sábado, 31 de janeiro de 2015

Em discussão, a mobilidade urbana


A GEOGRAFIA E A CIDADE

Em discussão, a mobilidade urbana

Refletindo sobre os trajetos do cotidiano, a classe conhece esse desafio da atualidade

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André Bernardo
Nova Escola - 11/2014
Ilustração: Reprodução/Joyce Machado Silva
O debate sobre mobilidade está na ordem do dia em muitas cidades brasileiras de médio e grande portes. "A organização desses centros urbanos, que privilegia o transporte individual em detrimento do coletivo, representa um risco à vida em sociedade", diz Jaime Oliva, autor de materiais didáticos e de doutorado sobre o tema. Em Petrópolis, a 68 quilômetros do Rio de Janeiro, a situação não é diferente. Por isso, o assunto virou objeto do trabalho da professora Dayana Francisco Leopoldo, da EE Princesa Isabel, com as turmas do 5º e 6º anos.

Na primeira das quatro aulas em que discute o papel do automóvel na estruturação da vida na cidade, ela convidou os estudantes a descrever como é o trânsito em Petrópolis. Na sequência, perguntou o que achavam do transporte coletivo que era oferecido à população. A maioria anda de ônibus, com um passe fornecido pelo estado, e perde tempo no trânsito, cada vez mais estressante. A avaliação da garotada foi negativa. A demora e o fato de os coletivos estarem sempre cheios foram lembrados.

Na etapa seguinte, a docente discutiu alguns conceitos. Inicialmente, ela comentou como a industrialização interfere no processo de formação dos núcleos urbanos. Depois, houve uma conversa sobre o conceito de cidade: "O que é? O que faz determinada localização ser definida como tal? Quais elementos a formam? Quais são os fatores que a levam a crescer ou não?". A urbanização veio na sequência. Dayana disse que ela está diretamente relacionada ao crescimento urbano, pela expansão da indústria ou pelo aumento da população (muitas vezes, vinda do campo), atraída por esse aspecto.

Para amarrar todos esses conteúdos, a professora lembrou brevemente da história do rodoviarismo brasileiro, comentando que a maior parte dos bens produzidos no país circula pelas rodovias por meio do transporte de cargas, o que desestimula o uso de alternativas e o investimento nelas. Nesse momento, ela apresentou versões adaptadas de textos informativos, extraídos de fontes confiáveis da internet (um exemplo está disponível em abr.ai/rodoviarismo).

Com os maiores, essa discussão e a leitura podem ocorrer de modo mais aprofundado. "Sob o argumento de integrar o território brasileiro, o governo - principalmente a partir da gestão de Juscelino Kubitschek (1902-1976), que implantou a indústria automobilística - deu preferência aos pneus no lugar dos trilhos em todas as esferas. Isso impactou também o transporte coletivo. Até então, o meio mais usado era o bonde", diz Sueli Furlan, docente da Universidade de São Paulo (USP).

Na aula seguinte, Dayana recorreu a vídeos como A Evolução dos Transportes, da ONG Mobilize Brasil (abr.ai/evolucao); Mobilidade e Transporte, da TV Globo (abr.ai/transporte); O Desafio da Mobilidade Urbana no Brasil, da TV Senado (abr.ai/mobilidade); e uma reportagem da imprensa local sobre o trânsito no município (abr.ai/reportagem). Todos os materiais foram debatidos. Outra referência interessante é o documentário Entre Rios (abr.ai/entrerios), que mostra o processo de urbanização de São Paulo, que, com seu Plano de Avenidas, concebido pelo então prefeito Francisco Prestes Maia (1896-1965), influenciou outras cidades do país.

COLETIVO VERSUS INDIVIDUAL
Na sequência, Dayana falou sobre os meios de transporte em geral, inclusive aqueles com os quais seus alunos não estão muito familiarizados, como trens, barcos e metrô. O carro e o ônibus polarizaram as discussões, por serem os mais usados em Petrópolis. Todos reconheceram que o primeiro traz conforto, rapidez e segurança, mas provoca barulho, fumaça e engarrafamento. O segundo foi alvo de muitas dúvidas. "Por que tem mais linhas em um bairro do que no outro?", perguntaram uns. "Se é público, por que temos de pagar passagem?", questionaram outros. "Expliquei que um transporte público gratuito e de qualidade é possível, sim. Seria uma forma justa de retribuir economicamente à sociedade, que depende desse meio. Temos exemplos de cidades que adotaram o passe livre e nem por isso a qualidade diminuiu", conta a docente.

Tão importante quanto ressaltar a contribuição do automóvel na estruturação da vida nas cidades médias e grandes é falar do esgotamento desse modelo. Para tanto, Dayana chamou a atenção para a existência de outros meios menos poluentes, como a bicicleta, e para a necessidade de pensar em soluções tecnológicas inovadoras, como a implantação de trens mais velozes. Também é possível discutir a valorização de atitudes coletivas. "Se, em vez de decidirem comprar carros, pensando só nelas mesmas, as pessoas considerassem o restante da população, poderiam não adquiri-los, pressionando a indústria automobilística a rever suas estratégias", argumenta Sueli.

Na terceira aula, Dayana pediu que os alunos desenhassem numa folha A4 o mapa do lugar onde vivem: a casa, a escola, o clube, a praça, a igreja, o shopping etc. Em seguida, orientou que identificassem o trajeto que fazem todos os dias e calculassem também o tempo que gastam nesse percurso. Na quarta e última aula, todos foram convidados a expor e a comentar seus trabalhos. "Embora muitos morem no mesmo bairro, as produções deles são completamente diferentes. Cada um valoriza aquilo que chama mais a atenção", explica a professora. O objetivo da atividade, segundo ela, foi mostrar as várias visões que podemos ter, ainda que estejamos todos inseridos no mesmo espaço urbano.

Comentários como "O seu está mais bonito!", "Você desenha bem!", "Essa rua não existe!" dividiram o foco com outros, que destacaram as diferentes dimensões e formas de alguns elementos de cada mapa. A socialização também fomentou uma nova discussão sobre a mobilidade na cidade.

Houve até quem aproveitasse para rever o trajeto diário. Larissa Pacheco Pereira, 13 anos, por exemplo, concluiu que tomar um só ônibus era suficiente para ir de casa à escola depois de trocar impressões com a docente e os colegas (antes, ela tomava dois). "Hoje, chego mais cedo do que antes. O tempo que perdia, cerca de meia hora, eu ganho estudando para a prova", explica a jovem. Colega de classe de Larissa, Vitor Gabriel Pecoraro, 12 anos, tirou outra importante lição: "Nem sempre o caminho que você está acostumado a fazer é o mais rápido. É possível cortar pelas transversais", ensina, orgulhoso.

