segunda-feira, 13 de junho de 2016

Novos elementos da tabela periódica ganham nomes

Novos elementos da tabela periódica ganham nomes

Publicado em 11.06.2016
nova tabela periodica
No último mês de janeiro, quatro novos elementos ganharam um lugar permanente na sétima linha da tabela periódica.
Seus números atômicos são 113, 115, 117 e 118, e seus nomes temporários e símbolos foram ununtrium (Uut), ununpentium (Uup), ununseptium (Uus) e ununoctium (Uuo). Agora, eles acabam de ser batizados com seus nomes permanentes.São eles: nihonium (Nh), moscovium (Mc), tennessine (Ts) e oganesson (Og). Isso não significa que esses nomes irão permanecer na tabela periódica até o fim dos tempos, já que há um período probatório de cinco meses até que eles sejam confirmados. A confirmação deve acontecer no dia 8 de novembro de 2016.
Criar o nome de um elemento não é tão simples quanto pode parecer. Como tudo na ciência, há regras até para isso. Neste caso, essas são as condições que os nomes deveriam ser inspirados em:
– um personagem ou conceito mitológico (incluindo um objeto astronômico);
– um mineral ou substância similar;
– um local ou região geográfica;
– propriedade do elemento;
– um cientista.
Claro que a parte final do nome, como “ium”, “ine”, “on”, são definidas com base no grupo a que o elemento pertence. Também há preferência por nomes que possam ser usados na maioria das línguas.

Origem dos nomes

Como os elementos foram descobertos por pesquisadores dos Estados Unidos, Rússia e Japão, os nomes homenagearam estes locais ou culturas. Nihonium é uma derivação da palavra “Nippon”, que significa “Japão” em japonês. O moscovium tem sua origem mais escancarada, como homenagem à capital russa, Moscou.
Tennessine vem do estado americano de Tennessee, famoso por pesquisas pioneiras na química. Ficam lá as universidades de Vanderbilt e Tennessee, além do laboratório nacional Oak Ridge. Este é o segundo elemento com nome inspirado em um estado. O primeiro é o californium – número atômico 98.
O último elemento batizado é o oganesson, que homenageia o físico russo de 83 anos, Yuri Oganessian. O que torna o nome especial é que normalmente a homenagem é feita a pessoas que já morreram, e Yuri está vivíssimo. Ele foi um dos pioneiros na descoberta de elementos superpesados.

Por que essa demora toda?

Por que esses novos elementos só foram adicionados à tabela periódica em 2016? Ao contrário dos elementos clássicos, como ouro, ferro e alumínio, esses novos elementos não são encontrados na natureza. Eles são elementos sintéticos que só podem ser criados em laboratório, e têm vida extremamente curta.
Por isso, pesquisadores não conseguiam estudá-los por tempo suficiente antes que eles se alterassem para outros elementos. “Por sete anos pesquisamos dados que identificavam o elemento 113, mas nunca víamos o evento outra vez”, relatou Kosuke Morita, envolvido da descoberta do nihonium.
O trabalho com o nihonium foi feito bombardeando uma fina camada de bismuto com íons de zinco viajando a 10% da velocidade da luz. Ao fazer isso, eles se fundem, formando um átomo do elemento 113.
O presidente da União Internacional de Química Pura e Aplicada, Jan Reedijk, acredita que não haverá nenhum problema com os nomes escolhidos, e que eles serão permanentes. [CNN, Science Alert] (HypeScience Jun/16)

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