sexta-feira, 21 de agosto de 2020

O maior derretimento de milênios: a chocante perda de gelo da Groenlândia em 2019

 

O maior derretimento de milênios: a chocante perda de gelo da Groenlândia em 2019

Por , em 20.08.2020Derretimento da Groenlândia

A capa de gelo da Groenlândia teve um derretimento recorde em 2019, o correspondente a um milhão de toneladas por minuto durante todo o ano, mostram dados de satélite.

O derretimento da calota polar é causado pela crise climática que aquece o Ártico. A calota polar é a região que mais contribui individualmente para a subida do nível do mar, que pode ser observada nas regiões costeiras de todo o mundo. A camada congelada perdeu 532 bilhões de toneladas em 2019 pelo derretimento que poderia encher sete piscinas olímpicas por segundo, informa The Guardian.

Os dados tem sido acumulados desde 2003 e a redução do gelo de 2019 mostrou ter dobrado com relação as médias dos anos anteriores que eram de 255 bilhões de toneladas. Essa quantia foi perdida apenas em julho de 2019, praticamente.

Porque a taxa de derretimento foi chocante para os cientistas

Os cientistas afirmaram que a taxa da perda observada em 2019 foi chocante e possivelmente será a maior durante um longo tempo: séculos, talvez milênios.

O nível do mar aumentaria em seis metros caso todo o gelo da Groenlândia derretesse, mas isso pode levar séculos para acontecer.

532 bilhões de toneladas de gelo foram perdidas na Groenlândia em 2019 – o máximo desde começamos a realizar os registrosGrafico do derretimento de gelo na Groenlândia Fonte: Sasgen et al, Communications Earth & Environment 2020


Porque o derretimento da Groenlândia foi tão grande em 2019

Segundo os pesquisadores a causa do derretimento extremo foram os “padrões de bloqueio” do clima que retiveram ar quente sobre a região por mais tempo. Essa ocorrência acontece com mais frequência à medida que o planeta esquenta. Isso está se tornando cada vez mais frequente à medida que o mundo esquenta. 

“[2019 foi] realmente chocante e deprimente em termos de números. Mas também não é muito surpreendente, porque tivemos outros anos de forte derretimento em 2010 e 2012, e espero que veremos mais e mais”, afirmou Ingo Sasgen, do Alfred Wegener Institute em Bremerhaven, na Alemanha, que coordenou a pesquisa.

“A verdadeira mensagem é que a camada de gelo está fortemente desequilibrada.”

afirmou Sasgen.

Modelos computadorizados conseguem estimar as perdas voltando até o ano de 1948. “Se olharmos os anos recordes de derretimento, os cinco primeiros ocorreram nos últimos 10 anos, e isso é uma preocupação. Mas sabemos o que fazer a respeito: reduzir as emissões de CO2.”

Mecanismos de feedback que aumentam a perda de gelo

Mecanismos de feedback que pioram a perda do gelo também são preocupantes como:

  • O derretimento deixa o manto de gelo mais fraco e ele desaba mais rapidamente para o mar.
  • Maior temperatura derrete a neve branca reflexiva que fica sobre o manto e expõe o gelo mais escuro abaixo que tende a absorver mais luz do sol esquentando mais.

O estudo foi publicado na revista científica Communications Earth & Environment com informações dos satélites Grace da Nasa , que realizam medições gravitacionais monitorando a massa da camada de gelo da região.“Se reduzirmos o CO2, reduziremos o aquecimento do Ártico e, portanto, também reduziremos a contribuição do aumento do nível do mar da camada de gelo da Groenlândia”, afirmou Sasgen.

Mais informações:

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

"Eu temo a extinção iminente da humanidade", diz professor do MIT

 

"Eu temo a extinção iminente da humanidade", diz professor do MIT

Por , em 19.08.2020Unidos contra a extinção da Humanidade

O professor e engenheiro mecânico do MIT, Asegun Henry, afirma que o tempo está se esgotando rapidamente para conseguirmos evitar a extinção da humanidade.

“Nossa missão aqui é salvar a humanidade da extinção pela mudança climática”

Asegun Henry

Para ele, evitar a extinção da humanidade é um desafio da física já que praticamente todas nossas fontes de energia partem do princípio de gerar ou transferir calor. Essa geração energética acompanha emissões de gases do efeito estufa e por esse motivo estamos perto de um ponto de não retorno, um nível crítico em que destruímos de maneira irreversível os sistemas de suporte de vida do planeta, de acordo com um press release.

Os 5 desafios da engenharia para salvar o planeta

Segundo Henry não devemos desistir ainda. Em uma pesquisa recente publicada na revista Nature Energy ele apresenta cinco grandes desafios para mudarmos o rumo desse destino sombrio.

Primeiro desafio: criar sistemas de armazenamento térmico tanto para a rede elétrica quanto para veículos elétricos, casas e prédios

Há uma corrida mundial atualmente para o desenvolvimento de um sistema que armazene o excesso de energia elétrica gerada por sistemas renováveis (solar, eólica, etc.) para que possa ser usada mais tarde. Isso levaria a entrada da energia renovável em toda a rede cortando 25% das emissões de dióxido de carbono (CO2) causadas pela geração de eletricidade. Ele chama isso de descarbonização da rede elétrica. Levando essa eletricidade para uma frota de veículos exclusivamente elétricos teríamos uma redução de 40% no carbono emitido para a atmosfera.

