quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A arte da guerra de Miyamoto Musashi

O japonês Miyamoto Musashi é considerado o maior samurai de todos os tempos. Ele nasceu em 1584 e criou um modelo de estratégia utilizado até hoje


“Quando você atinge o caminho da estratégia, não haverá uma única coisa que não possa compreender – e verá o caminho em tudo”
Você provavelmente já ouviu falar no general chinês Sun Tzu. Há aproximadamente 2.500 anos, ele foi um profundo conhecedor de manobras militares, acumulou inúmeras vitórias, derrotou exércitos inimigos e escreveu a “A Arte da Guerra”, inspiração para líderes e estrategistas corporativos antigos e atuais do mundo inteiro.
Mas a história e o modelo oriental revelam muito mais ensinamentos que Sun Tzu e seus admiradores poderiam prever. Foi assim que um sujeito não tão conhecido no ocidente quanto o general chinês – mas com uma notável persistência e sabedoria – transformou-se no maior samurai de todos os tempos.
Miyamoto Musashi não conheceu a derrota. Venceu mais de 60 batalhas e construiu uma filosofia que chamou de Gorin No Sho (“O livro dos Cinco Anéis”), considerada a suma estratégia para a vitória em qualquer campo e contra qualquer inimigo. Embora voltadas à mortal arte da esgrima, as suas técnicas aplicam-se ao não menos letal mundo competitivo dos mercados.
O que, por exemplo, é exigido hoje como essencial para um profissional competente – como buscar ser multidisciplinar e ampliar seu leque de conhecimento em várias áreas – já era pregado pelo samurai no século 16. Entre as suas filosofias, Musashi afirmava a necessidade de trilhar e conhecer diversas profissões para ampliar as habilidades. E é claro que ele seguiu isso: dedicou-se às artes, como pintura, caligrafia, escultura e manuscrito de livros.
Musashi ressaltava, ainda, a importância de possuir as ferramentas certas para a realização de um trabalho, acumular técnicas e executar ações com planejamento e tática. Para o samurai, assim como um carpinteiro torna-se melhor com seus instrumentos e é capaz de criar novas coisas à medida que se torna experiente, também um guerreiro pode se tornar um estrategista, capaz de adaptar seu estilo à tática necessária para a batalha. Para Musashi, a partir do domínio de sua arma (ou ofício) o homem alcança o controle de si e, em consequência, a vitória nas diversas situações de vida.
Musashi tornou-se uma lenda já em sua época. Seu nome está gravado no imaginário japonês como sinônimo de bravura com sabedoria e humildade. As histórias de suas proezas estão registradas em diversos textos, diários, monumentos e, na atualidade, seus ensinamentos continuam por meio de filmes, séries de TV, mangás, livros de negócios e videogames. Miyamoto Musashi foi um guerreiro consagrado pela arte milenar da estratégia e imortalizado nos fundamentos culturais intrínsecos de seu povo.

Princípios de Musashi

  • Evitar todo e qualquer pensamento perverso;
  • Conhecer muitas artes – não só a arte militar;
  • Compreender os mandamentos das diversas profissões;
  • Discernir as vantagens e as desvantagens que existem em todas as coisas;
  • Conhecer, pela percepção instintiva, coisas que não podem ser vistas;
  • Prestar atenção aos menores detalhes;
  • Desenvolver a capacidade de discernir a verdade em todas as coisas.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Funcionários primeiro, clientes depois

Funcionários em primeiro, clientes em segundo”

O livro de Vineet Nayar abraça e desenvolve a ideia de valorizar o funcionário e o que ele tem a dizer como um caminho para o sucesso

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Provavelmente você já deve ter passado pela frustrante experiência de tentar trocar um produto numa loja e esbarrar numa insana burocracia, prazos e exigências que te fizeram desistir. Também é provável que já tenha pedido para trocar um sanduíche no McDonald’s e teve sua solicitação prontamente atendida, sem perguntas ou desconfiança extras.
Em ambos os casos, a solução tem pouco a ver com o funcionário em si e tudo a ver com os processos adotados. Este é o tema central da revolucionária ideia de Vineet Nayar em seu livro “Employees First, Customers Second” (“Funcionários em Primeiro, Clientes em Segundo”): deixe os funcionários realizarem seu trabalho. Ao visitar diversas filiais ao redor do mundo, assim que assumiu o cargo mais alto da HCLT (gigante indiana da área de TI) Nayar deparou-se com uma situação comum à maioria delas: os funcionários que tinham mais contato com os clientes, aqueles que realmente geravam valor para a companhia não recebiam a devida atenção, tampouco tinham a liberdade necessária para fazê-la prosperar.
Os níveis gerenciais estavam distantes do que chamou de “Zona de Valor” e atrapalhavam as melhores iniciativas. Sua visão consistia em ajudar na relação entre colaboradores e clientes – ou ao menos deixar de atrapalhar as importantes interações com o mundo exterior. As mudanças implementadas por ele sustentaram-se em dois pilares: transparência e quebra de hierarquia.
A transparência era necessária para criar um clima de confiança entre a alta gerência e demais funcionários. Assim, seu primeiro passo foi abrir todas as informações financeiras para qualquer nível da companhia. Cada pessoa envolvida sabia, então, como sua contribuição ajudava a empresa atingir seus objetivos.
Nayar também criou canais específicos de comunicação para que todos pudessem manifestar suas queixas e sugestões, além de resolver problemas pessoais ou de suas áreas. Mas a maior revolução talvez tenha ocorrido nas avaliações de desempenho, que saíram da alçada do RH e deixaram de ser atreladas ao pagamento de bônus, passando a focar exclusivamente no desenvolvimento do funcionário. Além disso, sua mecânica permitia que qualquer empregado avaliasse quem quer que fosse, desde que guardasse alguma relação de trabalho com a pessoa.
Tal medida teve o efeito colateral de revelar estruturas informais de poder, expondo o grau de influência de cada colaborador, independentemente de sua posição. Com a divulgação de absolutamente todos os resultados deste processo, Nayar conseguiu inverter a hierarquia formal da empresa, garantindo voz aos funcionários e permitindo que efetivamente criassem valor em suas atividades.
É interessante notar, ainda, que em seu objetivo de colocar os funcionários em primeiro lugar, Nayar não dedicou um parágrafo sequer a salários ou benefícios. Talvez entenda que a empresa que realmente deseje ter este perfil já tenha feito este dever de casa. Ou que as atitudes aqui descritas representem um fator motivacional muito além do dinheiro ou bons planos de saúde. Ou, quem sabe, ambas as opções.
“Employees First, Customers Second” (“Funcionários em Primeiro, Clientes em Segundo), de Vineet
Nayar, subverte a Administração tradicional que coloca os consumidores como a prioridade máxima para as empresas. Editora: Harvard Business Press, 208 págs.

Recuperação Judicial


29/10/2013 11h17 - Atualizado em 29/10/2013 12h27

Veja perguntas e respostas sobre recuperação judicial

Petroleira OGX, de Eike Batista, pode entrar em processo de recuperação.
A recuperação judicial é uma medida para evitar a falência de uma empresa

Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo

A petroleira OGX, do empresário Eike Batista, informou nesta terça-feira (29) que após meses de negociação não chegou a um acordo com credores - no início deste mês, a empresa comunicou que não pagaria cerca de US$ 45 milhões de parcelas referentes a juros de dívidas emitidas no exterior, vencidas no dia 1º deste mês.
A OGX tem até esta semana para chegar a um entendimento sobre a dívida. Caso isso não ocorra, poderá ter de pedir recuperação judicial.

Entenda o que poderá acontecer se a empresa entrar em recuperação judicial.

1 - O que é recuperação judicial?
2 - Como a empresa entra em recuperação judicial?
3 - O que deve constar no plano de recuperação?
4 - O que é feito durante a recuperação judicial?
5 - O que acontece com as ações da empresa durante a recuperação?
6 - Como é encerrada a recuperação judicial?
7 - O que acontece se a empresa não conseguir um acordo para a recuperação judicial ou não cumprir o que está no acordo?

1 - O que é recuperação judicial?
A recuperação judicial é uma medida  para evitar a falência de uma empresa. É pedida quando a empresa perde a capacidade de pagar suas dívidas.
"É um meio para que a empresa em dificuldades reorganize seus negócios, redesenhe o passivo e se recupere de momentânea dificuldade financeira", explica o advogado especialista no tema, Artur Lopes.

A recuperação judicial é abordada no capítulo três da lei Lei de Falências e Recuperação de Empresas (LFRE), de 2005.

De acordo com a lei, a recuperação judicial tem como objetivo viabilizar que a empresa supere a situação de crise econômico-financeira, buscando evitar a falência.

