposição de ultima vontade.
Nota-se que a sucessão pode ser simultaneamente legitima e testamentária nas situações em que o testamento não abranger todos os bens do falecido, tendo em vista que os que não estiverem incluídos serão transmitidos para os herdeiros legítimos.
A Sucessão a título universal se dá quando o herdeiro deve tomar posse da totalidade da herança, fração ou percentual dela.
No caso da Sucessão a título singular, o testador deixa claro para beneficiário que o falecido deixou um bem específico para ele.
O art. 426 CC deixa evidencia a não possibilidade de se realizar a sucessão sob a forma contratual. No entanto, a mesma lei, através do seu art. 2018 abre uma exceção: “é válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou por última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários”.
A respeito da Herança Jacente e Vacante, os arts. 1819 à 1823 faz as seguintes considerações:
Nos casos em que o falecido não deixar testamento e não ter nenhum herdeiro conhecido ou mesmo ao tê-los estes renunciam a herança, os bens irão para o ente federativo através de um processo legal.
No caso da Herança Jacente, a lei estabelece que se trata de uma condição onde é nomeado uma pessoa (curador) para conservar e administrar o bens do falecido até o herdeiro legitimo poder tomar posse do mesmo. Porém, na ausência do herdeiro, serão emitidos editais convocatórios para que o mesmo venha tomar posse. Se após a realização de todas as diligências possíveis no intervalo de um ano (contados através da data de emissão do primeiro edital) para localizá-lo e notificá-lo o herdeiro não aparecer, haverá a declaração de vacância.
III – EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO POR INDIGNIDADE E DESERDAÇÃO
Os arts. 1814 e 1818 CC destacam que trata-se de uma situação onde a pessoa é privada de receber a herança. São sanções civis aplicadas para com as pessoas que não se comportam bem diante do autor da herança.
Trata-se de uma pena civil, elaborada pelo legislador para evitar que os herdeiros necessários, os legítimos e os testamentários tomem posse de uma herança, tendo antes infligido alguma das seguintes situações:
houverem sido autores, co-autores ou partícipes em crime de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança, ou incorreram em crime contra a sua honra (calúnia, difamação e injúria), ou de seu cônjuge ou companheira (o);
por violência ou fraude, a inibiram ou obstaram o autor da herança de livremente dispor dos seus bens por ato de última vontade.
Neste caso, o indigno não terá direito a fazer usufruto dos bens. A exclusão do herdeiro, ou legatário, em qualquer uma das situações apresentadas acima, será declarada através de uma sentença de ação ordinária, movida por quem tenha interesse na sucessão (art. 1815 CC). O prazo é de 04 (quatro) anos, sob pena de decadência. Os efeitos da sentença declaratória de indignidade retroagem (ex tunc) à data da abertura da sucessão, considerando o indigno como pré-morto ao de cujus.
Em caso de reabilitação, o art. 1818 CC permite ao ofendido reabilitar o indigno. E para que esta reabilitação de fato ocorra, deverá ser realizado na forma de testamento ou na forma de outro documento que ateste o perdão do indigno.
Além dos motivos destacados no art. 1814, o art. 1962 destaca outras situações em que é possível realizar a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
ofensa física;
injúria grave;
relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
IV – ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Os arts. 1829 até 1844 CC estabelecem um ordem de vocação hereditária para as pessoas que irão suceder o ente principal da família, sendo: 1ª descendentes + cônjuge; 2ª ascendentes + cônjuge; 3ª cônjuge; 4ª colaterais até 4º grau.
O art. 1836, § 2º, deixa claro que, sobre os ascendentes, não há distinção entre a linhagem materna e paterna.
No caso dos ascendentes, de acordo com o art. 1853 não é possível ter direito de representação.
Sobre os colaterais, os arts. 1840, 1841, 1843 caput e 1851 se, destacam que os mais próximos tem preferência sobre os demais, com exceção no caso de direito de representação para filho de irmão quase morto. No caso dos irmãos germanos ou bilaterais e irmãos unilaterais, os últimos tem direito à metade do quinhão dos primeiros. Tio e sobrinho são colaterais de 3º grau, caso não haja nenhum outro herdeiro, a herança deve ser dividida entre eles. No entanto, o direito sucessório da preferência ao sobrinho em relação ao tio na sucessão, tendo em vista que o sobrinho pode entrar no lugar do irmão pré-morto, que é um colateral de 2º grau, enquanto o tio, por ser ascendente, não possui direito de representação, se mantendo no 3º grau.
V – DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
O direito de representação é autorizado pela lei nas situações em que o parente do falecido sucederia, caso vivesse. Esta situação somente é possível na sucessão legítima, conforme art. 1.851 CC.
O direito de representação só é possível na linha reta sucessória descendente e jamais na ascendente (art. 1.852 CC). Na linha colateral, só poderá ser representada em favor dos filhos de irmãos do falecido (sobrinhos), nos casos em que irmão encontra-se na linha sucessória.
VI – SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA E TESTAMENTO
A Sucessão Testamentária refere-se a um documento no qual o sucessor é definido através de um documento. Este documento possui uma significativa utilidade por servir para a nomeação de tutores, reconhecimento de filhos, deserdação de herdeiros, revogação de testamentos anteriores, entre outras situações relacionadas a ultima vontade do falecido.
Trata-se de um ato unilateral e individual, não podendo ser realizado de forma coletiva. Caso não sejam observadas as regras de solenidades, o ato será considerado nulo, conforme consta no art. 166, V do CC.
VII – CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA
O Código Civil, através do art. 1.860 CC, isenta da capacidade de testar somente os menores de dezesseis anos, os desprovidos de discernimento e a pessoa jurídica.
A capacidade para testar deve estar presente no ato em que o testamento é realizado, do contrário não terá validade.
A capacidade testamentária passiva ocorre nas situações em que os herdeiros são incapazes para adquirir a herança através do testamento, proibindo que se nomeiem herdeiros ou legatários.
VIII – LEGADOS
O Legado é uma situação no qual o testador deixa a pessoa estranha ou não à sucessão legítima, um determinado objeto ou certa quantia em dinheiro.
Se a herança refere à totalidade ou uma fração ideal dos bens, de acordo com o art. 80, II do CC, o legado já é a sucessão que incide sobre uma coisa certa e determinada.
A coisa legada é definida apenas pelo gênero, segundo o art. 1.915 do CC. Não sendo possível o legado de coisa alheia (art. 1.912).
Nas situações em que vários herdeiros ou legatários são chamados à herança por motivo de testamento em quinhões determinados, e algum deles não puder comparecer ou não queira aceitar a sua parte, esta parte poderá ser acrescida a outros co-herdeiros ou co-legatários, menos nos casos de direito do substituto.
A Substituição hereditária consiste em situação testamentária na qual o testador chama uma pessoa para receber, no todo ou em parte, a herança ou o legado, na falta ou após o herdeiro ou o legatário nomeado em primeiro lugar.
IX – CONCLUSÃO
O Código Civil de 1916 tinha uma visão individual, considerada por muitos como sendo inspirada em um modelo liberal onde a capacidade de testar era muito limitada.
Já com o Código de 2002, esta limitação foi superada, o capítulo relacionado à sucessão testamentária para o da sucessão legítima. Com isso, a sucessão legítima leva em consideração todos os herdeiros necessários, tendo em vista que todos os sucessores passaram a constar na lei.
Apesar de ter sido lenta esta evolução do direito de sucessão, ela foi necessária para dar um melhor entendimento as situações sucessórias particularizadas e atender de forma precisa as necessidades dos seus sucessores.
X – REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Civil, Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
CASSONE, V. Direito tributário: fundamento constitucionais da tributação, classificação dos tributos, interpretação da legislação tributário, doutrina, prática e jurisprudência, atualizado até a EC nº 38 de 12/06/2002. São Paulo: Atlas, 2003.
CODIGO TRIBUTARIO NACIONAL (CTN). Constituição Federal.  São Paulo: Saraiva, 2008.
DIAS, M. B. Manual das sucessões. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
DURANT, Will (2002). História da civilização, vol. IV: A idade da fé. Rio de Janeiro: Record.
GASPARETTO JUNIOR, A. Lei das doze tábuas, 2013. Disponível em: <https://www.infoescola.com/direito/lei-das-doze-tabuas/>. Acesso em 08 out. 2018.
GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro: direito de família. São Paulo: Saraiva, 2007.
GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2008.
MELO, J. E. S. de. Curso de direito tributário. São Paulo: Dialética, 2003.
OLIVEIRA, A. V. I. de. Tratado de direito das sucessões. São Paulo: Max Limonad, 1952.
RIZZARDO, A. Direito das sucessões: Lei nº 10.406, de 10.01.2002. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005.
SOUSA, R. C. de. Lições de direito das sucessões. Coimbra: Editora Renovada, 1999.
Fonte: Direito Net