Segundo desafio: descarbonizar processos industriais que geram 15% das emissões globais de dióxido de carbono

Isso implicaria na modificação dos setores da produção de matérias primas: cimento, aço, alumínio e hidrogênio. Inúmeros dos processos que geram esses materiais obrigatoriamente emitem CO2. A grande pergunta é: há outros processos que realizem o mesmo trabalho? Segundo Henry “ou pensamos em outra maneira de fazer cimento ou inventamos algo diferente”. O desafio é enorme e precisamos de muitas outras mentes trabalhando no problema, segundo ele.Terceiro desafio: refrigeração

Aparelhos de ar condicionado e refrigeradores usam produtos químicos duas mil vezes piores do que o CO2 para o efeito estufa. Pequenos vazamentos destes sistemas serão responsáveis por cerca de 15 a 20% dos gases do aquecimento global do mundo em 2050. Novas tecnologias deveriam substituí-los por alternativas não nocivas ao nosso sistema de suporte de vida.

Quarto desafio: transmissão de calor de longa distância

Nós transmitimos energia elétrica porque esse processo tem pouca perda e é relativamente barato. Mas é possível transmitir calor da mesma maneira? Existe uma incrível abundância de calor residual nas usinas que é totalmente desperdiçado e precisamos criar o “fio térmico” para transmiti-lo.

Quinto desafio: envelopes de construção de condutância variável

Alguns exemplos indicam que pode ser viável inventar um material térmico, talvez um dispositivo, que mude sua própria condutância. Porque isto seria útil? Quando estiver quente demais lá fora ele poderia evitar a passagem do calor pela parede bloqueando sua entrada. Mudando a condutância do material seria possível que a parede mudasse a direção da transmissão do calor quando necessário. Ainda estamos longe de criar sistemas funcionais nesse sentido.

“O tempo está se esgotando e precisamos de todas as mãos no convés”

Asegun Henry

Talvez já seja tarde demais

O tempo necessário para estas mudanças é o problema. Mudar toda a infraestrutura de combustíveis fósseis para energia limpa pode não apenas levar mais tempo do que temos disponível, mas é possível que já tenhamos ultrapassado o ponto de não retorno.

“Precisamos de mudanças dramáticas, não ontem, mas anos atrás. Então, todos os dias, temo que o faremos pouco e tarde demais, e nós, como espécie, podemos não sobreviver às reações da Mãe Terra”.Asegun Henry

Mais informações (em inglês):

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Infiltração de joelho com ácido hialurônico: mitos e verdades

 

Infiltração de joelho com ácido hialurônico: mitos e verdades

Por , em 14.08.2020Infiltração de joelho com ácido hialurônico: dor no joelho

Pacientes que sofrem com dores provenientes de artrose no joelho, amolecimento e presença de lesões nas articulações veem no ácido hialurônico uma possível solução para estes problemas, porém, a eficácia do uso dessa substância não é consenso entre os médicos.

A verdade é que não existe nenhuma medicação disponível que tenha se mostrado realmente eficaz na recuperação dos tecidos articulares que apresentam lesões já estabelecidas. Assim, a questão que se coloca é: qual a validade da infiltração do joelho com ácido hialurônico?

O uso do ácido hialurônico e seus efeitos

O consenso entre os médicos ainda não foi alcançado, uma vez que a aplicação e os estudos com o ácido hialurônico ainda estão sendo feitos e apresentam resultados que, na maior parte dos casos, não são uniformes e variam de paciente para paciente.

Daí a necessidade de avaliar cada caso para saber se o tratamento surtirá efeito ou não. Conheça alguns mitos e verdades sobre ele:

1. As aplicações podem ser feitas em articulações com lesões em qualquer estágio

MITO – A aplicação do ácido hialurônico é indicada apenas para lesões e processos inflamatórios leves ou moderados, como é o caso da condromalácia patelar e artrose moderada. Pacientes com lesões graves, como artrose severa, não apresentaram melhora;

2. Somente as aplicações surtirão o efeito desejado

MITO – As aplicações para pacientes com os quadros descritos acima devem ser realizadas em conjunto com outras ações, como a prática de atividades físicas para fortalecimento da musculatura e fisioterapia para correção da postura, que integram o tratamento;

3. A melhora é imediata após a aplicação

MITO – Muitos pacientes relatam redução da dor logo após a primeira aplicação, porém os resultados mais efetivos são observados entre cinco e doze semanas e se prolongam (em menor grau) por até um ano;

4. A aplicação reduz a dor na articulação

VERDADE – Um dos efeitos mais desejados e observados com sucesso nos pacientes que realizam a aplicação do ácido hialurônico é o alívio das dores. Além disso, ele atua reduzindo as células inflamatórias e, assim, melhora a inflamação; esta melhora, porém, é variável de paciente para paciente.

5. A aplicação lubrifica a articulação

VERDADE – Ao melhorar a retenção de água nas articulações, as aplicações geram um efeito viscoelástico e protegem contra futuros impactos. Não por acaso, muitos atletas optam pelas aplicações para que possam voltar à prática esportiva com segurança após as lesões;

6. A aplicação pode causar desconforto

VERDADE – Depois de realizada, a aplicação não impede a realização de atividades comuns à rotina dos pacientes, porém a área pode ficar dolorida. Nesse caso, recomenda-se aplicar gelo sobre o local. Já para voltar às atividades físicas, o ideal é aguardar entre 2 e 3 dias.