Com isso, a empresa mantém sua produção, o emprego dos trabalhadores e o interesses dos credores (que querem ser pagos), “promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”, diz a lei.

2 - Como a empresa entra em recuperação judicial?
O pedido de recuperação judicial deve ser feito na Justiça, explica Lopes.
A partir do pedido, a empresa tem 6 meses para tentar um acordo com credores sobre um plano de recuperação que definirá como sairá da crise financeira.

Assim que entra com o pedido de recuperação judicial, a empresa precisa apresentar um processo para o juiz. O juiz analisa esse processo e se a documentação estiver completa, dá o despacho que autoriza a recuperação. "Se tiver alguma dúvida, algum documento fatando, ele vai pedir para a empresa completar a documentação", diz o advogado.

Após o despacho, a empresa tem 60 dias para apresentar o plano de recuperação à Justiça (caso contrário, o juiz decreta a falência).

Apresentando o plano, o juiz vai divulgar esse plano para que os credores se manifestem.
Os credores tem 180 dias (contados a partir do despacho) para aprovar ou não o plano.

Se aprovado, a empresa entra em processo de recuperação. Se não for aprovado, o juiz decreta a falência da empresa.
A negociação entre as partes é intermediada por um administrador judicial nomeado pela Justiça.

3 - O que deve constar no plano de recuperação?
A empresa e tem que apresentar à Justiça e aos credores um plano de como sairá da atual crise, de acordo com o advogado Luiz Antonio Caldeira Miretti, especialista em recuperação de empresas e falências.

É um processo baseado na negociação e permite que credores e devedores apresentem as condições que acreditam ser razoáveis.

No plano, é analisada toda a parte contábil, de produção, estoque e fluxo de caixa da empresa.

É necessário fazer uma a projeção de como a companhia fará para organizar as contas e sair do vermelho, explicou Miretti.

É necessário apresentar aos credores como é que as dívidas serão pagas, em qual prazo e como fará isso.

Por exemplo, deve estar discriminado se o pagamento será feito em parcelas fixas, se para isso a empresa venderá bens, se irá se desfazer de uma filial etc.

4 - O que é feito durante a recuperação judicial?
Durante a recuperação judicial, a empresa deve cumprir o estabelecido no plano. Enquanto isso, as operações da empresa seguem normalmente.

A empresa precisa apresentar um balanço mensal para prestar contas ao juiz e aos credores sobre o andamento da empresa.

O administrador judicial nomeado pela Justiça funciona como intermediador entre a empresa, os credores e a Justiça.

Caso a empresa não cumpra o que está no acordo, o juiz decreta a falência da empresa.
5 - O que acontece com as ações da empresa durante a recuperação?
Quando a empresa apresenta um pedido de recuperação judicial, as negociações com suas ações são suspensas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
6 - Como é encerrada a recuperação judicial?
A recuperação é encerrada quando a empresa cumprir tudo o que estava previsto no plano de recuperação.
"O que normalmente acontece com as recuperações judiciais que dão errado é que o empresário não faz a lição de casa", explica o especialista Artur Lopes.

Se a empresa cumprir tudo o que está previsto, depois de tudo pago, o juiz finaliza o processo de recuperação.

7 - O que acontece se a empresa não conseguir um acordo para a recuperação judicial ou não cumprir o que está no acordo?
É decretara a falência da empresa.

O capítulo cinco da Lei de Falências é o que diz respeito à falência.
Com a falência, o devedor é afastado suas atividades com o objetivo de preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos produtivos (inclusive os intangíveis) da empresa.
Segundo a lei, “a decretação da falência determina o vencimento antecipado das dívidas do devedor e dos sócios”, e as partes responsáveis “serão representadas na falência por seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as mesmas penas, ficarão sujeitos às obrigações que cabem ao falido”.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Células do Tecido Nervoso

Outras células do tecido nervoso

Células de Schwann
Certos tipos de neurônios são envolvidos por células especiais, as células de Schwann. Essas células se enrolam dezenas de vezes em torno do axônio e formam uma capa membranosa, chamada bainha de mielina.

A bainha de mielina atua como um isolamento elétrico e aumenta a velocidade de propagação do impulso nervoso ao longo do axônio.
Na doença degenerativa conhecida como esclerose múltipla, por exemplo, ocorre um deterioração gradual da bainha de mielina, resultando na perda progressiva da coordenação nervosa.


Células da glia
O tecido nervoso apresenta outras células auxiliares que dão suporte ao funcionamento do sistema nervoso: são as células da glia ou gliais. Elas digerem em forma e função, cada uma desempenha um papel diferente na estrutura e no funcionamento do tecido nervoso. Os astrócitos dão suporte mecânico e fornecem alimento à complexa e delicada rede de circuitos nervosos. Os oligodendrócitos desempenham função equivalente à das células de Schwann, formando bainhas protetoras sobre os neurônios que ficam no encéfalo e na medula espinhal. As micróglias são um tipo especializado de macrófago cuja função é fagocitar detritos e restos celulares presentes no tecido nervoso.





Transmissão dos impulsos nervosos

Transmissão do impulso nervoso

Em um neurônio, os estímulos se propagam sempre no mesmo sentido: são recebidos pelos dendritos, seguem pelo corpo celular, percorrem o axônio e, da extremidade deste, são passados à célula seguinte (dendrito – corpo celular – axônio). O impulso nervoso que se propaga através do neurônio é de origem elétrica e resulta de alterações nas cargas elétricas das superfícies externa e interna da membrana celular.
A membrana de um neurônio em repouso apresenta-se com carga elétrica positiva do lado externo (voltado para fora da célula) e negativa do lado interno (em contato com o citoplasma da célula). Quando essa membrana se encontra em tal situação, diz-se que está polarizada. Essa diferença de cargas elétricas é mantida pela bomba de sódio e potássio. Assim separadas, as cargas elétricas estabelecem uma energia elétrica potencial através da membrana: o potencial de membrana ou potencial de repouso (diferença entre as cargas elétricas através da membrana).
Quando um estímulo químico, mecânico ou elétrico chega ao neurônio, pode ocorrera alteração da permeabilidade da membrana, permitindo grande entrada de sódio na célula e pequena saída de potássio dela. Com isso, ocorre uma inversão das cargas ao redor dessa membrana, que fica despolarizada gerando um potencial de ação. Essa despolarização propaga-se pelo neurônio caracterizando o impulso nervoso.
Imediatamente após a passagem do impulso, a membrana sofre repolarização, recuperando seu estado de repouso, e a transmissão do impulso cessa.
O estímulo que gera o impulso nervoso deve ser forte o suficiente, acima de determinado valor crítico, que varia entre os diferentes tipos de neurônios, para induzir a despolarização que transforma o potencial de repouso em potencial de ação. Esse é o estímulo limiar. Abaixo desse valor o estímulo só provoca alterações locais na membrana, que logo cessam e não desencadeiam o impulso nervoso.
Qualquer estímulo acima do limiar gera o mesmo potencial de ação que é transmitido ao longo do neurônio. Assim, não existe variação de intensidade de um impulso nervoso em função do aumento do estímulo; o neurônio obedece à regra do “tudo ou nada”.

 
Dessa forma, a intensidade das sensações vai depender do número de neurônios despolarizados e da freqüência de impulsos. Imagine uma queimadura no dedo. Quanto maior a área queimada, maior a dor, pois mais receptores serão estimulados e mais neurônios serão despolarizados.
A transmissão do impulso nervoso de um neurônio a outro ou às células de órgãos efetores é realizada por meio de uma região de ligação especializada denominada sinapse.
O tipo mais comum de sinapse é a química, em que as membranas de duas células ficam separadas por um espaço chamado fenda sináptica.

Na porção terminal do axônio, o impulso nervoso proporciona a liberação das vesículas que contêm mediadores químicos, denominados neuro-transmissores. Os mais comuns são acetilcolina e adrenalina.
Esses neurotransmissores caem na fenda sináptica e dão origem ao impulsos nervosos na célula seguinte. Logo a seguir, os neurotransmissores que estão na fenda sináptica são degradados por enzimas específicas, cessando seus efeitos.
No sistema nervoso, verifica-se que os neurônios dispõem-se diferenciadamente de modo a dar origem a duas regiões com coloração distinta entre si e que podem ser notadas macroscopicamente: a substância cinzenta, onde estão os corpos celulares, e a substância branca, onde estão os axônios. No encéfalo (com exceção do bulbo) a substância cinzenta está localizada externamente em relação a substância branca, e na medula espinha e no bulbo ocorre o inverso.
Os nervos são conjuntos de fibras nervosas organizadas em feixes, unidos por tecidos conjuntivo denso.

Fibras nervosas

Regeneração das fibras nervosas
Assim com as células musculares do coração, os neurônios não se dividem mais depois de diferenciados. Desse modo, se forem destruídos, não são mais repostos. No entanto, os prolongamentos dos neurônios podem, dentro de certos limites, sofrer regeneração, desde que o corpo celular não tenha sido destruído. Quando um axônio é cortado acidentalmente, o que ocorre no caso de ferimentos na pele, a região que fica ligada ao corpo celular é chamada coto proximal, e a que fica separada é chamada coto distal. Este último degenera e é fagocitado pelos macrófagos, que limpam a região lesada. Já o coto próxima cresce e se ramifica. Ao mesmo tempo, células que formam a bainha de mielina do coto distal modificam-se e proliferam, originando colunas celulares que servirão de guia para os ramos que estão crescendo a partir do coto proximal. Quando um desses ramos penetra nessa coluna de células, ele regenera completamente o axônio.


Quando o espaço entre o coto proximal e o distal é muito grande ou quando ocorre uma amputação, os ramos do coto proximal crescem desordenadamente, entrelaçam-se e formam uma estrutura muito sensível à dor, chamada neuroma de amputação.

Como poupar o planeta

Como poupar o planeta

 
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Para a maior parte das pessoas, ter comportamentos que promovam uma vida sustentável implica mais gastos, pois supostamente, tratam-se de alimentos orgânicos ou de adquirir produtos ecológicos, que é claro, são mais dispendiosos.
Mas saber como poupar o planeta não tem de ser assim.
Termos um comportamento ecológico pode partir duma simples redução dos desperdícios diários ou mesmo do tipo de consumo que fazemos da energia, por exemplo. Estes são dois exemplos de modos como poderemos não só poupar o planeta, mas também a nossa carteira.
Aceite algumas dicas e fique a saber como pode, realmente, poupar o planeta diariamente.

Poupar o planeta

  • Ande a pé ou de bicicleta, ainda que por curtas distâncias. Não só estará a ajudar o meio ambiente, como a economizar dinheiro. Em vez de ir de carro ou apanhar o autocarro para algum lugar, como uma pastelaria ou supermercado, aproveite e vá de bicicleta ou a pé. Não só tem a oportunidade de fazer exercício físico como estará a poupar o planeta.
  • Um estudo feito recentemente revelou que a produção de carne bovina acaba por emitir tanta quantidade de CO2 quando o equivalente a correr 1,6 mil quilómetros de carro (isto num carro de gastos médios).Quer isto dizer que reduzir, nem que seja um pouco apenas o consumo de carne, iria ajudar e muito. Aproveite para substituir a carne pelo peixe, pelo menos, uma vez por semana.
  • Cada vez mais se vê, hoje em dia, o carpooling, ou seja, as boleias, por exemplo, para o trabalho. Colegas de trabalho vão compartilhando as idas para o trabalho nos seus carros, alternadamente.
  • Mesmo em casa pode aprender sobre como poupar o planeta. Por exemplo, opte sempre por lâmpadas fluorescentes, ou pelo menos utilize-as em ambientes que necessitem de mais iluminação. Por exemplo, duas lâmpadas fluorescentes de 20 watts iluminam mais e duram por mais tempo que uma lâmpada incandescente de 100 watts.
  • O facto de deixar os seus aparelhos eletrónicos como televisão ou dvd em standby contribui para um agravamento do consumo de energia. Quer isto dizer que cada vez que o fazemos, estamos a desperdiçar energia. Este tipo de consumo de energia é conhecido como “vampirização” e, na prática, acaba por corresponder até 30% na fatura da luz. Por isso, lembre-se de sempre desligar os aparelhos eletrónicos quando não os estiver a utilizar.
  • Quando sair de casa, seja para passear ou para o trabalho, lembre-se de levar consigo ums garrafa de água, pois poderá sempre enchê-la, ao invés de estar a comprar garrafas novas. Isto vai ajudar a contribuir para poupar o planeta. Mesmo manter uma delas à mesa, nas refeições ou no escritório, vai evitar o uso de embalagens plásticas em excesso e, assim, também aproveitará para poupar algum dinheiro.

sábado, 26 de outubro de 2013

Contrato de Experiência - Não reconhecimento

Notícias do TST

Contrato por experiência de trabalhador que prestou serviço terceirizado não é reconhecido



(Sáb, 26 Out 2013 09:50:00)
O Tribunal Superior do Trabalho não reconheceu contrato por experiência de maçariqueiro (operador de maçarico, instrumento de solda ou corte de metal)) que anteriormente prestou serviço terceirizado na mesma empresa. Com o contrato de experiência de 90 dias, a Trufer Comercio de Sucatas Ltda. tentava se livrar da estabilidade de um ano prevista em lei para o empregado, vítima de acidente de trabalho com 86 dias de contrato.
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do TST (SDI-1) não acolheu recurso da empresa contra a decisão desfavorável da Sexta Turma do Tribunal.  Para o ministro João Batista Brito Pereira, relator na SDI-1, o fato do empregado ter trabalhado para a Trufer através de uma empresa de serviço temporário inviabiliza a sua contratação logo em seguido por experiência.
De acordo com o relator, o contrato de experiência, que não dá direito à estabilidade no caso de acidente de trabalho, existe devido à necessidade de um prazo para empresa testar e avaliar as aptidões e qualificações do empregado. O que não seria o caso, pois isso já era conhecido pelo serviço temporário anterior. "Mesmo o fato de a prestação temporária ter ocorrida apenas por 47 dias não afasta a conclusão de que foi inválida a subsequente contratação a título de experiência", concluiu ele.
Na sentença original, a 2ª Vara do Trabalho de Diadema (SP) anulou o contrato por experiência e o transformou em contrato por tempo determinado, abrangendo o período de 16 a 23 de março de 2009. O  juiz ainda tornou nula a demissão do maçariqueiro em virtude de 12 meses de estabilidade pelo acidente de trabalho.
A Vara condenou também a empresa no pagamento dos salários desse período, com os reflexos nas verbas trabalhistas, como férias, FGTS, 13ª salário,  entre outras). A decisão foi  confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), pela Sexta Turma do TST e, agora, pela SDI-1.
(Augusto FonteneleAR)
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, composta por quatorze ministros, é o órgão revisor das decisões das Turmas e unificador da jurisprudência do TST. O quorum mínimo é de oito ministros para o julgamento de agravos, agravos regimentais e recursos de embargos contra decisões divergentes das Turmas ou destas que divirjam de entendimento da Seção de Dissídios Individuais, de Orientação Jurisprudencial ou de Súmula.

Catarata



CATARATA
O que é?
É uma opacidade do cristalino. O cristalino é a lente que temos dentro do olho. Quando ela fica opaca, causa diminuição da visão, e não melhora mesmo com o uso de óculos.
Como se adquire?
A catarata pode ser congênita (rara) ou adquirida, que é a forma mais freqüente.
As cataratas congênitas são aquelas que aparecem nas crianças e podem ser hereditárias (em até 20%) ou por infecções (rubéola, durante a gestação, é a causa mais freqüente) ou ainda por desordens metabólicas (diabetes).
AAs cataratas adquiridas podem ter como causa: a idade (é a mais comum é aparece com 60 ou mais anos e é chamada de "catarata senil"); o trauma; o uso de determinados medicamentos, como os que possuem corticóides; as inflamações intra-oculares; as radiações e diversas doenças das quais a diabetes é a mais freqüente.
Como se trata?
O tratamento da catarata quando a visão não melhora de modo satisfatório com a correção dos óculos é sempre cirúrgico. Essa cirurgia é chamada de "facectomia" e sempre que possível é feito o implante de uma lente que visa corrigir o grau necessário para uma visão normal para longe.
Atualmente a cirurgia da catarata por facoemulsificação permite que o procedimento seja realizado por pequenas incisões. Esta técnica oferece maior segurança e mais rápida recuperação para o paciente.
Exames pré-operatórios vão determinar o grau da lente a ser implantada bem como a melhor técnica a ser escolhida para essa cirurgia. Na criança, quanto mais cedo for feito o tratamento maior será a chance de recuperação da visão e quando a catarata é somente em um dos olhos deve ser feito um rigoroso tratamento para estimular a visão desse olho.

Ecoturismo = Serra da Canastra

Serra da Canastra - MG

Localizada no sudeste de Minas Gerais, a Serra da Canastra conta com enormes e deliciosas cachoeiras. O Parque torna-se mais encantador quando no caminho para uma das inúmeras cachoeiras da região se encontra um tamanduá, lobo-guará, tucano, veado campeiro ou uma seriema, animais que habitam a Serra.


