quinta-feira, 30 de junho de 2016

Diferença entre Xiitas e Sunitas

Diferença entre Xiitas e Sunitas

Por Me. Cláudio Fernandes
Após a morte do profeta Maomé (ou Mohammed), o fundador do Islamismo e autor do livro sagrado Alcorão, houve um processo de disputa para decidir quem deveria sucedê-lo, já que o Islã não consistia apenas em uma religião desconectada do poder político. O Islã, em si mesmo, está estruturado em uma proposta de civilização que articula princípios religiosos e políticos.
Da disputa pelo direito de sucessão legítima do Profeta, duas correntes tornaram-se majoritárias: os xiitas e os sunitas. Tal disputa teve seu início em 632 d.C., quando os califas (sucessores de Maomé), que também eram sogros de Maomé, Abu Bakr e Omar, tentarem organizar a transmissão do poder político e da autoridade religiosa. Essa tentativa logrou êxito até o ano de 644 d.C., quando um integrante da família Omíada, também genro de Maomé, chamado Othmã, tornou-se califa e passou a ter sua autoridade contestada por árabes islamizados que viviam próximos à Medina. Othmã acabou sendo assassinado.
Ao assassinato de Othmã esteve associada a figura de Ali, primo de Maomé que sucederia ao califa assassinado. Os muçulmanos contrários a Ali declararam guerra ao califa e seus simpatizantes. A figura mais proeminente que contestou a autoridade de Ali foi o então responsável pelo poder da Síria, Muhawya. Esse último decidiu apurar o assassinato de Othmã e averiguar a participação de Ali no caso. Isso foi o bastante para que outro grupo muçulmano conspirasse contra Ali, que acabou também assassinado.
Além do livro sagrado do Alcorão, os sunitas também pautam-se pela Suna, livro dos feitos de Maomé, o que acentua sua diferença com os xiitas
Além do livro sagrado do Alcorão, os sunitas também pautam-se pela Suna, livro dos feitos de Maomé, o que acentua sua diferença com os xiitas
Muhawya, então, tornou-se um califa poderoso e transferiu a capital do califado de Medina para Damasco, atual capital da Síria. Seus oponentes, que defendiam a sucessão do califado pela hereditariedade, isto é, pelos descendentes da família de Maomé, ficaram conhecidos como xiitas, um grupo ainda hoje minoritário e que se caracteriza por ser tradicionalista, conservando as antigas interpretações do Alcorão e da Lei Islâmica, a Sharia.
Já os membros do outro grupo, muito maior em número de adeptos ainda hoje, constituindo cerca de 90% da população islâmica, ficaram conhecidos como sunitas, primeiro por divergirem da concepção sucessória dos xiitas e, segundo, por sempre atualizarem suas interpretações do livro sagrado do Alcorão e da Lei Islâmica, levando em consideração as transformações pelas quais o mundo passou e valendo-se de outra fonte além das citadas, a Suna — livro onde estão compilados os grandes feitos e exemplos do profeta Maomé. Daí deriva o nome sunita.

Símbolos da Festa Junina

Símbolos da Festa Junina

Festa Junina

As festas juninas vieram para o Brasil na época da colonização, trazidas pelos portugueses. São de origem francesa, por isso nas danças aparecem várias palavras nessa língua.
Nos arraiais juninos podemos encontrar vários elementos da cultura popular, que traduzem a crendice da população de cada região. Cada um desses símbolos tem um significado para a festa.
A quadrilha surgiu nos salões da corte francesa, recebendo o nome de “quadrille”, mas é de origem inglesa, uma dança de camponeses chamada “campesine”. Na época da colonização do Brasil, os portugueses trouxeram essa dança, bem como seus principais elementos: os vestidos lindos e rodados (que representavam as riquezas da corte), os passos puxados na língua francesa (anarriê, avancê, tour, etc.) e os agradecimentos aos santos pelas boas safras nas plantações.
O casamento caipira faz uma sátira aos casamentos tradicionais. A noiva está grávida e o pai da mesma obriga o rapaz a se casar. A apresentação do casamento na roça é muito engraçada, pois o noivo aparece bêbado, tentando fugir do altar por várias vezes, sendo capturado pelo pai da noiva que lhe aponta uma espingarda. Este conta com o apoio do delegado da cidade e do padre para que o casamento seja realizado. Após a cerimônia, os noivos puxam a quadrilha.
A fogueira simboliza a proteção dos maus espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a festa é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em seu redor. Cada santo tem uma fogueira, sendo a quadrada de santo Antonio, a redonda de São João e a triangular de São Pedro.
Os balões juninos indicam o início da festa, mas foram criados para reverenciar os santos da festa, agradecendo pela realização dos pedidos, normalmente relacionados ao namoro e ao casamento, onde as pessoas encontram seus pares românticos. Os balões não são mais usados, podem ocasionar vários incêndios, caindo em locais perigosos e destruindo a natureza.
Os fogos se originaram na China, também como forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. São elementos de proteção, pois espantam os maus espíritos, além de servir para acordar São João com o barulho.
A lavagem dos santos é o momento em que as suas bandeiras são mergulhadas em água, para trazer purificação. As bandeirolas representam as bandeiras dos santos, levando purificação a todo o local da festa.
O pau de sebo é uma brincadeira com o objetivo de se ganhar uma quantia em dinheiro, que está afixada em seu topo. Com essa diversão a festa fica mais animada, pois as pessoas têm que subir no mastro, lambuzado de gordura. Muitas vezes, os participantes vão subindo nos ombros uns dos outros, até conseguirem pegar o prêmio, que acaba servindo para pagar parte de suas despesas na festa.
As simpatias proporcionam aos convidados maior sorte no amor. Os santos juninos são conhecidos como santos casamenteiros, mas santo Antônio é o mais influente deles. Nessas práticas, a imagem do santo é castigada, até que a pessoa consiga encontrar um amor.
As comidas típicas também são símbolos juninos, como forma de agradecimento pela fartura nas colheitas, principalmente do milho, a festa se tornou farta em seus deliciosos quitutes como: curau, canjica, pamonha, bolo de milho, milho cozido, pé de moleque, paçoquinha, Mané pelado, dentre outras.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

quarta-feira, 29 de junho de 2016

STJ reforça veto a acúmulo de pensão por morte com outros benefícios

Jurisprudência consolidada

STJ reforça veto a acúmulo de pensão por morte com outros benefícios

O Superior Tribunal de Justiça possui diversas decisões sobre a impossibilidade de cumulação de pensões por morte com outros benefícios previdenciários ou com a remuneração de cargo público. A cumulação é indevida, por exemplo, nos casos de soma da pensão por morte deixada pelo militar com a pensão especial de ex-combatente.
A posição do tribunal foi reforçada em julgamento de recurso especial em que uma viúva buscava receber de forma cumulativa a pensão excepcional de anistiado e a pensão previdenciária por morte. Em sua defesa, ela alegou que era possível o acúmulo, tendo em vista a distinção dos fundamentos jurídicos que possibilitaram a concessão dos benefícios.
O ministro relator do caso, Humberto Martins, destacou que a sentença e o Tribunal de Justiça de São Paulo apontaram a impossibilidade de cumulação. Entre outros motivos, citou que o tempo de serviço exercido pelo segurado morto foi utilizado para a concessão do benefício de aposentadoria excepcional de anistiado político.
“O Decreto 611/92 estabeleceu critérios objetivos à concessão do benefício excepcional ao anistiado, fazendo expressa menção ao direito de optar pela aposentadoria comum ou excepcional se qualquer delas se mostrar mais vantajosa ao beneficiário. Nesse sentido, o legislador já nesta norma deixou clara a impossibilidade de cumular os benefícios”, ressaltou o ministro ao negar o recurso.
Trabalho rural
A impossibilidade de acumulação, todavia, comporta exceções. Em julgamento de recurso especial, a 1ª Turma entendeu ser válida a cumulação de pensão por morte de trabalhador urbano com a aposentadoria por idade rural.
No caso analisado, o ministro relator, Sérgio Kukina, ressaltou haver a “possibilidade de cumulação de pensão por morte oriunda de labor urbano com aposentadoria por idade rural, independentemente da legislação em vigor à época em que implementados os requisitos, uma vez que os benefícios em comento possuem naturezas distintas e fatos geradores diversos”.
As decisões relativas à cumulação de benefícios estão agora disponíveis na Pesquisa Pronta, ferramenta on-line do STJ criada para facilitar o trabalho de quem deseja conhecer o entendimento dos ministros em julgamentos semelhantes. A ferramenta oferece consultas a pesquisas prontamente disponíveis sobre temas jurídicos relevantes, bem como a acórdãos com julgamento de casos notórios. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
REsp 1.564.222
REsp 1.392.400

STJ reforça veto a acúmulo de pensão por morte com outros benefícios

Jurisprudência consolidada

STJ reforça veto a acúmulo de pensão por morte com outros benefícios

O Superior Tribunal de Justiça possui diversas decisões sobre a impossibilidade de cumulação de pensões por morte com outros benefícios previdenciários ou com a remuneração de cargo público. A cumulação é indevida, por exemplo, nos casos de soma da pensão por morte deixada pelo militar com a pensão especial de ex-combatente.
A posição do tribunal foi reforçada em julgamento de recurso especial em que uma viúva buscava receber de forma cumulativa a pensão excepcional de anistiado e a pensão previdenciária por morte. Em sua defesa, ela alegou que era possível o acúmulo, tendo em vista a distinção dos fundamentos jurídicos que possibilitaram a concessão dos benefícios.
O ministro relator do caso, Humberto Martins, destacou que a sentença e o Tribunal de Justiça de São Paulo apontaram a impossibilidade de cumulação. Entre outros motivos, citou que o tempo de serviço exercido pelo segurado morto foi utilizado para a concessão do benefício de aposentadoria excepcional de anistiado político.
“O Decreto 611/92 estabeleceu critérios objetivos à concessão do benefício excepcional ao anistiado, fazendo expressa menção ao direito de optar pela aposentadoria comum ou excepcional se qualquer delas se mostrar mais vantajosa ao beneficiário. Nesse sentido, o legislador já nesta norma deixou clara a impossibilidade de cumular os benefícios”, ressaltou o ministro ao negar o recurso.
Trabalho rural
A impossibilidade de acumulação, todavia, comporta exceções. Em julgamento de recurso especial, a 1ª Turma entendeu ser válida a cumulação de pensão por morte de trabalhador urbano com a aposentadoria por idade rural.
No caso analisado, o ministro relator, Sérgio Kukina, ressaltou haver a “possibilidade de cumulação de pensão por morte oriunda de labor urbano com aposentadoria por idade rural, independentemente da legislação em vigor à época em que implementados os requisitos, uma vez que os benefícios em comento possuem naturezas distintas e fatos geradores diversos”.
As decisões relativas à cumulação de benefícios estão agora disponíveis na Pesquisa Pronta, ferramenta on-line do STJ criada para facilitar o trabalho de quem deseja conhecer o entendimento dos ministros em julgamentos semelhantes. A ferramenta oferece consultas a pesquisas prontamente disponíveis sobre temas jurídicos relevantes, bem como a acórdãos com julgamento de casos notórios. Com informações da Assessoria de Imprensa do STJ.
REsp 1.564.222
REsp 1.392.400

terça-feira, 28 de junho de 2016

10 coisas que café faz com o seu corpo

10 coisas que café faz com o seu corpo

Publicado em 26.08.2014
cafe
Para quem gosta, toda hora é uma boa hora para um café, não é?
O que os amantes do café talvez não saibam, no entanto, é que a cafeína é a droga de mudança de humor mais usada no mundo, e o café é um dos jeitos mais populares de ingeri-la.Os cientistas estão constantemente tentando descobrir mais sobre os vários efeitos que esta misteriosa bebida tem em nossos corpos. Olha só o que eles descobriram até agora:

10. Café + medicação para dor = alívio extra

Cortar sua ingestão de café pode levar a dores de cabeça e outros sintomas de abstinência. Mas mesmo se você não for um bebedor de café regular, daqueles dos mais viciados, a cafeína pode realmente ajudar a aliviar a dor mais rápido. A cafeína pode fazer com que analgésicos sejam 40% mais eficazes no tratamento de dores de cabeça. Além disso, ela também acelera a reação do organismo a outros medicamentos. É por isso que muitos remédios daqueles de balcão de farmácia para dor de cabeça também contêm cafeína.

9. O café ajuda a combater a sua dor de cabeça, ou alguma coisa do tipo

Como se vê, as pesquisas sobre a relação entre o consumo de café e alívio da dor estão cheias de resultados aparentemente contraditórios. Como, por exemplo, este estudo publicado em 2009 no Journal of Headache and Pain. Os autores encontraram uma relação entre o consumo elevado de cafeína (aproximadamente 500 mg/dia) e a prevalência de cefaléia, mas também mostraram que os sintomas de dor de cabeça crônica (mais de 14 dias por mês) eram mais comuns em pessoas com um consumo de cafeína considerado de baixo a moderado (aproximadamente 125 mg de cafeína/dia). Os autores escrevem que “os resultados podem indicar que um alto consumo de cafeína transformam dor de cabeça crônica em uma dor de cabeça menos frequente”.

8. Café pode provocar um aumento no seu colesterol

Um estudo realizado em 2007 na Universidade Baylor de Medicina determinou que a ingestão de cafestol e kahweol, moléculas estruturalmente semelhantes e encontradas exclusivamente em grãos de café, pode levar a aumentos significativos nos níveis de colesterol LDL em humanos.
Aqui está a boa notícia, no entanto: filtros de café de papel podem realmente se ligar às moléculas enquanto o café está sendo passado, de modo que elas nunca chegam ao seu copo em quantidades significativas.

7. Café pode ajudar a prevenir câncer

Eu quase escrevi que o câncer odeia café, mas a palavra “ódio” é provavelmente um pouco forte demais. Claro, muitos estudos têm demonstrado correlações entre o consumo de café e o risco reduzido de câncer. Contudo, nenhum desses estudos consegue formar correlações particularmente fortes e realmente significativas.

6. Café causa úlceras

Se você já teve a infelicidade de ter uma úlcera, sabe como se trata de algo extremamente doloroso. O café, por mais incrível que seja para alegrar nossas manhãs e voltas de almoço, pode causar estragos no forro do seu trato gastrointestinal, dando origem a úlceras e outras formas de irritação gástrica e danos. Adicione a isso o fato de que o consumo de café muitas vezes pode levar à ansiedade e irritabilidade, e você tem uma receita completa para dores de estômago devastadoras.

5. Café não faz bem para bebês

Numerosos estudos têm apontado para uma correlação entre o consumo de café em mulheres grávidas e uma maior probabilidade de aborto espontâneo. Uma das pesquisas mais recentes e sem dúvida a mais completa até o momento, publicada em 2008, revelou que o risco de aborto é mais do que o dobro em mulheres que consomem 200 mg ou mais de cafeína por dia.

4. Café provavelmente tem um efeito preventivo contra o diabetes tipo 2

Enquanto os estudos sobre a correlação entre o consumo de café e o câncer não são os mais atraentes e conclusivos, Frank Hu, epidemiologista da Universidade de Harvard, caracteriza os dados sobre café e diabetes tipo 2 como “bastante sólidos”. E essa afirmação ele faz com base em mais de 15 estudos publicados recentemente, sendo que a grande maioria tem demonstrado que o café ajuda na prevenção do diabetes tipo 2. Agora, há também evidências científicas de que o café descafeinado pode ter o mesmo benefício que o café regular.
De acordo com Hu, os benefícios da bebida provavelmente se resumem ao seu conteúdo antioxidante e mineral. Substâncias como magnésio e cromo, em particular, ajudam o corpo a fazer uso do hormônio insulina, que por sua vez auxilia o organismo a regular o açúcar no sangue.

3. Café ajuda a controlar distúrbios cognitivos

O consumo de café também tem sido associado com diminuição do risco de problemas cognitivos como demência, principalmente a doença de Alzheimer. Um estudo realizado em 2009 sugere que as pessoas que bebem café regularmente por 20 anos, algo em torno de 3 a 4 xícaras por dia, tem 65% menos probabilidade de desenvolver demência e doença de Alzheimer do que aqueles que bebem 2 xícaras ou menos.

2. Café faz seu intestino funcionar

O café é um estimulante. Isso é fato. Mas quando ouvimos isso, geralmente pensamos que esse estímulo fica restrito a atividade cerebral ou ao sistema nervoso. No entanto, uma das coisas que o café estimula é o peristaltismo, as contrações musculares que acontecem em suaves ondas no seu trato gastrointestinal. O que é interessante, porém, é que muitas pessoas experimentam a necessidade de fazer o número dois só com café (mas não com, digamos, bebidas energéticas). Outras pessoas chegam a experimentar esse efeito depois de beber cervejas descafeinadas, também. Além do mais, o desejo de ir ao banheiro provavelmente vem rápido demais para ser causado diretamente pela cafeína sozinha. De acordo com um estudo, a velocidade com que a resposta ocorre (aproximadamente dentro de quatro minutos depois de beber o café) sugere uma ação indireta sobre o cólon. Os pesquisadores suspeitam que o café pode induzir a uma “resposta gastrocolonical” agindo sobre os receptores epiteliais do estômago ou do intestino delgado. Esse mecanismo pode ser mediado por mecanismos neurais ou por hormônios gastrointestinais.
O café tem sido apontado como o responsável pela liberação de gastrina, que pode aumentar a atividade motora do cólon. Ou seja: o seu cafezinho de todos os dias pode ser um bom laxante.

1. Café causa alucinações

Sério. Um estudo realizado na Universidade de Durham (Reino Unido) em 2009 descobriu que as pessoas que consumiam pelo menos 315 mg de cafeína (cerca de três xícaras de café) por dia eram três vezes mais propensas a ter alucinações que as pessoas que consumiam doses menores de café. Ver coisas, ouvir vozes e sentir a presença de fantasmas estavam entre as experiências relatadas pelos participantes do teste. Essas experiências foram computadas como “alucinações” pelos pesquisadores.
De acordo com eles, a questão fundamental é: são as alucinações resultado do hábito de beber café, ou o café é algo que os alucinados usam como desculpa para lidar com suas experiências?
Pelo menos um estudo, conduzido pelo pesquisador Harold Koenigsberg em 1993, descobriu que a cafeína, quando injetada por via intravenosa para testar os participantes durante o sono, tinha o curioso efeito de induzir alucinações olfativas. Quando os participantes do teste acordaram, eles relataram ter experimentado uma variedade de cheiros estranhos. Um dos participantes, inclusive, disse ter sentido o cheiro de “plástico ou café queimado”.[alternet] (HScience Jun/16)

Quer um café mais saboroso? Congele os grãos antes de moê-los

Quer um café mais saboroso? Congele os grãos antes de moê-los

Publicado em 20.06.2016
cafe mais saboroso
Uma dica simples pode deixar o seu café mais saboroso: congelar os grãos antes de moê-los. Isso, é claro, se você é do tipo que ama a bebida e gosta de fazê-la, ao invés de comprar o pó pronto.
E por que congelar o café muda o seu gosto? Grãos mais frios produzem partículas menores e mais consistentemente dimensionadas, o que leva a mais sabor com menos café, de acordo com um estudo publicado na revista Scientific Reports.

O estudo

O pessoal da Colonna and Smalls, uma cafeteria da Grã-Bretanha, decidiu recorrer a ciência para descobrir a melhor forma de obter um sabor consistente nos grãos de café.
Eles tiveram a ajuda de químicos da Universidade de Bath, que estudaram como a temperatura afetava os grãos. Os testes começaram com temperatura ambiente e foram até uma temperatura de menos 196 graus Celsius. A conclusão foi de que quanto mais frio o grão, mais partículas uniformes eram produzidas, com mais sabor.
Em cafeterias movimentadas, isso importa. Como a temperatura ambiente varia e os moedores esquentam com o uso, a consistência dos grãos muda. Isso é ruim porque a água extrai o sabor de grãos menores mais rápido do que dos maiores. Uma moagem inconsistente significa gosto amargo nos grãos pequenos, e ainda mais amargo nos grandes.
“É importante que todas as partículas sejam extraídas no mesmo ritmo”, disse Chris Hendon, um químico que participou do estudo e está agora no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. “É interessante que você possa fazer isso apenas congelando os grãos antes de moê-los”.
moendo graos de caf

Em casa

Vale lembrar que, se você decidir fazer isso no congelador de sua casa, é bom manter os grãos de café em uma embalagem hermética para evitar mofo e umidade. [NYTimes] (HScience Jun/16)

segunda-feira, 27 de junho de 2016

AUTISMO

AUTISMOAUTISMO
O que é?
Autismo é uma desordem na qual uma criança jovem não pode desenvolver relações sociais normais, se comporta de modo compulsivo e ritualista, e geralmente não desenvolve inteligência normal.
O autismo é uma patologia diferente do retardo mental ou da lesão cerebral, embora algumas crianças com autismo também tenham essas doenças.
Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e sempre antes dos três anos de idade. A desordem é duas a quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.
Causas
A causa do autismo não é conhecida. Estudos de gêmeos idênticos indicam que a desordem pode ser, em parte, genética, porque tende a acontecer em ambos os gêmeos se acontecer em um. Embora a maioria dos casos não tenha nenhuma causa óbvia, alguns podem estar relacionados a uma infecção viral (por exemplo, rubéola congênita ou doença de inclusão citomegálica), fenilcetonúria (uma deficiência herdada de enzima), ou a síndrome do X frágil (uma dosagem cromossômica). Publicidade/Advertisement
Sintomas e diagnóstico
Uma criança autista prefere estar só, não forma relações pessoais íntimas, não abraça, evita contato de olho, resiste às mudanças, é excessivamente presa a objetos familiares e repete continuamente certos atos e rituais. A criança pode começar a falar depois de outras crianças da mesma idade, pode usar o idioma de um modo estranho, ou pode não conseguir - por não poder ou não querer - falar nada. Quando falamos com a criança, ela freqüentemente tem dificuldade em entender o que foi dito. Ela pode repetir as palavras que são ditas a ela (ecolalia) e inverter o uso normal de pronomes, principalmente usando o tu em vez de eu ou mim ao se referir a si própria.
Sintomas de autismo em uma criança levam o médico ao diagnóstico, que é feito através da observação. Embora nenhum teste específico para autismo esteja disponível, o médico pode executar certos testes para procurar outras causas de desordem cerebral.
A maioria das crianças autistas tem desempenho intelectual desigual, assim, testar a inteligência não é uma tarefa simples. Pode ser necessário repetir os testes várias vezes. Crianças autistas normalmente se saem melhor nos itens de desempenho (habilidades motoras e espaciais) do que nos itens verbais durante testes padrão de Q.I. Acredita-se que aproximadamente 70 por cento das crianças com autismo têm algum grau de retardamento mental (Q.I. menor do que 70).
Entre 20 e 40 por cento das crianças autistas, especialmente aquelas com um Q.I. abaixo de 50, começam a ter convulsões antes da adolescência.
Algumas crianças autistas apresentam aumento dos ventrículos cerebrais que podem ser vistos na tomografia cerebral computadorizada. Em adultos com autismo, as imagens da ressonância magnética podem mostrar anormalidades cerebrais adicionais.
Uma variante do autismo, às vezes chamada de desordem desenvolvimental pervasiva de início na infância ou autismo atípico, pode ter início mais tardio, até os 12 anos de idade. Assim como a criança com autismo de início precoce, a criança com autismo atípico não desenvolve relacionamentos sociais normais e freqüentemente apresenta maneirismos bizarros e padrões anormais de fala. Essas crianças também podem ter síndrome de Tourette, doença obsessivo-compulsiva ou hiperatividade.
Assim, pode ser muito difícil para o médico diferenciar entre essas condições.
Prognóstico e tratamento
Os sintomas de autismo geralmente persistem ao longo de toda a vida.
Muitos especialistas acreditam que o prognóstico é fortemente relacionado a quanto idioma utilizável a criança adquiriu até os sete anos de idade. Crianças autistas com inteligência subnormal - por exemplo, aquelas com Q.I. abaixo de 50 em testes padrão - provavelmente irão precisar de cuidado institucional em tempo integral quando adultos.
Crianças autistas na faixa de Q.I. próximo ao normal ou mais alto, freqüentemente se beneficiam de psicoterapia e educação especial.
Fonoterapia é iniciada precocemente bem como a terapia ocupacional e a fisioterapia.
A linguagem dos sinais às vezes é utilizada para a comunicação com crianças mudas, embora seus benefícios sejam desconhecidos. Terapia comportamental pode ajudar crianças severamente autistas a se controlarem em casa e na escola. Essa terapia é útil quando uma criança autista testar a paciência de até mesmo os pais mais amorosos e os professores mais dedicados.
Lista de Checagem do Autismo
A lista serve como orientação para o diagnóstico. Como regra os indivíduos com autismo apresentam pelo menos 50% das características relacionadas. Os sintomas podem variar de intensidade ou com a idade.
 