Mais saúde para os joelhos

Para saber quão válido será o tratamento auxiliado pela infiltração do joelho com ácido hialurônico, o mais indicado é passar em consulta com um ortopedista especialista em joelho a fim de avaliar o caso e decidir pela melhor forma de tratá-lo.

A realização de exames por imagem, a avaliação dos membros afetados e a análise dos hábitos, rotinas e práticas de cada paciente integram o passo a passo seguido para determinar se a infiltração será eficiente ou não.

Além dele, o fortalecimento dos músculos das pernas e quadris, prática mais consciente de esportes, terapia medicamentosa, fisioterapia e melhoramento da postura têm mostrado excelentes resultados para redução das dores e dos quadros inflamatórios.

O Dr. João Hollanda é ortopedista especialista em joelho e médico da Seleção Brasileira de Futebol Feminino. HScyence - Agosto/2020

terça-feira, 18 de agosto de 2020

É isso o que acontece com o seu corpo quando você come muito apenas UMA VEZ

 

É isso o que acontece com o seu corpo quando você come muito apenas UMA VEZ

Por , em 13.08.2020

Qual foi a última vez que você comeu tanto, mas comeu muito, a ponto de se empanturrar? No último churrasco de família? Na noite da pizza? No reveillón? No almoço de ontem? Inúmeros estudos investigaram o que acontece com o seu corpo quando consome alimentos altamente calóricos em excesso: acúmulo de gordura, problemas de controle hormonal, problemas musculares e na gordura corporal.

Mas não sabemos muito sobre como o corpo reage durante indulgências ocasionais de excesso de alimentos ou se elas podem causar danos a saúde, que foi o objetivo de um estudo recente publicado na Cambrige University Press.

Nossos corpos sempre estão disponíveis para comer muito e acumular muita gordura em pouco tempo quando abusamos nas calorias diárias. E isso não é bom já que mesmo um 24 horas de abusos alimentares podem ter resultados ruins para o metabolismo do seu corpo.

A última pesquisa avaliou o que acontece com o corpo após a refeição quando continuamos comendo mesmo depois de estarmos satisfeitos.

Comer muito: o estudo da pizza

Os pesquisadores deram pizza para 14 voluntários (homens saudáveis entre 22 e 27 anos de idade) e disse para comerem até alcançarem a saciedade. Cada um comeu uma média de 1500 calorias. Um pouco menos do que uma pizza grande.

Em um dia diferente os pesquisadores mandaram os voluntários comerem até não aguentarem mais, muito além do ponto em que estavam satisfeitos. Eles comeram o dobro, em média (3 mil calorias). Mas alguns dos voluntários tiveram a capacidade de ingerir quase 2,5 pizzas grandes (4.800 calorias). Isso indica que quando estamos satisfeitos estamos na metade da nossa capacidade de ingestão total.

A surpresa dos pesquisadores

A hipótese dos pesquisadores é de que o corpo tivesse dificuldade em lidar com o exagero na ingestão de calorias e que a pressão sanguínea e os níveis de açúcar no sangue disparassem. Mas estavam enganados.

Os níveis de açúcar no sangue dos voluntários foi monitorado com regularidade nas horas seguintes e apesar da tremenda diferença do volume de comida consumido na segunda refeição o aumento do açúcar no sangue foi pequeno.

Um saudável metabolismo é aquele que consegue manter a gordura e o açúcar em níveis normais no sangue. Problemas em manter estes níveis podem prever o risco de várias doenças como problemas cardiovasculares e diabetes tipo 2.

Nos voluntários saudáveis que realizavam atividades físicas o corpo consegue manter os níveis de gordura e açúcar do sangue em níveis controlados, apesar do corpo ter que trabalhar um pouco mais no caso de indulgências ocasionais para controlar o metabolismo.

Houve maior liberação de hormônios do pâncreas e outros órgãos digestivos e o ritmo cardíaco acelerou o que indica que o corpo estava se esforçando mais do que o normal. Os voluntários apresentaram menos energia, sono e pouca vontade de comer doces, mesmo depois de quatro horas de se empanturrarem de pizza.

Comer muito em uma única refeição faz mal?

O excesso ocasional não parece ser danoso para a saúde, de acordo com estes resultados.

Mas comer muito em várias refeições repetidamente é perigoso e pode causar síndrome metabólica que é uma mistura de obesidade, diabetes e hipertensão. Ou seja, o corpo humano perde a capacidade de reagir.

Os resultados mostraram que o metabolismo tem uma excelente capacidade de lidar com o excesso ocasional de calorias, ao menos nestes 14 indivíduos saudáveis e fisicamente ativos.

Adaptação evolutiva

Os corpos humanos são extremamente adaptáveis já que, no nosso histórico evolutivo, passamos fome de tempos em tempos e uma grande refeição, como uma árvore cheia de frutas, por exemplo, poderia ser uma oportunidade rara que deveria ser aproveitada a todo custo.

É importante lembrar que o estudo foi realizado com indivíduos saudáveis e fisicamente ativos e que ingerir mais calorias do que o necessário com regularidade pode causar danos a saúde como obesidade, diabetes tipo 2 e pressão alta.Mais detalhes:



quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A melhor máscara facial: experimento descobre a máscara que mais protege contra o coronavírus

 

A melhor máscara facial: experimento descobre a máscara que mais protege contra o coronavírus

Por , em 10.08.2020

Sabemos que máscaras são muito eficazes para evitar o coronavírus. Cientistas da Universidade de Duke (EUA) criaram uma técnica simples para descobrir qual é a melhor máscara facial no bloqueio de gotículas que propagam o coronavírus.

