Assustador: apenas 9% dos adolescentes conseguem diferenciar fatos de opiniões

A pesquisa concluiu que menos de 1 entre 10 estudantes testados conseguem “distinguir entre fato e opinião, com base em pistas implícitas relacionadas ao conteúdo ou à fonte da informação”. Apenas seis países conseguiram resultado melhor que 1 em 7 ao identificar fatos com sucesso: China, Canadá, Estônia, Finlândia, Singapura e Estados Unidos.
Os melhores leitores do mundo são da China, mais especificamente de quatro províncias: Beijing, Shanghai, Jiangsu e Zhejiang. Os países participantes da América Latina, de forma geral, ficaram abaixo da média na compreensão de texto.
Nível de proficiência na leitura
A avaliação tem seis níveis de leitura. O aluno que está no segundo nível, por exemplo, consegue identificar a ideia principal de um texto de tamanho moderado, encontrar informação baseada em critérios explícitos, apesar de algumas vezes serem complexos. Ele também consegue realizar uma reflexão sobre o objetivo e forma dos textos quando orientado diretamente a fazer isso. Cerca de 77% dos estudantes têm nível 2 de proficiência.Os melhores leitores conseguiram atingir os níveis cinco ou seis, onde alunos conseguem compreender textos longos, lidar com conceitos abstratos ou contraintuitivos, e estabelecer distinções entre fato e opinião, com base em pistas implícitas relacionadas ao conteúdo ou fonte da informação. Apenas 8,7% dos estudantes participantes atingiram estes níveis.De forma geral, as observações apresentadas pelo trabalho servem de alerta claro de que ainda há muito o que fazer para melhorar o ensino e aprendizado de adolescentes no mundo todo.
“Hoje, eles vão encontrar centenas de milhares de respostas para suas perguntas na internet, e está nas mãos deles determinar o que é verdade e o que é falso, o que é certo e o que é errado”, diz o trabalho. “É por isso que a educação no futuro não é apenas sobre ensinar as pessoas, mas também ajudá-las a desenvolver bússolas confiáveis para navegar em um mundo cada vez mais complexo, ambíguo e volátil”.
Educomunicação
Uma possível solução para este enorme problema está na educomunicação, a educação para a mídia. Com ela, os consumidores de notícias e textos de todos os tipos aprendem a identificar características básicas de um conteúdo, como fontes e autores. Assim, têm maior autonomia para perceber se aquela é ou não uma notícia falsa.[Big Think, OECD, Agência Brasil, Educomunicação] - HScyence - Dez/19
Nenhum comentário:
Postar um comentário