10 coisas estupendas que aprendemos sobre o sistema solar neste ano
Publicado em 22.12.2016
Há quase 30 sondas enviadas por nós
circulando no sistema solar neste momento, reunindo informações sobre a
vizinhança do nosso planeta. Todo ano, evidências são reunidas para dar
suporte a hipóteses enquanto outras acabam descartadas. Aqui estão
alguns dos destaques do que descobrimos sobre o sistema solar em 2016:
9. Júpiter e Saturno jogam cometas em nós
Em 1994, o planeta observamos a colisão entre o cometa Shoemaker-Levy 9 e Júpiter, que deixou uma marca do tamanho da Terra que durou um ano inteiro. Naquela época, astrônomos comemoravam a proteção contra enormes cometas que Júpiter fornecia para a Terra.
Com seu enorme campo gravitacional, acreditava-se que Júpiter “sugava” a maioria dessas ameaças antes que elas alcançassem a Terra. Pesquisas atuais mostram que o contrário pode ser possível, e que a ideia de “escudo Júpiter” está errada.
Simulações feitas no Laboratório de Propulsão da NASA em Pasadena
mostraram que Júpiter e Saturno jogam detritos espaciais para dentro do
sistema solar e em órbitas que poderiam trazê-los diretamente para a
Terra.
A boa notícia? Cometas que atingiram a Terra há milhares de anos podem ser os responsáveis por “entregar” materiais voláteis do espaço sideral necessários para a formação da vida.
A sonda New Horizon tem revelado curiosidades sobre o distante planeta-anão Plutão. A mais importante delas é que ali há água líquida.
A presença de linhas de fratura e a análise de uma grande cratera chamada Sputnik Planum levou pesquisadores a construir um modelo que mostra que Plutão tem um oceano líquido de 100 quilômetros de profundidade com salinidade de cerca de 30% abaixo de uma camada de gelo de 300 quilômetros. Essa salinidade é semelhante ao Mar Morto. A grossa camada de gelo age como uma proteção térmica para a água das profundezas e a provável presença de amônia funciona como um anticongelante.
Como sabemos o que está abaixo das nuvens de gigantes gasosos distantes? Com ajuda da matemática! Cientistas usam os algoritmos do (USPEX) Previsor Universal de Estruturas: Cristalografia Evolutiva para dar uma olhada hipotética no que está acontecendo dentro desses planetas.
Sabendo que Netuno e Urano são compostos em sua maioria por oxigênio, carbono e hidrogênio, pesquisadores fazem o cálculo para ver que tipo de química curiosa aconteceria por lá. Os resultados são polímeros exóticos, plásticos orgânicos, ácido carbônico cristalizado e ácido ortocarbônico, tudo isso ao redor do centro rochoso.
Enquanto Vênus e Marte ainda tinham atividade vulcânica há apenas alguns milhões de anos, parece que Mercúrio encerrou suas atividades há 3 a 4 bilhões de anos. O planeta se resfriou, começou a encolher e começou a se deformar.
Isso criou uma enorme fissura que cientistas chamam de “grande vale”. De acordo com pesquisadores da Universidade de Maryland (EUA), o vale tem cerca de 400 quilômetros de largura e 965 km de comprimento, com até 3 km de profundidade.
Para colocar isso em perspectiva, se estivesse na Terra, esse grande vale teria o dobro de profundidade que o Grand Canyon e iria de Washington D.C. até Detroit. Já em Mercúrio, que tem apenas 4.800 km de circunferência, esse grande vale mais se parece uma enorme cicatriz facial.
Vênus é o único planeta que tem rotação em sentido contrário ao da Terra. Com temperatura de 460ºC, sua superfície é quente suficiente para derreter chumbo, e ele tem nuvens de ácido sulfúrico.
Em um momento, porém, o planeta foi capaz de suportar a vida. Há quatro bilhões de anos, Vênus tinha oceanos. Acredita-se que o planeta tenha tido água por mais de dois bilhões de anos. Hoje, vênus é extremamente seco, sem praticamente nenhum traço de água em forma de vapor. Os ventos solares varreram toda água para longe dali.
A atmosfera de Vênus tem um campo gravitacional grande, cerca de cinco vezes mais forte que o da Terra. Esse campo é tão forte que supera a gravidade de Vênus e empurra o oxigênio e hidrogênio para a atmosfera mais exterior, onde eles são varridos pelos ventos solares.
Cientistas não sabem por que o campo elétrico de Vênus é tão forte, mas isso pode ter algo a ver com o planeta estar tão perto do Sol.