Para conhecer bem o Parque deve-se pegar a estrada principal. São, aproximadamente, 80 km de estrada de terra, que passa pelas principais atrações da Canastra. Para entrar no Parque é necessário pagar um taxa.

História e Cultura
Em 1501 a Serra da Canastra já estava sendo desbravada pelo italiano Américo Vespúcio. Ao encontrar um rio cristalina batizou-o de São Francisco em homenagem ao dia do Santo.O Parque foi criado em 1972 visando proteger as inúmeras nascentes de rios que há na Canastra, entre eles o Rio São Francisco. A origem do nome vem da semelhança da Serra com o que os antigos habitantes chamavam de canastra, no caso uma espécie de baú.

Clima
A melhor época para se conhecer a Serra da Canastra é no período de seca, que vai de abril a outubro. Durante as chuvas (novembro a março) as estradas ficam debilitadas, dificultando o acesso às atrações do Parque.

Vegetação e relevo
A vegetação típica do Parque é o cerrado, composto por árvores baixas, de galhos retorcidos e casca grossa. Sua diversidade vegetal impressiona, contendo mais de 1.200 espécies de plantas diferentes.
A Serra da Canastra é na verdade um conjunto de montanhas que começa próximo à cidade de São Roque de Minas e vai até a Serra das Sete Voltas (próximo a Delfinópolis). Entre esses dois maciços (Serra da Canastra e a Serra das Sete Voltas) está o Vale dos Cândido. Sua altitude máxima é 1.494 m.

Alimentação
Há pouquíssimas alternativas de restaurantes e lanchonetes, tanto no Parque quanto nas cidades próximas. A melhor opção é ir prevenido, com muitos lanches para fazer os passeios pelo Parque.

Hospedagem
Nas cidades de São Roque de Minas, Cássia e Delfinópolis existem opções simples de pousadas e hotéis. Há ainda a opção de camping, que tem capacidade para 60 barracas.

Dicas gerais
Informe-se com o Ibama ou Informações Turísticas das condições de estrada antes de ir para Serra da Canastra.

Atrações
Atividades noturnas: Em São Roque de Minas existem alguns barzinhos e um restaurante que costuma ter algumas apresentações de dança ou cantores. A verdadeira atração, entretanto, fica por conta do céu estrelado e limpo da Serra da Canastra.
Cachoeira Casca D Anta: Essa queda tem cerca de 180 m de altura e forma um lago de, aproximadamente, 30 m quadrados. A cachoeira pode ser vista de cima ou de baixo. Quem quiser avistá-la do alto deve seguir 35 km de estrada pelo Parque e depois andar cerca de vinte minutos por uma trilha. Já quem preferir vê-la de baixo deve pegar uma trilha de cerca de duas horas até Vargem Bonita.
Cachoeira dos Rolinhos: Essa caminhada de apenas quinze minutos leva à uma queda d água formada pelo rio Ribeirão da Mata. Uma das grandes atrações é o gavião Caracará que de vez em quando aparece nos arredores. Para chegar à Cachoeira dos Rolinhos deve-se seguir, aproximadamente, 30 km pela estrada principal.
Curral de Pedras: Para quem gosta de história, esse passeio reúne ruínas de antigas fazendas da região. Para chegar lá, basta percorrer 11,5 km pela estrada principal.
Fazenda do Capão Forro: Nessa fazenda encontram-se uma série de cachoeiras, com piscinas naturais próprias para um banho refrescante. A Fazenda do Capão Forro encontra-se no km 2 da estrada para São Roque de Minas.
Nascente do Rio São Francisco: Quem vai à Serra da Canastra tem que conhecer a nascente de um dos rios mais importantes do Brasil, o São Francisco. O Velho Chico abastece cinco estados brasileiros. Na nascente se encontra uma estátua de São Francisco. O acesso se dá pela estrada principal do Parque.
Restaurante Viva: Um ambiente lindo, aberto, cheio de jardins e muito charmoso. serve uma deliciosa comida mineira servida em panelas de barro, receitas do Dona Isa. Além disso tudo ainda oferece uma variedade de 30 sabores de crepe. o delicoso queijos canastra quente ou frio, pratos rápidos.
No almoço tem self-service e para o jantar se come muuuuito bem ala carte.
Um lugar de licioso que tem musica ao vivo aos Sábados.

http://webventura.estadao.com.br

Laudo Médico para a Justiça

Perícia

Juiz não fica vinculado a laudo médico oficial para conceder isenção de IRShare0

Para reconhecer o Direito à isenção de imposto de renda em decorrência de doença grave, o juiz não está vinculado a laudo oficial emitido por perícia médica da União, dos Estados, do DF ou dos municípios. Ele é livre para admitir e apreciar outras provas, inclusive laudo médico assinado por profissional vinculado ao SUS.
Com base nesse entendimento, a 1ª turma do STJ rejeitou recurso do Instituto de Previdência dos Servidores do ES, que alegava a necessidade do laudo médico oficial como requisito indispensável para a concessão da isenção tributária.
O instituto recorreu contra decisão concessiva de MS a servidor aposentado que demonstrou, por meio de prova documental – incluindo laudo médico subscrito por profissional conveniado ao SUS, que é portador de cardiopatia isquêmica grave.
O TJ/ES havia concedido a segurança para determinar ao instituto a suspensão imediata dos descontos referentes ao IR retido na fonte, incidente sobre os proventos de aposentadoria do servidor.
Segundo o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, relator do recurso na 1ª turma, a decisão do tribunal está em consonância com a jurisprudência do STJ, devido à "prevalência dos princípios do contraditório e da ampla defesa, que autorizam ao recorrente utilizar-se de todos os meios de prova admitidos na perseguição do reconhecimento de seu direito".
Para o relator, ainda "que conste como preceito legal, a perícia médica oficial não pode ser tida como indispensável, ou e principalmente, como o único meio de prova habilitado, sendo necessário ponderar-se a razoabilidade de tal exigência legal no caso concreto".
O ministro ressaltou a importância do laudo da perícia médica oficial, mas considerou que "ele não tem o condão de vincular o juiz, que, diante das demais provas produzidas nos autos, poderá concluir pela comprovação da moléstia grave".
O relator concluiu citando o art. 30 da lei 9.250/95, que prevê que o juiz, "é livre na apreciação da prova apresentada por ambas as partes, nos termos dos artigos 131 e 436 do Código de Processo Civil".

Salário-Maternidade


Benefício

Lei garante salário-maternidade a pais que adotarem crianças de qualquer idadeare0

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira, 24, a lei 12.873/13, que garante salário-maternidade pelo período de 120 dias ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança. A percepção do benefício está condicionada ao afastamento do segurado do trabalho ou da atividade desempenhada.
O salário-maternidade será calculado sobre:
I - a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;
II - o último salário-de-contribuição, para o empregado doméstico;
III - 1/12 da soma dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado; e
IV - o valor do salário mínimo, para o segurado especial.
O benefício não poderá ser concedido a mais de um segurado envolvido no mesmo processo de adoção ou guarda, ainda que os cônjuges ou companheiros estejam submetidos a regime próprio de Previdência Social.
No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado durante todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito.
Até agora, a lei 8.213/91 assegurava o salário-maternidade pelo período de 120 dias à segurada da Previdência Social que adotasse ou obtivesse guarda judicial para fins de adoção de criança com até um ano de idade. Se a criança tivesse entre um e quatro anos de idade, o benefício seria concedido por 60 dias e se a criança tivesse de quatro a oito anos de idade, a duração cairia para 30 dias.

Palmadas podem afetar comportamento dos filhos


Palmadas podem afetar comportamento e capacidade de aprendizado de seu filho

Por em 22.10.2013 as 15:00
original
Um novo estudo publicado na revista Pediatrics afirma que apanhar pode afetar o comportamento de uma criança e sua capacidade de aprendizagem durante anos.
Crianças de 9 anos que apanharam pelo menos duas vezes por semana pelos pais aos 3 ou 5 anos eram muito mais propensas a quebrar regras e agir de forma agressiva do que as crianças que não levaram palmadas.
Elas também eram mais propensas a pontuar mais baixo em testes de vocabulário e compreensão de linguagem, se tivessem apanhado com frequência aos 5 anos de idade.