A investigação iniciou quando um professor da Escola de Medicina de Duke ajudava uma comunidade local na compra de máscaras faciais em quantidade. Ele queria se certificar de que as máscaras adquiridas tivessem alta eficácia.

melhor mascara facial mascaras testadas
As máscaras testadas. Crédito: Fischer et al., Science Advances, 2020

O estudo, recentemente publicado na revista científica Science, mostra como os físicos da Universidade de Duke criaram um simples experimento que pode ser feito com um laser de 100 dólares (cerca de 500 reais), um smartphone e uma caixa de papelão para descobrir qual a melhor máscara facial durante a fala normal.

O simples experimento laser

“Usamos uma caixa preta, um laser e uma câmera”, relatou Martin Fischer, co-autor da pesquisa, à CNN. “O feixe de laser é expandido verticalmente para formar uma fina película de luz, que brilha através das fendas à esquerda e à direita da caixa.”

Na parte frontal da caixa foi cortado um orifício em que uma pessoa fala normalmente. A câmera do smartphone foi acomodada na parte traseira da caixa para gravar a luz que se espalha por causa das gotículas da fala, cortando a película de laser.

experimento para descobrir a melhor mascara facial
A configuração do experimento. Crédito: Fischer et al., Science Advances, 2020

Máscaras literalmente inúteis

Máscaras são fundamentais para reduzir a contaminação do coronavírus. Mas nos testes os cientistas descobriram que certas máscaras faciais são literalmente inúteis.Os cientistas fizeram o experimento com 14 tipos de máscaras faciais, inclusive a máscara profissional N95. Inicialmente o locutor falou sem nenhuma máscara para determinar o nível normal de gotículas na fala. Depois cada máscara foi testada dez vezes.

A melhor máscara facial foi a N95 sem válvula. Máscaras faciais cirúrgicas com três camadas e máscaras caseiras de algodão também mostraram boa eficácia.

Surpresa: algumas máscaras são piores do que não usar nada

Máscaras de corrida de tecido sintético (também conhecida como máscara de polaina ou aquecedores de pescoço) tiveram menor eficácia. Na realidade o tecido sintético aumentou o número de gotículas exaladas pois parece que o material divide gotículas maiores em várias menores aumentando sua facilidade de serem espalhadas pelo ar.

Lenços sobrados como bandana também mostraram fraca proteção com um péssimo desempenho.

“Ficamos extremamente surpresos ao descobrir que o número de partículas medido com [o tecido sintético] realmente excedeu o número de partículas medido sem usar qualquer máscara. Queremos enfatizar que realmente incentivamos as pessoas a usar máscaras, mas queremos que elas usem máscaras que realmente funcionem”, afirmou Fischer, de acordo com a CNN.

Vídeo do experimento (em inglês)

Mais informações: Science Advances, CNN, Science Alert.- HScyence - Agosto/2020

domingo, 9 de agosto de 2020

O que é chantagem emocional? Saiba como identificar esse comportamento tóxico

 

O que é chantagem emocional? Saiba como identificar esse comportamento tóxico

Por , em 8.08.2020chantagem emocional

Você sofre com chantagem emocional? Quem sabe você esteja fazendo coisas por medo, culpa ou um senso de obrigação, quando poderia se livrar desses sentimentos ruins se soubesse que está sendo manipulada.

Sim, a chantagem emocional é um tipo de manipulação, e não é realizada somente por parceiros românticos, mas também por amigos e familiares.

Confira exemplos deste comportamento tóxico e aprenda a enfrentá-lo:

O conceito de chantagem emocional

O conceito de “chantagem emocional” foi popularizado nos anos 1990 pela psicoterapeuta Susan Forward. Geralmente, o chantageador usa medo, culpa ou obrigação para conseguir o que deseja.

De acordo com a psicóloga clínica Karla Ivankovich, chantagem emocional é quando “alguém próximo a nós usa as coisas que eles sabem sobre nós contra nós, como um meio de dano ou manipulação”.


Por exemplo: você e seu namorado (ou namorada) moram e cuidam de um cachorro juntos há cinco anos. Seu parceiro foi quem adotou o animal, seis meses antes de vocês se conhecerem, mas você também o ama. Durante uma discussão particularmente feia, ele(a) diz: “Se você me deixar, nunca mais irá ver o cachorro”. Enquanto algumas formas de chantagem emocional são claras e até chocantes, como ameaças flagrantes ou implícitas, outras podem ser mais sutis, explica Darlene Lancer, terapeuta familiar e de casais.

“Exemplos fáceis de chantagem emocional são ameaças como ‘Eu direi às crianças que você teve um caso’, ou ameaças ambíguas como ‘Você vai se arrepender se…’ ou ‘Você gostaria que seus pais, amigos, chefe etc., soubessem que você fez…?’. Essas ameaças são destinadas a invocar medo. Já outras mais sutis tropeçam na culpa. Por exemplo: ‘Um amigo me emprestaria dinheiro. Como você pode dizer que é meu amigo se não me ajuda quando estou em uma situação assim?’ ou: ‘E quando você emprestou dinheiro de mim na faculdade?’”, exemplifica Lancer.

Pressionar ou “lembrar” alguém de uma “obrigação” ou “dever” é outra tática de chantagem emocional. Digamos que você mora longe de sua família, sua mãe quer que você a visite e a ajude com alguma coisa, mas você não tem dinheiro. “Mas é sua família! É isso que temos que fazer, temos que ajudar uns aos outros”, você pode ouvir.

Por fim, “gaslighting” é outro exemplo de chantagem emocional. É uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, omitidas ou inventadas para favorecer o manipulador e fazer a vítima duvidar de si mesma, de sua memória, sua percepção e até sua sanidade. “Por exemplo, você nota que seu parceiro romântico flertou com uma colega de trabalho e, em seguida, ele faz você se sentir louca por pensar que ele poderia ser a fim de alguém que trabalha com ele”, ilustra Lancer.


É maldade?

Chantagens emocionais podem existir no contexto de qualquer relacionamento com uma pessoa próxima, e não é sempre um sinal de que você precisa cortar laços com essa pessoa – embora possa ser indicativo de uma dinâmica nada saudável se o comportamento persistir.


Isso porque a chantagem emocional não é sempre maliciosa, ainda que possa ser usada como uma estratégia de controle consciente. Digamos que você gosta de agradar as pessoas, e seu parceiro e seus amigos sabem disso. Logo, eles podem fazer birra ou fingir chateação quando você diz que não pode fazer algo por eles, esperando que você mude de ideia.

Dito isto, a manipulação não é feita somente com segundas intenções. Às vezes, o manipulador pensa que está certo em fazer determinado pedido ou declaração. Talvez ele simplesmente não saiba como dizer o que sente – por exemplo, que está com medo de te perder – e então faz uma ameaça.

“A chantagem emocional pode nascer da insegurança ou da falta de compreensão de como comunicar sentimentos, portanto nem sempre é tóxica”, esclarece Ivankovich.

Segundo Lancer, narcisistas, indivíduos com transtorno de personalidade limítrofe e outros com condições psicológicas relacionadas podem utilizar chantagem emocional com mais frequência sem saber disso.

Mas esse definitivamente não é sempre o caso. “Geralmente, [a chantagem emocional] surge do medo do abandono ou do sentimento de vergonha. De qualquer maneira, o manipulador sente uma séria ameaça ao ego e ao senso de si”, afirma Lancer.

Como enfrentar esse tipo de comportamento?

Primeiro de tudo, fique sabendo que não é sua responsabilidade “consertar” o comportamento ruim de nenhuma pessoa. Todo mundo faz escolhas sobre como se portar e o que dizer, e essas escolhas não podem ser transferidas para você.

No entanto, caso você esteja sendo chantageada emocionalmente por uma pessoa amada e considere que ela não faz por mal, mas gostaria que parasse, tente dizer exatamente isso a ela: “simplesmente pare”.De aco rdo com Lancer, isso geralmente funciona. “Ameaças frequentemente não se materializam, porque são na verdade um apelo por mais atenção. Assegure o manipulador de que você o ama e de que quer estar naquele relacionamento, mas sem ameaças e sem fazer tudo o que ele quer”, explana.

A chave é comunicação. Converse com o manipulador sobre o porquê isso está acontecendo. “Se houver insegurança, pergunte o que você pode fazer para ajudá-lo a se sentir mais seguro. Talvez sua mãe precise de mais ligações todos os meses. Talvez seu parceiro precise de gestos românticos mais regulares. Talvez seu amigo não perceba a culpa e o desconforto que está causando ao pedir repetidamente algo quando você já disse não”, argumenta Ivankovich.

Caso se trate de uma pessoa que fez isso mais de uma vez, você precisa deixar claro o que irá aceitar e o que não irá aceitar. Expresse com todas as palavras que você não será manipulado.

“Se essa pessoa não parar apesar de seus pedidos, é hora de pensar em se afastar. A chantagem emocional é uma dinâmica abusiva, especialmente se continuar após os limites serem claramente definidos. Você merece se sentir amado e apoiado, não ameaçado”, alega Lancer. [HuffPost] HScyence - Agosto 2020

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

O preço do desenvolvimento econômico está sendo pago na pandemia

 

O preço do desenvolvimento econômico está sendo pago na pandemia

Por , em 5.08.2020Pandemia x natureza: desmatamento causa novas doenças

A destruição de ecossistemas aumenta o número de ratos, morcegos e inúmeros animais que carregam patógenos que podem levar a pandemias como a Covid-19, de acordo com um grande estudo.

A pesquisa observou quase sete mil comunidades animais em seis continentes e descobriu que transformar ecossistemas naturais em assentamentos humanos ou agropecuários destrói espécies maiores. Isso favorece animais menores que tem capacidade rápida de adaptação, que costumam carregar grande quantidade de patógenos potencialmente perigosos para humanos.

A investigação descobriu que as populações de criaturas hospedeiras de doenças zoonóticas são até 2,5 vezes maiores em áreas de ecossistemas degradados. Também foi observado que a parcela de espécies animais que carregam esses microorganismos aumentou em até 70% ao comparar com os ambientes não danificados.

Os alarmes já foram soados

Estamos cada vez sendo afetados com maior freqüência por vírus originados em animais selvagens: HIV, o zika, o vírus Nipah, o sars. Já no princípio da pandemia de covid-19 tanto especialistas quanto a ONU e a OMS alertaram que a causa destas doenças devastadoras deve ser enfrentada: a destruição da natureza.

Recentemente, especialistas afirmaram que a pandemia de coronavírus é um um sinal de SOS para a existência humana, enquanto em março especialistas afirmaram que devemos esperar novos tipos de doenças fatais sem a proteção da natureza.

As descobertas do novo estudo

O novo estudo é inovador em mostrar que a destruição de áreas naturais causa alterações em populações animais elevando a chance de doenças. E sugere que, em locais em que os ecossistemas estão sendo degradados, a vigilância com a saúde deve ser redobrada.“À medida que as pessoas invadem e, por exemplo, transformam uma floresta em terras agrícolas, o que estão fazendo inadvertidamente é aumentar a probabilidade de entrarem em contato com um animal portador de doença”, afirmou David Redding, do Instituto ZSL de Zoologia em Londres, que participou do estudo. O artigo científico foi publicado na prestigiada revista Nature.

O proibitivo custo de converter ecossistemas naturais está sendo pago

O cientista afirmou o alto preço da pandemia não foi considerado na decisão de converter ecossistemas naturais: “Você precisa gastar muito mais dinheiro em hospitais e tratamentos”. Outro artigo científico, publicado na revista Science, estima que apenas 2% do preço que estamos pagando atualmente na pandemia evitaria pandemias por dez anos se fosse investido na proteção da natureza.

A culpa é dos animais?

“A pandemia de Covid-19 despertou o mundo para a ameaça que as doenças zoonóticas representam para os seres humanos”, afirmou Richard Ostfeld, do Instituto Cary de Estudos de Ecossistemas, EUA, e Felicia Keesing, da Bard College, EUA, em um comentário ao artigo da Nature.

“Com esse reconhecimento, houve uma ampla percepção errônea de que a natureza selvagem é a maior fonte de doença zoonótica”, afirmaram os pesquisadores. “[Esta pesquisa] oferece uma correção importante: as maiores ameaças zoonóticas surgem onde as áreas naturais foram convertidas em áreas de cultivo, pastagens e áreas urbanas. Os padrões que os pesquisadores detectaram foram impressionantes”.

Morcegos e roedores — animais que carregam muitos patógenos — se reproduzem rapidamente, tem alta adaptabilidade, são diminutos e velozes. Por isso prosperam em áreas naturais devastadas pela atividade humana.

Criaturas de vida curta como o rato marrom, por exemplo, investem em ter muitos filhotes ao invés de sobrevivência e sistema imunológico. Ou seja, animais assim podem ter maior tolerância a doenças do que outros animais.O alto custo de um forte sistema imune

Um elefante pode ter um filhote a cada dois anos; precisa de um forte e adaptável sistema imune para sobreviver ao alto custo de uma longa gestação e baixa natalidade. Enquanto ratos podem ter 13 filhotes a cada 23 dias ou seja, no mesmo tempo que um elefante tem um filhote um rato marrom pode ter 411. Vidas curtas e imunidade fraca pode levar a muitos patógenos sendo carregados no corpo.

O estudo também descobriu que pequenas aves também carregam muitos patógenos e se adaptam bem ao impacto da atividade humana. Elas podem carregar, por exemplo, o vírus chikungunya e vírus do Nilo Ocidental.

Humanos devastaram mais de metade das áreas naturais do planeta. Kate Jones, professora da University College London, que participou do estudo afirmou: “Como se prevê que as áreas agrícolas e urbanas continuem se expandindo nas próximas décadas, devemos fortalecer a vigilância de doenças e oferecer assistência médica nessas áreas que sofrem muitas perturbações, pois eles têm cada vez mais probabilidade de ter animais que podem estar hospedando patógenos prejudiciais”.

Fonte:HScyence - Agosto/2020

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

BEBIDAS ENERGÉTICAS COMO AMEAÇA À SAÚDE

BEBIDAS ENERGÉTICAS COMO AMEAÇA À SAÚDE

BEBIDAS ENERGÉTICAS COMO AMEAÇA À SAÚDE

Os energéticos, como são genericamente chamados, são bebidas que contêm substâncias estimulantes, predominantemente a cafeína. O consumo tem crescido vertiginosamente em todo o mundo nos últimos anos e a sua ingestão, de forma indiscriminada, principalmente por adolescentes e adultos jovens, tem preocupado as autoridades de saúde em vários países. Dezenas de trabalhos científicos têm sido publicados, com resultados que sugerem um efeito potencialmente prejudicial à saúde, parte deles atribuído ao excesso de cafeína.

Em recente encontro da Associação Americana do Coração, foram apresentados resultados de uma análise de trabalhos publicados que avaliavam o possível impacto dos energéticos sobre a saúde. As pesquisas realizadas em indivíduos jovens sadios entre 18 e 45 anos demonstram que as bebidas energéticas podem alterar o ritmo cardíaco e aumentar a pressão arterial.

Considerando que o metabolismo da cafeína é mais lento durante a puberdade devido ao aumento natural do hormônio de crescimento, essa faixa etária estaria mais vulnerável aos efeitos adversos da cafeína, dentre eles dor de cabeça, insônia, náusea e vômito, impaciência e irritabilidade.

Dentre os motivos que levam os jovens a consumir este tipo de bebida estão a estimulação que deixaria o indivíduo mais alerta, a pressão dos amigos e a suposta melhora de desempenho esportivo.

A combinação destas bebidas com álcool tem se tornado frequente entre jovens em festas e bares, o que pode causar problemas adicionais.

O conjunto de evidências científicas até agora conhecidas são suficientes para estimular a estratégia de precaução no consumo deste tipo de bebida e reforçam a necessidade de uma indicação pelos fabricantes de potenciais efeitos adversos, com a finalidade de proteger os consumidores, principalmente os mais jovens.
 

