quinta-feira, 2 de março de 2017

Os 5 Erros que um concurseiro não pode cometer


Os 5 Erros que um concurseiro não pode cometer


Se tem algo que posso dizer durante todo o tempo que estudei para concursos, antes de ser aprovado, é o seguinte: “eu errei muito na forma de pensar e estudar para concursos”. Explico o motivo.
Quase ninguém da minha família era servidor público concursado, salvo meus pais. Mas eles são da área médica e entraram na carreira há um bom tempo. Ou seja, não tinham muita noção prática do que é um concurso atualmente. Eles apenas diziam: estude muito que é o suficiente.
E porque estou te contado isso? Pelo simples fato de que tudo que eu aprendi sobre concursos foi sozinho. Acertando e errando. Na verdade, errando na maioria da vezes antes de ser aprovado para Defensor (em 2 Estados), Analista (MP e TJ), OAB, Técnico (TJ), dentre outros.
Todos, que não entendem a situação que o concurseiro passa, acham que tudo é apenas uma questão de estudo. É muito comum escutar a seguinte frase: “É só estudar. Sentar a bunda na cadeira”.
Mas, ao longo de mais de 10 anos, entre o período que estudei e o tempo que ensino meus alunos sobre estratégias para concursos, descobri que é muito mais que isso. Porque no começo eu estudava, mas errava muito na estratégia. Aliar os dois te leva para outro patamar.
Por isso, vou explicar aqui os 5 erros estratégicos que nenhum concurseiro pode cometer. Se você souber disso ficará muito mais fácil de agora em diante.
1º ERRO. Escolher o cargo ou concurso incorreto para seu momento de vida.
Um dos meus maiores erros no inicio foi querer dar um passo maior que as pernas. Logo quando eu me formei, a moda era concursos para Juiz, Defensor, Promotor e Procurador de Estado. Por isso, comecei a estudar para esses concursos.
Quando começamos a nos preparar para concursos, já ir direto em um concurso que exige um conhecimento maior pode nos desestimular. Isso aconteceu comigo logo no início, por isso decidi me preparar primeiro para concursos de analista em 2009 e, logo depois, fui aprovado para 2 concursos de Defensoria em 2010 e 2012.
Outro fator importante é analisar dois aspectos no momento de escolher o cargo ou concurso:
  • Foco em uma carreira de cada vez (ex: concursos de analista).
  • Observar local de trabalho e natureza do serviço (ex: um local de trabalho muito distante pode te prejudicar nos estudos para o próximo concurso).
2º ERRO. Querer estudar todo o edital na ordem.
Quando comecei a estudar para o concurso que desejava, com o cargo bem escolhido, a primeira coisa que fiz foi imprimir o edital anterior para saber o que precisaria estudar.
Querer estudar todo o edital foi um dos maiores erros que cometi. Com o tempo, percebi, inclusive conversando com vários amigos concurseiros, que era quase impossível estudar todo o edital. São assuntos demais para estudar, revisar e resolver questões.
Nunca dava para chegar na prova do concurso com tudo estudado. Pelo menos não de forma correta e com consistência. Então, como base nas análises de provas anteriores, na correlação do cargo e no perfil da banca comecei a priorizar os estudos de 50 a 70% dos assuntos do edital.
Isso não quer dizer que meu objetivo não era estudar tudo. Mas como nunca dava para estudar o edital de forma completa, pelo menos eu saberia agora o que priorizar. À medida que eu aprendia com consistência o conteúdo mais importante que selecionei avançava nos outros.
Já adianto que nunca consegui passar de 70% dos assuntos do edital, na maioria dos concursos que fiz. Não do modo correto: estudando, resumindo, revisando semanalmente e resolvendo questões. Mesmo assim, a maioria dos assuntos que eu estudava estavam presentes no momento da prova.
Foi essa sintetização do edital que me permitiu ter mais direcionamento nos estudos e ter mais segurança no momento da prova. Por isso, se você quer saber mais como sintetizar o edital leia o meu livro digital gratuito, clicando aqui, que explico mais sobre isso.
Mais do que estudar, ser estratégico é essencial.
3º ERRO. Não conhecer o estilo da banca.
Entender como a banca cobra as questões é fundamental para definir a natureza do que estudar.
Quando fazia concursos para Analista, descobri, por exemplo, que 70 a 80% da prova era focada em legislação e quem tinha um maior índice de acertos em português, geralmente ficava melhor colocado, devido ao desvio padrão. E existem várias outras descobertas interessantes sobre concursos de Analista, outros concursos, bem como as bancas respectivas. Algo que explico melhor no livro digital gratuito que disponibilizo.
Mas uma coisa é entender o que acontece e outra totalmente diferente é mudar sua estratégia de estudos para adequar a situação. Então, mesmo sendo algo simples, demorei 1 ano para que a “ficha” caísse de modo que 80% da dedicação de meus estudos fosse focada nos assuntos principais do edital, na legislação e em português.
Esse foi meu maior diferencial para conseguir aprovação em concursos de Analista da FCC, por exemplo. Fiquei em 10º colocado para Analista do MP e 31º colocando para Analista do TJ. Jaime, amigo meu e hoje também Defensor Público, obteve aprovação na 28ª colocação para Analista do TRE.
Isso é apenas um exemplo, pois cada banca tem um perfil. Se você entender o perfil da banca, de modo exato, estará um passo mais próximo da aprovação.
4º ERRO. Não revisar com frequência.
Como disse no começo do texto, a maioria das pessoas dizem que é uma questão de estudo apenas. Mas mesmo se fosse, ainda faltaria uma chave da equação. A revisão.
Mesmo que você priorize determinados assuntos, eles ainda são muitos. Mesmo que seja possível estudá-los é preciso revisar para não esquecer.
O mais importante aqui é que essa revisão deve ser frequente. Para mim tinha que ser semanal, pois na prática, basta 7 dias para que seja possível esquecer boa parte do que foi estudado.
Eu explico melhor como fazia minha revisão, que chamei de Revisão R12X, com base em meu resumo do que estudava, que chamei de resumo RPC, por ser baseado em palavras-chaves. Você pode baixar aqui o livro digital gratuito em que me aprofundo mais nisso.
5º ERRO. Gerenciar mal o tempo no Calendário de Estudos.
De nada adianta fazer tudo isso se não houver uma organização eficiente. Aliás, nós achamos que gerenciamos tempo, mas na verdade gerenciamos nossas tarefas para que elas caibam no tempo.
Se você for capaz de organizar bem as suas tarefas e se livrar de todos os erros anteriores, estará cada vez mais próximo de sua aprovação.
Se você tem alguma dúvida pode deixar um comentário embaixo desse artigo. E se tem interesse em se aprofundar mais sobre estratégia para concursos e conhecer o método completo que eu utilizava, basta
Gerson Aragão
Gerson Aragão, Defensor Público
Gerson Aragão -Defensor Público
(Fonte: Brasil Jusletter - Mar/17)

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