SÍNDROME DO CORAÇÃO PARTIDO


Esta
síndrome é de ocorrência muito rara, e acomete principalmente as
mulheres de meia idade. Tanto pelo grupo de pessoas mais acometidas,
como pelo seu nome, poderia haver a sugestão de que se trate de um
envolvimento mais relacionado a coisas emocionais do que a uma doença
orgânica do coração.
A doença foi pela primeira
vez relatada no Japão; atualmente, já existem relatos de casos
semelhantes nos Estados Unidos e mesmo no Brasil. De momento, o total de
casos relatados na literatura médica não passa de 200. Provavelmente,
existem mais casos de pessoas acometidas, mas que não foram
diagnosticados por ser uma síndrome desconhecida.
As
manifestações da doença são as de um infarto do miocárdio, que acomete
principalmente mulheres de meia idade; as alterações
eletrocardiográficas são as de um infarto agudo do miocárdio e as
alterações das enzimas do sangue comprovam a lesão do músculo cardíaco. A
evolução costuma ser boa e, geralmente, é de curta duração com a
recuperação das alterações registradas no início da doença.
O
que chama a atenção, o que dá a chave para o diagnóstico, são os
estudos hemodinâmicos destes corações. As artérias coronárias costumam
ser praticamente normais e a ventriculografia mostra um coração com a
ponta dilatada, inativa e o restante do coração continua se contraindo
normalmente durante a sístole ventricular. Esta parte, que se contrai de
modo normal, e a parte que não sofre a contração sistólica esperada
geram a imagem que sugere haver uma parte normal e a outra anormal. É
como se uma parte do ventrículo funcionasse normalmente e a outra não,
provocando a impressão de coração partido.
A
síndrome do coração partido é uma doença de bom prognóstico, pois a
evolução destes infartos costuma ser rápida e boa, não deixando seqüelas
maiores. De um modo geral, acontece a recuperação total dos pacientes
em poucos dias, apesar das manifestações iniciais alarmantes.
O que mais chama a atenção nesta síndrome é que a grande maioria, mais de 95% acontece em mulheres de meia idade.(Fonte:ABC da saúde)
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