O estudo

Cerca de 2.000 famílias em 20 cidades nos Estados Unidos participaram da pesquisa da Universidade de Columbia (EUA). Os pesquisadores perguntaram aos pais quantas vezes eles haviam batido no seu filho porque ele havia se comportado mal no mês anterior em duas ocasiões: quando a criança tinha 3 e 5 anos.
Também, avaliaram o comportamento agressivo das crianças e seu vocabulário nas idades de 3 e 9.
No geral, 57% das mães e 40% dos pais bateram nos seus filhos de 3 anos de idade, enquanto 52% das mães e 33% dos pais relataram dar palmadas seus filhos de 5 anos de idade.
As crianças cujos pais as bateram nas idades entre 3 e 5 se mostraram mais propensas a agir de forma agressiva e quebrar regras aos 9 anos. Em comparação, apenas as crianças que apanharam com frequência (duas vezes ou mais por semana) aos 3 anos de idade mostraram esse efeito de agressão com 9 anos.
“Essas descobertas surpreendem pessoas que usam a palmada para obter resultados imediatos, ou seja, a palmada pode fazer seu filho parar de fazer o que está fazendo no momento”, disse Catherine Taylor, da Universidade de Nova Orleans (EUA), que não participou do estudo. “Mesmo que as crianças não reajam às palmadas de cara, ninguém fica feliz de apanhar. Os pais estão, inadvertidamente, ensinando a criança que bater ou ser agressiva é uma maneira de resolver problemas”.
Apanhar também teve um efeito sobre as competências linguísticas da aos de 9 anos. As que foram surradas com frequência aos 5 eram muito mais propensas a ir mal em testes que julgaram seu vocabulário receptivo, que é a capacidade de reconhecer e compreender palavras ao ouvi-las ou lê-las.
Esta segunda descoberta sugere que quando os pais batem nos pequenos para fins disciplinares, geram efeitos a longo prazo sobre a capacidade verbal das crianças. “Isso, naturalmente, tem implicações para o desempenho acadêmico e sucesso geral na vida delas no futuro”, disse Taylor.
Ao avaliar a agressão e vocabulário das crianças aos 3 anos, o estudo também testou o argumento de que algumas delas são apenas mal comportadas e, portanto, recebem mais palmadas. Eles descobriram que os efeitos comportamentais e o atraso cognitivo das crianças de 5 anos que apanhavam com frequência mantiveram-se constantes, independentemente do comportamento inicial da criança.
Embora a pesquisa mostre uma aparente associação entre palmadas e comportamento agressivo e habilidades de aprendizagem da criança, não necessariamente prova uma relação de causa-e-efeito.

Evidências fortes

Esses resultados fazem coro a outras evidências científicas de que bater nos filhos não faz bem para sua educação.
Um estudo publicado em março desse ano descobriu que crianças que apanham e têm uma predisposição genética para o comportamento agressivo se tornam mais agressivas. Pesquisadores canadenses afirmaram em julho que até 7% de uma série de distúrbios de saúde mental em adultos foram associados com a punição física durante a infância.
Outro estudo da Universidade de Manitoba e do Hospital Infantil de Eastern Ontario que analisou 36 mil pessoas durante 20 anos concluiu que nenhuma punição física tem efeito positivo – a maior parte tem, na verdade, efeitos negativos.
Além disso, um estudo da Universidade de Plymouth, em Devon (Reino Unido), indicou que pais que batem em ou gritam com seus filhos os colocam em maiores riscos de desenvolver câncer, doença cardíaca e asma.

Proibir ou não proibir

32 países proíbem o castigo físico de crianças por pais ou responsáveis. No Brasil, a chamada “Lei da Palmada” está em tramitação e pode punir pais que maltratem os filhos. Já nos EUA e Canadá a prática é permitida, apesar da Academia Americana de Pediatria desaconselhar fortemente o uso de castigos físicos como forma de disciplina.
Uma pesquisa de 2010 realizada com 4.025 pessoas com mais de 16 anos em 11 capitais do Brasil revelou que 70,5% delas sofreram alguma forma de castigo físico quando jovens. Nos EUA, a porcentagem passa dos 90% – e fica em torno dos 10% na Suécia.
Esses números altos contradizem uma pesquisa feita pela CNN que analisou 16 países de culturas diferentes e sugeriu que a conversa é a arma mais poderosa para disciplinar as crianças. Tirar um privilégio (como videogame) é a segunda tática mais popular. As menos consideradas foram mandar as crianças para o quarto e bater nelas.
Ora parece que os pais não costumam bater nas crianças, ora parece que as batem a todo momento. Às vezes nos inclinamos às palmadas porque senão nossos filhos serão desobedientes e delinquentes, outras vezes nos inclinamos a não bater neles pelo mesmo motivo. O que fazer então?
De acordo com Tania Zagury, mestre em educação, filósofa, escritora e professora da Universidade Federal do Rio Janeiro, se parece que nossos antepassados conseguiram mais com os jovens do que se consegue hoje, seguramente não foi porque batiam nos filhos. O que ocorreu foi que uma série de fatores, como a influência das novas mídias exacerbando o consumismo, a corrupção (e a impunidade) por parte dos que deveriam dar o exemplo aos mais jovens, a desestruturação da família e a ausência de ambos os pais em casa, para citar alguns, tornaram educar um desafio gigantesco nas últimas décadas.
Com isso, os pais acabaram perdendo o foco do que é realmente importante. Muitos hoje consideram sua tarefa principal “fazer o filho feliz”, o que acaba resultando em apenas satisfazer desejos e vontades. Anteriormente, era “fazer dos filhos homens de bem”, significando priorizar fundamentos éticos na educação. “E isso se alcança com muito diálogo, ensinando a pensar e a não se deixar conduzir por mídias ou grupos. No entanto, é tarefa quase inexequível para quem não tem certeza do que é prioritário”, esclarece Tania. [MedicalXpress]

nove pratos horripilantes


9 pratos horripilantes que você não vai acreditar que as pessoas realmente comem

Por em 22.10.2013 as 17:00
Comer é uma das melhores coisas do mundo, muitos concordariam. Não é o caso dos 9 pratos listados abaixo. É preciso ter MUITO estômago para provar essas iguarias.
Se você é sensível a conteúdo gráfico, não prossiga.

9. Polvo se contorcendo

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Se você é do tipo que acha que filme de terror é engraçado, provavelmente vai apreciar a iguaria japonesa e coreana conhecida como “odori don”. É literalmente uma lula ou polvo vivo despejado no seu prato ainda se debatendo no meio do molho.
No sentido estrito, o animal não está vivo, porque os cozinheiros fazem a bondade de remover seu “cérebro” antes de servi-lo. Mas, no momento em que chega a sua mesa, estava vivo há tão pouco tempo que ainda mexe seus tentáculos e tenta fugir quando você derrama molho por cima dele. O que está acontecendo, além de seus pesadelos lhe serem servidos em um prato, é que os nervos e músculos do polvo ou lula ainda estão ativos e ganham vida quando entram em contato com o sal no molho.
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Por que alguém iria comer isso? Não faço ideia. Por algum motivo que escapa a minha compreensão, os amantes desse prato, conhecido como sannakji, dizem que é a sensação dos tentáculos se contorcendo dentro de sua boca que é o apelo, ao invés do sabor da comida.
Se você quiser experimentar tal iguaria, deve estar ciente de que sannakji acarreta um risco de morte. Sendo que os tentáculos de um polvo são cobertos de poderosas ventosas, essa coisa pode se agarrar no interior de sua garganta e sufocá-lo. O perigo é considerável, tanto que o prato é proibido em alguns países, como a Austrália.

8. Drink com dedo humano

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O “cocktail sourtoe” é uma bebida versátil – a parte líquida pode ser o que você quiser. Ou melhor, o que quer que o ajude a lidar com o que você está prestes a fazer: tomar um drink com um dedo humano dentro dele.
O bar canadense que serve a bebida não quer que ninguém fique doente, por isso os dedos são drenados de todos os fluidos corporais e deixados em conserva primeiro. Sim, isso significa que você não vai morrer a menos que engasgue com ele, mas também muda sua aparência de “dedão humano decepado” para “dedão humano gangrenado decepado”.
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“Mas, por quê, senhor?”, pergunta você. Basicamente, em 1973, o Capitão Dick Stevenson encontrou um dedão congelado flutuando em um frasco de aguardente e, depois de concluir que provavelmente pertencia a um corredor de Yukon (região do Canadá onde o drink é tradicionalmente servido hoje) e inspirado em um poema, decidiu colocá-lo em uma bebida. Nasce o “cocktail sourtoe”.
Há uma regra para quem quiser beber essa coisa: “Você pode beber rápido, você pode beber devagar, mas seus lábios tem que tocar o dedão”. Você não pode engoli-lo, no entanto, porque dedões decepados são difíceis de encontrar. Há até uma multa para quem “desaparecer” com o dedo.

