quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Os cientistas querem que você passe mais tempo no meio do mato


Os cientistas querem que você passe mais tempo no meio do mato

Já ouviu falar em "banho de floresta"? Pois é... imergir na natureza pode melhorar a sua saúde muito mais do que você imagina!


Muita gente que mora nos centros urbanos nem consegue lembrar da última vez em que esteve em meio à natureza. Se esse é o seu caso, talvez seja hora de repensar certos hábitos. Ninguém está sugerindo que você abandone a cidade e passe a viver no melhor estilo ermitão, mas, acredite: se jogar no meio do mato de vez em quando pode melhorar muito a sua vida!
Os japoneses já sabem disso faz tempo e eles tem até uma expressão para a imersão na natureza: banho de floresta. Lá, há diversos estudos sobre o tema e até criou-se um novo conceito dentro da chamada medicina preventiva, é a forest medicine (medicina de floresta). O que aqui é tratado como ~coisa de hippie~, lá abrange pesquisa com tecnologia de ponta.
Na Universidade de Chiba, que fica próxima a Tóquio, está o principal centro de estudos sobre o assunto. O professor Yoshifumi Miyazaki é um dos maiores pesquisadores da medicina de floresta e ele aponta que o cheiro da mata é um dos grandes responsáveis pelos benefícios que ~o banho~ pode trazer. Isso se dá por causa dos fitocidas, substâncias que são liberadas pelas plantas e que têm o poder de combater micro-organismos nocivos aos seres humanos.
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Ele também chama a atenção para o fato de que o nosso corpo foi projetado para ter contato com a natureza e que é um erro acreditar que o recente fenômeno de aglomeração urbana acabou por adaptar completamente o organismo humano. Para ele, retornar ao espaço verde é basicamente uma necessidade fisiológica e isso pode ser percebido na prática.
Segundo extensas pesquisas comandadas por Miyazaki, os fitocidas tem o poder de reduzir a pressão arterial, a frequência cardíaca e o nível dos hormônios responsáveis pelo estresse, ao mesmo tempo em que aumenta as as atividades do sistema nervoso parassimpático (responsável pelo relaxamento do organismo).
Outro resultado é o aumento das chamadas células exterminadoras naturais ou células NK (do inglês Natural Killer). Essas células são importantíssimas para o nosso sistema imunológico, pois ajudam a combater uma série de vírus e podem até prevenir tumores. 
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Os benefícios da tal terapia de floresta são levados tão à sério que existe até uma Sociedade Internacional da Medicina de Floresta e da Natureza. Esse grupo organiza e incentiva uma série de atividades, como caminhadas pela mata guiadas por médicos especializados no assunto. Mesmo assim, o resto do mundo ainda está engatinhando em comparação aos nipônicos.
De qualquer forma, uma coisa é certa: felizmente, os estudos vindos do Japão são basicamente universais e o banho de floresta é algo que pode ser praticado por todo mundo. E o melhor: o contato com a natureza não tem contraindicações, desde que você tome precauções de segurança no ambiente em que for explorar (lógico!). Quer mais uma vantagem? É só olhar ao redor, pois a gente tem a sorte de morar num país naturalmente projetado para o contato com o verde!
(Fonte:M de mulher.abril.com.br)

Estações do ano



Estações do ano
Geografia
As estações do ano resultam da translação e da inclinação do eixo de rotação da Terra. Elas ajudam-nos a compreender as variações climáticas ao longo do ano.
O planeta Terra não apresenta uma dinâmica climática homogênea, ou seja, igual em todos os seus pontos. Boa parte dessas variações é explicada pela existência das diferentes estações do ano, que ocorrem principalmente por causa da existência do movimento de translação e também por causa da inclinação do eixo de rotação terrestre, que se encontra 23,5º inclinado em relação ao seu plano orbital.

Em virtude dessa dinâmica, o planeta possui um total de quatro estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Na verdade, essa divisão é hoje adotada em razão da matriz europeia sobre a qual se constituíram as ciências, pois nesse continente elas são mais facilmente percebidas dessa forma. Em regiões mais próximas à Linha do Equador, por exemplo, o mais comum é que se perceba, geralmente, apenas duas grandes estações, uma mais seca e outra mais chuvosa.
De toda forma, é importante entender que as estações do ano apresentam-se de forma inversa nos hemisférios norte e sul. Assim, quando é inverno no norte, é verão no sul; da mesma forma que quando é primavera no norte, é outono no sul, e vice-versa. Além disso, quando estamos no período de verão/inverno nos hemisférios, estamos na época dos solstícios e, quando estamos no período de outono/primavera, estamos na época dos equinócios.

Durantes os solstícios, como podemos observar na figura acima, a Terra recebe níveis diferentes de iluminação, por isso os dias e as noites possuem durações diferentes. Já durante os equinócios, os dias e as noites possuem a mesma duração. Vamos acompanhar, a seguir, as principais características das diferentes estações do ano:
Primavera – durante a primavera, dias e noites possuem a mesma duração. Pelo menos isso é o que ocorre em seu início, pois, com o passar do tempo, os dias vão ficando gradativamente maiores. Essa estação é conhecida por ser o período de crescimento das folhas e flores das árvores, embora apresente diferentes características nos diferentes lugares.
Datas aproximadas de início: 20 de março no hemisfério norte e 20 de setembro no hemisfério sul.
Verão – em tempos de verão, os dias são mais longos do que as noites. Esse maior período de exposição aos raios solares faz com que as temperaturas médias elevem-se proporcionalmente.
Datas aproximadas de início: 21 de junho no hemisfério norte e 21 de dezembro no hemisfério sul.
Outono – quando o outono se inicia, os dias novamente voltam a ter a mesma duração das noites, equilibrando um pouco as temperaturas. Com o passar do tempo, os dias vão ficando cada vez menores. É nessa estação que as árvores costumam trocar suas folhas.
Datas aproximadas de início: 23 de setembro no hemisfério norte e 20 de março no hemisfério sul.
Inverno – na estação do inverno, os dias são menores do que as noites, acontecendo o processo inverso do verão, o que contribui para a diminuição média das temperaturas.
Datas aproximadas de início: 21 de dezembro no hemisfério norte e 21 de junho no hemisfério sul.
Vale lembrar que, como já dissemos, essa divisão é utilizada mais por uma herança científica europeia do que pela forma como percebemos diretamente o clima. Nas regiões do Brasil mais próximas à Linha do Equador (em que a luminosidade do sol acontece mais intensamente o ano todo), essa divisão é menos perceptível no cotidiano do que na região sul, onde as quatro estações do ano são mais bem definidas. Em outras sociedades, por exemplo, outros tipos de divisões das estações foram realizadas, tal qual o Egito antigo, cujas estações eram: cheia, plantio e colheita.

