Agostinho
13/11/354 - Tagaste, Numídia (atual Souk Agras, na Argélia) | 28/08/430 - Hipona (atual Bona, Argélia)
- Domínio público
Durante a juventude e o início da vida adulta, entregou-se a uma vida desregrada e promíscua. Teve um filho de uma concubina, chamado Adeodato, que morreu aos 16 anos.
Agostinho aderiu inicialmente ao maniqueísmo, doutrina do profeta persa Mani, para quem o universo é o campo de batalha entre as forças do bem e do mal. Depois, tornou-se um cético filosófico e dedicou-se ao estudo de Platão e do neoplatonismo, na obra de Plotino. Mesclou a influência desses dois mestres em sua filosofia cristã.
Segundo relata em suas "Confissões", a conversão ao cristianismo deveu-se a um episódio envolvido em mistério. Agostinho escutou a voz de uma criança, que lhe dizia "Toma e lê". Abriu a Bíblia ao acaso e leu as seguintes palavras do apóstolo Paulo: "Como de dia, andemos decentemente; não em orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em rixas e ciúmes. Mas vesti-vos do senhor Jesus Cristo e não procureis satisfazer os desejos da carne" (Romanos, 13,13). Em 387, foi batizado por (santo) Ambrósio, bispo de Milão.
Depois do batismo, retornou à África, onde foi ordenado sacerdote, em 391, e depois bispo de Hipona (atual Bona, na Argélia), em 396. Agostinho escreveu obra extensa, das quais podem se destacar as "Confissões", de 398, a primeira autobiografia da literatura universal, "A Trindade", obra pioneira no âmbito da psicologia, e "A Cidade de Deus", de 427, em que estabelece a diferenciação entre a felicidade terrena e a felicidade espiritual.
A obra filosófica de santo Agostinho leva em conta sua experiência pessoal e tem um caráter inegavelmente introspectivo. Agostinho distingue na personalidade humana uma trindade formada por memória, inteligência e vontade, e é compreendendo-a que se pode compreender a trindade divina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário