

Zinco,
cádmio e mercúrio são metais que pertencem ao mesmo grupo da tabela
periódica dos elementos químicos. Estes três metais e muitos de seus
compostos são de grande importância industrial e para a saúde humana. Em
relação à saúde, se o zinco se constitui num dos metais de maior
relevância biológica, o cádmio e o mercúrio estão entre os elementos
químicos mais tóxicos para os organismos vivos. O zinco é componente
básico de pilhas e baterias. O mercúrio é parte fundamental de amálgamas
dentários, e o cádmio, combinado com o níquel, é utilizado em baterias
de telefones celulares. O níquel é extremamente tóxico e se acumula no
corpo humano, principalmente nos rins e no fígado.Ele pode comprometer o
funcionamento desses órgãos, se ingerido por longos períodos, mesmo em
pequenas quantidades.
Os efeitos tóxicos do mercúrio são conhecidos há muito tempo. Seu vapor
pode provocar dores de cabeça, tremores, inflamação da bexiga e da
vesícula e perda da memória. Mais tóxicos do que o mercúrio metálico e
seus sais inorgânicos são os compostos chamados de organo-mercúricos,
que possuem o metal combinado com um radical orgânico, como é o caso do
metil-mercúrio.

O
zinco foi identificado há mais de 120 anos como elemento químico
essencial para o crescimento de microorganismos, como os fungos e as
bactérias. Já em 1935, percebeu-se que ele era necessário para o
crescimento de ratos e, em 1955, demonstrou-se que a sua falta podia
provocar graves doenças em porcos. Há um fato interessante, descrito na
literatura, que ocorreu em 1958 no Irã. Um rapaz de 21 anos, que parecia
ter 10, estava internado num hospital com sérios problemas de anemia,
letargia mental e geofagia (hábito de comer terra). Ele se alimentava
praticamente só de pão feito com farinha de trigo e "comia terra".

Casos
semelhantes a esse foram observados no mesmo local. A anemia se devia à
falta de ferro, o que foi corrigido com o tratamento adequado, pois o
ferro existente na terra não é aproveitado pelo corpo humano. Os outros
problemas do rapaz foram atribuídos à insuficiência de zinco,
principalmente. Mais casos como esse ocorreram nessa época no Egito e em
outros países. Em todos eles, os pacientes apresentaram melhoras no
estado físico, com alimentação adequada, enriquecida com suplementos de
zinco. Eles cresceram em altura, tiveram aumento de peso, órgãos como
fígado, baço e rins funcionaram melhor, e os órgãos genitais atingiram
seu tamanho normal. Assim, foi possível concluir que a falta de zinco no
sangue poderia retardar o crescimento, atrofiar os testículos, além de
causar escamação e rugosidade da pele.
Estudos realizados em 1972 demonstraram também que suplementos de zinco
incluídos na alimentação de indivíduos na faixa dos 20 anos de idade
provocaram um melhor desempenho sexual em relação àqueles que se
alimentavam só com uma dieta balanceada. Muito estudos vêm sendo
realizados com o elemento nos últimos 30 anos e todos eles demostraram a
sua importância para a saúde humana. As principais conclusões desses
trabalhos são:

·Zinco
é um metal essencial para o funcionamento do corpo humano, estimulando a
atividade de aproximadamente cem enzimas (substâncias que promovem
reações bioquímicas do nosso corpo);
·É um metal importante para o funcionamento do sistema imune e para a cicatrização de cortes e feridas;
·O zinco estimula o paladar e o sabor;
·É fundamental para o crescimento e o desenvolvimento de crianças e adolescentes;
·As principais fontes de zinco são: carnes (vermelha e de frango), feijão, frutos do mar, nozes, grãos e cereais;
·A falta de zinco pode provocar retardamento mental, perda de cabelo,
diarréia, retardamento da atividade sexual, impotência, lesões nos olhos
e na pele e perda de apetite.
Antonio Carlos Massabni
Instituto de Química – Araraquara - UNESP - Fonte:CRQ/IV
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