Por Me. Rodolfo Alves Pena
(Fonte:Brasil Escola-Nov/16)

terça-feira, 29 de novembro de 2016

LIMITES DO AÇUCAR

Limites de açúcar 

 
       LIMITES DO AÇUCAR



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O açúcar, consumido em todas as mesas, é a base da nossa energia. Quimicamente, os açúcares são classificados como carboidratos ou hidratos de carbono, sendo encontrados na forma de monossacarídeos, oligossacarídeos ou polissacarídeos. No singular, o termo refere-se à sacarose, carboidrato encontrado em maior proporção no açúcar mundial e que é classificado como um dissacarídeo, formado por dois monossacarídeos, a glicose e a frutose.

Frente às decorrências dos açúcares sobre a saúde, estes são divididos em dois grupos: os que são encontrados naturalmente nos alimentos, como a frutose presente nas frutas e a lactose presente no leite; e, aqueles extraídos de matérias-primas sacarinas, como a sacarose (de cana-de-açúcar ou de beterraba açucareira) e a glicose do milho. Os açúcares podem ser classificados, quanto ao uso, como “açúcar de mesa” ou “açúcar de adição”1.

O Brasil é o maior produtor de açúcar, tendo produzido 35,56 milhões de toneladas na safra 2014/20152. Ao mesmo tempo, destaca-se também como grande consumidor. Uma pesquisa realizada pela Copersucar e publicada pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA)3 revelou que aproximadamente 70% dos brasileiros ingerem açúcar mais de uma vez ao dia e cerca de 90% afirmam gostar do produto e de consumi-lo, sendo que apenas 26% (neste grupo estão inclusos os insulinorresistentes) evitam ingeri-lo (UNICA, 2014).

Os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam essa realidade ao mensurar o consumo anual médio per capita para açúcar cristal (8,038 kg) e para o refinado (3,16 kg) em 2008/2009. Estes são os dois tipos mais consumidos no País4, embora existam outros tipos de açúcar cujo consumo encontra-se concentrado a grupos específicos, como os que focam no quesito saudabilidade na alimentação, por exemplo.

Por outro lado, a problemática envolvendo o açúcar está na quantidade adicionada aos alimentos processados pela indústria e, consequentemente, ingerida. Assim, houve uma alteração no padrão de consumo pelos brasileiros que, ao longo dos últimos 15 anos, reduziram a ingestão do açúcar de mesa, enquanto houve aumento na parcela de açúcar adicionado aos alimentos consumidos, especialmente por meio do consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes e biscoitos1.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o uso diário para adultos seja de cerca de 10% das calorias ingeridas diariamente, o que equivale, numa dieta de 2.000 quilocalorias (kcal) diárias, a quatro colheres de sopa rasas, aproximadamente. Essa porção inclui tanto a colherzinha que adoça o cafezinho quanto o açúcar usado na receita do bolo ou qualquer outro alimento processado.

Considerando este quesito, alguns estudos apontam que a participação dos açúcares de adição na disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil atingiu 16,7% do total de calorias, ultrapassando o limite máximo recomendado pela OMS. Dentre os alimentos, os refrigerantes e biscoitos foram os que tiveram o consumo aumentado em mais de 100% nos últimos anos, em função do aumento de renda e, consequentemente, maior acesso a esses alimentos. Em paralelo ao alto consumo, encontram-se campanhas governamentais e de organizações não governamentais (ONGs) que mostram os riscos e problemas associados ao consumo exagerado e constante de açúcar e maus hábitos (sejam alimentares e físicos), como o desenvolvimento da obesidade, resistência à insulina e diabetes tipo 2 (LEVY et al., 2012; UNICA, 2014).

Entretanto, existe uma disseminação de informações errôneas e de fontes não confiáveis acerca desta problemática. Sabe-se que o consumo moderado de açúcar não causa malefícios à saúde do consumidor (considerando-se que este não apresente resistência à insulina e problemas afins), assim como no caso do açúcar intrínseco ao alimento, não tendo sido comprovada qualquer evidência de malefício à saúde.

Os problemas metabólicos que a sociedade atual enfrenta não são decorrentes do consumo de sacarose, apenas, mas do hábito alimentar desbalanceado (a relação “quantidade de calorias ingeridas x nutrientes” encontra-se em desequilíbrio) aliado a estilos de vida sedentários.

Assim, destaca-se a importância de políticas públicas de ensino à população acerca do tema, com a finalidade de desmistificar o açúcar como o vilão das dietas e apontar que as escolhas dos alimentos que as compõem, assim como os hábitos de vida do indivíduo, são responsáveis pelo padrão de saúde que ele apresenta. Portanto, não existe o “vilão” ou o “mocinho” das dietas, mas a construção de hábitos que visam à manutenção da saúde e prevenção de doenças, não sendo necessário que uma pessoa rompa com a relação cultural que mantém com certos alimentos, mas que esta seja reelaborada em função de padrões dietéticos equilibrados (nutrientes) e demandas energéticas individuais (ingestão de calorias) (LEVY et al., 2012; UNICA, 2014).