Para finalizar, a professora separou a turma em dois grupos e propôs uma espécie de fórum sobre a mobilidade. A garotada foi dividida entre os que eram a favor e os que eram contra o uso do transporte individual nas grandes cidades. Independentemente dessa discussão, todos foram unânimes ao afirmar que a qualidade dos ônibus deixa a desejar. Se o transporte público fosse bom, com tarifas mais baixas e itinerários mais longos, não haveria tanta gente utilizando meios individuais. "A conclusão a que chegamos é de que é possível viver sem carro, sim. Mas, para que isso aconteça, o transporte coletivo, seja ele qual for, precisa melhorar muito. Caso contrário, a busca pelo individual vai se tornar cada vez mais tentadora para a população", avalia Dayana.
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Como os lobos podem ajudar a salvar um ecossistema

Como os lobos podem ajudar a salvar um ecossistema

Publicado em 12.05.2014
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Parece que ninguém gosta muito dos predadores de topo: as pessoas geralmente têm medo de tubarões e não ligam se eles são mortos; os grandes felinos, como leopardos e tigres, são caçados por suas peles e bigodes; os leões viram fantoches de dominadores em circos, e assim por diante.
Mas você sabe o que acontece quando eliminamos um predador de topo? O delicado equilíbrio que existe em quase todos os ecossistemas é perturbado, e os próximos organismos da cadeia alimentar se proliferam sem controle. Com uma população em expansão, todos os organismos abaixo deles sofrem.
Enquanto os cientistas têm apontado os efeitos negativos da queda ou perda de um predador de topo por muitos anos, não é muito frequente que podemos observar o oposto e ver um predador recuperar território e restaurar a ordem em um habitat.
Mas foi isso que aconteceu no Parque Nacional de Yellowstone (EUA), quando lobos cinzentos foram colocados de volta no ambiente há quase 20 anos.
Os lobos não somente abateram a população crescente de alces do parque, como ajudaram a reestruturar onde os animais viviam. Isto permitiu que espécies de animais e plantas que estavam sofrendo pudessem voltar a florescer.

O predador que ataca é o que também defende

A partir do século XX, as pessoas conseguiram erradicar os lobos de Yellowstone. Na ausência dos predadores, alces e veados invadiram as terras selvagens remanescentes, desnudando árvores ribeirinhas e arbustos e acelerando a erosão e degradação do habitat das aves e peixes adaptados ao antigo ambiente.
Em 1995 e 1996, o Fish and Wildlife Service (órgão dos EUA dedicado a preservar a vida selvagem) capturou lobos no Canadá e lançou-os de volta nos 2,2 milhões de hectares do Parque Nacional de Yellowstone e nas áreas de deserto de Idaho.
Com isso, os alces reaprenderam a ter cautela enquanto percorriam o campo aberto. Esta “paisagem do medo” mudou seu comportamento. Em cantos do parque frequentados por lobos, álamos e salgueiros começaram a se recuperar.
Com a volta das árvores, vieram castores, pássaros, rãs e peixes. O parque ainda enfrenta muitas dificuldades, mas o retorno dos predadores de topo tem, sem dúvida, ajudado a melhorar seu ecossistema.
A história do lobo em Yellowstone tornou-se um estudo de caso ecológico, uma manifestação terrestre do conceito de espécie-chave de Robert Paine.

Mortes equilibradas

Ao longo de 2008, os agentes do Fish and Wildlife Service confirmaram 569 mortes de gado e de ovelhas feitas por lobos no oeste do país. Isso totalizou menos de 1% das mortes de gado na região. No mesmo ano, 264 lobos foram mortos por atacar o gado nos estados de Montana, Idaho, e Wyoming. Esse é um número grande, mas foi tirado de uma população de lobos que agora cresceu para cerca de 1.600, vagando pela região em mais de 200 matilhas.
Amantes da vida selvagem e turistas não poderiam estar mais felizes. Somente em Yellowstone, dezenas de milhares de pessoas fazem visitas para ver os lobos a cada ano, somando cerca de US$ 35 milhões (mais de R$ 70 mi) para a economia da região.
Enquanto isso, cientistas estão documentando mudanças ecológicas ligadas a devolução deste predador de topo que podem conter o potencial para reparar terras selvagens desequilibradas, tornando-as mais estáveis e biologicamente diversificadas.
Um mar de rosas, não?

Dúvidas

O sucesso da história tem alimentado mais pesquisas sobre este sistema complexo, que revelaram que ele é mais complicado que parece.
Os lobos não são a única influência sobre os alces. Seca, ursos e caçadores, além do desenvolvimento do parque, também influenciam seus números.
Não estamos dizendo que os lobos têm que ser extintos e que não servem para nada. Eles certamente ajudaram a equilibrar o ambiente de Yellowstone, mas muitos outros fatores podem estar envolvidos.
Matthew Kauffman, do Wyoming Cooperative Fish and Wildlife Research Unit, desafiou a história de recuperação de árvores no ambiente em 2010, com uma pesquisa mostrando que os padrões de crescimento das plantas não correspondem aos períodos de desaparecimento e retorno dos lobos.
Além disso, pesquisadores descobriram que os arbustos de salgueiro não estão se recuperando tão bem na área. Os que estão, inclusive, podem ter se desenvolvido graças a proteção conferida pela água alta das represas feitas por castores.
No geral, os cientistas acreditam que a perda original dos lobos não é tão facilmente revertida assim.
Ambientalistas questionam essa “história de sucesso”, argumentando que ela apenas substituiu a lenda do lobo mau com outro mito, em detrimento da ciência.
“Sabemos agora que alces são mais resistentes e que Yellowstone é mais complexo do que lhes deram créditos. Ao focar nesta história sobre os lobos de Yellowstone, desviamos a atenção de problemas maiores, enganamo-nos sobre os verdadeiros desafios da gestão de ecossistemas, e adicionamos mais mitologia em torno dos lobos, em detrimento da compreensão científica”, adverte Arthur Middleton, ex-aluno de pós-graduação no laboratório de Kauffman, em Wyoming Cooperative Fish and Wildlife Research Unit. [IFLScience, NatGeo, ESA]

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

5 dicas para perder a timidez

5 dicas para perder a timidez

Publicado em 25.03.2014
Introverts
Os introvertidos às vezes têm dificuldade em se expressar e interagir. No entanto, eles podem dominar linguagem corporal e comportamento não verbal para fortalecer suas interações sociais e ganhar confiança. Apenas estar atento e se mostrar mais aberto já pode ajudá-lo a se relacionar, ter melhores conexões e perder a timidez. Confira:

1. Tenha posturas confiantes

A linguagem corporal não é apenas sobre aparência física, é também sobre o que vem de dentro, sobre como você se sente. Um estudo da Universidade Harvard (EUA) descobriu que ficar em pé em “poses poderosas” (poses que demonstram confiança) por cinco minutos pode aumentar seu nível de testosterona, hormônio que te dá poder, e diminuir o cortisol, o hormônio do estresse. Então, mudar sua postura não só ajudará as outras pessoas a te verem como mais poderoso e confiante, mas também fará você se sentir mais forte e confiante.

