quinta-feira, 16 de junho de 2016

CÁRIE DE MAMADEIRA, VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DELA?




CÁRIE DE MAMADEIRA, VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DELA?
A persistência na amamentação, seja ela natural ou artificial durante a madrugada, com grande frequência e sem qualquer tipo de higiene, pode acarretar a chamada cárie de mamadeira ou cárie rampante. É uma cárie aguda, agressiva, de evolução rápida e que provoca muita sensibilidade (dor), podendo causar a destruição dos dentes de leite em um curto espaço de tempo. É uma doença que pode afetar a criança no primeiro ano de vida.
A causa desse tipo de cárie acontece da seguinte maneira: quando a criança adormece, o número e a frequência das deglutições diminuem assim como o fluxo salivar, responsável por banhar e proteger os dentes das bactérias. A associação desses elementos mais o tempo longo em que a criança permanece dormindo, são suficientes para o enfraquecimento das superfícies dentais.

Clinicamente, esse tipo de cárie se inicia com manchas esbranquiçadas nos incisivos superiores e inferiores, que, mais tarde, se não removido o hábito, podem vir a formar grandes cavidades (cárie ), podendo até destruir sua coroa clínica ( figuras 1, 2 ).
Outros fatores que podem determinar o aparecimento da cárie de mamadeira são:
adoçar a chupeta com mel ou açúcar para que a criança se acalme e adormeça;
o consumo excessivo de suco ácidos ( laranja, limão ) e coca cola na mamadeira durante o dia todo.
Para evitar a cárie de mamadeira os pais, se possível, não devem oferecer o leitinho da madrugada ou antes de dormir. Esse é o momento de descanso da criança, ela não precisa mamar; neste caso, ela estará sendo induzida a um hábito vicioso e nocivo, que poderá prejudicar seus dentes (mesmo que sejam poucos), principalmente se for adicionado açúcar, achocolatado ou mel.
A limpeza da boca deve ser feita após cada mamada, seja ela no peito ou na mamadeira, com gaze ou fralda embebida em água filtrada ou outra solução a ser prescrita pelo odontopediatra, caso a criança ainda não tenha os dentinhos. Atualmente, é preconizado o início da escovação, com escova de dentes, logo após o aparecimento dos primeiros dentinhos. Para o bebê, a escova indicada, embora tenhamos poucas opções no mercado nacional, é uma escova extra-macia.
A partir da erupção dos primeiros molares decíduos (de leite), a escovação deverá se iniciar através de escovas infantis com cerdas macias, principalmente para higienizar as superfícies oclusais desses dentes, gengiva e língua. A quantidade de pasta para isso é de ,aproximadamente, a de uma ervilha. Muita atenção para a criança não ingerir pastas fluoretadas, já que o flúor é tóxico e se ingerido em pequenas doses diárias causará fluorose.
Se o processo carioso se instalar e não for tratado adequadamente, com o passar do tempo poderão aparecer problemas maiores como: dor de dente, grandes cavidades de cárie, restaurações extensas, tratamento de canal, problema periodontal (de gengiva) ou até a perda precoce de dentes.
É oportuno ressaltar que no passado, quando não havia preocupação com a saúde bucal como há hoje, era comum a errônea idéia de que a perda de dentes de leite não importava, pois eles seriam substituídos pelos dentes permanentes. Isso é um grande equívoco. A perda prematura dos dentes de leite é catastrófica, causando sérios problemas para a dentição permanente.
A convivência harmônica dos dentes de leite com os permanentes deve estar presente até, mais ou menos, 12 anos; por isso, a preservação dos dentes de leite é fundamental para evitar futuros problemas, inclusive ortodônticos.
DIANTE DE TUDO ISSO, QUE TAL A PARTIR DE HOJE MUDAR ESTE HÁBITO? 
(Fonte: ABC saúde/Odontologia)

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