Desde o século XVII, existe uma discussão sobre a idade dos anéis de Saturno e sobre suas origens. Em teoria, Saturno um dia teve luas e algumas delas trombaram entre si, resultado em detritos que se organizaram no anéis atuais e 62 luas.
Ao observar como Saturno age sobre a lua Enceladus, cientistas puderam calcular a força que o planeta exerce sobre ela. Como todas as luas estão avançando para órbitas maiores, isso permite que os cientistas calculem quando as colisões aconteceram.
Os números sugerem que os anéis de Saturno provavelmente não são tão antigos quanto o planeta em si, que tem 4 bilhões de anos. A maioria das luas parecem ter se formado na mesma época que os dinossauros habitavam o planeta Terra.
Em 2005, a NASA adotou como missão encontrar 90% dos grandes objetos próximos da Terra até 2020. Até agora, eles acharam 90% dos objetos com 915 metros de diâmetro ou mais, mas encontraram apenas 25% dos que tem entre 140 m e 915 m.
Em 2016, enquanto computam 30 novas descobertas por semana, a NASA encontrou 15 mil deles. Para comparação, em 1998 encontrávamos apenas 30 por ano.
NASA está catalogando todos os cometas e asteroides para saber se não há nada a caminho da Terra. Mesmo com toda essa observação, um meteoro de 20 metros de diâmetro explodiu sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro de 2013.
A sonda Rosetta, da Agência Europeia Espacial, orbitou o cometa 67P/Churymov-Gerasimenko por dois anos. A nave coletou dados e detectou o aminoácido glicina, um dos blocos básicos da vida.
Rosetta descobriu 60 moléculas, 34 delas nunca antes encontradas em um cometa. Os instrumentos da sonda também apontaram para uma significante diferença em composição entre a água do cometa e da Terra. Isso afeta a hipótese de que a água da Terra possa ter vindo de cometas.
Depois de encerrar a missão no dia 30 de setembro, a sonda foi enviada para colidir no cometa.
Todos os planetas e estrelas têm polos magnéticos, e eles se invertem o tempo todo. Na Terra, os polos se invertem a cada 200 mil a 300 mil anos. Neste momento estamos atrasados na inversão.
No Sol, as coisas se movem mais rapidamente. A cada 11 anos, a polaridade do Sol se inverte. Isso coincide com um período de aumento de atividade solar.
Estranhamente, Vênus, Terra e Júpiter se alinham, e cientistas acreditam que os planetas podem afetar a atividade do Sol. “De acordo com o estudo, quando os planetas se alinham, a soma das gravidades se combinam para causar o efeito de maré no plasma do Sol, puxando e alterando o campo magnético do Sol”. [Listverse]
(Fonte: HypeScience - Dez/16)
A boa notícia? Cometas que atingiram a Terra há milhares de anos podem ser os responsáveis por “entregar” materiais voláteis do espaço sideral necessários para a formação da vida.
8. Plutão tem água líquida
A sonda New Horizon tem revelado curiosidades sobre o distante planeta-anão Plutão. A mais importante delas é que ali há água líquida.
A presença de linhas de fratura e a análise de uma grande cratera chamada Sputnik Planum levou pesquisadores a construir um modelo que mostra que Plutão tem um oceano líquido de 100 quilômetros de profundidade com salinidade de cerca de 30% abaixo de uma camada de gelo de 300 quilômetros. Essa salinidade é semelhante ao Mar Morto. A grossa camada de gelo age como uma proteção térmica para a água das profundezas e a provável presença de amônia funciona como um anticongelante.
7. O centro de Netuno e Urano é envolto em plástico
Como sabemos o que está abaixo das nuvens de gigantes gasosos distantes? Com ajuda da matemática! Cientistas usam os algoritmos do (USPEX) Previsor Universal de Estruturas: Cristalografia Evolutiva para dar uma olhada hipotética no que está acontecendo dentro desses planetas.
Sabendo que Netuno e Urano são compostos em sua maioria por oxigênio, carbono e hidrogênio, pesquisadores fazem o cálculo para ver que tipo de química curiosa aconteceria por lá. Os resultados são polímeros exóticos, plásticos orgânicos, ácido carbônico cristalizado e ácido ortocarbônico, tudo isso ao redor do centro rochoso.
6. Mercúrio tem um enorme Grand Canyon
Enquanto Vênus e Marte ainda tinham atividade vulcânica há apenas alguns milhões de anos, parece que Mercúrio encerrou suas atividades há 3 a 4 bilhões de anos. O planeta se resfriou, começou a encolher e começou a se deformar.