2. Ocupe espaço

Um dos conceitos básicos das “posturas poderosas” é ocupar mais espaço no seu ambiente. Isso ajuda você a reivindicar território e afirmar a sua confiança. Então, ao invés de cruzar as pernas ou se aconchegar em seus ombros e cabeça, tente ser expansivo. Mantenha sua cabeça erguida, deixe os ombros soltos, não se encolha em sua cadeira e caminhe com passos largos.

3. Não cruze os braços

Poses de baixo poder diminuem seus níveis de testosterona e aumentam o cortisol. Portanto, evite cruzar os braços e as pernas. Mantenha o tronco bem aberto para as pessoas ao seu redor. Isso mostra que você é acessível, e te dá uma atitude mais aberta.

4. Não cheque seu telefone quando você está nervoso

Os introvertidos tendem a verificar o seu telefone quando estão nervosos ou ansiosos, mas isso os distancia e os coloca em uma linguagem corporal de baixo poder. Portanto, evite pegar no celular a toda hora; ao invés disso, procure relaxar e ser expansivo.

5. Acene

O aceno triplo é uma sugestão não verbal para alguém continuar a falar. Se você é introvertido e não muito fã de puxar conversas, incentive a pessoa com quem está falando a continuar falando. Quando ela fizer uma pausa, acene com a cabeça três vezes em sucessão rápida, e muitas vezes ela vai continuar. Se não, você pode pegar de onde a conversa parou, mas esta é uma ótima maneira de mostrar engajamento e alongar uma discussão. [HuffingtonPost]
tem 25 anos, é jornalista, apaixonada por esportes, livros de suspense, séries de todos os tipos e doces de todos os gostos.

Como chamar a atenção e conquistar seu cliente

Como chamar a atenção e conquistar seu cliente
30/01/2015 - Você já ouviu a expressão “Conteúdo é rei”? É um mantra repetido incansavelmente quando se fala de qualquer tipo de mídia online. Não é à toa. Afinal, essa expressão é muito verdadeira. Porém, no mundo de hoje, precisamos de mais Contexto.

Luan Muniz*, do Startupi

Um dos principais fatores que influenciam o sucesso de um negócio é o marketing. Embora os mecanismos de marketing tenham evoluído bastante até o que temos, muitos aspectos continuam os mesmos de 20 anos atrás. Funcionava assim: você pagava por um anúncio bem grande, na cara do cliente em potencial (fosse por TV, rádio, outdoor, etc.) e brigava pela atenção dele em um espaço que abrigava todos os seguimentos.

Apesar de vivermos uma transformação na maneira como se faz marketing, o objetivo continua o mesmo, ainda indispensável: Atrair a atenção do seu cliente!

Aqui cabe uma curiosidade: você sabia que atualmente a cada 48 horas é produzida uma quantidade de conteúdo, em volume, equivalente a tudo que havia sido produzido desde o início da humanidade até o ano de 2003?

Hoje em dia seu usuário precisa se importar com você, com o que você fala e com o que você expõe. Você precisa fazer parte da vida e do contexto daquele usuário para que seu conteúdo se destaque no meio de todo esse volume.

O usuário está mais do que nunca inundado por propagandas e campanhas, muitas vezes incômodas. Veja aqueles anúncios no início dos vídeos do YouTube: quantos de nós simplesmente pulam aqueles anúncios e, com 10 segundos de vídeo, sequer lembramos do que se tratava?

Vivemos em uma época na qual o usuário tem voz e reação perante o mundo das campanhas. Cada vez mais, o usuário influencia quem serão seus próximos clientes.

Para não ficar para trás ou se perder dentre as milhões de campanhas, fique atento a alguns fatores.

Saiba o que seu usuário faz, o que ele gosta!

Pegue aquele usuário que comprou na sua loja uma vez, ache ele no Facebook, no Twitter, em todos os lugares, veja aquele comentário intenso sobre como o time dele ganhou sobre o rival e mande uma camisa da time para ele como presente pela primeira compra na sua loja.

Ele nunca se esquecerá da compra que fez na sua loja. Na próxima vez em que considerar comprar algo que talvez você venda, sua loja será a primeira a passar pela mente dele.

Digo mais ainda. Certamente ele ficará imensamente feliz em recomendar seu negócio, e aquele presente de 100 reais que você achava caro demais para enviar a um usuário que gastou 20 reais, vai se transformando em múltiplas vezes esse valor, em vendas indiretas.

Você gera valor para o seu usuário?

Isso mesmo! Vou repetir a pergunta. Você gera valor para o seu usuário? Pode parecer bobagem, mas os usuários hoje estão acostumados a distinguir aquilo não acrescenta nada a eles. Não é por acaso que branding é a pauta da vez: as pessoas tendem a prestar mais atenção se confiam em você.

Tente gerar um conteúdo que agregue valor ao seu usuário. Assim, quando quiser que ele te dê retorno, na mente dele sempre haverá uma voz dizendo: “Poxa, ele já me ajudou tanto, o que ele fala realmente faz sentido, isso aí que ele está vendendo pode ser bom.” Esse voto de confiança é o motivo pelo qual os influenciadores são tão procurados pelas grandes marcas e têm papel tão importante no marketing atual.

Saia um pouco do modo de venda! Seja mais humano

Não pode comprar um presente? Simples, ligue para o seu usuário para agradecer pela compra. Isso mesmo. Ligue para ele e siga o seguinte diálogo:

— Alô? Fulano? Aqui é da loja ABC, estamos ligando para agradecer pela compra que você fez na nossa loja. Obrigado.

E é isso, não tente vender nada, apenas agradeça. A maioria dos usuários vai responder com cinismo, vai pensar “Lá vem ele tentando me vender mais alguma coisa”, afinal, é isso que todos fazem. Mas quando a ligação terminar e o usuário constatar que não houve nenhum motivo além do agradecimento, todo esse cinismo vai embora e no lugar entra o sentimento de surpresa e humildade, um grande “Caramba, por essa eu não esperava”. E isso é aquela atenção que buscamos desde o início.

Adotando este tipo de estratégia, você recebe muito mais do que a atenção do seu usuário. Ele se tornará fiel à sua loja e a recomendará. Esse tipo de comportamento funciona para todos os pontos do seu funil.

Conclusão

Seja mais humano, interaja de forma mais íntima com o seu usuário. A humanização do relacionamento loja-usuário não é só uma tendência, é uma evolução do atendimento ao cliente e traz benefícios para ambos os lados. O usuário quer se sentir valorizado e respeitado por ter escolhido sua loja/produto, dentre tantas opções.

Dê ao usuário uma experiência diferenciada e ele se tornará sua mais eficiente ferramenta de marketing. Afinal, ainda não inventaram nada mais eficiente que a boa e velha recomendação. O que você pretende fazer para deixar sua empresa mais humana?

*Artigo por Luan Muniz, Co-fundador da Zimp

Direito, poder e formação: Como se produz um jurista em alguns lugares do mundo? (Parte 1)

Direito, poder e formação: Como se produz um jurista em alguns lugares do mundo? (Parte 1)
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 10:55 hs.
30/01/2015 - Por Otavio Luiz Rodrigues Junior

A primitiva Sorbonne, correspondente hoje às Universidades de Paris I (Panthéon-Sorbonne), III (Sorbonne-Nouvelle), IV (Paris-Sorbonne) e V (Paris Descartes), deve sua origem a um alojamento para estudantes pobres, que foi criado no século XIII por Roberto de Sorbon (1201-1247), um capelão e confessor de Luís IX, rei de França. Sorbon é uma comuna francesa nas Ardenas, no nordeste francês, onde nasceu Roberto, filho de humildes camponeses. Em homenagem ao benfeitor Roberto, nascia, então, na Maison de Sorbonne, o Collège de Sorbonne, que viria a se transformar em um símbolo internacional de ensino superior e que teve alunos como o Armand, Cardeal de Richelieu, e o papa Clemente VI.

A Ivy League compreende as oito universidades mais antigas dos Estados Unidos. Esse nome — Liga de Hera — provavelmente deve-se às trepadeiras (hera) que recobrem os prédios históricos dessas escolas da costa leste norte-americana. À exceção de Cornell, localizada em Nova York, as outras sete instituições foram criadas no período colonial. Essa circunstância é importante para se recordar seus nomes originais, todos com forte sabor britânico ou latino, como a Universidade de Colúmbia, antigo King’s College; a Universidade Brown, que nasceu como College of Rhode Island, ou a Universidade Yale, originalmente criada em 1701 como Collegiate School.

A troca dos nomes de algumas dessas universidades não ocorreu por mero efeito da independência das treze colônias e o natural abandono de símbolos do poder metropolitano nos Estados Unidos.

A Universidade Yale ganhou seu nome em honra de Elihu Yale (1649-1721), nascido em Boston, governador da Companhia das Índias Orientais, posteriormente afastado do cargo por denúncias de corrupção, que fez uma vultosa doação ao antigo Collegiate School. Em reconhecimento, mudaram o nome da sede do college para Yale. Com o tempo, Yale passou a denominar toda a universidade.

A arquirrival de Yale é a Universidade Harvard, fundada em 1636 pela assembleia de representantes coloniais de Massachusetts sob o nome de New College. O londrino John Harvard (1607-1638) migrou para a Nova Inglaterra e, antes de morrer, deixou em testamento metade de seu patrimônio e 400 volumes de sua biblioteca particular para o New College, que mudou seu nome para Harvard College em 1639, de modo a homenagear seu benfeitor.

O que lhes parece uma universidade que teve em seus quadros de alunos e professores o Prêmio Nobel Thomas Mann, o papa Bento XVI, o físico Max Planck, o sociólogo Max Weber, o dramaturgo Bertolt Brecht, o chanceler Konrad Adenauer e os jovens heróis da resistência antinazista Sophie e Hans Scholl? É de fato impressionante. Trata-se da Universidade de Munique -Ludwig-Maximilian (LMU) , uma das mais antigas e melhores da Alemanha.

Poder-se-ia continuar a fazer o inventário ou a narrativa histórica de várias outras universidades, como as antiquíssimas instituições fundadas em Bolonha (1088), Coimbra (1290), Viena (1365) ou a Universidade de São Marcos, a mais antiga das Américas, fundada em Lima, no ano de 1551, pelo então Vice-Rei do Peru, a mando dos reis de Espanha.

No Brasil, a despeito de existirem instituições de ensino superior nos séculos XVIII e XIX, como a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, de 1792, a Escola de Cirurgia da Bahia (1808) e as Faculdades de Direito de Olinda e São Paulo (1827), apenas no século XX é que surgiram as primeiras universidades.

No ano de 1912, surgiu a Universidade do Paraná, de caráter estadual, sucedida pela Universidade Federal do Paraná.

A primeira universidade “nacional”, criada pela União, só nasceria em 1920. Trata-se da Universidade do Rio de Janeiro, posteriormente denominada de Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro) e existe uma “tradição inventada”, segundo Maria de Lourdes de A. Fávero, de que sua criação deveu-se à necessidade de se outorgar um doutorado honorário ao Alberto, rei dos belgas, em visita ao Brasil, acompanhado de sua esposa Elizabeth. A visita de Alberto, rei-soldado e herói da resistência contra os alemães na Primeira Guerra Mundial, teria sido a causa da apressada criação de uma universidade nacional no Brasil.[1]

Em todas essas instituições universitárias, por razões históricas que não cabem neste restrito espaço, os cursos das chamadas “humanidades” ocupam posição de preeminência cronológica e, por muitos séculos, foram as mais importantes. O avanço do denominado “conhecimento científico”, que se delineou fortemente nos séculos XVIII e XIX, retirou-lhes a primazia, embora não a precedência. As ditas Ciências Exatas e as Ciências Biológicas obtiveram uma consagração de tal ordem que são raras as universidades, os comitês de pesquisa, as agências de fomento e as fundações de amparo à investigação científica que não são controladas ou lideradas por docentes e pesquisadores da Física, da Matemática, da Medicina (uma quase intrusa nesse meio, porque ainda conserva enormes espaço à ciência aplicada) e das Engenharias. A esse respeito, lembro-me de um diálogo com um amigo, pesquisador do Instituto Max-Planck de Hamburgo, que me relatou o desconforto eventualmente experimentado pelos juristas quando algum físico se espantava com o orçamento dedicado à pesquisa jurídica pela Sociedade Max-Planck. O conhecimento produzido nos institutos dedicados ao Direito, segundo o físico, não seria científico e isso subtraia recursos essenciais para as áreas verdadeiramente geradoras de saberes aplicáveis à melhoria das condições de vida. Ao ouvir aquilo, de modo quase espontâneo, retruquei: “E ele parece desconhecer que nós garantimos a liberdade para que os físicos, matemáticos e biólogos possam pesquisar?”

Independentemente da diminuição do prestígio e da relevância das faculdades de Direito no concerto das instituições universitárias, algo que se não pode afirmar seja “contemporâneo”, ninguém lhes pode retirar o caráter fundador da universidade, ao lado da Teologia, da Filosofia, das Letras e da Pedagogia, ainda que denominadas de modo diferente em suas origens. Tal precedência ainda se revela na circunstância de que boa parte das instituições citadas nesta coluna tiveram seu núcleo formador nas faculdades de Direito. No Brasil, isso é mais do que verdadeiro, ao exemplo da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal de Pernambuco ou da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Mais do que reivindicar um “regime de capitulações especiais”, para se lembrar metaforicamente da legislação do Império Otomano de imunidade judiciária dos súditos estrangeiros, as Faculdades de Direito aparentemente recuperaram, ao menos nos últimos 30 anos, um nível de prestígio social e político há muito desaparecido. É bom fazer um excurso para melhor esclarecer esse ponto, que pode ser examinado sob dois aspectos.

Vamos ao primeiro aspecto. O Brasil — e isso ainda está por ser melhor estudado — deve muito de sua extensão geográfica e de sua estrutura de acomodação de conflitos às tradições do velho Império Austro-Húngaro, homenageado de modo extremamente sensível pelo filme Grande Hotel Budapeste, de Wes Anderson. A influência da imperatriz D. Leopoldina é maior do que se supõe e ela ficou marcada em seu filho, D. Pedro II. O Direito, a Diplomacia e as Forças Armadas foram os pontos de sustentação da unidade nacional e da difícil travessia do jovem império no século XIX. A importância do Direito, visto isoladamente, foi tamanha que se criou uma expressão para caracterizá-la (e criticá-la), o dito bacharelismo, que sobreviveu até a Revolução de 1930, a qual, até para o contrapor, adotou a estética modernizante da técnica. Se olharmos para a Índia, país com mais advogados do que os Estados Unidos, o Paquistão, onde os advogados são uma incômoda e respeitada elite intelectual, a África do Sul, a Turquia e mesmo Portugal, nossa pátria-mãe, exemplos de nações pós-coloniais ou pós-imperiais, encontraremos idêntica primazia do Direito.

O segundo aspecto, que é mais recente, deve-se à perda do papel de elemento arbitrador de conflitos políticos pelas Forças Armadas. O Brasil presta-se aqui também como exemplo desse processo. Após 1988, embora não imediatamente, o protagonismo do Supremo Tribunal Federal e, por consequência, do Poder Judiciário, cresceu na exata medida em que os militares saíram de modo ostensivo da função de moderação dos embates entre as forças políticas. A respeito dessa leitura, sugere-se a consulta ao texto do ministro José Antonio Dias Toffoli em Notas jurídico-históricas sobre os conflitos federativos e patrimonialismo no estado brasileiro[2], que tem sido, de modo paradoxal, um membro desse novo poder moderador mas que exibe coragem ao defender sua autocontenção e o respeito às prerrogativas do sistema democrático representativo.

Semelhante papel é perceptível ao se observar a atuação das supremas cortes da África do Sul, da Turquia ou da Tailândia (que legitimou a queda do governo do polêmico primeiro-ministro Thaksin Shinawatra), embora seu grande modelo esteja no Tribunal Constitucional Federal alemão. Essa corte, desde sua origem, travou sérios embates com os primeiros gabinetes da então Alemanha Ocidental e conseguiu afirmar-se como moderadora da política e da economia, ao exemplo dos recentes julgamentos sobre a participação alemã na recuperação dos países da eurozona. No caso germânico, há a coincidência com o primeiro aspecto: o passado imperial e militar tornou mais fácil essa substituição de atores. O conceito de Verfassungspatriotismus (patriotismo constitucional) bem revela essa passagem: o patriotismo fundado na figura do imperador foi substituído por outro, alicerçado na Constituição. Uma vez mais o paralelismo com o Brasil é apropriador. Basta recordar a passagem de Memorial de Aires, o último romance de Machado de Assis, quando a personagem principal, o diplomata Aires, no dia 25 de março, anotou em seu livro de memórias: “Era minha ideia hoje, aniversário da Constituição, ir cumprimentar o imperador...”.[3]

Se o Direito possui tamanha nos dias de hoje, para o bem e para o mal, é importante examinar como se formam os cadetes das “academias das Agulhas Negras” de nosso tempo. Se graduar-se oficial era símbolo do status social até duas ou três décadas, hoje a graduação em Direito é o brevê que permitirá ao jovem o vislumbre de um futuro carregado de esperanças. Remuneração desproporcional a outras carreiras; exercício de um imenso poder simbólico, em detrimento da cada vez mais relaxada cobrança por racionalidade e pelos custos argumentativos, que se revela em decisões judiciais, propositura de ações e elaboração de pareceres para órgãos públicos, o qual termina por se revelar o exercício de um poder real; participação quase que obrigatória em decisões da vida privada dos indivíduos, seja como agente estatal ou mesmo como assessor de elementares atos de administração de um condomínio, enfim, são inúmeras as possibilidades de intervenção do jurista na vida contemporânea. E essas intervenções traduzem-se no controle potestativo da vida.

Em paralelo, como efeito natural da organização da vida sob o sistema capitalista, há um imenso exército de pessoas graduadas em Direito, que não conseguem ser admitidas nas grandes “provas admissionais” para ingresso na Cavalaria, na Infantaria, na Intendência, nos Fuzileiros e em outras armas de maior ou menor prestígio. Subproduto de um conjunto de fatores, de entre eles o elementar desejo de possuir uma “patente” de “doutor” para ser respeitado nas ruas, não sofrer os constrangimentos policiais por sua cor de pele ou condição social, essas pessoas não “herdarão o Reino dos Céus” e servem para conservar máquinas milionárias de ensino superior ou dos famosos cursinhos.

Nesse cenário, os debates sobre o ensino jurídico ganham cada vez mais relevância, embora se possa afirmar que são mais antigos do que se pensa e menos originais do que muitos de seus autores supõem. Na atualidade, a reforma dos currículos dos cursos de Direito também se tornou um tema de grande interesse nas universidades e mesmo fora delas. Muitos modelos estrangeiros passaram a ser invocados como exemplos a serem seguidos no Brasil, sem se considerar as peculiaridades de nossa cultura jurídica, quando não se dá a pura e simples mistificação ou o falseamento de dados, seja por ignorância, seja pela cópia da cópia de estudos que ninguém se deu ao trabalho de ir às fontes e cotejar seus resultados.

É como esta introdução que se inicia uma série de colunas sobre o ensino, a formação e a carreira docente jurídica em alguns países relevantes no mundo do Direito. As colunas tentarão seguir uma ordem sequencial, embora, por diversas razões, como o aparecimento de algum tema mais urgente, ela possa ser interrompida. Os leitores estão convidados a esta interessante, curiosa e reveladora viagem.

[1] Essa tese é contestada por Maria de Lourdes de A. Fávero no artigo intitulado O título de doutor honoris causa ao rei dos belgas e a criação da URJ. Disponível em http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe1/anais/104_maria_lurdes_a.pdf. Acesso em 18-1-2015.

[2] In. Estudos jurídicos : em homenagem ao Ministro Cesar Asfor Rocha. Ribeirão Preto : Migalhas, 2012, p. 176-197, v. 2.

[3] Para maior desenvolvimento, veja-se: DIAS TOFFOLI, José Antonio; RODRIGUES JUNIOR, Otavio Luiz. A primeira constituição do Brasil. Folha de São Paulo, 25.3.2014. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/03/1430288-jose-antonio-dias-toffoli-e-otavio-luiz-rodrigues-jr-a-primeira-constituicao-do-brasil.shtml. Acesso em 27.1.2015.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A Química do Amor

A Química do Amor

 
Cupido usando o arco e a flecha impregnados de noradrenalina
Cupido usando o arco e a flecha impregnados de noradrenalina
Você já ouviu esta frase: Rolou uma química entre nós! Será que existe mesmo uma explicação científica para o amor?

O sentimento não afeta só o nosso ego de forma figurada, mas está presente de forma mais concreta, produz reações visíveis em nosso corpo inteiro. Se não fosse assim como explicar as mãos suando, coração acelerado, respiração pesada, olhar perdido (tipo "peixe morto"), o ficar rubro quando se está perto do ser amado?

Afinal, o amor tem algo a ver com a Química? Na verdade O AMOR É QUÍMICA! Todos os sintomas relatados acima têm uma explicação científica: são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão: adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas. Viu como são necessários vários hormônios para sentir aquela sensação maravilhosa quando se está amando?

A dopamina produz a sensação de felicidade, a adrenalina causa a aceleração do coração e a excitação. A noradrenalina é o hormônio responsável pelo desejo sexual entre um casal, nesse estágio é que se diz que existe uma verdadeira química, pois os corpos se misturam como elementos em uma reação química.

Mas acontece que essa sensação pode não durar muito tempo, neste ponto os casais têm a impressão que o amor esfriou. Com o passar do tempo o organismo vai se acostumando e adquirindo resistência, passa a necessitar de doses cada vez maiores de substâncias químicas para provocar as mesmas sensações do início. É aí que entra os hormônios ocitocina e vasopressina, são eles os responsáveis pela atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura, afinal, o amor é eterno!
Por Líria Alves
Graduada em Química

Endocardite bacteriana mata

Endocardite bacteriana mata

A endocardite bacteriana mata e pode surgir de uma simples dor de dente. Seguindo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), a doença é responsável por uma alta morbidade e por significativas taxas de mortalidade. Em torno de 20% dos doentes não sobrevivem. Porém, quando a endocardite bacteriana tem foco dentário ela chega a ser responsável por cerca de 10% dos casos de morte, de vítimas de doenças no coração, em todo o mundo.
Para quem ainda não conhece, a endocardite é o nome dado às afecções, infecciosas ou não, do endocárdio, camada interna do coração da qual fazem parte as válvulas cardíacas. O comprometimento da saúde bucal está diretamente associado à endocardite infecciosa. A doença afeta o coração com rapidez e pode comprometer as funções vitais, exigindo uma internação prolongada. Em 6 de novembro deste ano o atleta norte-americano Laurence Young, Ala-armador da Internacional/Santos, aos 30 anos, morreu em um hospital do Litoral Norte Paulista vítima de uma endocardite bacteriana de origem em uma infecção bucal. O Incor, que é um centro de referência na doença, registra a cada mês dez a doze pacientes com endocardite. Cerca de 40% destes casos têm origem bucal e são descobertos tanto por infecções espontâneas, resultantes de dentes ou gengivas em mau estado, quanto pela manipulação de área infectada para trata mento odontológico. Nestes casos, o que provoca a doença é a bactéria Streptococcus viridans, que habita normalmente a boca, sem provocar qualquer dano. Mas, ao entrar na circulação, esta bactéria vai parar no coração e pode provocar a endocardite.
Fique atento: A boca é a maior cavidade do corpo em contato com o mundo exterior. Porta de entrada do tubo digestivo e auxiliar da respiração. Por suas características e funções, a boca é um ninho de bactérias. Em apenas um mililitro de saliva pululam 150 milhões de bactérias. Quando o equilíbrio entre essas bactérias se quebra podem surgir o que dentistas e médicos chamam de doenças periodontais (gengivite e periodontite), inflamações na gengiva ou no tecido que une os dentes ao osso. Em suas formas mais graves, elas contribuem para o desenvolvimento de distúrbios cardíacos. De cada dez brasileiros, nove sofrem em algum grau desse tipo de afecção. Na maioria dos casos, ela decorre de uma higiene bucal inadequada e da falta de visitas periódicas ao dentista.
As implicações da gengivite e da periodontite seguem basicamente o seguinte caminho: inflamados, os tecidos se tornam irritáveis e sangram durante a mastigação, pela ação da escova de dentes ou do fio dental. Essa hemorragia, por sua vez, possibilita que os micróbios que desencadearam o processo entrem na corrente sanguínea e cheguem a outras partes do organismo. É relativamente fácil que isso aconteça porque a gengiva e o periodonto têm irrigação sanguínea abundante. Por este motivo, a endocardite bacteriana está mais presentes em vítimas de doença periodontal. Para evitar esse mal as sociedades americanas de cardiologia e odontologia estabelecem que, antes de se submeter a uma cirurgia na boca, todo paciente propenso a ter uma endocardite bacteriana deve tomar, uma hora antes, uma dose de antibióticos. O objetivo é evitar os riscos de infecção durante a operação.
Box
- 90% dos brasileiros sofrem de algum grau de doença periodontal, inflamações na gengiva ou no tecido que une o dente ao osso
- 1 mililitro de saliva contém 150 milhões de bactérias
- 1 grama de placa bacteriana abriga 100 bilhões de micróbios
- O risco de problemas cardíacos é 25% maior entre pacientes com doença periodontal
Causa
A causa da endocardite bacteriana é a presença de agentes infecciosos no sangue, que pode decorrer de uma atividade normal, como espremer uma espinha ou escovar os dentes, o diagnóstico se faz por métodos de ecocardiografia, e pela demonstração de infecção sanguínea, através de hemocultura, a demonstração de bactérias livres no sangue.
Tratamento:
O tratamento visa controlar a infecção e a correção do fator que predispôs a endocardite. São longos tratamentos, com muitas semanas de internação hospitalar, com uso de um grande número de medicamentos, inclusive antibióticos, e muitas vezes necessitando de cirurgia cardíaca.
Sintomas
Febre de longa duração, suores noturnos persistentes, baço aumentado de volume, alterações cardíacas ou agravamento súbito de uma doença cardíaca previamente existente.
Matéria: Código BR

