Tiradentes a contradição da Historia
Biografia de Tiradentes:
Tiradentes (1746-1792) nasceu na Fazenda do Pombal, localizada entre a Vila de São José, hoje a cidade de Tiradentes, e a cidade de São João del Rei em Minas Gerais. Era filho do português Domingos da Silva Santos, pequeno fazendeiro, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier. Joaquim José da Silva Xavier era o quarto filho de sete irmãos. Ficou órfão de mãe com nove anos e dois anos depois morre seu pai. Para pagar as dívidas a família perde a propriedade e Tiradentes fica sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião e vivia na cidade de Vila Rica, hoje Ouro Preto.Tiradentes (1746-1792) foi o líder da Inconfidência Mineira, primeiro movimento de tentativa de libertação colonial do Brasil. Ganhou a vida de diferentes maneiras, além de militar no posto de Alferes, foi tropeiro, minerador, comerciante e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu o apelido de Tiradentes. Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), embora não tenha sido o idealizador do movimento, teve papel importante na propagação das idéias revolucionárias junto ao povo, tentando com isso arregimentar adeptos. Foi traído pelo Coronel Joaquim Silvério dos Reis, foi preso no Rio de Janeiro e condenado à morte por enforcamento no dia 21 de abril de 1792. Seu corpo foi esquartejado e exposto pelas ruas de Minas Gerais. O dia 21 de abril é feriado nacional.
Tiradentes trabalhou como mascate e minerador e tornou-se sócio de uma
botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se
dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de
dentista, o que lhe valeu o apelido de Tiradentes.
Foi Alferes, fazia parte do regimento militar do Dragões de Minas
Gerais.
Tiradentes começou a sentir a pressão do reino ao trabalhar, nomeado
pela Rainha D. Maria I, como comandante da patrulha na rota de
escoamento da produção mineradora, o chamado "Caminho Novo" que levava
toda a produção mineira para o porto do Rio de Janeiro.
Portugal exigia que grandes recursos humanos fossem aplicados
exclusivamente na mineração, proibindo o estabelecimento de engenhos na
região de Minas e punindo o contrabando de ouro e pedras preciosas. Não
só os mineiros mas toda a população era obrigada a
pagar elevados impostos, o que promovia o descontentamento geral.
Organizou-se aos poucos a Inconfidência Mineira, primeiro movimento de
tentativa de libertação colonial do Brasil, e a ele aderiu o Alferes
Joaquim José da Silva Xavier o Tiradentes, que foi a alma do movimento.
Os conspiradores eram na maioria grandes proprietários
de terra e mineradores como também integrantes do clero. Tiradentes era
um dos poucos pertencentes à classe média empobrecida. As atividades
conspiratórias tornaram-se intensas a partir de 1788 com a chegada do
novo governador de Minas Gerais, Luís Antônio
Furtado de Mendonça o Visconde de Barbacena, trazendo a incumbência de
decretar a derrama ou seja a cobrança de todos os impostos atrasados.
Tiradentes em viagem ao Rio de janeiro, procurava conquistar novos
adeptos à causa revolucionária. Um dos elementos que ele procurou
convencer foi o coronel Joaquim Silvério dos Reis que devia grandes
somas à Coroa, mas com medo resolveu denunciá-lo ao governador
em troca do perdão de suas dívidas. Era março de 1789, o governador
suspendeu a derrama e logo depois várias prisões foram realizadas em
Minas Gerais. Tiradentes escondeu-se na casa de um amigo no Rio de
Janeiro mas foi preso no dia 10 de maio do mesmo ano.
Depois da prisão de 34 pessoas, das quais cinco eram padres, iniciou-se a
investigação e processo dos acusados, que deveria durar dois anos. O
conspirador Cláudio Manuel da Costa que era de família enriquecida na
mineração, havia estudado em Coimbra e foi alto
funcionário da administração colonial, foi encontrado enforcado na
cela. Tiradentes acusado como cabeça do movimento negou tudo mas depois
confessou, sem no entanto acusar qualquer companheiro como comprovam as
atas do processo.
Em abril de 1792 os inconfidentes recebiam suas penas: onze condenações à
morte, cinco a degredo perpétuo e várias penas de prisão. Todos perdiam
seus bens. Das condenações à morte só foi mantida a de Tiradentes,
sendo as demais transformadas em degredo perpétuo
por D. Maria I.
Tiradentes morreu no dia 21 de abril de 1792, executado na Praça da
Lampadosa no Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado, ficando sua
cabeça exposta em Vila Rica e seus membros espalhados em postes no
caminho entre Minas e Rio de Janeiro.http://www.e- biografias.net/tiradentes/
Tiradentes e sua Vida Pessoal
Todos nós sabemos da história,
de Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, nasceu
em 12 de Novembro de 1746 , e faleceu em 21 de Abril de 1792, aos 45
anos, foi enforcado, esquartejado, e é o Mártir
da Inconfidência Mineira.
Mas você sabia que:
– Ele teve várias profissões além de Dentista….ele foi Tropeiro, Minerador, Comerciante, Militar e Ativista Político;
– Ele nunca se casou;
– Ele teve um romance com Antonia Maria do Espírito Santo com quem teve uma filha, Joaquina da Silva Xavier;
– Consta também que Tiradentes
queria se casar com uma moça de nome Maria, de São João Del Rey, mas que
os pais dela foram contra e não permitiram o casamento;
– Tiradentes também teve mais
dois filhos com Eugênia Joaquina da Silva, sendo que a menina
(Joaquina), logo morreu e o outro filho João de Almeida Beltrão, teve
oito filhos, e um destes netos, mudou o sobrenome com
medo da perseguição.
– Alguns trinetos de Tiradentes recebem pensão;
– Uma de suas tetranetas recebe pensão, também.
Tiradentes foi um grande homem, sempre que nossa história for contada, ele terá muitos capítulos de importante participação.
E para que tenham idéia da vontade, que Tiradentes tinha que o Brasil fosse um grande país, vejam só a frase que ele disse:
– “SE TODOS QUISERMOS, PODEREMOS FAZER DESTE PAÍS UMA GRANDE NAÇÃO. VAMOS
FAZÊ-LA” Joaquim José da Silva Xavier “o Tiradenteshttp://www. osabetudo.com/tiradentes-e- sua-vida-pessoal/
A Outra Versão Para a Morte de Tiradentes
O feriado de 21 de abril é fruto de uma história montada, transformando Tiradentes em um "bode expiatório", que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira.
Na verdade quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.
O feriado de 21 de abril é fruto de uma história montada, transformando Tiradentes em um "bode expiatório", que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira.
Na verdade quem morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.
A lenda que criou o feriado de 21 de abril é:
Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, Estado que tinha na época a maior força republicana e era um pólo comercial muito forte.
Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto à elite como ao povo.
Na verdade estaríamos mais bem representados se o herói da pátria, escolhido, fosse Antônio Conselheiro (1830 – 1897), líder social e carismático que conseguiu reunir camponeses, índios e escravos na "Guerra dos Canudos" (1897). Mas o místico rebelde e líder espiritual do arraial de Canudos foi morto justamente pelo exercito da República, e quem escolheu Tiradentes foram os republicanos. Também os historiadores, pagos pelo poder dominante, pelos grandes fazendeiros e o pelo clero, para justificar o genocídio contra a comunidade de Canudos, trataram Antonio Conselheiro com o um fanático e louco religioso perigoso para o Brasil. Canudos era uma comunidade onde todos tinham acesso à terra e ao trabalho. Tratado como lugar "santo", era uma ameaça para o clero e fazendeiros.
A vida de Tiradentes em poucas palavras:
Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro Domingos da Silva Santos. Ficou órfão de mãe Maria Antônia da Encarnação Xavier, aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia.
Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais.
Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes e por José Álvares Maciel (Vila Rica 1.760 + 1.804 = Maciel formou-se em engenharia na Universidade de Coimbra e depois seguiu para a Inglaterra em Birmingham onde fez contato com a maçonaria inglesa nascida por volta de 1720). Naquele tempo a maçonaria iniciava um irmão mesmo fora do templo. Eram os "pedreiros-livres." Esse procedimento só foi suprimido no ano de 1907). Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.
Tiradentes, maçonaria e a Inconfidência Mineira:
Como era apenas um alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da maçonaria".
E Tiradentes foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.
Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson.
Também é possível comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do "Libertas quae sera tamen", que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento da poesia de Virgílio (Éclogas, I, 27).
Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Teve dois filhos ilegítimos um se chamou João, e foi com a mulata Eugênia Joaquina da Silva, e uma filha Joaquina, com uma ruiva de nome Antônia Maria do Espírito Santo. Tiradentes traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos.
Ele era, então, de todo o grupo, aquele que poderia ser considerado - como uma “codorna no chão”, - o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.
E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março (dois anos antes de sua simulada morte), com o Silvério dos Reis - indo ao Palácio da Cachoeira do Campo, residência do Visconde de Barbacena (Luís Furtado de Mendonça 1754-1830), governador da Capitania - e denunciando o Tiradentes.
A palavra comum aos mineiro, “UAI”, era palavra secreta dos maçons da Inconfidência. Iniciais de União, Amor independência. Era usada para avisar um perigo, e na noite que prenderam Tiradentes, um maçom encapuzado, corria nas casas dos irmãos, batendo na porta, gritando "UAI." Três batidas bem compassadas deveriam abrir a porta, mais batidas seguida do "UAI" era perigo.
Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha, e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, com culpa exclusiva, uma atitude tipicamente de um bode maçônico, e mesmo porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação.
Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que os 45 anos, idade que tinha Tiradentes.
No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o homem que foi executado em 21 de abril de 1792.
O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921:
Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".
O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (virou Imperial Cidade de Ouro Preto em 1823), cidade onde o movimento se desenvolveu.
A cabeça foi salgada e colocada em uma gaiola presa numa estaca no centro da Praça de Santa Quitéria, hoje Praça Tiradentes. Foi roubada no dia seguinte, por maçons, para que a farsa não fosse descoberta. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio (África) ou absolvidos.
A descoberta, da assinatura, que desvendou que Tiradentes continuava vivo:
Há 41 anos (1969), o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.
Tiradentes foi embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia, que não poderiam ficar no Brasil para contar a verdadeira história. O maçom português Domingos Vidal, que ajudará os planos dos inconfidentes recebeu e auxiliou o Tiradentes na sua passagem por Coimbra.
Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo ele saiu correndo, para não ser descoberto.
Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na Rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818.
Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da Nação Brasileira e das Polícias Militares.http://www. sertaoinformado.com.br/ conteudo.php?id=25293&sec=2& cat=Arimat%E9a%20Barbosa
Tiradentes foi sentenciado à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República, precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de Minas Gerais, Estado que tinha na época a maior força republicana e era um pólo comercial muito forte.
Jogaram ao povo uma imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um “Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e história “construída” agradava tanto à elite como ao povo.
Na verdade estaríamos mais bem representados se o herói da pátria, escolhido, fosse Antônio Conselheiro (1830 – 1897), líder social e carismático que conseguiu reunir camponeses, índios e escravos na "Guerra dos Canudos" (1897). Mas o místico rebelde e líder espiritual do arraial de Canudos foi morto justamente pelo exercito da República, e quem escolheu Tiradentes foram os republicanos. Também os historiadores, pagos pelo poder dominante, pelos grandes fazendeiros e o pelo clero, para justificar o genocídio contra a comunidade de Canudos, trataram Antonio Conselheiro com o um fanático e louco religioso perigoso para o Brasil. Canudos era uma comunidade onde todos tinham acesso à terra e ao trabalho. Tratado como lugar "santo", era uma ameaça para o clero e fazendeiros.