sábado, 14 de dezembro de 2019

LASER NA ODONTOLOGIA

LASER NA ODONTOLOGIA
A palavra LASER significa light Amplification by Stimulated Emission of Radiation que, em português, seria ‘luz amplificada pela emissão estimulada de radiação’.
O laser é uma fonte de luz com vários comprimentos de onda que lhe conferem propriedades terapêuticas.
O laser de baixa potência ou laser terapêutico (low level laser therapy – LLLT) tem ação antiinflamatória, analgésica e bioestimulante.
Atualmente, devemos considerar o laser um auxiliar terapêutico indispensável aos consultórios odontológicos.
Como toda técnica , porém, é fundamental que se conheça bem os seus princípios básicos, principalmente porque os efeitos e o mecanismo de ação do laser são bastante complexos.
No caso do Herpes Labial, por exemplo, é comum o paciente chegar ao consultório para aplicação do laser, e ele já estar usando uma pomada ou tomando um comprimido para o Herpes. Infelizmente, esses comprimidos ou pomadas, têm o mecanismo de ação somente no DNA do vírus, diminuindo somente o tempo de exposição da lesão não atuando diretamente no fortalecimento da imunidade da região, apesar de não ter problema do seu uso concomitante com o laser.
O laser vai biomodular a região, isto é, vai fazer com que o local fique mais resistente (as células do nosso organismo ficam mais fortes e resistentes ao vírus), fazendo com que a reincidência diminua acentuadamente.
APLICAÇÕES E INDICAÇÕES NA ODONTOLOGIA
Alívio da dor - promove o alívio de dores de diversas etiologias, dores de origem pulpar, dores nevrálgicas, dores em tecido mole, mialgias, dores de pré e pós – operatório, entre outras aplicações.
Reparação tecidual - A fotobioestimulação por laser tem sido empregada de maneira bastante eficaz após tratamento de canal, lesões traumáticas, promovendo uma reparação tecidual mais rápida e com padrão de qualidade tecidual superior.
Redução de edema ou “inchaço” e de hiperemia que seria o aumento da circulação sanguínea local (efeito antiinflamatório, antiedematoso e normalizador circulatório) – Indicado na aplicação do pós operatório de procedimentos no campo da periodontia (inflamações gengivais e dos tecidos de sustentação dos dentes), cirurgia oral menor, etc
Anestesia - Ajuda a diminuir o desconforto do paciente no momento da aplicação da anestesia, visto que pode ser utilizado como pré-anestésico. O laser promove aumento da microcirculação e, desta forma, ajuda na absorção do anestésico, nos casos de pacientes com dificuldade para serem anestesiados.A laserterapia é bastante eficaz no tratamento da hipersensibilidade dental que está associada a uma dor aguda, súbita e de curta duração. A hipersensibilidade pode ocorrer durante ou após a restauração dental, pela retração da gengiva, e após o clareamento dental.
Dores na articulação da mandíbula
Paralisia facial
Herpes simples (Herpes Labial)
Herpes zoster
Hipersensibilidade dentinária
Afta
Alveolite (infecção ou a inflamação do alvéolo pós extração dentária)
Bioestimulação óssea
Cárie
Endodontia (Tratamento de canal)
Exodontia (Extração dentária)
Língua geográfica (termo usado para descrever a aparência de mapa geográfico da língua, causada por manchas irregulares em sua superfície, de causa desconhecida)
Lesão traumática
Nevralgia do trigêmio (é uma dor de forte intensidade, basicamente tipo um choque ou um raio que ocorre na face das pessoas. É geralmente de curta duração, a dor vem e volta, e é considerada por algumas pessoas a dor mais forte que o ser humano possa sentir)
Parestesia (Sensações cutâneas subjetivas, por exemplo., frio, aquecimento, formigamento, pressão, etc. que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação)
Fonte: ABC da saúde

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Febre Maculosa: causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

Febre Maculosa: causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção



O que é Febre Maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.
No Brasil duas espécies de riquétsias estão associadas a quadros clínicos da Febre Maculosa:
  • Rickettsia rickettsii, que produz a doença grave registrada no norte do estado do Paraná e nos Estados da Região Sudeste.
  • Rickettsia sp. cepa Mata Atlântica, que tem sido registrada em ambientes de Mata Atlântica, produzindo quadros clínicos menos graves.
No Brasil, os principais vetores e reservatórios são os carrapatos do gênero Amblyomma, tais como A. sculptum (= A. cajennense) conhecido como carrapato estrela ,  A. aureolatum e A. ovale. Entretanto, potencialmente, qualquer espécie de carrapato pode ser reservatório da bactéria causadora da Febre Maculosa, como por exemplo, o carrapato do cachorro.
A Febre Maculosa, se não tratada adequadamente, pode evoluir para quadros graves e levar a pessoa à morte.
IMPORTANTE: De acordo com a Portaria do MS de consolidação Nº 4 de 03 de outubro de 2017 todo caso de febre maculosa é de notificação obrigatória às autoridades locais de saúde. Deve-se realizar a investigação epidemiológica em até 48 horas após a notificação, avaliando a necessidade de adoção de medidas de controle pertinentes.

Quais são os sintomas da Febre Maculosa?

Os principais sintomas da Febre Maculosa são:
  • Febre acima de 39ºC e calafrios, de início súbito.
  • Dor de cabeça intensa.
  • Náuseas e vômitos.
  • Diarreia e dor abdominal.
  • Dor muscular constante.
  • Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés.
  • Gangrena nos dedos e orelhas.
  • Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões causando paragem respiratória.
Além disso, com a evolução da  Febre Maculosa é comum o aparecimento de manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Como ocorre a transmissão da Febre Maculosa?

A transmissão da Febre Maculosa, em seres humanos, é basicamente por meio da picada do carrapato infectado pela bactéria causadora da doença. Os carrapatos permanecem infectados durante toda a vida, em geral de 18 a 36 meses.
Ao picar e se alimentar do sangue, o carrapato transmite a bactéria por meio da saliva. Geralmente a pessoa não percebe que foi picada nem sabe aonde aconteceu, porque a picada não causa dor, apesar de ser o suficiente para abrir espaço para a bactéria entrar no organismo.
No Brasil, a maior parte dos casos de Febre Maculosa ocorre na região sudeste e os animais que geralmente são hospedeiros desse tipo de carrapato são a capivara e o cavalo. Ao atravessar a barreira da pele, a bactéria causador da Febre Maculosa chega ao cérebro, pulmões, coração, fígado, baço, pâncreas e tubo digestivo, e por isso é importante saber identificar e tratar essa doença o quanto antes para evitar maiores complicações e até mesmo a morte.
O período de incubação da doença, ou seja, período da infecção até manifestação dos primeiros sintomas, é de 2 a 14 dias, mas varia de acordo com cada pessoa.
Febre Maculosa: causas, diagnóstico, tratamento, diagnóstico e prevençãoA Febre Maculosa é uma doença causada pela picada do carrapato.

