TRANSTORNO DO COMER COMPULSIVO
Sinônimos:
Comer compulsivo, ataques de comilança
O que é?
Anteriormente
conhecido como binge, o transtorno do comer compulsivo vem sendo
reconhecido, como uma síndrome caracterizada por episódios de ingestão
exagerada e compulsiva de alimentos, porém, diferentemente da bulimia
nervosa, essas pessoas não tentam evitar ganho de peso com os métodos
compensatórios. Os episódios vêm acompanhados de uma sensação de falta
de controle sobre o ato de comer, sentimentos de culpa e de vergonha.
Muitas
pessoas com essa síndrome são obesas, apresentando uma história de
variação de peso, pois a comida é usada para lidar com problemas
psicológicos. O transtorno do comer compulsivo é encontrado em cerca de
2% da população em geral, mais freqüentemente acometendo mulheres entre
20 e 30 anos de idade. Pesquisas demonstram que 30% das pessoas que
procuram tratamento para obesidade ou para perda de peso são portadoras
de transtorno do comer compulsivo.
O que se sente?
Episódios de ingestão exagerada de alimentos. | |
Comer mesmo sem ter fome. | |
Dietas freqüentes. | |
Flutuação do peso. | |
Humor deprimido. | |
Comer em segredo por sentimento de vergonha e culpa. | |
Obesidade. |
As complicações médicas estão relacionadas diretamente com o aumento da ingesta calórica e suas repercussões. As principais são:
Obesidade | |
Infarto | |
Pressão alta. | |
Aumento do colesterol. | |
Diabete. | |
Complicações cardíacas. | |
Problemas osteomusculares e articulares |
Causas
As
causas desse transtorno são desconhecidas. Em torno de 50% das pessoas
têm uma história de depressão. Se a depressão é causa ou efeito do
transtorno, ainda não está bem claro. Muitas pessoas relatam que a
raiva, a tristeza, o tédio, a ansiedade e outros sentimentos negativos
podem desencadear os episódios de comilança. Embora não esteja claro o
papel das dietas nesses quadros, sabe-se que, em muitos casos, os
regimes excessivamente restritivos podem piorar o transtorno.
Como se trata?
O
transtorno do comer compulsivo desenvolve-se a partir da interação de
diversos fatores predisponentes biológicos, familiares, socioculturais e
individuais. O seu tratamento exige uma abordagem multidisciplinar que
inclui um psiquiatra, um endocrinologista, uma nutricionista e um
psicólogo. O objetivo do tratamento é o controle dos episódios de comer
compulsivo através de técnicas cognitivo-comportamentais e de um
acompanhamento nutricional para restabelecer um hábito alimentar mais
saudável. A psicoterapia dinâmica ou a interpessoal podem ajudar o
paciente a lidar com questões emocionais subjacentes. O acompanhamento
clínico faz-se necessário pelos riscos clínicos da obesidade. As
medicações antidepressivas têm se mostrado eficazes para diminuir os
episódios de compulsão alimentar e os sintomas depressivos.
(Fonte: ABC da saúde)
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