domingo, 30 de junho de 2013

 Com a chegada do inverno, a gripe sazonal ameaça. As epidemias anuais atingem entre dois e oito milhões de pessoas, sendo responsáveis por cerca de 1000 mortes por ano na França. No Brasil, o número de mortes anuais chegou, em 2009, a mais de duas mil pessoas. A gripe é uma infecção viral, contagiosa, que pode atingir aves e diversos mamíferos, entre eles os suínos e o homem.

O vírus ataca principalmente as vias respiratórias superiores, o nariz, a garganta e os brônquios, e mais raramente os pulmões. Um estudo recente, publicado na revista Science, mostra que a principal causa de mortalidade pela gripe não é o vírus em si, mas uma infecção bacteriana suplementar. Os trabalhos foram realizados por uma equipe da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria.
Quando uma pessoa está doente, seu sistema imunitário é enfraquecido e ela se torna mais sensível a um ataque infeccioso. A gripe não foge à regra e a legionella está atenta. Esta bactéria, que tem como nome científico Legionella pneumophila, é responsável pela legionelose. Trata-se de uma doença que pode levar ao desenvolvimento de pneumonia - infecção pulmonar aguda, que pode se tornar mortal, caso não seja tratada a tempo.


Co-infecção por gripe e legionella: fatal em camundongos.

Em suas pesquisas, os cientistas utilizaram o camundongo como modelo animal. Mostraram que os roedores infectados pela influenza e a legionella desenvolveram pneumonia fatal. "No nosso modelo, uma co-infecção pelo vírus da gripe e a legionella é fatal", explica Amanda Jamieson, coordenadora do estudo. Acrescenta que "o que é surpreendente é que o desenvolvimento das legionellas é o mesmo nos ratos gripados e não gripados".

Por que seriam os ratos gripados mais susceptíveis às legionellas? Para responder a pergunta, os autores analisaram os tecidos pulmonares de ratos doentes. Constataram que os pulmões não são devidamente reparados em animais gripados. Assim, quando de uma infecção suplementar por legionellas, as bactérias poderiam mais facilmente se insinuar no interior dos pulmões e, dessa forma, engendrar infecções fatais.

Os cientistas, então, testaram medicamentos que ajudam o sistema imunológico na reparação dos tecidos danificados. Os resultados são encorajadores: menos ratos infectados morreram! Este estudo abre caminho para a produção de novas formas de tratamento das infecções bacterianas em pessoas atingidas pela gripe.


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Data de publicação: 06 de Maio de 2013Autor: LQES News

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