A vida de Tiradentes em poucas palavras:
Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno fazendeiro Domingos da Silva Santos. Ficou órfão de mãe Maria Antônia da Encarnação Xavier, aos nove anos e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe deu ensinamentos de Medicina e Odontologia.
Ainda jovem, ficou conhecido pela habilidade com que arrancava os dentes estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes. Em 1780, tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas Gerais.
Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e Silva, amigo de vários inconfidentes e por José Álvares Maciel (Vila Rica 1.760 + 1.804 = Maciel formou-se em engenharia na Universidade de Coimbra e depois seguiu para a Inglaterra em Birmingham onde fez contato com a maçonaria inglesa nascida por volta de 1720). Naquele tempo a maçonaria iniciava um irmão mesmo fora do templo. Eram os "pedreiros-livres." Esse procedimento só foi suprimido no ano de 1907). Tiradentes teria salvado a vida de Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.
Tiradentes, maçonaria e a Inconfidência Mineira:
Como era apenas um alferes (patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores, que eram os verdadeiros líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os séculos XVIII e XIX, era comum o "dedo da maçonaria".
E Tiradentes foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte, estudantes que haviam recentemente regressado "formados” da cidade de Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.
Os maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos - mesmo em luta desigual - os maçons norte-americanos George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson.
Também é possível comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira, sob o pavilhão e o dístico maçônico do "Libertas quae sera tamen", que adorna o triângulo perfeito, com este fragmento da poesia de Virgílio (Éclogas, I, 27).
Tiradentes era um dos poucos inconfidentes que não tinha família. Teve dois filhos ilegítimos um se chamou João, e foi com a mulata Eugênia Joaquina da Silva, e uma filha Joaquina, com uma ruiva de nome Antônia Maria do Espírito Santo. Tiradentes traçava planos para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos econômicos.
Ele era, então, de todo o grupo, aquele que poderia ser considerado - como uma “codorna no chão”, - o mais frágil dos inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos. Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.
E foi assim que foi armada a traição, em 15 de março (dois anos antes de sua simulada morte), com o Silvério dos Reis - indo ao Palácio da Cachoeira do Campo, residência do Visconde de Barbacena (Luís Furtado de Mendonça 1754-1830), governador da Capitania - e denunciando o Tiradentes.
A palavra comum aos mineiro, “UAI”, era palavra secreta dos maçons da Inconfidência. Iniciais de União, Amor independência. Era usada para avisar um perigo, e na noite que prenderam Tiradentes, um maçom encapuzado, corria nas casas dos irmãos, batendo na porta, gritando "UAI." Três batidas bem compassadas deveriam abrir a porta, mais batidas seguida do "UAI" era perigo.
Tiradentes foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha, e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo, ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, com culpa exclusiva, uma atitude tipicamente de um bode maçônico, e mesmo porque tinha a promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação.
Em 21 de abril de 1792, com ajuda de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que os 45 anos, idade que tinha Tiradentes.
No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa ("Narrativa da Perseguição") é documentada a diferença física de Tiradentes com o homem que foi executado em 21 de abril de 1792.
O escritor Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro "Contribuindo", de 1921:
Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito...".
O corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela estrada até Vila Rica (virou Imperial Cidade de Ouro Preto em 1823), cidade onde o movimento se desenvolveu.
A cabeça foi salgada e colocada em uma gaiola presa numa estaca no centro da Praça de Santa Quitéria, hoje Praça Tiradentes. Foi roubada no dia seguinte, por maçons, para que a farsa não fosse descoberta. Os demais inconfidentes foram condenados ao exílio (África) ou absolvidos.
A descoberta, da assinatura, que desvendou que Tiradentes continuava vivo:
Há 41 anos (1969), o historiador carioca Marcos Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença na galeria da Assembléia Nacional francesa de 1793. Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes.
Tiradentes foi embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons, na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os filhos do ladrão morto Isidro Gouveia, que não poderiam ficar no Brasil para contar a verdadeira história. O maçom português Domingos Vidal, que ajudará os planos dos inconfidentes recebeu e auxiliou o Tiradentes na sua passagem por Coimbra.