Sandra Helena da Cruz - Bacharel em Química
Docente do Curso Ciências dos Alimentos– ESALQ/USP
E-mail:
shcruz@usp.br

Anna Flavia de Souza Silva – Bacharel em Ciências dos Alimentos
Mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos
E-mail:
annafssilva@gmail.com
 




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O açúcar, consumido em todas as mesas, é a base da nossa energia. Quimicamente, os açúcares são classificados como carboidratos ou hidratos de carbono, sendo encontrados na forma de monossacarídeos, oligossacarídeos ou polissacarídeos. No singular, o termo refere-se à sacarose, carboidrato encontrado em maior proporção no açúcar mundial e que é classificado como um dissacarídeo, formado por dois monossacarídeos, a glicose e a frutose.

Frente às decorrências dos açúcares sobre a saúde, estes são divididos em dois grupos: os que são encontrados naturalmente nos alimentos, como a frutose presente nas frutas e a lactose presente no leite; e, aqueles extraídos de matérias-primas sacarinas, como a sacarose (de cana-de-açúcar ou de beterraba açucareira) e a glicose do milho. Os açúcares podem ser classificados, quanto ao uso, como “açúcar de mesa” ou “açúcar de adição”1.

O Brasil é o maior produtor de açúcar, tendo produzido 35,56 milhões de toneladas na safra 2014/20152. Ao mesmo tempo, destaca-se também como grande consumidor. Uma pesquisa realizada pela Copersucar e publicada pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA)3 revelou que aproximadamente 70% dos brasileiros ingerem açúcar mais de uma vez ao dia e cerca de 90% afirmam gostar do produto e de consumi-lo, sendo que apenas 26% (neste grupo estão inclusos os insulinorresistentes) evitam ingeri-lo (UNICA, 2014).

Os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) comprovam essa realidade ao mensurar o consumo anual médio per capita para açúcar cristal (8,038 kg) e para o refinado (3,16 kg) em 2008/2009. Estes são os dois tipos mais consumidos no País4, embora existam outros tipos de açúcar cujo consumo encontra-se concentrado a grupos específicos, como os que focam no quesito saudabilidade na alimentação, por exemplo.

Por outro lado, a problemática envolvendo o açúcar está na quantidade adicionada aos alimentos processados pela indústria e, consequentemente, ingerida. Assim, houve uma alteração no padrão de consumo pelos brasileiros que, ao longo dos últimos 15 anos, reduziram a ingestão do açúcar de mesa, enquanto houve aumento na parcela de açúcar adicionado aos alimentos consumidos, especialmente por meio do consumo de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes e biscoitos1.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o uso diário para adultos seja de cerca de 10% das calorias ingeridas diariamente, o que equivale, numa dieta de 2.000 quilocalorias (kcal) diárias, a quatro colheres de sopa rasas, aproximadamente. Essa porção inclui tanto a colherzinha que adoça o cafezinho quanto o açúcar usado na receita do bolo ou qualquer outro alimento processado.

Considerando este quesito, alguns estudos apontam que a participação dos açúcares de adição na disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil atingiu 16,7% do total de calorias, ultrapassando o limite máximo recomendado pela OMS. Dentre os alimentos, os refrigerantes e biscoitos foram os que tiveram o consumo aumentado em mais de 100% nos últimos anos, em função do aumento de renda e, consequentemente, maior acesso a esses alimentos. Em paralelo ao alto consumo, encontram-se campanhas governamentais e de organizações não governamentais (ONGs) que mostram os riscos e problemas associados ao consumo exagerado e constante de açúcar e maus hábitos (sejam alimentares e físicos), como o desenvolvimento da obesidade, resistência à insulina e diabetes tipo 2 (LEVY et al., 2012; UNICA, 2014).

Entretanto, existe uma disseminação de informações errôneas e de fontes não confiáveis acerca desta problemática. Sabe-se que o consumo moderado de açúcar não causa malefícios à saúde do consumidor (considerando-se que este não apresente resistência à insulina e problemas afins), assim como no caso do açúcar intrínseco ao alimento, não tendo sido comprovada qualquer evidência de malefício à saúde.

Os problemas metabólicos que a sociedade atual enfrenta não são decorrentes do consumo de sacarose, apenas, mas do hábito alimentar desbalanceado (a relação “quantidade de calorias ingeridas x nutrientes” encontra-se em desequilíbrio) aliado a estilos de vida sedentários.

Assim, destaca-se a importância de políticas públicas de ensino à população acerca do tema, com a finalidade de desmistificar o açúcar como o vilão das dietas e apontar que as escolhas dos alimentos que as compõem, assim como os hábitos de vida do indivíduo, são responsáveis pelo padrão de saúde que ele apresenta. Portanto, não existe o “vilão” ou o “mocinho” das dietas, mas a construção de hábitos que visam à manutenção da saúde e prevenção de doenças, não sendo necessário que uma pessoa rompa com a relação cultural que mantém com certos alimentos, mas que esta seja reelaborada em função de padrões dietéticos equilibrados (nutrientes) e demandas energéticas individuais (ingestão de calorias) (LEVY et al., 2012; UNICA, 2014).