RECOMENDADO PARA VOCÊ
 

HIPERTENSÃO ARTERIAL (Pressão Alta)
HIPERTENSÃO - PREVENÇÃO E TRATAMENTO
INSÔNIA
DOR DE CABEÇA (CEFALÉIA)
ARRITMIAS

Autor: Dr. Gilberto Sanvitto - ABC da Saúde

Referência Bibliográfica

  • *American Heart Association Meeting Report - Abstract #P324 - March 21, 2013
  • *Journal of Public Health Policy advance online publication, 14 March 2013; doi:10.1057/jphp.2013.6
  • *Nutrition Reviews 2013 Mar;71(3):135-48. doi: 10.1111/nure.1200
  • *Paediatric Child Health. 2012 February; 17(2): 101

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Os herdeiros têm que pagar as dívidas do falecido?

Os herdeiros têm que pagar as dívidas do falecido?


Anne Lacerda de Brito, Advogado
Publicado por Anne Lacerda de Brito


Uma dúvida muito comum no inventário diz respeito às dívidas deixadas por quem falece. Vário (a) s esposo (a) s e filho (a) s têm medo de precisar dinheiro do próprio patrimônio para quitar as dívidas feitas por quem faleceu. Afinal, posso herdar uma dívida? Tenho que pagar a dívida deixada por meu pai?Esclarecemos abaixo 3 pontos sobre o tema:

1) As dívidas são pagas com o patrimônio do falecido (espólio)

Quando uma pessoa falece, seu patrimônio apenas pode ser disponibilizado a terceiros (inclusive os herdeiros) após o procedimento de inventário e partilha. Através dele será apurado o que foi deixado de positivo e de negativo. Quem arca com o negativo é justamente o que houver de positivo. E apenas se sobrar alguma coisa é que haverá transmissão aos herdeiros. Logo, se há um empréstimo de 50 mil reais e um carro quitado de 30 mil, o carro será utilizado para o pagamento da dívida. Se não há mais bens para fazer frente ao empréstimo, ele não será transferido aos herdeiros e esses 20 mil restantes serão assumidos como prejuízo pelo credor (pessoa que tem valor a receber). Se o carro valesse 60 mil, o débito seria pago e os 10 mil restantes divididos entre os herdeiros. (divisão grosseira, pois, deve também ser incluído impostos e despesas processuais)

2) Atenção: credor pode abrir o inventário!

Se sabendo da informação de que os bens do inventário serão utilizados para pagar as dívidas, os herdeiros decidem não iniciar o procedimento, usufruindo informalmente do que for possível, é preciso cuidado: a lei possibilita que os credores realizem a abertura do inventário, buscando o pagamento de seus créditos (art. 616, VI, Código de Processo Civil). Inclusive essa possibilidade se estende não só aos credores do falecido, mas do próprio herdeiro (que poderia evitar a abertura e transferência do patrimônio, mantendo-se, assim, teoricamente sem crédito para quitar sua obrigação).

3) E se o credor só descobre que a pessoa morreu após a partilha de bens?

Se a pessoa que tem um valor a receber só descobre que a pessoa faleceu e tinha patrimônio para lhe pagar após os herdeiros terem partilhado os bens, ele poderá cobrar desses herdeiros – com o detalhe que eles só responderão pela dívida no limite do que receberam (art. 597, Código de Processo Civil).

Utilizando o mesmo exemplo de antes, vamos imaginar uma dívida de 50 mil e um carro quitado de 30 mil. Adicionamos três herdeiros. Como eles ignoravam a dívida, só partilharam o valor do carro, ficando cada um com 10 mil reais. O credor poderá cobrar dos herdeiros o valor proporcional ao que eles receberam, não a dívida completa. Ou seja, ainda que um deles seja milionário e tenha condições financeiras para quitar a dívida completa, só terá obrigação de arcar com o valor proporcional ao que recebeu de herança do devedor.

Para mais postagens sobre inventário, veja:

Anne Lacerda de Brito, Advogado
advogada sócia do Brito & Simonelli Advocacia e Consultoria.
Advogada-sócia do Brito & Simonelli Advocacia e Consultoria, localizado em Vitória/ES (www.britoesimonelli.com.br). Atuação em Direito Civil, sobretudo Sucessões e Família. Mestre em Processo Civil na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Professora de Pós-Graduação de Família e Sucessões na FDV e na Unesc. MBA em Direito Civil e Processual Civil pela FGV. Bacharel pela FDV. Autora de artigos jurídicos. E-mail: anne@britoesimonelli.com.br

sábado, 1 de agosto de 2020

9 vacinas que os adultos precisam tomar

9 vacinas que os adultos precisam tomar

Você acha que vacina é coisa de criança? Nada disso! Existem várias vacinas que adultos precisam tomar para evitar doenças graves. Saiba quais são!

Se você morria de medo de tomar vacina e fazia a maior choradeira mesmo para tomar uma gotinha, você deve ter ficado muito feliz com a chegada da vida adulta e o fim dessa obrigação. Mas será que isso acabou mesmo? Na verdade, existem algumas vacinas que adultos precisam tomar também.

Isso acontece porque nem todas as vacinas que tomamos quando crianças conseguem nos proteger durante toda a vida, sendo necessário fazer um reforço alguns anos depois. Conheça as principais vacinas que os adultos precisam tomar:

1. Vacina tríplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche do tipo adulto


Uma das vacinas que costumamos tomar na infância é a vacina tríplice bacteriana, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche.

Depois, na adolescência e na vida adulta, é necessário fazer um reforço para a difteria e o tétano a cada 10 anos (vacina dupla), e um reforço para a coqueluche a cada 20 anos (vacina tríplice). A vacina dupla está disponível gratuitamente pela rede pública de saúde, enquanto a tríplice pode ser adquirida na rede privada.

2. Vacina da hepatite B


Essa vacina está no programa de imunização infantil e é feita em três doses no primeiro ano de vida. Para crianças mais velhas, adolescentes e adultos que não foram imunizados, recomenda-se aplicar as três doses com intervalos de um mês e cinco meses.

A vacina da hepatite B é especialmente recomendada para gestantes que não foram vacinadas na infância, para pacientes hemofílicos, para pessoas com comportamento sexual de risco (muitos parceiros e sem proteção) e para profissionais de saúde que podem ter contato com secreções e líquidos humanos.

3. Vacina contra a pneumonia


A pneumonia é uma doença que pode atingir pessoas de todas as idades, mas é mais perigosa para crianças pequenas e adultos a partir dos 60 anos. A rede pública disponibiliza essa vacina para as crianças em seu calendário de vacinação, mas seu efeito é reduzido depois de algumas décadas.

Por isso, pessoas acima dos 60 anos ou que estejam no grupo de risco podem fazer um reforço da vacina contra a pneumonia gratuitamente, mediante requisição médica. Também é possível fazer o reforço a qualquer momento nos centros privados.

Essa imunização é indicada principalmente para idosos que vivem em casas de repouso e para pessoas com o vírus HIV, transplantadas, diabéticas e que fazem tratamento com imunossupressores.

4. Vacina da febre amarela


A vacina da febre amarela é indicada para pessoas de 6 meses a 60 anos que moram ou que vão viajar para regiões de risco dessa doença (maiores de 60 anos podem tomar a vacina se tiverem boas condições de saúde).

Uma pessoa era considerada imunizada se tivesse tomado duas doses da vacina, com um intervalo de 10 anos entre elas. Para os viajantes que não recebiam as duas doses, a recomendação era tomar a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem, de forma que o organismo tenha tempo de desenvolver anticorpos contra o vírus.

Contudo, vale lembrar que a OMS, em 2013, anunciou que a partir deste ano uma única dose garante imunidade para a vida toda e não será necessário mais se vacinar a cada 10 anos, como era feito antigamente.

Além disso, a vacina contra a febre amarela é exigência para a entrada em vários países, como Austrália, Bahamas (via aérea), Costa Rica, República Dominicana e países da África e da Ásia. Nesses casos, é obrigatória a apresentação do certificado internacional de vacinação.

5. Vacina da gripe


O vírus causador da gripe apresenta uma alta capacidade de mutação. Por causa disso, a vacina é constantemente modificada, de forma a combater as novas formas do vírus, e é preciso tomar uma nova dose a cada ano para se manter protegido.

As campanhas de vacinação contra a gripe na rede pública costumam oferecer a vacina para crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias e pessoas com mais de 60 anos. Em 2017, foram incluídos também professores, trabalhadores do sistema prisional e prisioneiros. As demais pessoas podem adquirir a vacina em clínicas privadas.

6. Vacina contra o HPV


A vacina quadrivalente contra o HPV, ou papiloma vírus humano, também é uma forma de proteção contra verrugas genitais em homens e mulheres, câncer de colo do útero, câncer de pênis e câncer de ânus.

Na rede pública, essa vacina está disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos e para pessoas de 9 até 26 anos com HIV ou AIDS, que tenham feito transplantes ou estejam em tratamento contra o câncer.

Nas clínicas particulares, são disponibilizadas a vacina quadrivalente para meninas e mulheres de 9 a 45 anos e a vacina bivalente (com proteção um pouco menor) para pessoas do sexo feminino a partir de 9 anos, sem limite de idade. A vacina quadrivalente também está disponível para meninos e homens de 9 a 26 anos.

7. Vacina contra herpes-zóster (cobreiro)


Qualquer pessoa que teve catapora na infância pode desenvolver o herpes-zóster ou cobreiro, que causa dores muito fortes durante três semanas a seis meses.

Isso acontece porque, mesmo depois da cura, o vírus pode ficar “escondido” em algumas células sem fazer nada por muitos anos, até que a pessoa tenha uma queda na resistência e o vírus resolva despertar.

Como o tempo de incubação do vírus é longo, mais de 60% dos casos da doença acontecem em pessoas com mais de 50 anos, por isso a vacina é indicada a partir dessa idade.

8. Vacina tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola


Geralmente, tomamos duas doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, a partir do primeiro ano de vida.

Caso você não tenha tomado as duas doses ou não tenha certeza sobre a sua imunização, saiba que as unidades básicas de saúde fornecem gratuitamente duas doses para pessoas entre 12 e 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 49 anos. Nas clínicas privadas, é possível adquirir a vacina tríplice viral em crianças e adultos de qualquer idade.

Como a rubéola é muito perigosa para o feto quando uma gestante é acometida pela doença, é importante que mulheres que pretendem engravidar verifiquem se realmente tomaram a vacina na infância. É aconselhável aguardar três meses entre a aplicação da dose e a gestação.

9. Vacina da dengue


A vacina da dengue é indicada para pessoas de 9 a 45 anos de idade que vivem em regiões endêmicas dessa doença. As campanhas de vacinação variam conforme as características de cada localidade, por isso nem todas as cidades oferecem essa vacina pela rede pública.

Sempre consulte seu médico

Fonte:medprev.on.linne.com.br