Em uma carta que foi encontrada na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado, na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo ele saiu correndo, para não ser descoberto.
Há relatos que 14 anos depois, em 1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na casa da namorada Perpétua Mineira, na Rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias) e que morreu em 1818.
Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado Patrono Cívico da Nação Brasileira e das Polícias Militares.http://www.
A possível farsa do herói Tiradentes
Tiradentes,
maçonaria e a Inconfidência Mineira: Como era um simples alferes
(patente igual à de tenente), não lideraria coronéis, brigadeiros,
padres e desembargadores, que eram os verdadeiros
líderes do movimento. Semi-alfabetizado, é muito provável que nunca
esteve plenamente a par dos planos e objetivos do movimento. Em todos os
movimentos libertários acontecidos no Brasil, durante os séculos XVIII e
XIX, era comum o “dedo da maçonaria”. E Tiradentes
foi maçom, mas estava longe de acompanhar os maçons envolvidos na
Inconfidência, porque esses eram cultos, e em sua grande parte,
estudantes que haviam recentemente regressado “formados” da cidade de
Coimbra, em Portugal. Uma das evidências documentais da
participação da Maçonaria são as cartas de denúncia existentes nos
autos da Devassa, informando que maçons estavam envolvidos nos conluios.
Os
maçons brasileiros foram encorajados na tentativa de libertação, pela
história dos Estados Unidos da América, onde saíram vitoriosos – mesmo
em luta desigual – os maçons norte-americanos
George Washington, Benjamin Franklin e Thomas Jefferson. Também é
possivel comprovar a participação da Maçonaria na Inconfidência Mineira,
sob o pavilhão e o dístico maçônico do Libertas quae sera tamen, que
adorna o triângulo perfeito, com este fragmento
de Virgílio (Éclogas,I,27) Tiradentes era um dos poucos inconfidentes
que não tinha família. Tinha apenas uma filha ilegítima e traçava planos
para casar-se com a sobrinha de um padre chamado Rolim, por motivos
econômicos. Ele era, então, de todo o grupo,
aquele considerado como uma “codorna no chão”, o mais frágil dos
inconfidentes. Sem família e sem dinheiro, querendo abocanhar as
riquezas do padre. Era o de menor preparo cultural e poucos amigos.
Portanto, a melhor escolha para desempenhar o papel de um
bode expiatório que livraria da morte os verdadeiros chefes.
E
foi assim que foi armada a traição, em 15 de março de 1989, com o
Silvério dos Reis indo ao Palácio do governador e denunciando o
Tiradentes. Ele foi preso no Rio de Janeiro, na Cadeia Velha,
e seu julgamento prolongou-se por dois anos. Durante todo o processo,
ele admitiu voluntariamente ser o líder do movimento, porque tinha a
promessa que livrariam a sua cabeça na hipótese de uma condenação por
pena de morte. Em 21 de abril de 1792, com ajuda
de companheiros da maçonaria, foi trocado por um ladrão, o carpinteiro
Isidro Gouveia. O ladrão havia sido condenado à morte em 1790 e assumiu a
identidade de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família,
oferecida a ele pela maçonaria. Gouveia foi
conduzido ao cadafalso e testemunhas que presenciaram a sua morte se
diziam surpresas porque ele aparentava ter bem menos que seus 45 anos.
No livro, de 1811, de autoria de Hipólito da Costa (“Narrativa da
Perseguição”) é documentada a diferença física de
Tiradentes com o que foi executado em 21 de abril de 1972. O escritor
Martim Francisco Ribeiro de Andrada III escreveu no livro
“Contribuindo”, de 1921: “Ninguém, por ocasião do suplício, lhe viu o
rosto, e até hoje se discute se ele era feio ou bonito…” O
corpo do ladrão Gouveia foi esquartejado e os pedaços espalhados pela
estrada até Vila Rica (MG), cidade onde o movimento se desenvolveu. A
cabeça não foi encontrada, uma vez que sumiram com ela para não ser
descoberta a farsa. Os demais inconfidentes foram
condenados ao exílio ou absolvidos.