7. Camarão bêbado se debatendo

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Se você achou que o “polvo vivo” era uma farsa, já que vem sem cérebro, e gostaria de comer frutos do mar realmente conscientes, além de se contorcendo no prato, boas notícias! No Japão e na China, eles têm uma solução: um prato de camarão bêbado.
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O camarão vivo se espasma no seu prato depois de ter sido embebido em saquê ou uma bebida alcoólica chinesa chamada baijiu, com um gosto um pouco pior do que combustível de foguete. Isso resulta em um camarão totalmente chapado e se debatendo.
Aparentemente, além de tornar o camarão agradavelmente passível de enfrentar a morte, a bebida também o deixa sedento, de forma que o animal ansiosamente suga qualquer molho que o chef decidir mergulhá-lo dentro. Além disso, é excelente que você absorva algumas doses de bebida alcoólica poderosa junto com sua refeição, transferindo a intoxicação do camarão para si mesmo, porque só assim para alguém conseguir comer tal prato hediondo.

6. Sopa de morcego

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Todo o processo de preparação da sopa de morcego-da-fruta, como é apreciada em Guam, é o seguinte: lave o animal, ferva-o, acrescente alguns vegetais (às vezes), jogue leite de coco, e pronto. Observe como “depile-o” está ausente da lista. Isso porque a pele do morcego é comida, juntamente com seus olhos, asas e tudo mais que não seja osso.
6-
Tirando o fato de não parecer nem um pouco saborosa, comer essa sopa pode não ser uma boa ideia porque, quando estão vivos, estes morcegos comem plantas que são conhecidas por causar doenças neurológicas em humanos. Isso significa que você pode acabar se envenenando.
Entre os distúrbios neurológicos que você pode adquirir estão Parkinson, doença de Lou Gehrig e Alzheimer, resultando em uma sopa de disfunções cerebrais conhecida cientificamente como “complexo esclerose lateral amiotrófica-parkinsonismo-demência”. Tá servido?

5. Gônadas de ouriço-do-mar

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Sim, esse é outro prato que vai se contorcer através de sua garganta até seu estômago. E não podemos prometer que é o último.
O ouriço-do-mar é tão intragável quanto parece. Já é provavelmente a coisa menos apetitosa que você pode imaginar, sendo uma bola de espinhos. No entanto, cozinheiros insistem que ele é cheio de pedaços carnudos e supostamente deliciosos – suas gônadas (prato conhecido como “uni”, ou ovas de ouriço). E você não tem que esperar a coisa morrer – pode simplesmente quebrar sua concha e comê-las.
5-
Não é um prato bizarro servido apenas no Japão. Você pode encontrar ouriços em restaurantes de todo o mundo, inclusive no Brasil. Os chefs vão lhe garantir que esses troços espinhudos não têm cérebros e sistemas nervosos, de modo que não sentem nada enquanto você se empanturra com suas partes mais íntimas. Bem reconfortante.

4. Larvas vivas cruas

4
Se você se perder vagando pelo deserto australiano, provavelmente não vai encontrar um MC Donald’s. Então, para sobreviver, porque não fazer o que os locais faziam, e comer lagartas vivas cruas?
A comida é escassa no deserto, e por milhares de anos os aborígines australianos contaram com larvas ricas em proteínas, como as larvas de mariposa conhecidas em inglês pelo termo “witchetty grubs”. Para comê-las, basta puxá-las para fora da terra e mastigá-las até que parem de se mover.
4-
Aparentemente, quando a Austrália descobriu comida de verdade, ninguém lhes disse que eles poderiam parar de comer vermes. Em um rumo inesperado para a criatura que uma vez foi comida apenas por puro desespero, as larvas agora estão no cardápio de restaurantes de luxo, como La Cafetiere em Alice Springs.
Ser capaz de tolerar um witchetty grub vivo com um sorriso no rosto é uma espécie de rito de passagem na Austrália. Alguns dizem que tem gosto de ovos mexidos (mexidos ou se mexendo?). Quando o príncipe Charles visitou o país em 2005, tentaram lhe empurrar uma larva, dizendo que seria rude não experimentar. Ele educadamente recusou, dizendo que há limites. Meu limite começou logo no item 9.

3. Mariscos com sangue

3
Muitos já pensam que comer mariscos crus é meio nojento, então o que dizer dos que vem com um molho de sangue?
Amêijoas (designação comum dada a vários moluscos bivalves) produzem uma quantidade excessiva de hemoglobina (substância que dá a tonalidade vermelha ao sangue), e não há nenhuma maneira de quebrar/abrir uma dessas coisas sem jorrar um fluido vermelho estilo Tarantino no seu prato.
O método de preparação tradicional desta iguaria chinesa é fervê-la por um tempo ridiculamente curto (cerca de 20 segundos) para que o sangue fique tão fresco quanto possível. Os consumidores deste prato insistem que quase cru é a melhor maneira de comê-lo.
No entanto, quase cru também equivale a uma boa chance de contrair hepatite. Quem come este prato tem 14 a 16% de chance de contrair a doença porque “quase bem fervido” se iguala a “quase matar todos os germes”. A iguaria é ilegal na China por causa disso, tanto que quem for pego vendendo-a é multado em 10 vezes mais o que ganhou. Mesmo assim, as pessoas continuam comendo-a; aparentemente, é tão boa que 300 mil infecções e 31 mortes valem a pena.
E se você está rindo da loucura chinesa por um prato de moluscos sangrando, saiba que ele é popular em outras partes do mundo também.

2. Cobra inteira com coração ainda batendo

2
Claro, os fortes não se contentam em apenas comer frutos do mar bêbados e vermes crus vivos. Nesse caso, devem visitar a aldeia vietnamita de Le Mat, onde podem desfrutar de um coração ainda batendo de uma cobra.
Os “chefs” que oferecem esse prato o preparam em diversas etapas. Assim que você escolhe a iguaria do menu, uma cobra suculenta é abatida na sua frente, e o chef drena seu sangue em um copo para você beber, provavelmente lhe encarando sem piscar os olhos o tempo todo.
2--
A próxima etapa é um copo cheio de bílis e veneno da cobra. O veneno da cobra precisa ser injetado em suas veias para fazer qualquer dano – o estômago consegue quebrá-lo como qualquer outra comida, por isso, essa é apenas uma bebida refrescante. A menos que você tiver quaisquer cortes ou úlceras na boca; nesse caso, você vai morrer horrivelmente.
Com o tempo, o chef irá preparar uma refeição completa da cobra – costelas, pele, escamas, etc. E, em algum momento, você receberá o que veio para comer: o coração cru da cobra, ainda batendo, para engolir inteiro. Nham!
2-

1. Kiviaq, ou coisas mortas dentro de coisas mortas

1
Este prato vem da Groenlândia, e é o resultado de 18 meses de preparação, preservação e fermentação, os quais são eufemismos para “deixá-lo apodrecer debaixo de uma pilha de carcaça”.
Kiviaq é o nome da iguaria. Ela consiste na liquefação de centenas de pássaros mortos em um saco de pele de foca também morta, é claro. O resultado final pode ser uma massa seca de pasta de carne em decomposição, mas é comestível, e isso é que é importante. Isso e sufocar a tal massa em gordura de foca para afastar moscas. Não pode ter moscas.
Sua dose diária recomendada de proteína não é tudo o que você receberá desse prato. A fermentação (leia-se: apodrecimento) se destina a amaciar todas as partes da ave, inclusive ossos. Você não precisa nem cozinhá-los!
Se quiser experimentar tal iguaria, melhor comê-la fora de casa. O odor vai tornar a vida dentro de quatro paredes totalmente repugnante por semanas se você abrir esta carcaça em ambiente fechado. Mas isso não é verdade para todos os pratos da culinária requintada? [Cracked]

Cálculo da nota do ENEM


25/10/2013 12h34 - Atualizado em 25/10/2013 12h34

Quem acerta todo o Enem não tira nota 1.000; entenda como é o cálculo

Metodologia usada na prova é adequada para exames em grande escala.
Na Teoria de Resposta ao Item, nota vê além do simples nº de acertos.