Sandra Helena da Cruz - Bacharel em Química
Docente do Curso Ciências dos Alimentos– ESALQ/USP
E-mail:
shcruz@usp.br

Anna Flavia de Souza Silva – Bacharel em Ciências dos Alimentos
Mestranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos
E-mail:
annafssilva@gmail.com
(Fonte: CRQ/IV)

A melhor idade para casar

A melhor idade para casar

Publicado em 28.11.2016
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Já ouviu falar da regra dos 37%? Essa teoria matemática pode explicar qual é o melhor momento para se tomar uma decisão, incluindo a melhor idade para se casar.
Neste caso, a resposta é: aos 26 anos.

Maximizar as chances

De acordo com o jornalista Brian Christian e o cientista cognitivo Tom Griffiths, coautores de “Algoritmos pelos Quais Viver: a Ciência da Computação das Decisões Humanas”, essa regra poderia ajudá-lo a economizar tempo enquanto você procura um cônjuge.
A regra dos 37% basicamente diz que, quando você precisa fazer uma escolha em uma variedade de opções em um período limitado de tempo – sejam eles candidatos para um emprego, novos apartamentos ou parceiros românticos em potencial -, o melhor momento para tomar uma decisão é quando você analisou 37% dessas opções.
Nesse ponto em um processo de seleção, você terá reunido informações suficientes para tomar uma decisão informada, mas não terá desperdiçado muito tempo olhando para mais opções do que o necessário. Na marca dos 37%, você maximizou sua chance de selecionar o melhor do grupo.

Exemplos

Explicamos usando uma experiência de pensamento para demonstrar essa teoria, desenvolvida por matemáticos na década de 1960, chamada de “O Problema da Secretária”.
Vamos dizer que você só pode escolher uma secretária uma vez. Se você rejeitar uma candidata, não pode voltar atrás e contratá-la mais tarde, uma vez que ela pode ter aceitado outro emprego. A questão é: quantas candidatas você analisa até escolher uma?
Se você vai entrevistar apenas três candidatos, sua melhor aposta é tomar uma decisão com base na força da segunda candidata. Se ela é melhor que a primeira, você contrata ela. Se ela não for, espere. Se você tiver cinco candidatos, espere até o terceiro para começar a julgar.
Então, se você considera se casar entre as idades de 18 e 40 anos, a melhor idade para começar a considerar seriamente o seu futuro marido ou esposa é após o seu aniversário de 26 anos (37% no período de 22 anos). Antes disso, você provavelmente perderá parceiros de alta qualidade, mas, depois disso, boas opções podem começar a ficar indisponíveis, diminuindo suas chances de encontrar o parceiro certo para você.

Estudos

Pesquisas científicas feitas sobre casamentos bem sucedidos parecem apoiar a idade de 26.
Em julho passado, o sociólogo Nicholas H. Wolfinger, da Universidade de Utah, nos EUA, descobriu que a melhor idade para se casar a fim de evitar o divórcio é entre 28 e 32. Enquanto a faixa dos 28 anos está mais perto de uma regra dos 45%, é também fato que as pessoas decidem se casar depois de um tempo que já conheceram o parceiro ideal.
A análise de Wolfinger também revelou que as chances de um casal terminar o relacionamento aumentam 5% a cada ano após a idade de 32 anos.
Em outas palavras, se você decidir se comprometer com alguém em torno dos 26 anos, você provavelmente estará no caminho certo.
Obviamente, no entanto, a regra dos 37% não é perfeita. Uma vez que ela empresta a fria lógica da matemática, assume que as pessoas têm uma compreensão razoável do que querem em um parceiro aos 26 anos, mas isso é algo que pode mudar dramaticamente entre os 18 e os 40. [BusinessInsider]
(Fonte:HypeScience - Nov/16)

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Empresa não pode cobrar atestado antes do fim da licença médica, diz TST



Ausência justificada
Empresa não pode cobrar atestado antes do fim da licença médica, diz TST

O prazo para entregar atestado médico à empresa deve começar a contar após o período de licença, já que no início ou no meio desse processo o funcionário está doente e não pode lidar com tal assunto. O entendimento é da 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, que rejeitou recurso de uma empresa de telemarketing contra decisão que determinou a devolução de descontos por faltas a uma atendente que, segundo a empresa, teria apresentado atestado médico fora do prazo previsto em norma coletiva.
A atendente entregou o atestado ao RH da empresa no dia em que retornou ao trabalho, após uma licença de 14 dias. Ao pagar o salário, a empresa desconsiderou o atestado médico, alegando que a entrega ultrapassou as 72 horas previstas em norma coletiva.
A Justiça do Trabalho condenou a empresa a pagar os dias da licença, por entender que as faltas foram justificadas. De acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, ainda que a empresa possa estabelecer prazo para aceitação do atestado, esse prazo não pode terminar durante o afastamento para recuperação da saúde da trabalhadora e "deve ter início no final do período prescrito pelo médico, e não no início".
No recurso ao TST, a empregadora sustentou que a norma coletiva deveria ser observada, de acordo com o artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição da República. Porém, a relatora do recurso, ministra Kátia Magalhães Arruda, assinalou que o TRT-4 não afastou a validade da norma coletiva, mas apenas interpretou seu sentido e seu alcance. Nesse contexto, somente por divergência jurisprudencial seria viável o conhecimento do recurso de revista (artigo 896, alínea "b", da CLT), mas a empresa não citou nenhum julgado para confronto de teses.
"Dada a relevância da matéria, acrescente-se que no banco de dados do TST encontramos pelo menos um julgado sobre a tema", assinalou a ministra. Ela se referia a um recurso de revista no qual a 8ª Turma concluiu que a exigência de entrega do atestado até 72 horas a partir da primeira ausência não era razoável, "especialmente considerando que a empregada ficou afastada por período superior a este prazo, de modo que ela deixou de cumpri-lo por razões alheias à sua vontade, não podendo ser penalizada". Com informações da Assessoria de Imprensa do TST. 
Fonte:  Consultor Jurídico  - Ago/16)

