Algumas
pessoas têm um hábito arraigado e quase inconsciente de esfregar uma
mão na outra logo após lavá-las na pia. Um estudo da Universidade de
Bradford, na Grã-Bretanha, concluiu que esse ato logo após a lavagem
espalha bactérias da pele pelo ar. Se você esfrega as mãos debaixo de um
daqueles secadores quentes, em banheiros de estabelecimentos
comerciais, o efeito é multiplicado: o jato de ar se encarrega de
propagar os micróbios por todo o banheiro. Se uma pessoa com a imunidade
baixa entra ali, vira alvo fácil para infecções.
A
coordenadora do estudo da universidade britânica, Anna Snelling, fez
uma experiência interessante: pediu para 14 voluntários usarem os
secadores de mãos no banheiro. Enquanto alguns eram instruídos a
esfregar as mãos, outros não deviam fazê-lo. Ao comparar os resultados,
ela descobriu que não esfregar as mãos reduzia o volume de bactérias em
37% comparado a sair do toalete sem lavar as mãos (esperamos que você
não tenha se inclinado para essa opção), enquanto esse índice foi de
apenas 18% quando os participantes esfregavam as mãos.
Mais higiênicos que os secadores, contudo, são as toalhas de papel, que
livram as mãos de praticamente todo o risco de infecção. Mas as toalhas,
como todos sabem, gastam papel, ou seja, são danosas aos recursos
naturais enquanto preservam nossa saúde. Desafio da tecnologia:
encontrar uma nova maneira de secar as mãos, que mantenha a higiene das
toalhas de papel, mas poupe o meio ambiente da mesma forma que os
secadores.
[New Scientist]
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