Dificuldade em juntar-se com outras pessoas,
Insistência com gestos idênticos, resistência a mudar de rotina,
Risos e sorrisos inapropriados,
Não temer os perigos,
Pouco contato visual,
Pequena resposta aos métodos normais de ensino,
Brinquedos muitas vezes interrompidos,
Aparente insensibilidade à dor,
Ecolalia (repetição de palavras ou frases),
Preferência por estar só; conduta reservada,
Pode não querer abraços de carinho ou pode aconchegar-se carinhosamente,
Hiper ou hipo atividade física,
Aparenta angústia sem razão aparente,
Não responde às ordens verbais; atua como se fosse surdo,
Apego inapropriado a objetos,
Habilidades motoras e atividades motoras finas desiguais, e
Dificuldade em expressar suas necessidades; emprega gestos ou sinais para os objetos em vez de usar palavras. (Fonte: ABC Saúde)   

domingo, 26 de junho de 2016

Como escovar os dentes

Como escovar os dentes

Publicado em 28.01.2015
scovando os dentes
Os conselhos das associações dentárias e empresas de pasta de dentes sobre como devemos escovar os dentes são “inaceitavelmente inconsistentes”. É o que diz uma nova pesquisa da UCL (University College London, do Reino Unido).
Se você tirar um tempo para analisar comerciais de marcas diferentes, cartilhas de dentistas e conselhos do seu próprio médico, não vai precisar de muito tempo para perceber uma série de desacordos.O estudo, publicado no British Dental Journal (Jornal dental britânico, em tradução livre), pesquisou e analisou os conselhos para escovação dental dados por associações dentárias, marcas de cremes dentais e escovas de dente e livros didáticos dentários de dez países. Com isso, eles descobriram uma vasta gama de recomendações sobre o método de escovação “correto” que uma pessoa deve usar, quantas vezes escovar os dentes por dias e por quanto tempo esse ato deve durar.
Os pesquisadores não encontraram um consenso claro entre essas diversas fontes, o que foi considerado “preocupante”.

E agora, quem poderá nos ensinar a escovar os dentes?

Como muito bem disse o professor de Saúde Pública Dental da UCL, Aubrey Sheiham, a população geral precisa ter uma boa informação sobre o melhor método para escovar os dentes, principalmente porque “se as pessoas ouvem uma coisa a partir de uma associação dental, outra coisa de uma empresa de escovas de dente e uma terceira coisa de seu dentista, não admira que fiquem confusos sobre como fazer isso”.
“Associações odontológicas precisam ser consistentes sobre o método que recomendam, tendo como base o quão eficaz esse método de fato é”, defende. Para o professor, o que é ainda mais preocupante é que não há nenhuma evidência científica para sugerir que técnicas complicadas sejam melhores do que uma esfoliação suave simples.

Como escovar os dentes

A técnica mais recomendada geralmente envolve um movimento suave com a escova para trás e para frente em pequenos movimentos, que tem como objetivo soltar quaisquer partículas de alimentos, placa bacteriana e bactérias. No entanto, não há estudos em escala suficiente para comprovar que este método seja mais eficaz do que um bochecho básico.
Para evitar uma escovação muito forte, segure a escova com os dedos indicador e polegar, ao invés de fechar os cinco dedos envolta do cabo. De acordo com o professor, “este método simples é perfeitamente eficaz em manter a gengiva saudável”.

Devemos escovar os dentes depois de comer doces?

O professor explica que há poucas evidências e argumentos sobre o hábito de escovar os dentes depois de comer doces ou bebidas açucaradas para prevenir a cárie dentária. As bactérias de alimentos precisam de cerca de dois minutos para começar a produzir ácido, “por isso, se você escova os dentes alguns minutos após a ingestão de alimentos açucarados, o ácido vai ter danificado o esmalte”, esclarece.
“A ampla gama de recomendações que encontramos se dá provavelmente devido à falta de fortes evidências sugerindo que um método seja melhor do que outro”, diz o Dr. John Wainwright, que realizou o estudo da UCL e é agora dentista. “Eu aconselho meus pacientes a centrar a sua escovação em áreas onde a placa é mais provável de se concentrar: as superfícies de mastigação e onde os dentes e as gengivas se encontram”.
“O que eu sinto que precisamos é de uma melhor investigação sobre o que é mais fácil de aprender, mais eficaz e mais seguro para escovar os dentes. A situação atual, em que não apenas os dentistas individuais, mas diferentes organizações odontológicas em todo o mundo, emitem diferentes orientações de escovação acaba com a confiança na profissão como um todo”. [medicalxpress] (HypeScience 06/16)

sábado, 25 de junho de 2016

Dependentes em plano de saúde podem utilizar o plano sem pagar mensalidade, após a morte

Dependentes em plano de saúde podem utilizar o plano sem pagar mensalidade, após a morte

Publicado por Lelyan Guimarães Amancio -  Jus Brasil - 240616

Poucos usuários sabem, mas, falecido o titular do plano de saúde, é possível que os dependentes continuem a utilizar a assistência à saúde do plano, por certo período de tempo, sem ter que pagar mensalidade sim.
Dependentes em plano de sade podem utilizar o plano sem pagar mensalidade aps a morte do titular
Para que isso seja possível é necessário que exista no contrato firmado entre o titular e a operadora, a denominada cláusula de remissão por morte do titular.
Esse tipo de cláusula oferece a garantia de continuidade da prestação dos serviços de saúde aos dependentes, após a morte do titular, por um prazo determinado, que pode variar de 1 (um) a 5 (cinco) anos sem cobrança de mensalidades.
O objetivo da cláusula de remissão é proteger a família do titular falecido, e evitar que além de suportar o natural abalo financeiro e emocional decorrente da perda de um ante querido, a família ainda se veja, de um dia para o outro sem assistência médica.
Os beneficiários das cláusulas de remissão podem variar de um contrato para outro, mas em geral essa cobertura adicional é oferecida para o esposo ou esposa, filhos solteiros de até 24 anos e incapazes de qualquer idade incluídos na apólice.
Cabe aqui um parêntese.
Há algum tempo, a justiça vem entendendo que não há distinção entre casamento e a união estável, que inclusive é reconhecida pela Constituição Federal como entidade familiar. Por essa razão, eventuais controvérsias relacionadas à possibilidade dessa cobertura se estender ou não ao companheiro (a), podem ser debeladas facilmente demonstrando-se a existência de união estável. Mas esse não é o maior problema relacionado a essas cláusulas.
Eles costumam surgir depois de transcorrido o período de permanência pós morte, quando não raro, as operadoras cancelam o plano e passam a exigir que o dependente contrate outro plano de saúde, quando deveriam apenas voltar a realizar a cobrança da mensalidade no plano há muito vigente.
Quando se trata de beneficiário idoso, essa questão assume contornos dramáticos, já que as operadoras cancelam o plano e tendem a impor diversas barreiras para novas contratações, dentre as quais o aumento abusivo do valor das mensalidades, o que acaba por impedir o acesso de muitos à saúde. Inegável a abusividade do cancelamento e de todas as suas consequências, daí decorrentes.
Dependentes em plano de sade podem utilizar o plano sem pagar mensalidade aps a morte do titular
Como regra os contratos de planos de saúde possuem natureza permanente e sucessiva, o que significa que o fim do período de remissão por si só, não tem o poder de pôr fim ao contrato, tornando necessária a contratação de um novo plano, com novas regras e novos preços. Nesse sentido, registre-se, a lei e o posicionamento da ANS, que são invariavelmente ignorados pelas operadoras quando lhes convém.
De se registrar também que, sendo a remissão um produto oferecido pelas operadoras, por certo seu custo foi computado em suas planilhas, e repassado ao usuário que vinha pagando regularmente a mensalidade até o seu falecimento, portanto inaceitável que decorrido o prazo de gozo deste que é um “benefício” legitimamente adquirido e pago, resulte prejuízo para o usuário.
Além disso, ao assumir uma atividade tipicamente estatal - oferta de serviços de saúde -, protegida pela Constituição Federal, a operadora assume também a responsabilidade constitucional de tornar efetivo o acesso à saúde, inaceitável, portanto que encha as burras às custas do usuário que é deixado desassistido, mesmo tendo pago pontualmente pelo serviço durante anos a fio, sem qualquer justificativa plausível.
Flagrante o desrespeito ao código de defesa do consumidor, à lei que regula os planos de saúde e a princípios constitucionais, o que não se pode em nenhuma hipótese admitir.
Conheça seus direitos e reclame-os.
Envie suas dúvidas e sugestões através do e-mail lga@advocacialga.adv.br
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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Acidente Vascular Cerebral

Acidente Vascular Cerebral

​O que é AVC?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) - conhecido popularmente como "derrame cerebral" - pode ser dividido em dois tipos:
Nos dois tipos de AVC uma vez que o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chega a determinadas áreas do cérebro, ocorre a perda das funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da região do cérebro envolvida. O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é a causa mais frequente de morte e incapacidades na população adulta brasileira.
Existe outra condição chamada "Ataque Isquêmico Transitório" (AIT ou TIA, do Inglês) que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo, causando sinais e sintomas iguais ao AVC que, porém revertem-se espontaneamente em um curto período de tempo. O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua causa precisa ser descoberta e tratada, antes que o AVC ocorra.

Sinais e sintomas

Os sinais e sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados, de acordo com a lista abaixo:
  • Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo.
  • Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de "sombra" sobre a linha da visão.
  • Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples.
  • Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos.
  • Dores de cabeça fortes e persistentes.
  • Dificuldade para engolir.

O que fazer diante da suspeita de AVC?