Ana Carolina Moreno

Mais de 7,1 milhões de estudantes farão neste sábado (26) e domingo (27) a maior edição Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um número recorde para concursos e vestibulares brasileiros. Porém, ao contrário dos processos seletivos tradicionais, as provas de múltipla escola do Enem são elaboradas segundo uma metodologia que vai além da simples soma de acertos das questões. Chamada de Teoria de Resposta ao Item, ou TRI, a metodologia confunde muitos candidatos acostumados com outros vestibulares, mas é considerada pelos especialistas como a forma mais adequada de avaliar um grande número de estudantes.
Uma das principais dúvidas sobre a TRI é o fato de que é impossível o aluno tirar nota 1.000 na prova de múltipla escolha (na redação, isso é possível). Por meio dessa metodologia, mesmo que o aluno acerte todas as 45 questões de cada prova, sua nota nunca será 1.000. Da mesma forma, um candidato que erre todas as questões não acaba com a nota zero (ou, no caso do Enem, a pontuação mínima, que é 200 pontos). Isso acontece, segundo Tadeu da Ponte, professor do Insper, porque a nota não retrata o desempenho individual do candidato, mas a posição que ele ocupou na escala de proficiência onde todos os milhões de outros candidatos também são incluídos.
Teoria de Resposta ao Ítem aponta quando aluno acerta questão por acaso (Foto: Reprodução/TV Globo)Teoria de Resposta ao Ítem aponta quando aluno
acerta questão por acaso (Foto: Reprodução/
TV Globo)
"A nota 1.000 é como se fosse o infinito da escala, e ninguém vai ter uma habilidade que nunca possa ser superada por outros", diz Tadeu, que também é sócio-fundador da empresa de avaliação educacional Primeira Escolha. Mesmo que todos os candidatos acertassem todas as questões, explica ele, a nota média seria próxima de 1.000, mas a nota 1.000 é uma meta jamais alcançável.
Renato Júdice, professor e diretor acadêmico do Uno Internacional lembra que "as escalas de proficiências são como uma reta numérica, ou seja, os números representam posições". É por isso que, ao divulgar o resultado do Enem, o Ministério da Educação também informa as notas máxima e mínima de cada prova --são elas que indicam os candidatos mais proficientes e os menos proficientes.
Essa escala, segundo ele, é uma forma "poderosa" de avaliação do candidato, pois as diferentes posições na escala indicam os diferentes níveis de proficiência. Quanto mais próximo da nota mínima, menos se pode confiar que o estudante domina os conhecimentos exigidos na prova, assim como a previsão do tempo indica os diferentes níveis de frio e calor na escala Celsius.
As escalas de proficiências são como uma reta numérica, ou seja, os números representam posições"
Tadeu da Ponte,
professor do Insper
 "Você pode tomar decisões pedagógicas [com base na nota do Enem] assim como toma a decisão ao arrumar uma mala com base na temperatura."
Isso pode parecer injusto, a princípio, com alguém que tenha acertado muitas questões. Porém, o professor Tadeu afirma que, se um exame com 7 milhões de candidatos os avaliasse apenas na porcentagem de acertos nas 180 questões totais das provas, haveria um número muito grande de empates que colocariam no mesmo nível pessoas que, na realidade, apresentam proficiência diferente.
Para explicar essa diferença, ele dá como exemplo uma fita métrica marcada apenas como centímetros, que seria o vestibular tradicional, e outra, mais detalhada, que também mede os milímetros. Se a prova medisse a altura dos candidatos, com a primeira fita métrica haveria muitos deles empatados em 177 centímetros, por exemplo. Mas, usando a fita métrica com milímetros, seria possível perceber que alguns são mais altos que outros. "A TRI pega fita métrica de milímetros", explica Tadeu.
É impossível calcular a própria nota
Como o cálculo da nota de um aluno no exame não depende só de seus acertos, os candidatos do Enem reclamam que é impossível calcular sua própria nota comparando as respostas com o gabarito oficial e, quando chega o resultado, criticam o fato de colegas com números semelhantes de acertos terem recebido uma pontuação diferente.
"O Inep não quer contar quantas questões o aluno acerta, quer saber a competência do aluno em matemática, em linguagens, em várias áreas", afirma o professor Renato. Júdice explica que, além da quantidade de questões certas em relação ao total, o Enem também avalia quais questões o candidato acertou, quais questões ele errou e quais foram as respostas dos outros candidatos para as mesmas questões.
Para fazer isso, o Inep "calibra" todas as questões do Enem antes de elaborar as provas em eventos conhecidos como pré-teste, quando as questões são aplicadas a centenas de alunos e o resultado indica seu grau de dificuldade a partir da porcentagem de acertos. Quanto menos alunos acertarem a questão, mais difícil ela é.
Assim, o exame se torna "comparável". Isso quer dizer que é possível comparar notas de candidatos de uma edição do Enem com as notas de outras edições, porque o nível de todas as edições é similar.
O Inep não quer contar quantas questões o aluno acerta, quer saber a competência do aluno em matemática, em linguagens, em várias áreas"
Renato Júdice,
diretor acadêmico do Uno Internacional
 
Questões com pesos diferentes
De acordo com os especialistas em TRI, não é só o nível de dificuldade das questões certas que determina a pontuação recebida pelo aluno. O valor que ele recebe em cada acerto é definido segundo o perfil de erros e acertos do aluno em toda a prova. A Teoria de Resposta ao Item, explica Tadeu, usa um modelo estatístico para categorizar os candidatos de acordo com seu padrão de respostas nas 45 questões.
Se o candidato acerta apenas as questões consideradas fáceis no processo de calibragem e apenas uma questão considerada difícil, o modelo estatístico reconhece uma probabilidade de que ele a acertou por acaso, e não pode ter domínio daquela área do conhecimento. Por isso, não é possível dizer simplesmente que questões mais difíceis valem mais, porque o valor de cada questão depende do perfil de cada aluno. O modelo funciona, segundo os professores, porque, estatisticamente, os alunos que acertam mais questões consideradas difíceis também acertam questões mais fáceis.
Então, a nota final vai depender do perfil do aluno (seu padrão de respostas dentro da escala onde estão todos os outros alunos) e do perfil da questão que ele acerta (seu grau de dificuldade calculado a partir do índice de acerto de todos os alunos).
"Quando tenho um conjunto de respostas não de um só aluno, mas dos 7 milhões, eu pego esse conjunto de respostas e rodo um software específico, que usa um cálculo computacional, para tentar estimar, com esse padrão de respostas, qual é a nota de cada um", explica Renato Júdice. Segundo ele, a estimativa é feita em conjunto com um grupo como um todo, e leva em consideração o tipo de aluno e o tipo de questão, pois a metodologia permite conhecer cada questão que vai para a prova.
Tadeu da Ponte diz que a TRI consegue ser aplicada em provas que tenham a partir de 25 questões, aproximadamente. No caso do Enem, ele afirma que 45 questões em cada prova "é um número muito bom para fazer esse procedimento estatístico". O motivo, segundo ele, é o fato de o Enem avaliar um espectro muito amplo de estudantes, "mesmo um aluno com baixa proficiência até aluno que está entrando em medicina".
ESCALA DE NOTAS DO ENEM 2012
PROVA NOTA MÍNIMA NOTA MÁXIMA
Ciências humanas e suas tecnologias 295,6 874,9
Ciências da natureza e suas tecnologias 303,1 864,9
Linguagens e códigos e suas tecnologias 295,2 817,9
Matemática e suas tecnologias 277,2 955,2
Redação* 0 1.000
Fonte: MEC/Inep
*Como não usa a metodologia TRI, a prova de redação pode ter nota 0 ou 1.000 porque ela é calculada apenas com base no desempenho individual
Chutar X deixar em branco
Ainda que o programa de computador consiga detectar a probabilidade de o candidato ter chutado determinada questão, ele ainda recebe pontos ao acertá-la, mesmo que por acaso. Não são tantos pontos quantos receberia outro aluno com padrão de acertos diferente, mas ainda assim o candidato não é penalizado por chutar.
"Deixar em branco é errar", afirma Tadeu. Ele explica que, ao chutar em uma questão que ele não sabe responder, o aluno tem 20% de chance de acertar. "Mas se eu deixar em branco tenho 100% de certeza que vou errar."
Mas, para quem pretende tentar identificar as questões difíceis na hora de fazer a prova, os dois professores recomendam evitar perder tempo nessa tarefa, e se dedicar exclusivamente a responder todas as questões o mais rápido possível, mas com concentração.
"Mais importante do que ficar tentando adivinhar o nível de dificuldade [de cada questão] é monitorar o tempo em cada questão. Se tem que gastar três minutos em cada questão, e eu tô gastando dez em uma questão, então está errado, e corro o risco de nem conseguir ler questões que sei responder", sugere Tadeu.
"Não adianta deixar as fáceis para depois, o aluno tem que estar bem preparado. O preventivo é o melhor remédio", diz Renato.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cargos em alta com a exploração do pré-sal

Veja 11 cargos que estarão em alta com a exploração do pré-sal

Segundo especialista, demanda das empresas será por profissionais técnicos com formações variadas


Redação, administradores.com,
O primeiro leilão do pré-sal deve provocar em breve uma intensa procura por profissionais especializados no setor de óleo e gás. É o que aponta recente levantamento elaborado pela Michael Page, empresa especializada em recrutamento e seleção de profissionais de alta e média gerência.
Segundo Bruno Stefani, gerente da divisão de óleo e gás da Michael Page, a indústria de petróleo demandará muitos profissionais de perfil técnico das mais diversas formações por um grande período de tempo. “Estimo o potencial para 20 anos consecutivos de investimento em tecnologia, infraestrutura, serviços e em mão de obra”, afirma. De acordo com Stefani,  o momento trará oportunidades para os mais jovens e os mais experientes, em todas as fases da cadeia, passando pelas geosciências, exploração, desenvolvimento e projetos, até chegar à produção. “Será importante uma sincronia fina entre esfera pública e privada para aproveitar o que há de melhor e não deixar escapar essa oportunidade que não só transformará o setor e sua cadeia correlacionada, mas como a economia do país”, finaliza.
A partir desta demanda, a Michael Page listou 11 profissionais mais requisitados pelo setor nas três fases da cadeia - exploração, perfuração e produção.
Na fase inicial de investigação para exploração é aquela em que se estuda o potencial de exploração do campo, geralmente feitos por profissionais ligados à geologia. Veja os profissionais mais requisitados nesta primeira etapa:
1 - Geólogos
Características do profissional: Com formação em geologia, esse profissional vai estudar as características da área potencialmente explorável. “Assim que sai da faculdade, o geólogo vai buscando especializações e começa a ramificar a atuação”, diz Stefani.
Salário: em início de carreira, geólogos têm remunerações entre 6 a 8 mil reais nesse setor.
2 - Geofísicos
Características do profissional: São profissionais de formação em geologia e com especialização em geofísica. “Se são empresas em operação inicial no Brasil, geralmente vão buscar profissionais com mais experiência, que conheça a geologia das áreas”, diz Stefani.
Salário: Para quem tem menos experiência, varia de 8 mil a 12 mil reais. Profissionais experientes podem ter salários acima de 30 mil reais.
3- Petrofísicos
Características do profissional: Profissionais de geologia especializados em petrofísica também são bastante demandandos nesta fase de investigação. Novamente, explica Stefani, dependendo da empresa, a busca pode ser por profissionais mais ou menos experientes e isso vai influir diretamente na remuneração.
Salário: Nível júnior de 8 a 12 mil reais. Com certo tempo de experiência na função, a remuneração pode variar entre 12 mil e 15 mil reais e profissionais de alto nível de senioridade chegam a ganhar entre 35 mil e 45 mil reais.
Segundo Stefani, após o trabalho dos geólogos, entra em cena os profissionais que vão realizar os testes para confirmar a viabilidade da exploração apontada na fase de investigação. “São as pessoas que vão testar se o campo é mesmo viável, como disseram os geólogos. “Por exemplo, se as estimativas dão conta de uma reserva de 8 a 12 bilhões de barris de petróleo no Campo de Libra, a fase de testes vai definir o que será, de fato, extraído”, explica. Confira os profissionais que entram nessa fase:
4 - Engenheiro de perfuração
Características do profissional: A formação em engenharia é obrigatória, mas a habilitação pode variar bastante entre os profissionais desse ramo, segundo Stefani. “Pode ser um engenheiro mecânico, civil, eletricista, entre outras habilitações. A formação é bem ampla”, diz o gerente da Michael Page. Como não existe pós-graduação em engenharia de perfuração, a especialização nesse ramo é “on the job”. “O profissional pode ter pós-graduação em petróleo, mas geralmente é uma pessoa que adquiriu experiência trabalhando para prestadoras de serviço para a indústria de óleo e gás”, diz Stefani. Segundo ele, a grande escola dos engenheiros de perfuração costuma ser a experiência em turnos off-shore nas empresas prestadoras de serviço.
Salário: nível júnior, com experiência de até 5 anos, tem remuneração fixa variando entre 8 mil e 12 mil reais. “Mas  é um profissional que fica embarcado, há adicionais que podem dobrar o valor do salário”, diz Stefani. Profissionais experientes chegam a ganhar mais de 30 mil mensais.
5 - Gerentes de perfuração
Características do profissional: Formação técnica é a mesma do engenheiro de perfuração, o que diferencia é a função de gestão. “É um engenheiro de perfuração que foi ganhando experiência técnica suficiente para ser um gestor”, diz Stefani. O cargo é destinado, diz o gerente da Michael Page, a profissionais com mais de 45 anos, já que, geralmente, a experiência necessária é gira em torno dos 20 anos.
Salário: como são profissionais de nível sênior, o salário pode ultrapassar os 30 mil reais. “Mais isso vai variar de acordo com o porte da empresa”, diz Stefani.
6 - Gerente de contratos
Características do profissional: Formação em engenharia é fundamental para gerenciar contratos de todos os tipos no setor de óleo e gás. O cargo, por ser  de gestão, pede experiência técnica. “São engenheiros que já foram de perfil mão na massa e hoje estão em cargo de gestão”, diz Stefani. Das carreiras que despontam nesta fase de projetos, esta é a mais “global”. “O gerente de contratos cuida de todas as disciplinas abaixo dele”, explica o gerente da Michael Page. Por exemplo, um projeto de construção de uma embarcação de produção e armazenagem de petróleo, uma FPSO (Floating Production Storage and Offloading) - que é, na verdade, uma grande planta química, só que a 200 quilômetros da costa – o gerente de contrato olha para o todo. “Ele é o dono de toda a embarcação, responsável por um contrato de 1 bilhão, por exemplo, e deve conhecer bem todas as fases do projeto”, explica Stefani.
Salário: vai variar de 15 mil a 40 mil, dependendo do porte da empresa e do nível de senioridade.
7- Gerente de engenharia
Características do profissional: É quem vai comandar a equipe de engenheiros nos projetos que podem abarcar desde a tubulação da embarcação FPSO como também a parte mecânica, elétrica, entre outras. Como ocorre com os outros cargos de gestão em óleo e gás já citados, ter experiência na área vai fazer toda a diferença para garantir uma oportunidade nesta posição.
Salário: vai variar de 15 mil a 40 mil, dependendo do porte da empresa e do nível de senioridade.
Aqui entra a fase de produção é a etapa final da cadeia de óleo e gás. “É a fase de começar, de fato, a extrair e produzir”, diz Stefani. Neste momento são contratadas prestadoras de diversos serviços de apoio à produção e manutenção, de acordo com o especialista. Veja os cargos que ganham mais demanda nesta fase:
8- Gerente de operação
Características do profissional: Formação em engenharia. Diversas habilitações profissionais se encaixam no perfil do gestor de operações. “Há movimentos no mercado de ir buscar esses profissionais na indústria química e petroquímica”, diz Stefani. É um cargo com alto grau de responsabilidade, lembra o especialista da Michael Page, já que é o profissional responsável por gerenciar toda a planta química off-shore que é a FPSO. Por isso a experiência é o diferencial para garantir a vaga.
Salário: profissionais com 10 anos de experiência ganham, em média, 35 mil reais. Quanto maior o tempo de experiência, maior o salário, que pode chegar a 50 mil reais, de acordo com o gerente da Michael Page.
9 - Oficiais de náutica
Características do profissional: De acordo com Stefani, este é um gargalo de formação no Brasil. “Os oficiais de náutica são formados pela Marinha e é uma área que não desperta muita atenção dos jovens na época de faculdade”, diz Stefani. Ele ressalta que cada uma das embarcações que fazem o apoio da produção precisa ter oficiais de náutica.
Salário: para um comandante pode passar de 30 mil reais. “Recentemente fizemos uma posição bem específica de comandante para uma empresa internacional, o profissional selecionado era de nível sênior, tinha 30 anos de experiência, e o salário chegou aos 40 mil reais”, afirma Bruno.
10-  Gerente de plataforma
Características do profissional: Formação em engenharia e experiência prévia são fundamentais para o cargo. Outro ponto importante é a necessidade das habilidades de gestão e comprometimento com o projeto, assim como a preocupação com questões de segurança do trabalho, destaca Bruno.
Salário: 25 mil a 35 mil reais. “Tem a questão da periculosidade, pelo fato de estarem embarcados, que aumenta o salário também”, lembra o especialista da Michael Page.
11 - Oficiais de náutica
Características do profissional: De acordo com Stefani, este é um gargalo de formação no Brasil. “Os oficiais de náutica são formados pela Marinha e é uma área que não desperta muita atenção dos jovens na época de faculdade. Além disso, cada uma das embarcações que fazem o apoio da produção precisa ter oficiais de náutica”, finaliza.
Salário: para um comandante pode passar de 30 mil reais. “Recentemente fizemos uma posição bem específica de comandante para uma empresa internacional, o profissional selecionado era de nível sênior, tinha 30 anos de experiência, e o salário chegou aos 40 mil reais”