Como é feito o tratamento da Febre Maculosa?

O tratamento precoce da Febre Maculosa é essencial para evitar formas mais graves da doença e até mesmo a morte da pessoa. Assim que surgirem os primeiros sintomas, é importante procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. O tratamento é feito com antibióticos específicos. Em determinados casos, pode ser necessária a internação da pessoa.
O sucesso do tratamento, com consequente redução da letalidade, está diretamente relacionado à precocidade de sua introdução e à especificidade do antimicrobiano prescrito. A terapêutica é empregada rotineiramente por um período de 7 dias, devendo ser mantida por 3 dias, após o término da febre.
A falta ou demora no tratamento da Febre Maculosa pode afetar o sistema nervoso central e causar encefalite, confusão mental, delírios, convulsões e coma. Os rins podem ser afetados, apresentando insuficiência renal aguda e inchaço por todo o corpo. Os pulmões também podem ser atingidos, em casos mais graves, gerando, muitas vezes, necessidade de suporte de respiração.
IMPORTANTE:  A partir da suspeita médica da bactéria, causadora da Febre Maculosa, o tratamento com antibióticos deve ser iniciado imediatamente, não se devendo esperar a confirmação laboratorial do caso. Quanto mais rapido o tratamento for iniciado, maiores serão as chances de cura e menores as possibilidades de complicações ou morte.

Como é feito o diagnóstico da Febre Maculosa?

O diagnóstico precoce da Febre Maculosa é muito difícil, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outros problemas de saúde, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia.
No entanto, o médico fará avaliação dos sintomas e perguntará onde você mora ou se esteve em locais com grandes chances de ter sido picado por um carrapato, ele também pode solicitar uma série de exames para confirmar ou contribuir com o diagnóstico.
Os testes laboratoriais mais indicados para diagnóstico específico da Febre Maculosa são:
  • Reação de imunofluorescência indireta (RIFI): detectam presença de anticorpos contra a bactéria, a partir de coleta de sangue
  • Exame de Imunohistoquímica: detecta a bactéria em amostras de tecidos obtidas a partir de biópsia de lesões de pele.
  • Técnicas de biologia molecular − reação em cadeia da polimerase (PCR): realizada a partir de amostras de sangue, tecido de biópsia. Detecta o material genético da bactéria.
  • Isolamento da bactéria: O isolamento da bactéria é feito a partir do sangue (coágulo) ou de fragmentos de tecidos (pele e pulmão obtidos por biópsia) ou de órgãos (pulmão, baço, fígado obtidos por necrópsia), além do carrapato retirado do paciente. A bactéria irá crescer em um meio de cultura.
Os testes laboratoriais mais indicados para diagnóstico inespecífico e complementares da Febre Maculosa são:
  • Hemograma: observa alteração no padrão das células sanguíneas como, anemia, diminuição de plaquetas.
  • Enzimas: algumas enzimas do corpo podem estar aumentadas, demonstrando indício de alguma infecção.
Os resultados desses exames, no entanto, podem levar semanas. Por isso, se houver suspeita, o médico deve iniciar o tratamento com antibióticos urgentemente, tendo em vista que quanto mais cedo a terapia for iniciada, maiores são as chances de se evitar complicações e morte do paciente.


Quais são os fatores de risco da Febre Maculosa?