Isso criou uma enorme fissura que cientistas chamam de “grande vale”. De acordo com pesquisadores da Universidade de Maryland (EUA), o vale tem cerca de 400 quilômetros de largura e 965 km de comprimento, com até 3 km de profundidade.
Para colocar isso em perspectiva, se estivesse na Terra, esse grande vale teria o dobro de profundidade que o Grand Canyon e iria de Washington D.C. até Detroit. Já em Mercúrio, que tem apenas 4.800 km de circunferência, esse grande vale mais se parece uma enorme cicatriz facial.
5. Vênus foi habitável em algum momento
Vênus é o único planeta que tem rotação em sentido contrário ao da Terra. Com temperatura de 460ºC, sua superfície é quente suficiente para derreter chumbo, e ele tem nuvens de ácido sulfúrico.
Em um momento, porém, o planeta foi capaz de suportar a vida. Há quatro bilhões de anos, Vênus tinha oceanos. Acredita-se que o planeta tenha tido água por mais de dois bilhões de anos. Hoje, vênus é extremamente seco, sem praticamente nenhum traço de água em forma de vapor. Os ventos solares varreram toda água para longe dali.
A atmosfera de Vênus tem um campo gravitacional grande, cerca de cinco vezes mais forte que o da Terra. Esse campo é tão forte que supera a gravidade de Vênus e empurra o oxigênio e hidrogênio para a atmosfera mais exterior, onde eles são varridos pelos ventos solares.
Cientistas não sabem por que o campo elétrico de Vênus é tão forte, mas isso pode ter algo a ver com o planeta estar tão perto do Sol.
4. Os anéis de Saturno são jovens
Desde o século XVII, existe uma discussão sobre a idade dos anéis de Saturno e sobre suas origens. Em teoria, Saturno um dia teve luas e algumas delas trombaram entre si, resultado em detritos que se organizaram no anéis atuais e 62 luas.
Ao observar como Saturno age sobre a lua Enceladus, cientistas puderam calcular a força que o planeta exerce sobre ela. Como todas as luas estão avançando para órbitas maiores, isso permite que os cientistas calculem quando as colisões aconteceram.
Os números sugerem que os anéis de Saturno provavelmente não são tão antigos quanto o planeta em si, que tem 4 bilhões de anos. A maioria das luas parecem ter se formado na mesma época que os dinossauros habitavam o planeta Terra.
3. Há 15 mil asteroides enormes na vizinhança
Em 2005, a NASA adotou como missão encontrar 90% dos grandes objetos próximos da Terra até 2020. Até agora, eles acharam 90% dos objetos com 915 metros de diâmetro ou mais, mas encontraram apenas 25% dos que tem entre 140 m e 915 m.
Em 2016, enquanto computam 30 novas descobertas por semana, a NASA encontrou 15 mil deles. Para comparação, em 1998 encontrávamos apenas 30 por ano.
NASA está catalogando todos os cometas e asteroides para saber se não há nada a caminho da Terra. Mesmo com toda essa observação, um meteoro de 20 metros de diâmetro explodiu sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, em fevereiro de 2013.
2. Batemos uma sonda em um cometa de propósito
A sonda Rosetta, da Agência Europeia Espacial, orbitou o cometa 67P/Churymov-Gerasimenko por dois anos. A nave coletou dados e detectou o aminoácido glicina, um dos blocos básicos da vida.
Rosetta descobriu 60 moléculas, 34 delas nunca antes encontradas em um cometa. Os instrumentos da sonda também apontaram para uma significante diferença em composição entre a água do cometa e da Terra. Isso afeta a hipótese de que a água da Terra possa ter vindo de cometas.
Depois de encerrar a missão no dia 30 de setembro, a sonda foi enviada para colidir no cometa.
1. Mistérios do sol foram resolvidos
Todos os planetas e estrelas têm polos magnéticos, e eles se invertem o tempo todo. Na Terra, os polos se invertem a cada 200 mil a 300 mil anos. Neste momento estamos atrasados na inversão.
No Sol, as coisas se movem mais rapidamente. A cada 11 anos, a polaridade do Sol se inverte. Isso coincide com um período de aumento de atividade solar.
Estranhamente, Vênus, Terra e Júpiter se alinham, e cientistas acreditam que os planetas podem afetar a atividade do Sol. “De acordo com o estudo, quando os planetas se alinham, a soma das gravidades se combinam para causar o efeito de maré no plasma do Sol, puxando e alterando o campo magnético do Sol”. [Listverse]
(Fonte: HypeScience - Dez/16)
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