Figuras de Linguagem – Onomatopeias, Barulhos Escritos por Extenso | infoEnem

Figuras de Linguagem – Onomatopeias, Barulhos Escritos por Extenso | infoEnem




A infância de muita gente foi povoada de barulhos por escrito, nos gibis, tirinhas, cartuns e até na TV. Um seriado antigo das aventuras de Batman e Robin ilustrava as brigas entre os heróis e os vilões com imagens coloridas dos sons dos socos e golpes:
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O Tio Patinhas se deliciava mergulhando na sua caixa-forte, ouvindo o tilintar das moedas:
onomatopeia2
Mas não é só a cultura ‘pop’ que lança mão desse recurso. Encontramos onomatopeias também na Literatura:
(…)Troc… troc… troc… troc…
  ligeirinhos, ligeirinhos…
  troc… troc… troc…
  vão cantando os tamanquinhos
  Madrugada. Troc… troc… troc…
  pelas portas dos vizinhos
  vão batendo, troc… troc…
  vão cantando os tamanquinhos… (…)”
(A canção dos tamanquinhos, Cecília Meireles)
(…) Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! 
Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! 
Em fúria fora e dentro de mim, 
Por todos os meus nervos dissecados fora, 
Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto!  (…)”
(Ode triunfal, Fernando Pessoa)
(…) Sino de Belém, pelos que ainda vêm!
Sino de Belém, bate bem-bem-bem.
Sino da paixão, pelos que ainda vão!
Sino da paixão, bate bão-bão-bão.
Sino do Bonfim, por que chora assim?(…)”
(Os sinos, Manuel Bandeira)
A abelha-mestra
E as abelhinhas
Estão todas prontinhas
Para ir para a festa
Num zune que zune
Lá vão pro jardim (…)”
(As abelhas, Vinícius de Moraes)
Nos textos acima podemos observar que há situações em que as sequências de letras apenas funcionam como a representação de um determinado som – essa é a FIGURA DE LINGUAGEM denominada onomatopeia.
No entanto, ocorrem também alguns casos em que, a partir da representação dos sons, criam-se palavras, que figuram nos dicionários, como verbos ou substantivos, as quais podem ser flexionadas. Estamos, então, diante de um PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS denominado onomatopeia, que dará origem a palavras onomatopaicas.
É o caso do verbo tilintar, das HQs do Tio Patinhas, e do verbo zunir, no poema de Vinicius de Moraes e na tirinha do Fernando Gonsales, que serviu de base para uma questão da Unicamp da semana passada:
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O barulho produzido pelo bater das asas das abelhas deu origem ao verbo zunir, que, no poema, foi empregado para se referir ao movimento frenético desses insetos, que não param um minuto, sempre de flor em flor recolhendo pólen, e, na tirinha, foi empregado criativamente para fazer uma relação intertextual com o “Manifesto Comunista”, de Marx e Engels. (Em tempo: o cartunista errou a acentuação, pois oxítonas terminadas em ‘i’ não são acentuadas…)
Assim, onomatopeia pode denominar tanto a figura de linguagem, na Estilística, como o processo de formação de palavras, na Gramática.
É isso! Até a próxima semana!


Margarida Moraes é formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) - Fonte: Infoenem - Nov/16)

domingo, 27 de novembro de 2016

6 desvantagens surpreendentes de ser extremamente inteligente

6 desvantagens surpreendentes de ser extremamente inteligente

Publicado em 25.11.2016
inteligente
A maioria das pessoas acredita que a vida seria mais fácil, mais feliz e infinitamente mais gratificante se tivesse alguns pontos de QI a mais.
Mas, de acordo com um tópico no site Quora, que funciona na base de perguntas e respostas administradas por seus usuários, não é bem assim. O tópico, intitulado “Quando a inteligência se torna uma maldição?” possui mais de 100 respostas. Os usuários escreveram sobre tudo, desde as expectativas absurdamente altas que as pessoas colocam sobre eles até o problema de serem constantemente percebidos como ostentadores.
Algumas das respostas podem ser explicadas através da ciência:

6. Você muitas vezes pensa em vez de sentir

O usuário Marcus Geduld diz que geralmente entende muito bem suas emoções e pode contar às outras pessoas sobre elas – mas nunca sente o alívio de expressá-las.
“Este é um problema comum para as pessoas inteligentes, especialmente aqueles que são altamente verbais. Eles usam as palavras como uma teia de fumaça, e são ainda mais eficazes quando as suas palavras são verdadeiras. Pessoas menos articuladas tendem a desabafar através da fisicalidade. Elas gritam, socam,chutam, correm, gritam, soluçam, dançam, saltam de alegria. Eu explico e quando eu termino explicação, tudo o que eu expliquei ainda está preso dentro de mim, só que agora tem um rótulo”.
A observação de Geduld destaca a distinção entre habilidades cognitivas e emocionais.
Os cientistas não podem dizer com certeza se e como os dois fatores estão relacionados, mas algumas pesquisas interessantes sugerem que a alta inteligência emocional compensa a baixa capacidade cognitiva, pelo menos no local de trabalho. Em outras palavras, parece que as pessoas que são super inteligentes não precisam confiar em habilidades emocionais para resolver problemas.