A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado, além de redução de incapacidades. Dirija-se imediatamente a um serviço hospitalar especializado. Não perca tempo! Cada minuto é importante, pois quanto mais tempo entre o surgimento dos sintomas e o início do tratamento adequado maior a lesão no cérebro. (Hospital Albert Einstein)

Os 5 erros mais comuns dos advogados em sustentações orais

Os 5 erros mais comuns dos advogados em sustentações orais

Publicado por Canal Ciências Criminais


Seguindo a ideia da coluna da semana anterior, que apontou os cinco erros mais comuns dos advogados em audiência criminal (leia aqui), nesta semana farei uma abordagem sobre os cinco erros mais comuns dos advogados em sustentações orais:
1º ERRO COMUM: Não se preparar previamente. Por incrível que pareça, este é o erro mais comum que observei dos colegas que foram à Tribuna ao longo da carreira. A preparação requer poder de síntese, saber trabalhar o tempo exíguo de alguns minutos, onde se deve saber exatamente o que dizer e como falar. Há que se ter um cuidado muito grande em saber relatar sobre os fatos, mas também sobre as teses jurídicas. Embora se entenda que o nervosismo sempre se faz presente nas sustentações orais em matéria criminal, afinal a liberdade é o bem maior em questão, quer seja para quem já está preso, ou para quem poderá vir a ser preso no futuro caso o resultado for desfavorável, ainda assim, o advogado bem preparado tem condições de controlar os fatores emocionais de um julgamento por ter domínio dos autos e das teses a serem abordadas, sabendo dos pontos e contrapontos de cada ponto a ser levantado pela tribuna.
2º ERRO COMUM: Deixar de pesquisar decisões atuais sobre os temas jurídicos a serem levantados na tribuna. Como fica feio para um advogado quando ele está desatualizado diante das teses jurídicas apresentadas em sustentações orais. O advogado criminalista não pode ficar preso em vitórias do passado, ele tem que se atualizar constantemente. Neste mundo dinâmico e globalizado, há decisões em diversos sentidos espalhadas pelo Brasil, e é dever do advogado na sua preparação saber como estão ocorrendo as divergências e convergências das decisões sobre os temas da sua explanação, e principalmente saber e ter domínio como os Tribunais Superiores estão resolvendo questões similares.
3º ERRO COMUM: Não prender a atenção dos julgadores. Outro erro crucial que observei na carreira, é aquele em que o advogado não tem o domínio de uma boa oratória e não consegue envolver os julgadores com sua argumentação, e utiliza o tempo lendo (e nesse instante estará de cabeça baixa) não atraindo a atenção de ninguém, somente dele mesmo, ou falando sem a entonação ou a estrutura linguística necessária. Na verdade, este erro revela uma postura errada na tribuna. Em contrapartida, pense num advogado que por mais difícil que seja o caso a ser defendido da tribuna, fala o tempo todo numa entonação firme (isto não quer dizer alta ou berrando), mas cativando não só os julgadores como também ao público que está presente, que chama a atenção dos julgadores em pontos específicos, logicamente fica prazerosa a explanação, e independente do resultado, se assiste uma aula sobre como fazer uma boa sustentação oral.
4º ERRO COMUM: Fazer comentários sobre a posição da Câmara ou Turma julgadora. Como todos devem saber com o tempo os advogados sabem os posicionamentos e as dificuldades ou facilidades sobre os julgadores. Nesse contexto, muitas vezes sabemos que determinado recurso ou ação autônoma de impugnação terão um caminho mais tranquilo ou mais trabalhoso para o advogado. Ocorre que os advogados por vezes deixam escapar seus sentimentos em relação aos julgadores, e por vezes no meio de uma sustentação oral que até poderia estar indo bem, acabam fazendo um comentário sobre o posicionamento do colegiado, podem ter certeza, os julgadores vão esperar a hora certa, isto é, a explanação do voto deles para repreenderem aquele comentário, que pode determinar a derrota no julgamento para a defesa. Por isso relembro o primeiro erro comum mencionado anteriormente, a preparação exige saber exatamente o que vai ser dito e o que não vai ser falado na sustentação oral.
5º ERRO COMUM: Não ser educado e simpático ao entrar e sair da sessão de julgamento. É muito comum perceber a educação e simpatia do advogado na chegada de um julgamento para sustentar oralmente seu processo. Porém, por vezes, o advogado após o resultado não ser positivo, simplesmente diz um obrigado e vira as costas saindo da sessão de julgamento. Não, o advogado consciente do seu papel, sabe que em determinados dias, pode não vencer, mas independente disso, se ele estiver muito bem preparado para o julgamento e sabe que fez uma excelente sustentação oral, mesmo quando perde, ele vai e cumprimenta com seriedade e educação a todos, isto estará marcando a sua carreira, e os julgadores o distinguem por isso, inconscientemente nos julgamentos futuros.
Por derradeiro, a oratória, a técnica de argumentação, o raciocínio, o carisma e a simpatia em falar em público independem da vontade imediata do orador, mas são focos que os advogados devem aprimorar constantemente na carreira. É fundamental saber se encontrar no meio da profissão. O conhecimento técnico está ao alcance de todos, agora a forma de atuação em público é algo que os futuros profissionais devem buscar desde o primeiro dia de faculdade. Meu conselho para os estudantes e iniciantes é assistam aos julgamentos, é de graça, e se aprende a fazer e como fazer uma sustentação oral, e também se observam erros e acertos nestas sessões, podem ter certeza que isto fará a diferença na hora que você for à tribuna.
Fonte: Canal Ciências Criminais
Os 5erros mais comuns dos advogados em sustentaes orais

quarta-feira, 22 de junho de 2016

9 plantas medicinais para o coração

9 plantas medicinais para o coração

Conheça 9 plantas medicinais que ajudam a proteger seu corpo contra as doenças do coração:
  1. Chá verde: Devido à presença de catequinas, que evitam que a gordura acumule-se nas paredes das artérias, o chá verde é muito eficaz no combate ao colesterol.
  2. Folhas de Oliveira: Graças às suas propriedades medicinais estas folhas normalizam os valores da pressão arterial sistêmica.
  3. Fel da Terra: Tem efeito sob a insulina e ação antioxidante sendo útil no controle da diabetes.
  4. Garcina Cambogia: Contém ácido hidroxicítrico contribuindo para o bloqueio parcial da síntese de ácidos gordos, reduzindo a conversão destes em gordura, contribuindo ainda para diminuir o apetite.
  5. Espinheiro Branco: a suas propriedades medicinais ajuda a regular a pressão e a controlar arritmias cardíacas.
  6. Ginko Biloba: Esta planta ajuda a diminuir a agregação plaquetária e a melhorar a circulação sanguínea.
  7. Alho: Contém propriedades cientificamente comprovadas que regulam os níveis de colesterol, diminuindo o risco de doenças cardíacas.
  8. Arando: Contém grandes quantidades de resveratrol sendo eficaz na diminuição da glicose no sangue, conferindo mais resistência ao coração.
  9. Folhas de Freixo: Possuem ação diurética e laxante, sendo muito eficaz no combate à retenção de líquidos.
9 plantas medicinais para o coração

Chá medicinal para o coração

Ingredientes
  • 2 colheres de sopa de uma das 9 plantas medicinais acima citadas e
  • 1 xícara de água fervente.
Modo de preparo
Coloque a erva na xícara e cubra com a água fervente. Deixe amornar devidamente tapado, coe e beba logo a seguir, para garantir uma maior concentração do princípio ativo. Recomenda-se tomar de 3 a 4 xícaras deste chá por dia para alcançar os benefícios pretendidos. (Fonte: Tua Saúde)

A química dos adoçantes

A química dos adoçantes 


 



A química ajuda a entender e estudar a composição dos alimentos em geral e, em particular, a dos adoçantes dietéticos, para avaliar sua qualidade e estabelecer um controle nutricional e toxicológico. Assim, consegue-se atender às exigências de normas e legislações específicas, preservando a saúde dos consumidores.

Os adoçantes dietéticos de mesa são consumidos não somente por obesos ou diabéticos, mas também por um número crescente de pessoas preocupadas em manter a forma física e restringir o nível calórico de sua alimentação. Contudo, seu principal emprego é como coadjuvantes no controle do Diabetes Mellitus, uma vez que a substituição da sacarose pelos adoçantes dietéticos facilita a terapia nutricional instituída ao paciente.

De acordo com a legislação brasileira em vigor – Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS) nº29 de 13/01/98 –, adoçantes de mesa são os produtos especificamente formulados para conferir o sabor doce aos alimentos e bebidas.

O Codex Alimentarius, um forum internacional para normatização de alimentos, classificou os substitutos da sacarose em dois grupos:
  • Edulcorantes intensos ou não-nutritivos: fornecem somente doçura acentuada, não desempenham nenhuma outra função tecnológica no produto final. São pouco calóricos e utilizados em quantidades muito pequenas.
     
  • Agentes de corpo: fornecem energia e textura aos adoçantes, geralmente contêm o mesmo valor calórico da sacarose e são utilizados em quantidades que facilitam medição e o consumo do adoçante dietético.
Os adoçantes podem conter e ser formulados à base de edulcorantes naturais e/ou artificiais e seus respectivos veículos permitidos na legislação, tais como: água, álcool etílico, amido, amido modificado, dextrinas, dextrose, fruto-oligossacarídeos, frutose, glicerina ou glicerol, isomalte, lactose, maltitol e seu xarope, maltodextrina, manitol, polidextrose, polietileno glicol, propileno glicol, sacarose, sorbitol em pó ou solução.

Os edulcorantes são substâncias artificiais ou naturais geralmente centenas de vezes mais doces do que o açúcar de cana. Conferem o sabor doce no adoçante e não são calóricos, exceção feita ao aspartame, embora seu poder de adoçamento torne suas calorias desprezíveis. Os edulcorantes aprovados no Brasil para uso em adoçantes dietéticos são: sacarina, ciclamato, aspartame, esteviosídeo, acessulfame-K e sucralose. Na tabela 1, são mostrados os principais edulcorantes que compõem os adoçantes dietéticos pesquisados, suas características, a dose diária aceitável (IDA), o poder de adoçamento, a metabolização, a sensibilidade ao calor e ao meio ácido, as calorias por unidade e o ano de sua descoberta.

Principais edulcorantes não-nutritivos Sacarina Ciclamato Apartame Steviosídeo Acessulfamek Sucralose
Característica artificial artificial artificial natural artificial artificial
IDA* mg/kg 5,0 11,0 40,0 5,5 15,0 15,0
Poder adoçante 500 vezes 40 vezes 200 vezes 300 vezes 200 vezes 600 vezes
Metabolização não não sim não não não
sensibilidade ao calor não não sim não não não
pH estável estável estável estável estável estável
Ano de descoberta 1879 1939 1965 1905 1960 1976
Calorias (unidade) 0 0 4 0 0 0
Principais produtores Monsanto Abbot Searle Nutrasweet Vários Pfizer Tate&Lyle

* IDA – Ingestão Diária Aceitável em miligramas de edulcorante por quilograma de massa corpórea.

A sacarina (C7H4OSO2NH) foi descoberta em 1878 por Ira Remesen e C. Fahiberg na Universidade John Hopkins - NY. Foi aprovada no Brasil como edulcorante em 1965. Apresenta sabor residual amargo em altas concentrações. É o único edulcorante estável sob aquecimento e em meio ácido. Em humanos, a sacarina é rapidamente absorvida e excretada na urina. A segurança de seu uso é investigada há 50 anos e seu uso foi permitido em 90 países.

O ciclamato (C6H13NO3S) foi descoberto em 1937, por Michael Sveda. Sua patente tornou-se propriedade dos laboratórios Abbot, que o introduziram no mercado americano depois de aprovado como edulcorante pelo FDA(o Departamento de Alimentos e Medicamntos dos Estados Unidos), em 1949, e no Brasil, em 1965. É estável durante prolongados períodos de aquecimento.

O aspartame (C14H18N2O5) foi descoberto acidentalmente em 1965 por Jim Schalatter nos laboratórios da Searle, numa época em que pesavam sobre a sacarina as suspeitas de possíveis efeitos cancerígenos e o ciclamato estava proibido nos EUA. No Brasil, o aspartame foi liberado em 1981.

O acessulfame-K (C4H4N2O4SK) foi descoberto, em 1967, na Alemanha, por Karl Clauss e Henry Jensen, acidentalmente, quando trabalhavam no desenvolvimento de novos produtos e encontraram um composto de sabor doce. Apresenta estrutura semelhante à da sacarina.

A sucralose (C12H22O12Cl2) foi descoberta em 1976 por pesquisadores da Tate & Lyle Specialty Sweeteners, na Inglaterra. É obtida pela cloração seletiva dos grupos hidroxílicos das posições 4 e 6 da sacarose. Seu dulçor é dependente de pH e temperatura, apresentando boa estabilidade.


 
Figura 1: Fórmulas químicas dos principais edulcorantes. Nas figuras de cima, da esquerda para a direita, aspartame, ciclamato e sacarina; nas de baixo, acessulfame e sucralose.

Em estudo realizado para a determinação de macro, micronutrientes e contaminantes em 26 amostras de adoçantes (líquido e em pó), nenhuma delas excedeu o valor recomendado para o somatório dos contaminantes inorgânicos (ASPARTAME <10 mg g-1 e SACARINA < 20 mg g-1). O consumo de adoçante dietético em pó pode interferir na digestão dos nutrientes ferro (14,2% da IDR) e magnésio (17,8% IDR). Já o consumo de adoçantes dietéticos líquidos não interfere significativamente na ingestão de nenhum dos nutrientes analisados. O valor do resíduo de cinzas nas amostras de adoçantes dietéticos sólidos analisadas está adequado à legislação, ou seja, é menor do que 4%.

Então, frente a tantas opções, como podemos responder a uma pergunta tão simples: açúcar ou adoçante?

Os nutrientes chegam ao organismo através da alimentação. Assim, a utilização dos adoçantes dietéticos soluciona algumas questões, como a diminuição da digestão calórica de pessoas que necessitam do controle da glicemia. Porém intuitivamente, ao preparar um alimento adicionando um adoçante dietético ou substituindo totalmente o açúcar por este, a dona-de-casa percebe que algumas das propriedades do alimento serão modificadas (textura, umidade, sabor, etc). Dessa forma, como garantia para o consumidor, o governo deve manter departamentos ou agências relacionadas à segurança alimentar que contemplem a agricultura, a produção e o comércio. A indústria alimentícia, independentemente do tamanho ou da origem, tem a responsabilidade fundamental de produzir alimentos seguros ao consumo.

Algumas dicas para consumir adoçantes:
  • Evite ingerir um excesso de produtos dietéticos (gelatinas, pudins, refrigerantes).
     
  • Consuma vários tipos de adoçantes (rodízio), inclusive os que são novos no mercado, desde que autorizados pela legislação. Se possível, utilizá-los combinados, já que assim eles possuem maior doçura, o que permite reduzir a quantidade utilizada.
     
  • Evite usar aspartame em alimentos quentes, pois, além de haver uma perda da doçura, é possível que ele seja decomposto em outras substâncias.
     
  • O uso de qualquer adoçante dietético deve ser proibido às mulheres grávidas e lactantes. Para crianças obesas, use com moderação.
     
  • Lembre-se de que todo excesso traz prejuízos à saúde. Assim, adoçantes dietéticos não fogem à regra e, portanto, devem ser consumidos com moderação.
REFERÊNCIAS:

  1
. MIYAGISHIMA, K. MOY,G.,MIYAGAWA, S. MOTARJEMI, Y., KÄFERSTEIN, F.K., Food Safety and Public Healyh. Food Control. 6, 5, 253-259 (1995).
  2. PALAEZ V. A dinâmica Econômica da inovação no campo dos edulcorantes sintéticos. Cadernos de Ciência e Tecnologia. Brasília, 10, 1/3, 93-117 (1993).
  3. BRASIL, Portaria SVS no. 29 Secretaria de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União de 13 de janeiro de 1998.
  4. NORMAS ANALÍTICAS DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Vol 1 Métodos Químicos e Físicos para analises de Alimentos.
  5. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS/ WORLD HEALTH ORGANIZATION. Codex Alimentarius Comission. Codex guidelines on nutrition labelling. CAC/GL 2-1985. Rome, 33-41 (1985).
  6. LAWRANCE, J.F. Enciclopaedia of Food Science Food Technology and Nutrition , Academic Press, 3951-3952 (1993).
  7. BARUFFALDI, R.; TABILE, M.N.O. Tecnologia de Alimentos Dietéticos. Módulo I: Edulcorantes, Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas, 57-62 (1991).
  8. AGER, D. J.; PANTALEONE, D. P.; HENDENSON, S. A.;KATRITZKY,A. R.; PRAKASH,I.; WALTERS, D.E. Commercial, Synthetic Nonnutritive Sweeteners. Angew. Chem. Int., 37,1802-1817 (1998).
  9. FRANZ, M. et al. Position of the American Dietetic Association : use of nutritive and nonnutritive sweeteners. Journal of The American Dietetic Association, 93, 7, 816-821 (1993).
  10. CÂNDIDO, L. M. B.; CAMPOS, A M. Alimentos para Fins Especiais: Dietéticos. São Paulo: Livraria Varela, 1995.
  11. PORFÍRIO, D.M. Determinação de Metais em Adoçantes Dietéticos por ICP OES, Dissertação de Mestrado, Instituto de Química, USP, 2004.



Darilena Monteiro Porfírio
Centro de Ciências Exatas e Naturais - UFPa

Elizabeth de Oliveira
Instituto de Química - USP

terça-feira, 21 de junho de 2016

A origem da expressão "tendão de Aquiles"

A origem da expressão "tendão de Aquiles"

O tendão é assim chamado em honra de Aquiles, famoso personagem da Ilíada - poema épico grego - de Homero.

Aquiles, quando criança, foi batizado em um lago sagrado chamado Stix. Sua mãe o segurou pelos tornozelos e ele, de cabeça para baixo, foi imerso no lago. Ao retirá-lo da água, todo o seu corpo estava bento, exceto os tornozelos, que haviam permanecido enxutos. Aquiles desconhecia o fato de que seus tornozelos não estavam bentos e, portanto, eram vulneráveis. Durante um combate na guerra de tróia, uma flecha adversária o atingiu no tendão calcâneo (tendão de fixação distal dos músculos gastrocnêmio e sóleo no osso calcâneo), pondo-o fora de combate.

Essa pintura em vaso grego representa uma cena da Ilíada de Homero. Nela, vê-se o guerreiro grego Aquiles fazendo um curativo no braço de seu amigo Patroclo:


Aquiles tratando Patroclo. Vaso grego com figura em vermelho (500 a.C). Staatliche Museum (Berlim)
Em 1693, um anatomista francês chamado Phillipe Verheyen foi acometido de gangrena diabética na perna direita. Antes de se submeter à cirurgia de amputação do membro inferior doente, Verreyen pediu ao seu amigo ortopedista que, após a cirurgia, guardasse o membro amputado porque desejava, passado o período de convalescença, dissecar seu tendão calcâneo. Verreyen lembrou-se então do episódio ocorrido com Aquiles e passou, a partir daquele momento, nas suas aulas em público, a usar o nome tendão de Aquiles.

Aquiles Morrendo; estátua localizada nos jardins do Achilleion, em Corfu.
Atualmente com a abolição do uso dos termos eponímicos em Anatomia, o tendão de Aquiles voltou a ser chamado de tendão calcâneo.

REFERÊNCIAS:
BEZERRA, Armando "Admirável mundo médico: a arte na história da medicina" - Brasília, 2002
BEZERRA, A.J.C; DIDIO, L.J.A; PIVA JUNIOR,L. Terminos anatomicos en la iliada de Homero; Rev. Chil. Anat., 9(1): 73-77, 1991.

53 curiosidades sobre a cachaça

53 curiosidades sobre a cachaça


53 curiosidades sobre a cachaça
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Esse artigo é uma continuação da publicação: 13 fatos que você não sabia  sobre a cachaça – até agora!
Fazendo as nossas pesquisas nós descobrimos cerca de 70 curiosidades sobre a cachaça, hoje, vamos publicar somente 53 delas. Fique ligado no blog que em breve tem mais!
1. Vamos começar com uma paulada: cachaceiro é quem produz cachaça, não quem enche a cara com outras bebidas! Mais respeito com a profissão, por favor!lQ3wrlZ
2. A cachaça é uma bebida destilada do mosto fermentado da cana de açúcar, com teor alcoólico entre 38% e 48%! (Sabe aquele caldo de cana que você toma com pastel do final de semana? É basicamente aquele caldo fermentado e depois destilado).
3. Os ingredientes básicos para a fabricação de mé são cana, água e levedura. Hoje existem mais de 500 variedades de cana no mercado. Destas, cerca de 20 são as mais populares entre os produtores de cachaça!
4. A cachaça é a única bebida no mundo que é envelhecida em mais de 30 tipos de madeiras diferentes – e a maioria delas é brasileira! Ou seja, não se encontra em outro país. Enquanto isso, as outras bebidas destiladas, como o Uísque, são envelhecidas apenas no Carvalho. A cachaça é envelhecida em Amburana, Bálsamo, Jequitibá, Amendoim, Ipê, Freijó entre outras!

5.A cachaça é o destilado mais antigo da América Latina. Apesar de não ter muitos registros, é muito provável que a cachaça tenha sido – intencionalmente – destilada pela primeira vez entre 1516 e 1526.  Existem 3 versões de onde surgiu a primeira cachaça destilada A) Em 1516, na Feitoria de Itamaracá, onde hoje é o atual litoral pernambucano. B) Em 1532 na região de São Vicente, atual cidade de Santos. C) na Bahia na região de Porto Seguro em 1520!
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 (A título de comparação a  Tequila foi destilada pela primeira vez por volta de 1600 e o  Rum ‘’só’’ em 1655, São mais de 100 anos de diferença!)
6. A cachaça pode ser considerada o avô do Rum. A diferença entre esses dois destilados são basicamente:  A) Para fazer cachaça, se destila o caldo de cana fermentado, que chamamos de mosto, enquanto o rum é o destilado do melaço, caldo de cana cozido. B) O teor alcoólico da cachaça varia entre 38 % e 48%, enquanto o do Rum veria entre 35% a 54%. Ah, e claro, o Rum teve origem nas colonias britânicas no Caribe.
7. A primeira garrafa industrializada de cachaça foi produzida em 1756. Hoje essa garrafa está preservada em uma das maiores coleções particulares do Brasil, na cidade de Lagoa do Carro, Pernambuco.
8. Existem basicamente dois processos para se fazer cachaça: o Industrial, geralmente usado para produzir grandes quantidades de cachaça. Aqui, o mosto é destilado em Colunas (foto). E há, depois, o artesanal, em que o mosto é destilado em alambiques (foto) de cobre. A produção aqui é mais lenta e em quantidade menor, e resulta em uma cachaça com sabor mais complexo. O cobre, neste caso, é considerado, também, um ‘’ingrediente’’ que melhora o sabor da cachaça!
9.  Hoje existem cerca de 40.000 produtores de cachaças de alambique, entre esses estão os registrados e os ilegais.
Conheça o primeiro clube de assinaturas
10. O Brasil produz cerca de 1.2 bilhões de litro por ano. Isso representa cerca de 6.29 litro por habitante. Isso torna a Cachaça o terceiro destilado mais consumido do mundo, ficando atrás apenas do Soju, destilado de arroz chinês, e da Vodka!tumblr_ndyuzrwPT31s9ab4to1_40011. 70% da cachaça produzida no Brasil é de Coluna/Industrializada, contra 30% artesanal de alambique. Apenas 1% de toda a cachaça produzida no Brasil é exportado. Sim! Todos os outros 99% são consumidos aqui dentro!
12. O país que mais consome mé fora do Brasil é a Alemanha, que fica com cerca de 30% do volume exportado!
13.  A cachaça já foi proibida no Brasil! Em 1635, o comércio da cachaça começou a atrapalhar o mercado da bagaceira portuguesa (destilado do bagaço de uva) e do Vinho do Porto, o que forçou a Coroa a proibir a produção de pinga em 1649.
14. A proibição da cachaça não durou muito tempo. Em 1660 os produtores de cachaça fluminenses se organizaram para o que ficou conhecido como ‘’Revolta da Cachaça’’ e lutaram para cair a proibição e a diminuição dos impostos. Já em 1661, os protestos deram resultado e foi liberada a produção, mas não o consumo! Só em 1695 a proibição total foi revogada!
15. Na guerra de Cisplatina, no Paraguai e em Canudos os soldados brasileiros tomavam a mistura de cachaça com pólvora para dar coragem nas batalhas.
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16. Entre 1756 e 1766 houve um terremoto em Lisboa que deixou a cidade devastada. Não demorou muito para a Coroa Portuguesa, mais uma vez, elevar os impostos da cachaça para a reconstrução da cidade ( Ou seja, Lisboa foi reconstruída com dinheiro de pinga!)
17.  Até hoje os produtores sofrem com a alta tributação da cachaça, sendo o produto mais tributado do Brasil: 81.75%. A cachaça é mais tributada que a vodca (81.52%) e o cigarro (80.42%)! A caipirinha ficou em 6º colocado!
18. Os professores já foram pagos com cachaça no Brasil… bom não é do jeito que você está pensando. Em 1772 foi criado o subsídio literário em que todos os impostos da cachaça eram revertidos para o pagamento do salário dos professores!
19. A cachaça sempre foi muito importante para a economia do Brasil. Na época do Brasil colônia ela era usada como moeda corrente na compra de escravos. Hoje, a cachaça emprega mais de 400 mil pessoas em toda sua cadeia produtiva! É mais do que o setor automobilístico!
20. Em 1789, durante a Inconfidência Mineira, os intelectuais, sacerdotes e militares envolvidos tomavam cachaça como um símbolo de democracia e independência do domínio português! (Inclusive os parentes distantes de Tiradentes produzem cachaça até hoje!)
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21. A pintora brasileira Tarsila do Amaral, conhecida internacionalmente pelo quadro Abaporu, amava uma caninha. Toda vez que ela viajava para a Europa, escondia cachaça  dentro de vidros de perfume para passar desapercebida pela alfândega.
22. Uma dose de 50 mL de Cachaça tem 109 calorias e uma caipirinha cerca de 265 calorias!
23. A Cachaça mais cara produzida atualmente é a Velho Barreiro Diamond, que custa singelos R$212.000 Reais. As 60 unidades produzidas só podem ser comprados sob encomenda. O que torna essa cachaça tão cara é que ela é produzida em recipiente feito de uma armação toda em prata e ouro e cravejada por nada menos que 211 brilhantes, mais um diamante de 0.70 quilate incrustado no centro do rótulo da embalagem, totalizando 7,3 quilates de pureza cristalina. (Se você quer uma cachaça mais barata e também ostentação, tem a Middas, com flocos de ouro e bem mais barata!)
24. A Cachaça Weber Haus leiloou seu lote especial por R$ 14 mil Reais em um evento beneficente em Miami!
25. O maior colecionador de cachaça hoje é o Messias. O mineiro da cidade de Alfenas entrou para o Guiness Book  em 2009 com uma coleção de mais de 12800 garrafas diferentes, a maior do mundo!
26. Falando em coleção de pinga, em 1958, foi lançada o que é hoje a  cachaça mais rara para colecionadores, a Caninha Pelé!TCdSPPD
A história é a seguinte: ‘’Após a Copa de 1958 na Suécia, a fama de Pelé explodiu no mundo todo, e o pai do jogador, o Seu Dondinho, recebeu uma proposta de colocar o nome do Pelé em uma marca de cachaça. O dinheiro era bom e Seu Dondinho aceitou o trato. Porém, quando o Pelé voltou para o Brasil não gostou nada de ter seu nome associado a uma bebida alcoólica e cancelou o contrato. Todas as garrafas foram recolhidas dos mercados. Quem comprou, guardou até hoje e dizem que existem em torno de 20 garrafas no Brasil – o preço varia muito, chegando a salgados R$ 20 mil Reais.’
27.  O ex-baterista da Legião Urbana, Marcelo Bonfá, é produtor de cachaça. Ele produz a cachaça Perfeição!
28. Não existe ‘’cachaça de mel’’, ‘’cachaça de gengibre’’, ‘’de café’’ e outras variantes. O nome correto para esse tipo de bebida é aguardente composta! Cachaça mesmo é só de cana, e é lei!
29. A Ypióca é a mais antiga empresa familiar ainda em funcionamento no Brasil, que teve a sua fundação em 1843! Em 2012 ela foi vendida por 931 milhões para a Diageo, empresa dona de marcas como Johnny Walker e Jose Cuervo! Esse foi o maior negócio já realizado no setor!
30. Existem mais de 300 sinônimos para a cachaça. Bendita, marvada, caninha, branquinha, amarelinha, água que passarinho não bebe, parati e mé são só alguns deles…
31. Somente em 1994 a cachaça foi reconhecida como produto cultural e nacional Brasileiro. No momento ela ganhou legislação própria! (mesmo ano do ”É TETRAAA”)É-tetra-o
32. Em 2012 os Estados Unidos reconheceram a cachaça com produto exclusivo do Brasil, até então ela era conhecida como Brazilian Rum. Em maio de  2015, o México também reconheceu a cachaça como produto típico do brasileiro!
33. A caipirinha foi inventada em 1918 e, na época, foi usada como remédio contra a gripe espanhola que atacou São Paulo. A primeira receita continha suco de limão e mel de abelha! Ela evoluiu até 1930, se transformando na receita que conhecemos hoje – ainda  utilizado como remédio para outras enfermidades…
34. Você pode tomar cachaça onde quiser, mas existe um copo desenvolvido exclusivamente para a degustação de cachaça e para beber caipirinha!
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35. Existem várias origens para a palavra cachaça, porém as mais aceitas são:  A) Cachaza, de origem espanhola que significa ‘’bagaceira inferior” e B) Cagaça, de origem brasileira que significa ‘’borra de melaço’’!
36. Existe uma lenda que diz que aguardente ou pinga teria sido descobertas no engenho de uma forma até que plausível.
Segundo a teoria o caldo de cana que era esquecido nos tachos evaporava devido as altas temperaturas das casas de caldeiras. De noite, o líquido era condensado, formando pequenas goteiras de álcool no teto do engenho. De dia, os escravos com suas costas machucadas recebiam os pingos nas costas, daí o nome PINGA! – na pele, que ardia devido ao contato com álcool e os ferimentos, se chamava aguardente!
A história é interessante, porém folclórica, é fisico-quimicamente impossível: a evaporação do álcool só ocorre a 78 graus, portanto só poderia evaporar se estivesse muito calor. Depois, para que ela condensasse, seria necessário encontrar uma superfície favorável e, claro, bem fria, o que dificilmente se encontraria no calor do nordeste brasileiro. E além de tudo, a quantidade de álcool necessária para evaporar e depois condensar em formas de gotas deveria ser muito grande!
Pinga provavelmente vem porque quando a cachaça sai do alambique, ela sai em gotas, ou pingos! Já aguardente é uma simples tradução do termo latino “aqua ardens”, que designa vários tipos de bebidas destiladas! É importante ressaltar que as técnicas de destilação têm mais de 5 mil anos!
37. Dom João Maria de Orleans e Bragança, herdeiro direto da família imperial, neto da princesa Isabel, aportou na cidade de Paraty na década de 60, adquiriu uma uma quantidade de terra e começou a fabricar a cachaça Maré Alta – que hoje tem o nome de  Paratiana! De uma forma, é uma prova que a corte se rendeu ao produto nacional!
38. Hoje a cachaça é produzida em quase todos os estados brasileiros, e cada um tem suas características regionais, o que, de certa forma, pode ser chamado de Terroir! Existem três regiões que receberam o selo do indicação geográfica, Paraty (RJ), Abaíra (BA) e Salinas (MG)!
39. O maior produtor de cachaça Industrial no Brasil é a 51, e o maior produtor de cachaça artesanal é a Seleta/Boazinha!tumblr_nsmqmtmXFT1s9ab4to1_500
40. Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do país, com mais de 8 mil produtores!
41. A cachaça tem seu dia nacional, 13 de setembro! A data remete ao dia em que a cachaça foi proibida pela corte portuguesa!
42. De acordo com um artigo de James Beard, publicado em 1959, em algumas localidades os perus eram alimentados à força com doses de cachaça antes do abate, já que os produtores acreditavam que “um peru bêbado é um peru relaxado, e um peru relaxado é um peru mais delicioso”.
43. John Travolta já foi garoto propaganda de cachaça, a Ypióca, na campanha ‘’Vamos Brasilizar’’!
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44. Algo interessante no universo da cachaça são os rótulos, que muitas vezes contam histórias ou são engraçados! Como o rótulo Invasão, da época da 2ª Guerra Mundial, entre outros, como “Na Bunda”, “Na Bundinha”, “Atrás do Saco”, “Decisão” e “Providência”, entre outras!
45.  O decreto 4.851 define as expressões Cachaça, Brasil e Cachaça do Brasil como indicações geográficas, e de uso exclusivamente brasileiros e, além disso, descreve as características da fórmula e do fabrico, afirmando que tanto a cachaça quanto a caipirinha são exclusividades brasileiras.
46.  A Independência do Brasil foi brindada por Dom Pedro I com um cálice de cachaça!
47.  – Conforme registro do Guinness Book, o maior barril de cachaça do mundo tem oito metros de altura e capacidade para 374 mil litros. Ele está localizado no município de Maranguape, no Ceará;
48. A maior parte dos barris existentes no Brasil são provenientes da Escócia. Tais barris foram, anteriormente, utilizados para envelhecimento do uísque. Hoje, no entanto, também são utilizados de carvalho americano!
49. O Mussum foi provavelmente o criador da expressão ‘’mé’’! Em suas apresentações com Os Trapalhões criou clássicos como: ‘’cachaça de metro’’, ‘’bebendo leite’’ e ‘’Mussum, o grande conhecedor de mé’’.
50. Existe um grupo de 12 especialistas que se reúne 1 vez a cada dois anos para avaliar as melhores cachaças do mercado. O grupo é chamado de ‘’Cúpula da cachaça!’’
51. Zeca Pagodinho uma vez disse: “A cerveja e a cachaça são os piores inimigos do homem. Mas o homem que foge dos seus inimigos é um covarde.”tumblr_mifj30gakF1raqkkco1_500
52. O rapper americano Snoop Dogg é sócio de uma marca de cachaça artesanal, a Cuca Fresca.
53. O consumo moderado de cachaça pode fazer bem a saúde.