quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Em 1983, Isaac Asimov previu o mundo de 2019. Veja o que ele acertou (e errou)

Em 1983, Isaac Asimov previu o mundo de 2019. Veja o que ele acertou (e errou)

Por , em 1.01.2019
Isaaaac Asimov foi um prolífico escritor de ficção científica russo, tendo escrito ou editado mais de 500 obras ao longo de sua carreira.Conhecido por livros como “Eu, Robô”, “Fundação” e “O Cair da Noite”, seu trabalho naturalmente continha muitas previsões sobre o futuro da sociedade e da tecnologia.
Algumas delas se tornaram de fato realidade, como a nossa capacidade de usar o que ele chamou de “comunicação visual-sonora” para entrar em contato com qualquer pessoa na Terra.Já outras, como uma máquina que pode converter fermento, algas e água em alimentos como “peru falso”, por exemplo, não se concretizaram (ainda).

Entrevista em 1983

Em 1983, o Toronto Star convidou Asimov para prever como seria o mundo em 2019. A escolha da data não foi arbitrária; de acordo com o jornal, aquele era um bom momento para colocar essa questão, porque haviam se passado 35 anos desde que George Orwell escreveu “1984”.
Asimov pontuou que seria inútil imaginar o futuro da sociedade se os Estados Unidos e a União Soviética se engajassem em uma guerra nuclear, então assumiu que isso não aconteceria.
Em seguida, o escritor dividiu suas previsões sob dois temas principais: informatização e utilização do espaço.

Previsões para informatização

Asimov fez algumas previsões interessantes, embora fossem um pouco amplas e óbvias:
  • “A informatização, sem dúvida, continuará inevitavelmente”;
  • O “objeto computadorizado móvel” irá “penetrar as casas” e a crescente complexidade da sociedade impossibilitará viver sem essa tecnologia;
  • Os computadores transformarão os hábitos de trabalho e substituirão empregos antigos por outros radicalmente diferentes;
  • A robótica extinguirá “tarefas clericais rotineiras e de linha de montagem”;
  • A sociedade precisará de uma “vasta mudança na natureza da educação, e populações inteiras precisarão ser alfabetizadas em computadores” e “ensinadas a lidar com um mundo de alta tecnologia”;
  • Essa transição educacional será difícil para muitos, especialmente quando a população mundial começar a crescer a taxas sem precedentes.
  • Asimov fez algumas suposições ao menos ligeiramente equivocadas sobre o futuro da informatização. Por exemplo, ele previu que a tecnologia revolucionaria a educação (o que é correto), mas que a escolaridade tradicional se tornaria desatualizada à medida que as crianças se tornassem capazes de aprender tudo o que precisam a partir dos computadores em casa.
Isso pode ser tecnicamente possível, mas também pressupõe que as crianças não gastariam todo esse tempo usando tecnologia para, digamos, jogar Candy Crush.

Previsões sobre a utilização do espaço

Asimov afirmou que entraríamos no espaço “para ficar”. E estava certo: a Estação Espacial Internacional está continuamente ocupada há mais de 18 anos.No entanto, o escritor foi otimista demais quanto aos empreendimentos espaciais das futuras sociedades, prevendo que os humanos estariam “de volta à lua” com operações de mineração, fábricas que “usariam as propriedades especiais do espaço”, observatórios e até uma estação de energia solar.
Asimov também pensou que estaríamos a caminho de estabelecer assentamentos humanos na lua.
“Até 2019, o primeiro assentamento espacial deve estar em planejamento e talvez esteja em construção”, escreveu. “Seria o primeiro de muitos em que os seres humanos poderiam viver às dezenas de milhares, e em que poderiam construir pequenas sociedades de todos os tipos, dando à humanidade uma nova virada”.
A NASA de fato planeja enviar astronautas para a lua novamente – mas só em cerca de uma década. E, enquanto a agência espacial norte-americana e diversas outras instituições estão estudando a possibilidade de assentamentos espaciais, com certeza eles não sairão do papel ano que vem. [BigThink] -Fonte: HSyence - Jan/19)

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