5. As pessoas frequentemente esperam que você tenha um desempenho excelente

“Automaticamente espera-se que você seja o melhor, não importa no quê”, escreve Roshna Nazir. “Você não tem ninguém para conversar sobre suas fraquezas e inseguranças”.
E tem mais: você fica em pânico pensando sobre o que aconteceria se você não for bem sucedido
“Isso faz com que você seja tão cauteloso sobre o seu fracasso que às vezes você não se dá ao luxo de correr riscos apenas temendo o que aconteceria se você falhar”, escreve Saurabh Mehta.
Em um trecho do livro “Smart Parenting for Smart Kids” (Paternidade inteligente para filhos inteligentes, em tradução livre), os autores escrevem que os pais são geralmente mais ansiosos a respeito das realizações de seus filhos quando as crianças são inteligentes e já estão bem na escola.
Infelizmente, eles escrevem: “Às vezes, isso pode levar a um foco excessivo no que eles fazem, e não em quem eles são”.

4. Você pode não aprender o valor do trabalho

Alguns usuários do Quora mencionaram que as pessoas inteligentes sentem que podem fazer as coisas com menos esforço do que as outras pessoas. Mas um alto QI nem sempre leva diretamente ao sucesso, e as pessoas altamente inteligentes podem nunca desenvolver a perseverança necessária para ter sucesso.
Corra e fique mais inteligente: estude leia.
De acordo com Kent Fung, “a inteligência torna-se um problema quando aqueles que a tem descobrem cedo na vida que não precisam trabalhar tão duro para manter-se e, portanto, nunca desenvolvem uma boa e forte ética de trabalho”.
Um estudo descobriu que a conscienciosidade – isto é, quão duro você trabalha – está realmente negativamente correlacionada com certos tipos de inteligência. Os pesquisadores propõem que as pessoas altamente inteligentes podem sentir que não precisam trabalhar tão duro para conseguir o que querem.

3. As pessoas podem ficar irritadas quando você as corrige em uma conversa casual

Quando você sabe que alguém acabou de dizer algo completamente impreciso, é difícil sufocar o desejo de esclarecer as coisas.
Mas você tem que ser extremamente sensível ao fato de que outras pessoas podem ficar envergonhadas e ofendidas por suas ações – ou correr o risco de perder alguns amigos.
Ser inteligente é uma chatice, diz Raxit Karramreddy, “quando você corrige as pessoas chega um ponto que elas param de sair ou de falar com você”.
Talvez nesse caso o bom senso seja a melhor estratégia.

2. Você tende a pensar demais

Um tema comum no tópico do Quora foram as armadilhas de gastar muito tempo contemplando e analisando.
Por um lado, você pode ficar sentimental quando você tenta encontrar o significado existencial de cada conceito e experiência. “Você percebe o quão moribundo tudo é e que nada realmente significa nada. Você procura respostas e isso o deixa louco”, escreve Akash Ladha.
Na verdade, um estudo amplamente publicado em 2015 descobriu que a inteligência verbal está realmente ligada à preocupação e à ruminação.

Do ponto de vista prático, significa que as pessoas inteligentes podem achar impossível fazer uma escolha. Tirthankar Chakraborty escreve: “Uma compreensão das possíveis ramificações de suas decisões, especialmente a tendência de analisar em excesso essas conseqüências, faz com que a decisão nunca seja tomada”.

1. Você entende o quanto você não sabe

Ser super-inteligente muitas vezes significa apreciar os limites de sua própria cognição. Tente o quanto puder, você nunca será capaz de aprender ou entender tudo.
Mike Farkas escreve: “Inteligência é uma maldição quando, quanto mais você sabe, mais você sente que menos você sabe”.
A observação de Farkas lembra um estudo clássico de Justin Kruger e David Dunning, que descobriu que quanto menos inteligente você é, mais você superestima suas habilidades cognitivas – e vice-versa.
Em uma experiência, por exemplo, os estudantes que tinham os resultados mais baixos em um teste superestimaram o número de perguntas que tinham conseguido acertar em quase 50%. Enquanto isso, aqueles que tinham se saído melhor subestimaram um pouco quantas perguntas tinham acertado. [I Fucking Love Science]
(Fonte:HypeScience - Nov 16)

sábado, 26 de novembro de 2016

Câncer (ou neoplasia, ou tumor maligno)

 
Câncer (ou neoplasia, ou tumor maligno)
 
Câncer (ou neoplasia, ou tumor maligno) é uma classe de doenças caracterizadas pelo crescimento descontrolado de células aberrantes. O câncer mata pela invasão destrutiva de órgãos normais por estas células, por extensãodireta ou por disseminação à distância, por sangue, linfa ou superfície serosa.
 
O comportamento anormal das células cancerosas é geralmente espelhada por mutações genéticas, expressões de características ontológicas, ou secreção anormal de hormônios ou enzimas.

Todos os cânceres invadem ou semetastatizam, mas cada tipo específico tem características clínicas e biológicas, que devem ser estudadas para um adequado diagnóstico, tratamento e acompanhamento.

O câncer é a segunda maior causa de morte nos Estados Unidos, e espera-se que no século 21 ele já seja a principal. Aproximadamente 1,2 milhões de novos casos de tumores invasivos são diagnosticados por ano, nos Estados Unidos. Os motivos que levam ao crescimento da incidência do câncer são o aumento da expectativa de vida da população em geral, associada a maior exposição a fatores de risco. O tipo de câncer que mais cresce é o de pulmão, principalmente devido à propagação do hábito de fumar, há 40 anos atrás.
 
Vários fatores podem causar ou contribuir diretamente para uma seqüência de eventos que levem a um meio do câncer se desenvolver. O caminho final comum dos cânceres é alguma alteração genética, que converte uma célula bem constituída, participante do corpo como um todo, numa outra, "renegada", destrutiva, que não responde mais a comandos de uma comunidade de células.