Garanta boas notas em 2015 seguindo 5 passos

Ensino Superior
Garanta boas notas em 2015 seguindo 5 passos
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 10:31 hs.
29/01/2015 - Prestar atenção nas ênfases que seu professor dá durante as exposições é um bom indicativo das palavras-chave dos conteúdos trabalhados em sala

Fonte: Shutterstock

Entenda qual é o seu perfil como aluno e tente criar um ambiente propício para seus estudos em casa
Alguns estudantes costumam ter dificuldade de demonstrar na prova que aprenderam os conteúdos vistos em sala com os professores. Outros, por sua vez, não conseguem compreender plenamente certos aspectos daquela matéria e, cheios de dúvidas, voltam para a casa com notas vermelhas sem entender muito bem o porquê.

Se você se identificou com um destes dois casos, não se preocupe. A Universia Brasil reuniu os 5 passos cruciais para garantir um bom desempenho na escola. Confira-os a seguir e obtenha, em 2015, os resultados que você tanto almeja:

1 – Anote suas tarefas
Escreva qual é a matéria, as instruções e os prazos para que você não tenha dúvida sobre as exigências do seu professor. É recomendável também, caso você não tenha o hábito de consultar sua agenda, programar um alarme para alguns dias antes da entrega, garantindo que você realize a tarefa com antecedência e apresente-a na data correta. Para se organizar em meio a tantos deveres, crie uma lista de tarefas na qual você possa eleger quais são suas prioridades e, assim, estabeleça uma sequência do que você deve fazer.

2 – Ouça seu professor
Tire suas dúvidas sempre que possível e anote as respostas dos seus professores no seu caderno para futuras consultas. Preste atenção nas ênfases que ele dá durante sua exposição, já que há grandes chances de estas palavras ou repetições sejam as palavras-chave deste conteúdo e, portanto, aspectos que você deve se lembrar na hora da prova.

3 – Tenha um local de estudos
Entenda qual é o seu perfil como aluno e tente criar um ambiente propício para seus estudos em casa. Por exemplo, se você é um estudante auditivo, um lugar barulhento pode não ser a melhor escolha. Lembre-se também de ter em mãos os materiais básicos necessários para rever a matéria, como lápis e borracha, além dos cadernos e livros da disciplina em questão.

4 – Estude diariamente
Tente estabelecer uma rotina na qual você consiga estudar de 1 a 3 horas as disciplinas trabalhadas na sala de aula. Assim, você garante que continuará a acompanhar as exposições do seu professor e ainda diminuirá o volume de estudos no dia anterior a sua prova. Pode parecer muito tempo, no primeiro momento, mas estas horas podem ser dedicadas tanto ao aprimoramento das suas anotações quanto à leitura dos textos-base ou discussões em grupo sobre a matéria da aula. Se você aliar estas atividades com o foco durante as aulas, você facilitará sua compreensão dos conteúdos e, portanto, melhorará seu desempenho nas atividades avaliadas.

5 – Cuide-se
Ter bons hábitos, como dormir bem e praticar exercícios físicos, ajudam você a ter uma mente saudável, já que reduz o estresse e te dá mais disposição. Por isso, invista também um tempo na sua saúde e no seu lazer.
Fonte: Universia Brasil

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

As 100 empresas globais mais sustentáveis de 2015

As 100 empresas globais mais sustentáveis de 2015

Publicado . em Sustentabilidade

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Bons exemplos: quem lidera o ranking é a empresa americana Biogen, do ramo de biotecnologia - imagem: Thinkstock
Por Vanessa Barbosa
São Paulo - A Corporate Knights, publicação canadense especializada em responsabilidade social e desenvolvimento sustentável, divulgou a sua tradicional lista The Global 100, que contempla as empresas com as melhores práticas de sustentabilidade corporativa.
O levantamento foi criado em 2005 e é anunciado, anualmente, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos. A publicação seleciona empresas de todos os setores com base em 12 indicadores principais.
São eles: energia, emissões de carbono, consumo de água, resíduos sólidos, capacidade de inovação, pagamentos de impostos, a relação entre o salário médio do trabalhador e o do CEO, planos de previdência corporativos, segurança do trabalho, percentual de mulheres na gestão e o chamado "bônus por desempenho".
Este último procura identificar se a remuneração dos executivos está, de alguma forma, atrelada ao desempenho de sustentabilidade empresarial. Para a publicação, esse tipo de bonificação ajuda a estimular as boas práticas.
Quem lidera o ranking é a empresa americana Biogen, do ramo de biotecnologia. Fundada em 1978, ela desenvolve medicamentos para pessoas com doenças neurodegenerativas, problemas hematológicos e autoimunes.
Segundo a Corporate Knights, a Biogen se destaca por fazer um consumo mais eficiente de energia do que a maioria das 171 empresas do seu setor, além de empreender esforços notáveis para reduzir o gasto com água. Atualmente, a empresa consome 66% menos água do que em 2006.
Apenas uma companhia brasileira integra a nova edição: a Natura, na 44ª posição.
Veja a lista completa do Global 100.
RankEmpresaPaísIndústriaPontuação
1 Biogen Idec Estados Unidos Biotecnologia 73,5%
2 Allergan Estados Unidos Farmacêutica 72,8%
3 Adidas Alemanha Têxtil. Vestuário e Artigos de Luxo 72,6%
4 Keppel Land Singapura Gestão Imobiliária e Incorporação 71,3%
5 Kesko Finlândia Alimento e Varejo 70,0%
6 Bayerische Motoren Werke (BMW) Alemanha Automotiva 69,2%
7 Reckitt Benckiser Group Reino Unido Produtos domésticos 68,8%
8 Centrica Reino Unido Multi Utilidades 68,5%
9 Schneider Electric França Equipamentos elétricos 68,4%
10 Danske Bank Dinamarca Bancos 68,4%
11 Tim Hortons Canadá Hotéis e Lazer 68,2%
12 Outotec Finlândia Construção e Engenharia 67,8%
13 Novo Nordisk Dinamarca Farmacêutica 67,6%
14 L'Oreal França Produtos de uso pessoal 66,8%
15 BT Group Reino Unido Telecomunicação 66,8%
16 Marks & Spencer Group Reino Unido Varejo 66,6%
17 Dassault Systemes França Software 66,6%
18 Johnson & Johnson Estados Unidos Farmacêutica 66,2%
19 Enagas Espanha Gás 66,0%
20 Storebrand Noruega Seguros 66,0%
21 Commonwealth Bank of Australia Austrália Bancos 65,8%
22 Unilever Reino Unido Produtos alimentares 65,7%
23 Atlas Copco Suécia Máquinas 65,4%
24 StarHub Singapura Serviços de Telecomunicação Wireless 65,3%
25 Koninklijke Philips Electronics Holanda Conglomerados Industriais 65,2%
26 Coca-Cola Enterprises Estados Unidos Bebidas 65,2%
27 Statoil Noruega Petróleo, Gás e Combustíveis 65,2%
28 Kone Finlândia Máquinas 65,1%
29 Teck Resources Canadá Metais e Mineração 65,0%
30 Galp Energia Portugal Petróleo, Gás e Combustíveis 64,5%
31 Neste Oil Finlândia Petróleo, Gás e Combustíveis 64,4%
32 Syngenta Suíça Química 64,0%
33 Nokia Finlândia Tecnologia 64,0%
34 City Developments Singapura Gestão Imobiliária e Incorporação 63,7%
35 Vivendi França Telecomunicação 63,6%
36 POSCO Coreia do Sul Metais e Mineração 63,4%
37 TELUS Canadá Telecomunicação 62,9%
38 Sigma-Aldrich Estados Unidos Química 62,9%
39 Henkel Alemanha Produtos de uso doméstico 62,7%
40 Electricite de France França Engenharia Elétrica 62,6%
41 Westpac Banking Austrália Bancos 62,2%
42 Credit Agricole França Bancos 61,7%
43 Novozymes Dinamarca Química 61,5%
44 Natura Cosmeticos Brasil Produtos de uso pessoal 61,5%
45 Samsung Electronics Coreia do Sul Equipamentos e semicondutores 61,4%
46 DNB Noruega Bancos 61,4%
47 Ecolab Estados Unidos Química 61,2%
48 Legrand França Equipamentos elétricos 60,8%
49 General Mills Estados Unidos Produtos alimentícios 60,8%
50 Eisai Japão Farmacêutica 60,5%
51 LG Electronics Coreia do Sul Bens de Consumo 60,4%
52 Wolters Kluwer Holanda Mídia 59,7%
53 Agilent Technologies Estados Unidos Biotecnologia 59,5%
54 Accenture Irlanda Serviços de TI 59,4%
55 Siemens Alemanha Conglomerados Industriais 59,4%
56 Intel Estados Unidos Equipamentos e semicondutores 59,3%
57 Bombardier Canadá Aerospacial e Defesa 59,2%
58 Skandinaviska Enskilda Banken Suécia Bancos 58,7%
59 British Sky Broadcasting Group Reino Unido Mídia 58,7%
60 Daimler Alemanha Automotiva 58,7%
61 Adobe Systems Estados Unidos Software 58,5%
62 Shire Irlanda Farmacêutica 57,9%
63 UCB Bélgica Farmacêutica 57,6%
64 Enbridge Canadá Petróleo, Gás e Combustíveis 57,6%
65 Hess Estados Unidos Petróleo, Gás e Combustíveis 57,2%
66 Aeroports de Paris França Infraestrutura de Transporte 56,8%
67 Sun Life Financial Canadá Seguros 56,6%
68 Pearson Reino Unido Mídia 56,4%
69 Cisco Systems Estados Unidos Equipamentos de Comunicação 56,4%
70 Shinhan Financial Group Coreia do Sul Bancos 56,4%
71 Johnson Controls Estados Unidos Componentes Eletrônicos 56,2%
72 Colgate-Palmolive Estados Unidos Produtos de uso doméstico 56,2%
73 Lenovo Group China Tecnologia 56,1%
74 General Electric United States Conglomerados Industriais 56,1%
75 H&M Hennes & Mauritz Suécia Varejo 56,0%
76 The Toronto-Dominion Bank Canadá Bancos 55,9%
77 Campbell Soup Estados Unidos Produtos Alimentícios 55,8%
78 Australia & New Zealand Banking Group Austrália Bancos 55,5%
79 National Australia Bank Austrália Bancos 54,5%
80 BG Group Reino Unido Petróleo, Gás e Combustíveis 54,5%
81 Renault França Automotiva 54,2%
82 BNP Paribas França Bancos 54,1%
83 Varian Medical Systems Estados Unidos Equipamentos de Saúde 54,0%
84 CapitaLand Singapura Gestão Imobiliária e Incorporação 53,9%
85 Celestica Canadá Equipamentos Eletrônicos 53,9%
86 Bank of Montreal Canadá Bancos 53,7%
87 Telefonaktiebolaget LM Ericsson Suécia Equipamentos de Comunicação 53,2%
88 London Stock Exchange Group Reino Unido Serviços Financeiros 53,2%
89 Baker Hughes Estados Unidos Serviços de Energia 53,0%
90 Encana Canadá Petróleo, Gás e Combustíveis 53,0%
91 Hang Seng Bank Hong Kong Bancos 52,8%
92 Sanofi França Farmacêutica 52,5%
93 Suncor Energy Canadá Petróleo, Gás e Combustíveis 52,3%
94 British Land Reino Unido Gestão Imobiliária e Incorporação 52,0%
95 ASML Holding Holanda Semicondutores 51,7%
96 Electrocomponents Reino Unido Equipamentos Eletrônicos 51,3%
97 Prologis Estados Unidos Gestão Imobiliária e Incorporação 50,5%
98 Intact Financial Canadá Seguros 50,3%
99 EMC Estados Unidos Tecnologia 49,9%
100 Essilor International, Compagnie Générale d' Optique França Equipamentos e serviços de saúde 48,2%

Fonte: Exame.com.