Os principais fatores de risco que aumentam as chances de se contrair a infecção por Febre Maculosa são:
  • Viver em uma área onde a doença é comum, como locais rurais ou arborizados.
  • Convivência com cachorro, cavalo ou outros animais domésticos.
  • Se um carrapato infectado se prender à sua pele, é possível contrair febre maculosa ao remover o carrapato, pois o fluido do carrapato pode entrar no seu corpo por meio de uma abertura como o local da picada.
Para diminuir os riscos de infecção, em caso de exposição a carrapatos, siga os seguintes passos:
  • Ao remover um carrapato da sua pele, use uma pinça para agarrá-lo e remova-o cuidadosamente.
  • Trate o carrapato como se estivesse contaminado: mergulhe-o em álcool ou jogue no vaso sanitário.
  • Limpe a área da mordida com anti-séptico.
  • Lave bem as mãos.
IMPORTANTE:  A incidência da Febre Maculosa  é mais comum em pessoas que vivem ou frequentam áreas rurais infestadas por carrapatos. além disso, estar em contato com animais como capivaras, cavalos, vacas e cachorros com carrapatos também aumenta o risco de contrair a doença.

Como prevenir a Febre Maculosa?

Atualmente não existe nenhuma vacina eficaz contra a Febre Maculosa, mas é possível adotar algumas medidas para prevenir a doença.
  • Use roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato, uma vez que ele é escuro.
  • Use calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas.
  • Evite andar em locais com grama ou vegetação alta.
  • Use repelentes de insetos: atualmente já existem repelentes contra carrapatos no mercado.
  • Verifique se você e seus animais de estimação estão com carrapatos: após três horas de exposição a áreas de risco é preciso verificar se há a presença de algum carrapato no corpo. Após esse período, o inseto já terá transmitido a bactéria para a pessoa.
  • Remova um carrapato com uma pinça: pegue com cuidado o carrapato. Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água.
Quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos de seu corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada dos insetos. Fonte:Ministério da Saúde

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Conheça 20 das 71 novas espécies descobertas em 2019

Conheça 20 das 71 novas espécies descobertas em 2019

Por , em 11.12.2019 Nos últimos 10 anos, foram descobertas 1375 espécies no mundo todo. Em 2019, foram registradas 71 novas espécies, ligeiramente abaixo da média. Mesmo assim, as descobertas foram muito interessantes:

20. Siphamia Arnazae

Peixe encontrado em Papua Nova Guiné.

19. Cirrhilabrus Wakanda

Belíssimo peixe do Oceano Índico Ocidental.

18. Cordylus Phonolithos

Esta é uma nova espécie de lagarto encontrada em Angola.

17. Tomiaymichthys Emilyae

Esta espécie vive na Indonésia.

16. Nucras Aurantiaca

Este lagarto vive na África do Sul.

15. Chromoplexaura Cordellbankensis

Este é um coral de águas profundas, encontrado pela primeira vez a 80 km de São Francisco.

14. Janolus Tricellarioides

Esta lesma do mar foi encontrada nas Filipinas.

13. Justicia Alanae

Esta planta florida é do México.

12. Ecsenius Springeri

Este é uma nova espécie de peixe Blenny

11. Lola Konavoka

Este é um aracnídeo que vive apenas em cavernas.

10.  Eviota Gunawanae

Este animal vive na Indonésia.

9.  Diptirus Lamillai

A raia de focinho comprido Dituurs lamiallai vive nas Ilhas Falkland

8. Hoplolatilus Andamanensis

Este peixe vive nas Ilhas de Andamã e Nicobar (Golfo de Bengala, nordeste do Oceano Índico).

7. Cinetomorpha Sur

Esta espécie de aranhas é encontrada no México.

6. Trembleya Altoparaisensis

Esta planta florida é encontrada no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, Brasil.

5. Protoptilum Nybakkeni

Esta é uma nova espécie de coral.

4. Gravesia Serratifolia

Esta é uma planta encontrada apenas no Parque Nacional Marojejy, em Madagascar.

3. Myrmecicultor Chihuahuensis

Esta é uma aranha que ama formigas e que vive no Deserto de Chihuahua, no México.

2. Liopropoma Incandescens

Esta é uma nova espécie de peixe basslet.

1.  Vanderhorst Dawnarnalla

Este animal foi encontrado na Indonésia.
[Bored Panda] - Fonte:HScyence - Dez/19