Promotores (oncogenes) e supressores têm um papel central em muitos casos. Substâncias químicas como o benzeno, nitrosaminas, agentes físicos, como radiação gama e ultravioleta, e agentes biológicos, como alguns tipos de vírus, contribuem para a carcinogênese em algumas circunstâncias.
O agente carcinogênico mais importante para a população em geral é o tabaco, pois ele causa ou contribui para o desenvolvimento de aproximadamente um terço de todos os cânceres, principalmente em pulmão, esôfago, bexiga e cabeça e pescoço.
O câncer relacionado ao tabaco é também importante devido a sua óbvia, barata e 100 % eficaz prevenção, que é a abstenção.
Quando a prevenção do câncer não é possível, a detecção precoce é a melhor estratégia para reduzir a mortalidade. Campanhas de esclarecimento da população, e também de profissionais de saúde são feitas nesse sentido. Infelizmente, no Brasil são bastante falhas.

A oncologia, nos últimos anos, tornou-se uma complexa e interessante disciplina que conta com o auxílio de outras especialidades, como cirurgia, pediatria, patologia, radiologia, psiquiatria e outras, que faz do sucesso um mérito das ações multidisciplinares. Há três passos principais na oncologia, para o bem do paciente.
O primeiro objetivo trata de curar os pacientes, para devolvê-los a um lugar na sociedade. Deve ser tentado em todos os tipos de câncer, mesmo naqueles em que a chance de cura é pequena. Requer uma atitude de esperança e determinação para se derrotar dificuldades e perigos, e às vezes para se enfrentar insucessos.

Se mesmo assim a cura não é possível, o médico deve apontar ao segundo objetivo, que seria uma longa e satisfatória remissão da doença, deixando o paciente bem consigo mesmo pelo maior tempo possível, longe de efeitos de uma longa hospitalização. Quando a chance de remissão é remota, o objetivo passa a ser controlar a doença e seus sintomas pelo uso correto de terapêutica paliativa.
O objetivo final visa apenas o conforto do paciente, e não apenas o prolongamento de uma vida sofrida. O médico deve ajudar o paciente a manter a sua dignidade, entender sua fraqueza, e evitar sentimentos de frustração, animosidade ou até excessiva amizade, para desenvolver o bom julgamento para o interesse do paciente. O principal é sensibilidade e bom senso.

RADIOTERAPIA:
é o mais utilizado para tumores localizados que não podem ser ressecados totalmente, ou para tumores que costumam rescidivar localmente após a cirurgia. Tem sérios efeitos colaterais, principalmente por lesão de tecidos normais adjacentes ao tumor. A quantidade de radiação utilizada depende do tipo de tumor, e é medida em rads.

QUIMIOTERAPIA:
Foi o primeiro tratamento sistêmico para o câncer. Na maioria da vezes consiste em uma associação de drogas, pouco eficazes se utilizadas sozinhas, pois nos tumores há subpopulações de células com sensibilidade diferente às drogas antineoplasicas. Os mecanismos de ação das drogas são diferentes, mas sempre acabam em lesão de DNA celular. A toxicidade contra células normais é a causa dos efeitos colaterais (náuseas, vômitos, mielossupressão). Pode ser usada como tratamento principal (leucemias, linfomas, câncer de testículo), mas normalmente é adjuvante, após tratamento cirúrgico ou radioterápico.

TERAPIA BIOLÓGICA:
Usa-se modificadores da resposta biológica do corpo frente ao câncer, "ajudando-o" a combater a doença (linfoquinas, anticorpos monoclonais). Usa-se também drogas que melhoram a diferenciação das células tumorais, tornando-as de mais fácil controle. Este tipo de tratamento, em estudo, é o mais promissor para o futuro.

O sucesso da terapia contra o câncer depende da escolha da combinação de dois ou mais modalidades de tratamento, necessitando muito a cooperação entre especialidades. Suporte geral também é muito importante, incluindo controle de distúrbios metabólicos, infecciosos, cardiopulmonares, freqüentes nos pacientes submetidos a tratamentos agressivos.

O câncer é fundamentalmente uma doença genética. Quando o processo neoplásico se instala, a célula-mãe transmite às células filhas a característica neoplásica. Isso quer dizer que, no início de todo o processo está uma alteração no DNA de uma célula.
Esta alteração no DNA pode ser causada por vários fatores, fenômenos químicos, físicos ou biológicos. A esta alteração inicial damos o nome de estágio de iniciação

Temos que ter em mente que uma só alteração no DNA não causa câncer. São necessárias várias mutações em seqüência, que ao mesmo tempo não sejam mortais para a célula, e causem lesões estruturais suficientes para causarem uma desregulação no mecanismo de crescimento e multiplicação.

O estágio de promoção é o segundo estágio da carcinogênese. Nele, as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor.

Observamos que o câncer ocorre mais freqüentemente em pessoas idosas. A partir dos 55 anos, a incidência da doença cresce em nível exponencial. Isso quer dizer que quanto mais tempo uma pessoa tem para expor seu material genético a um fator qualquer que possa alterá-lo, maior será a chance disso acontecer.

As células têm um mecanismo de reparo do DNA. Mutações genéticas mínimas ocorrem muito freqüentemente, em todas as pessoas. Só que não desenvolvemos câncer rapidamente porque nossos mecanismos de reparo são em geral eficientes. Só que quanto mais tempo se passar, maior será a chance de um "escape". Se vivêssemos até 200 anos, todos provavelmente teríamos algum tipo de câncer. Isso porque passou tempo suficiente para que se acumulassem mutações genéticas em nossas células.

Se o tempo é um fator importante para permitir ao organismo uma maior exposição a elementos potencialmente lesivos para o DNA celular, a exposição a uma maior quantidade desses elementos lesivos também exerce grande importância no desenvolvimento do câncer.

A esses elementos lesivos que acabam por acarretar um aumento na probabilidade de ocorrência de lesões no DNA, e portanto, aumento da incidência de neoplasias, é dado o nome de carcinôgenos.