A
descoberta da farsa: Há 41 anos (1969), o historiador carioca Marcos
Correa estava em Lisboa quando viu fotocópias de uma lista de presença
na galeria da Assembleia Nacional francesa de 1793.
Correa pesquisava sobre José Bonifácio de Andrada e Silva e acabou
encontrando a assinatura que era o objeto de suas pesquisas. Próximo à
assinatura de José Bonifácio, também aparecia a de um certo Antônio
Xavier da Silva. Correa era funcionário do Banco do
Brasil, se formara em grafotécnica e, por um acaso do destino, havia
estudado muito a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, o
Tiradentes. Concluiu que as semelhanças eram impressionantes. Tiradentes
teria embarcado incógnito, com a ajuda dos irmãos maçons,
na nau Golfinho, em agosto de 1792, com destino a Lisboa. Junto com
Tiradentes seguiu sua namorada, conhecida como Perpétua Mineira e os
filhos do ladrão morto Isidro Gouveia. Em uma carta que foi encontrada
na Torre do Tombo, em Lisboa, existe a narração
do autor, desembargador Simão Sardinha, na qual diz ter-se encontrado,
na Rua do Ouro, em dezembro no ano de 1792, com alguém muito parecido
com Tiradentes, a quem conhecera no Brasil, e que ao reconhecê-lo saiu
correndo. Há relatos que 14 anos depois, em
1806, Tiradentes teria voltado ao Brasil quando abriu uma botica na
casa da namorada Perpétua Mineira, na rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves
Dias) e que morreu em 1818. Em 1822, Tiradentes foi reconhecido como
mártir da Inconfidência Mineira e, em 1865, proclamado
Patrono Cívico da nação brasileira.
Guilhobel
Aurélio Camargo/Gazeta de Novo – Ele estava muito bem vivo, um ano
depois, em Paris. O feriado de 21 de abril é fruto de uma história
fabricada que criou Tiradentes como bode expiatório,
que levaria a culpa pelo movimento da Inconfidência Mineira. Quem
morreu no lugar dele foi um ladrão chamado Isidro Gouveia.
A
mentira que criou o feriado de 21 de abril é: Tiradentes foi sentenciado
à morte e foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro,
no local chamado Campo da Lampadosa, que hoje
é conhecido como a Praça Tiradentes. Com a Proclamação da República,
precisava ser criada uma nova identidade nacional. Pensou-se em
eternizar Marechal Deodoro, mas o escolhido foi Tiradentes. Ele era de
Minas Gerais, estado que tinha na época a maior força
republicana e era um polo comercial muito forte. Jogaram ao povo uma
imagem de Tiradentes parecida com a de Cristo e era o que bastava: um
“Cristo da Multidão”. Transformaram-no em herói nacional cuja figura e
história “construída” agradava tanto à elite quanto
ao povo.
A
vida dele em poucas palavras: Tiradentes nasceu em 1746 na Fazenda do
Pombal, entre São José e São João Del Rei (MG). Era filho de um pequeno
fazendeiro. Ficou órfão de mãe aos nove anos
e perdeu o pai aos 11. Não chegou a concluir o curso primário. Foi
morar com seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião que lhe
deu ensinamentos de Medicina e Odontologia. Ainda jovem, ficou conhecido
pela habilidade com que arrancava os dentes
estragados das pessoas. Daí veio o apelido de Tira-dentes. Em 1780,
tornou-se um soldado e, um ano à frente, foi promovido a alferes. Nesta
mesma época, envolveu-se na Inconfidência Mineira contra a Coroa
portuguesa, que explorava o ouro encontrado em Minas
Gerais. Tiradentes foi iniciado na maçonaria pelo poeta e juiz Cruz e
Silva, amigo de vários inconfidentes. Tiradentes teria salvado a vida de
Cruz e Silva, não se sabe em que circunstâncias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário