1. Não se deixe enganar pela sua altura
Não importa quão altas as crianças sejam ou quão crescidas elas pareçam, elas são ainda apenas crianças. E os pais de crianças mais velhas, especialmente, precisam de se lembrar deste fato, de acordo com Sara Johnson, professora de saúde pública da Universidade Johns Hopkins, nos EUA.
O período de desenvolvimento conhecido como adolescência dura cerca de dez anos, dos 11 aos 19, e é considerado um período crítico para o desenvolvimento do cérebro. Portanto, é importante ter em mente que, mesmo que as crianças lembrem jovens adultos, elas ainda estão em um período de desenvolvimento que vai afetar o resto de sua vida.
2. Apoie as crianças tímidas
Um pouco de timidez é uma coisa, mas crianças com inibição comportamental – uma característica que se refere a timidez severa e também extrema cautela em face de situações novas – podem estar em maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade. Os pais que “protegem” crianças que demonstram inibição comportamental (em última análise, incentivando esta inibição) podem piorar a situação.
Segundo a psicóloga Sandee McClowry, da Universidade de Nova York, nos EUA, a chave para ajudar crianças tímidas é tirá-las de suas zonas de conforto, sem tentar mudar suas naturezas. Ou seja, quebrar certos hábitos tímidos das crianças, sem obrigá-las a não ser tímidas.
3. Dê instruções claras a crianças pequenas
Adultos tendem a pensar constantemente sobre o futuro, mas crianças, especialmente as em idade pré-escolar (entre 2 a 5 anos), vivem o aqui e agora. Por isso, os pais dessas crianças precisam aprender a viver no momento, também, conforme explica Tovah Klein, diretora do centro para o desenvolvimento da criança da Barnard College, nos EUA. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de se comunicar verbalmente com crianças pequenas.
Em vez de dizer que é hora de elas se prepararem para alguma ação futura, como ir à escola, os pais devem dar às crianças um conjunto de instruções claras. Por exemplo, substitua declarações ambíguas como “Já está quase hora de ir para a escola” com simples orientações tais como “Nós precisamos ir para a escola. Pegue seu casaco”.
4. Ajude crianças pequenas a saber como elas se sentem
Enquanto crianças mais velhas são reis e rainhas da autoexpressão, sempre dizendo como se sentem, as menores muitas vezes não têm vocabulário para rotular adequadamente suas próprias emoções, de acordo com pesquisadores que estudam o desenvolvimento das crianças.
As com idades entre 2 a 5 estão apenas começando a entender emoções como medo, frustração ou decepção, segundo Klein. Você pode ajudar seu filho a expressar-se, explicando tais emoções quando as vê. Por exemplo, um pai pode dizer: “É decepcionante que está chovendo lá fora, e você não pode sair para brincar”, diz Klein.
5. Desacelere
A agitada agenda dos adultos nem sempre combina com o ritmo mais lento da infância.Segundo Klein, os pais devem tentar igualar esse compasso. Ao agendar tempo extra para as pequenas coisas, como uma rotina da hora de dormir (como contar uma história), ou uma ida para o supermercado, os pais podem transformar tarefas agitadas em um tempo mais significativo com seus filhos.
6. Limite as distrações
Você verifica seus e-mails ou navega em mídias sociais enquanto passa tempo com seus filhos? Pois não deveria.
Se você estiver distraído por um monte de outras coisas, esta “presença ausente” pode afetar negativamente as crianças, que podem sentir como se você não estivesse realmente lá por elas. “As crianças não precisam de sua atenção 100% do tempo, mas, quando a pedem, você deve dá-la a eles sem quaisquer ressalvas”, explica Klein.
7. Seja educado
Quer criar filhos educados? Dê o exemplo. Tente adicionar as palavras “por favor” e “obrigado” para o seu próprio vocabulário. Crianças aprendem a interagir com os outros principalmente ao observar como os adultos fazem isso.
Então, se você tratar a todos – de caixas de supermercado a motoristas de ônibus a professores e membros da família – com respeito e delicadeza, é provável que seus filhos farão o mesmo.
8. Birras adolescentes são reais – não grite de volta com as crianças
Quando as birras dos anos de criança de seu filho parecem história antiga, tais explosões emocionais retornam na adolescência. Os adolescentes lidam com muito estresse social, emocional e mental, que eles ainda não têm a capacidade de processar ou enfrentar adequadamente. Isso pode resultar em algumas birras graves, que podem surpreender pais incautos.
Em tais situações, é melhor manter a calma e escutar seus filhos, afirma Sheryl Feinstein, autora de “Dentro do Cérebro Adolescente: Ser Pai, um Trabalho em Progresso”. Mostrar um comportamento sensato é uma boa maneira de ensinar a seu filho como lidar com todo o estresse.
Em hipótese alguma grite com seu filho adolescente. Quanto mais você grita com um adolescente, pior ele é propenso a se comportar, de acordo com um estudo publicado em 2013 na revista Child Development.
9. O rigor tem consequências graves
Ser um pai muito rigoroso ou controlador pode ter consequências negativas na saúde de seus filhos, incluindo a física. Especificamente, crianças de pais rigorosos são mais propensas a ser obesas.
Em 2014, pesquisadores descobriram que crianças com idades entre 2 a 5 anos cujos pais estabeleciam limites estritos sobre atividades, não se comunicavam muito bem e não mostravam muito carinho eram 30% mais propensas a ser obesas.
10. Pais: se envolvam mais
Culturalmente, muitos papéis acabam ficando só com as mães e elas se tornam responsáveis por muitos aspectos da educação dos filhos. No entanto, pais influenciam fortemente a vida de seus filhos de várias maneiras, de acordo com W. Brad Wilcox, sociólogo da Universidade da Virgínia, nos EUA.
Em primeiro lugar, os pais tendem a ser mais duros com as crianças do que as mães, o que as ajuda a aprender a controlar suas emoções. O estilo mais direto dos pais também incentiva as crianças a correrem mais riscos de uma forma saudável, o que pode influenciar suas ambições a longo prazo. A forte relação paterna também traz consigo um certo nível de proteção, já que estudos descobriram que crianças com pais envolvidos são menos propensas a se tornarem vítimas de abuso sexual ou agressão.
11. Seja firme
Quer evitar que seu filho adolescente tenha más experiências com drogas e álcool? A maneira mais eficaz de fazer isso é ser firme, mas carinhoso.
Um estudo de 2012 descobriu que os adolescentes cujos pais tinham autoridade (o estudo definiu isso como pais que estavam no controle, mas com uma atitude carinhosa) foram significativamente menos propensos a beber, fumar cigarros ou usar maconha do que adolescentes cujos pais eram negligentes (ou seja, não estavam no controle e eram pouco carinhosos).
12. Seja brincalhão
Brincar com seu filho ajuda a prepará-lo para o sucesso social, de acordo com uma pesquisa de 2011. Quando os pais façam piadas ou imitações, isso dá a crianças pequenas as ferramentas para pensar criativamente, fazer amigos e gerenciar estresse.
13. Não seja irritadiço
Não é nenhuma surpresa que pais que expressam emoções negativas em relação a seus filhos pequenos ou são grosseiros com eles podem acabar com crianças agressivas. Isso é má notícia, porque a agressão comportamental na idade de 5 anos está ligada à agressão mais tarde na vida, mesmo em relação a futuros parceiros românticos. Então, se você se encontra em um ciclo de pai irritado, criança irritada, pai ainda mais irritado, tente quebrar o círculo.
14. Tenha autocompaixão
Pesquisas sugerem que a autocompaixão é uma habilidade muito importante para se ter na vida, ajudando as pessoas a ser resilientes em face dos desafios. Isso inclui autoconsciência, capacidade de gerenciar pensamentos e emoções sem reprimi-los, empatia com o sofrimento dos outros e um reconhecimento do seu próprio sofrimento, entre outras coisas.
Ao invés de se culpar por seus erros, os pais podem usar autocompaixão ao lidar com dificuldades na criação dos filhos. Ao fazer isso, eles podem servir de exemplo para as crianças.
15. Deixe seu filho se virar um pouco
Pais que interferem muito na vida de seus filhos na verdade atrapalham as crianças, que ficam mais propensas à ansiedade e menos abertas a novas experiências que filhos de pais mais tranquilos. Isso não significa que você não deve ajudar seu filho se ele te pedir algo, mas se você é do tipo que procura os professores da criança para discutir suas notas, pode ser hora de sair de cena um pouco.
16. Tenha uma relação estreita com seus filhos
Uma relação amorosa com a mãe parece importante na prevenção de problemas de comportamento em meninos, mais do que em meninas. Os resultados de uma pesquisa publicados na revista Child Development destacam a necessidade de um relacionamento no qual as crianças podem se voltar para seus pais como uma base segura e reconfortante.
17. Não queria ser um pai perfeito
Ninguém é perfeito, então não se torture com metas impossivelmente altas de sucesso. De acordo com um estudo publicado em 2011 na revista Personality and Individual Differences, os novos pais que acreditam que a sociedade espera perfeição deles são mais estressados e menos confiantes em suas habilidades. Faça um esforço para ignorar a pressão.
18. Não existe a melhor maneira de criar uma criança
Todo mundo pensa que sabe a melhor maneira de criar uma criança. Só que não existe apenas uma. Na verdade, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Washington, nos EUA, as crianças cujos pais adaptam seu estilo de paternidade a personalidade das crianças têm filhos com menos ansiedade e depressão do que crianças com pais mais rígidos.
Algumas crianças, especialmente aquelas com problemas para regular suas emoções, podem precisar de um pouco de ajuda extra da mãe ou do pai. Por outro lado, os pais podem inadvertidamente prejudicar crianças bem-ajustadas querendo ajudá-las demais. A chave é prestar atenção na personalidade e nos sinais das crianças, e atender as suas necessidades de acordo. [LiveScience]
(Fonte:HypeScience - Out/16)
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