A ocorrência de mutações, logicamente, ocorre no momento da divisão celular. Isso porque a célula deve estar duplicando o seu DNA, e a possibilidade de erros é maior. Assim, substâncias que levam a um aumento na população de determinadas células são também, indiretamente, agentes capazes de aumentar a ocorrência de mutações genéticas.

A radiação é um tipo de carcinôgeno que age lesando diretamente o DNA da célula. A inflamação crônica de algum órgão, como o intestino, por exemplo, causa aumento da divisão celular, e aumenta a chance de alguma mutação. Dessa forma, gorduras animais, que causam um tipo de inflamação na mucosa intestinal, são carcinôgenos "indiretos".

É por essa razão que se orienta uma dieta com fibras. Essa dieta aumenta o volume do bolo fecal, diminuindo o tempo de exposição de todas as substâncias à mucosa intestinal, além de diminuir a concentração da gordura animal na massa fecal total.

A ação de hormônios é semelhante. Eles aceleram a divisão celular de alguns tipos de células, facilitando a ocorrência de mutações.

O fumo desenvolve uma ação carcinogênica mista. Ele tanto é capaz de lesar o DNA das células do corpo inteiro, diretamente, quanto são irritantes da mucosa, causando também uma inflamação crônica nas mucosas da boca, garganta, brônquios e pulmões. É por isso que o fumo pode causar também câncer de bexiga e pâncreas, por exemplo, não ficando limitado às vias aéreas.

As alterações específicas geradas no DNA que esses vírus causam ainda não estão bem determinadas. O que se sabe é que há uma completa integração do genoma do vírus no genoma (DNA) da célula hospedeira, sendo que esta célula dará origem à oncogênese.

As neoplasias ditas hereditárias estão relacionadas com a perda de genes supressores de tumor. Isso explica a quase totalidade das doenças neoplásicas que existem em crianças, geralmente produzidas por um aumento da predisposição ao desenvolvimento de tumores já ao nascimento.

Outras situações em que pode ocorrer lesão direta do DNA é quando ocorre invasão celular por vírus. Como exemplo mais evidente temos o vírus das hepatites B e C, que a longo prazo podem causar câncer hepático. Também há a associação do papilomavirus (HPV) com o câncer de colo de útero.

Estágio de progressão é o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença.

Não podemos encarar o câncer como um processo que tenha uma causa específica. A neoplasia é o produto de um processo genético inicial, invariavelmente seguido de um outro, e assim por diante, desencadeando algo como uma cascata de derrubadas de dominó. Por carcinogênese se entende, portanto, todo o processo que se inicia na primeira mutação e termina nas alterações moleculares que resultam no câncer clinicamente detectado.

Curiosidades

1- Câncer, é uma palavra derivada do grego "karkinos";

2- Câncer não é uma doença única, mas 200 doenças distintas cada uma delas com suas próprias causas, história natural e tratamento;

3- O câncer compreende um grupo de doenças que aflige a raça humana e a animal;

4- O câncer é caracterizado por um crescimento autônomo, desordenado e incontrolado de células que ao alcançarem uma certa massa, comprimem, invadem e destroem os tecidos normais vizinhos;

5- Não se conhecem a causa ou causas de 85-90% do câncer;

6- Câncer ambiental é aquele em que o meio ambiente tem papel direto ou indireto em sua causa;

7- Em 1802 na Inglaterra, o "Comitê da Sociedade para melhorar as condições e conforto dos pobres" colocou entre 13 perguntas a seguinte: "Há alguma influência do clima ou das condições locais que facilitem qualquer tipo de câncer em qualquer parte do corpo?";

8- Os estudos epidemiológicos indicam que os fatores ambientais são importantes na causa da maioria dos cânceres;

9- De 80% a 90% dos cânceres resultam de fatores ambientais (Higginson and Doll);

10- Idade é o determinante mais importante para o risco de câncer;

11- Na maioria dos carcinomas (Ca epiteliais) as taxas de incidência aumentam constantemente com a idade. Isto se explica pelo efeito cumulativo da exposição à diferentes tipos de carcinôgenos;

12- Para alguns tipos de tumores (leucemias, lla e tumor de testículo) a maior incidência ocorre nos primeiros 4 anos de vida e entre os 20-24 anos, respectivamente;

13- Fumar dá câncer;

14- Exposição excessiva ao sol aumenta o risco de câncer da pele;

15- O câncer ocorre a qualquer idade, porem é mais frequente em pessoas de idade avançada;

16- A cura do câncer é definida como: ausência de tumor após o tratamento, por um período de vida tão longo como o do aquele que não teve câncer;

17- O câncer NÃO é uma desgraça social, uma punição divina ou um estigma pessoal;

18- Os oncologistas, com as novas tecnologias e tratamentos, hoje oferecem maior índice de cura respeitando a dignidade do ser humano, sua qualidade de vida e relacionamento familiar e social;

19- A cura do câncer depende de tratamento multidisciplinar;

20- Os fatores ambientais (macro e micro) são responsáveis por 80% dos tumores malignos, e os fatores endógenos e genéticos responsáveis pelos outros 20%;

21- América Latina tem alta incidência de tumores associados com a pobreza (colo do útero e estômago);

22- Os dados de mortalidade mostram que os tumores malígnos ocupam os primeiros lugares em todos os paises, e a tendência é de aumentar na faixa etária de 45-65 anos;

23- A faixa de mortalidade por câncer é maior entre as mulheres do que nos homens em todos os paises, numa faixa etária de 30-64 anos. Isto se explica pela alta incidência de colo de útero e mama;

24- Alguns tipos de câncer, se diagnosticados em tempo e tratados corretamente, tem cura;

25- As crianças respondem melhor ao tratamento oncológico.

Fonte: Dra. Lucíola de Barros Pontes, oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein