domingo, 31 de julho de 2016

Hepatite C: a cura passou de sonho para realidade

Hepatite C: a cura passou de sonho para realidade

Tatiana Harumi Kota
Não restam dúvidas acerca da obrigatoriedade das operadoras de saúde em custear o tratamento integral indicado pelos médicos e que os números de processos judiciais tendem a aumentar se o beneficiário não obter a contemplação dos seus direitos.rtilhar0
No dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, comemora-se a descoberta das drogas capazes de erradicar o vírus da hepatite C, contudo, o grande desafio é garantir o pleno acesso da população brasileira ao tratamento com os medicamentos novos.
Até o final do ano de 2012, poucos pacientes obtinham a cura por meio da droga disponível no mercado, o Interferon, agravado pelos conhecidos e catastróficos efeitos colaterais. A esperança se renovou com a aprovação da comercialização dos medicamentos orais Olysio (Simeprevir) e Sovaldi (Sofosbuvir), pelo FDA Food and Drug Administration, no ano de 2013.
De acordo com a revista Forbes, o trabalho da empresa de biotecnologia Gilead Sciences, responsável pela pesquisa e desenvolvimento da droga Sovaldi, merece o título honorário da droga mais importante daquele ano.
Finalmente, no ano de 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) concedeu o registro de novos fármacos para tratamento da Hepatite C, quais sejam, Daklinza (daclatasvir), Olysio (simeprevir sódico) e Sovaldi (sofosbuvir). Já o medicamento Harvoni, combinação de ledipasvir e sofosbuvir, ainda aguarda a respectiva aprovação da ANVISA.
Atualmente, a terapêutica contra a infecção pelo vírus da Hepatite C custa em torno de 84 mil dólares, o que inviabiliza o acesso de grande parte da população brasileira às drogas novas.
É de conhecimento notório o alto custo desse tratamento e do elevado impacto na saúde pública, no entanto, as negociações efetuadas pelo Ministério da Saúde com a empresa farmacêutica reduziram o gasto de US$ 84 mil para US$ 7,5 mil.
As distribuições dos medicamentos Sofosbuvir, Simeprevir, Daclatasvir, pelo Sistema Único de Saúde, iniciaram somente na segunda quinzena de outubro de 2015 e atingiram uma parcela mínima dos brasileiros.
Desde então, o SUS disponibilizou em torno de 26.800 tratamentos para pacientes com fibrose hepática avançada (METAVIR F4 e F3), conforme informações obtidas pelo Departamento de Assistência farmacêutica da Secretaria da Ciência, tecnologia e insumos estratégicos e divulgada pelo grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite.
Ocorre que, muitos pacientes foram excluídos dessa lista, pois não são elegíveis à terapêutica distribuída gratuitamente pelo SUS, principalmente, em razão do grau de progressão da infecção, obtida através da fibrose hepática, considerada mínima ou moderada (METAVIR F1 ou F2).
Considerando que, de acordo com dados obtidos no sítio eletrônico do Ministério da Saúde, em torno de 1,4% a 1,7% da população do Brasil contraíram o vírus C (HCV), sendo que entre 1999 e 2011, foram registrados 82.041 novos casos, inúmeros pacientes permanecem sem tratamento e sem previsão para começar.
A questão recorrente dos portadores do vírus da hepatite C, com fibrose hepática grau 1 a 2 ou em estágio inicial da doença, permanece: até quando deverão aguardar até a disponibilização dos novos medicamentos?
Vale mencionar que a distribuição das novas drogas orais para a sociedade, com o vírus da hepatite C, reduzirá consideravelmente a probabilidade de agravamento dos efeitos da doença, tais como, a fibrose hepática, a cirrose e o câncer hepático, bem como os gastos do Sistema Público.
Todavia, o real acesso universal ao tratamento é um sonho distante de muitos brasileiros.
Em razão dos entraves burocráticos, consequentemente, a famigerada demora na obtenção dos remédios na rede pública no Brasil, os pacientes passaram a buscar auxilio junto aos convênios médicos particulares para realizarem o tratamento mais moderno.
Apesar dos benefícios amplamente divulgados, os planos de saúde negam fornecimento das drogas novas utilizadas no tratamento contra o vírus da hepatite C, sob a alegação de serem de uso oral.
Cumpre destacar que as operadoras devem colocar à disposição dos beneficiários todas as técnicas disponíveis, inclusive o uso das drogas orais prescritas pelo médico, principalmente, o medicamento reconhecido mundialmente por garantir uma taxa de cura que ultrapassa 90% (noventa por cento).
O STJ já consolidou o referido entendimento: "Seguro saúde. Cobertura. Câncer de pulmão. Tratamento com quimioterapia. Cláusula abusiva. 1. O plano de saúde pode estabelecer quais doenças estão sendo cobertas, mas não que tipo de tratamento está alcançado para a respectiva cura. Se a patologia está coberta, no caso, o câncer, é inviável vedar a quimioterapia pelo simples fato de ser esta uma das alternativas possíveis para a cura da doença. A abusividade da cláusula reside exatamente nesse preciso aspecto, qual seja, não pode o paciente, em razão de cláusula limitativa, ser impedido de receber tratamento com o método mais moderno disponível no momento em que instalada a doença coberta. 2. Recurso especial conhecido e provido." (RESP n° 668.216 – SP, Relator: Carlos Alberto Menezes Direito, julgado 15 de março de 2007)
Nessa mesma linha de raciocínio, o TJ/SP editou a súmula 102, nos seguintes termos: "Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS".
Diante disso, não restam dúvidas acerca da obrigatoriedade das operadoras de saúde em custear o tratamento integral indicado pelos médicos e que os números de processos judiciais tendem a aumentar se o beneficiário não obter a contemplação dos seus direitos.
Com o intuito de coibir as práticas abusivas, o Judiciário vem repelindo as negativas de fornecimento dos medicamentos modernos em combate ao vírus da hepatite C, sendo uma esperança para os pacientes desamparados pelo sistema público brasileiro.
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*Tatiana Harumi Kota é bacharel em Direito pela Universidade Federal de Viçosa - UFV, pós-graduada em Direito Contratual pela Pontífica Universidade Católica – PUC/SP e advogada, especialista em direito à saúde, no Vilhena Silva Sociedade de Advogados.

Relação entre quantidade de espuma e eficiência da limpeza


Relação entre quantidade de espuma e eficiência da limpeza

Química

Qual a relação entre a espuma e a limpeza? Nos sabões, a espuma até pode demonstrar eficiência na limpeza; no entanto, o mesmo não se aplica aos detergentes.
Será que quanto mais espuma um sabão ou um detergente produz, maior é o seu poder de limpeza?
A maioria das pessoas pensa que sim, porque, ao lavar vasilhas, por exemplo, temos a sensação de que se não está sendo produzida muita espuma, o produto não está retirando a gordura. Mas será que isso é realmente verdade?
Bom, para chegarmos a uma resposta satisfatória precisamos saber o que produz a espuma nos detergentes e nos sabões. Mas, antes, vamos apenas especificar alguns termos usados nesse texto, para um maior esclarecimento.
Os detergentes incluem os sabões, sabonetes, detergentes sintéticos, cremes dentais, xampus, dentre outros compostos. Todos esses produtos são denominados detergentes porque todos possuem a ação detergente, isto é, do latim detergere, que significa “limpar”. Desse modo, os sabões são um subgrupo dos detergentes; sendo que todo sabão é um detergente, porém nem todo detergente é um sabão.
Nesse texto, porém, para fins didáticos, quando mencionarmos o termo “detergente”, estaremos nos referindo ao detergente sintético e não aos detergentes no geral.
Os sabões produzem a capacidade de produzir bolhas, que são finas películas que retêm os gases. No caso do sabão, a espuma pode, sim, até certo ponto, demonstrar que ele está atuando na limpeza. Muitas águas contêm alguns cátions, como o cálcio (Ca2+(aq)), o magnésio (Mg2+(aq)) e o ferro (Fe2+(aq)),  que reagem com os ânions presentes nos sabões, formando a chamada “água dura”, pois são formados compostos insolúveis que se precipitam.
A água dura impede que o sabão tenha uma limpeza eficiente, pois sua atuação como emulsificante da gordura é cancelada e ele não consegue retirar a gordura das superfícies e nem produzir espuma.
Um exemplo que mostra claramente isso é a água do mar. Ela é rica em cloreto de sódio (NaCl, conhecido como sal de cozinha) e em sais de cálcio e magnésio. Por isso, não conseguimos obter espuma utilizando sabão na água do mar.
Mas as bolhas têm um papel muito pequeno na remoção da sujeira e da gordura quando se trata dos detergentes. Uma vantagem dos detergentes em relação aos sabões é que eles agem de maneira eficiente mesmo quando utilizados em águas ricas em sais de cálcio, magnésio e ferro. Os detergentes não reagem com os cátions da água dura. Portanto, eles atuam eficazmente, independente da natureza da água.
No caso dos detergentes, o que vai indicar se ele é eficiente ou não, na remoção das sujeiras, é a capacidade de formar micelas, isto é, pequenos glóbulos que aprisionam a gordura em seu interior. Isso é conseguido pelo fato de a estrutura do detergente ser uma parte apolar; e sua extremidade, polar. Essa estrutura química dos detergentes (e não o fato de se formar espuma) é que garante a limpeza.
Visto que os fabricantes sabem que a grande maioria dos consumidores associa a presença de espuma com a eficiência da limpeza, eles adicionam substâncias espumantes aos detergentes. Mesmo estando cientes de que os produtos que não geram espuma são removidos mais facilmente pela água; ainda assim, esses fabricantes de detergentes preferem aumentar a quantidade de espuma nos detergentes para não perderem vendas.
Entretanto, o excesso de espuma pode causar prejuízos para o consumidor, pois pode estragar as engrenagens das máquinas de lavar, por exemplo. O pior de tudo é que lagos e rios se transformam em depósitos de espuma, o que causa problemas ambientais, pois a camada de espuma dificulta a oxigenação da água, provocando a morte de peixes e algas; e o detergente presente na espuma dissolve a camada de cera que impermeabiliza as penas de aves aquáticas, o que dificulta a sua flutuação.
Efeitos do excesso de espuma em rios e lagos.
Efeitos do excesso de espuma em rios e lagos.
Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Fonte: Brasil Escola - Jul/16

sexta-feira, 29 de julho de 2016

5 leis horrendas de países desenvolvidos que só foram alteradas recentemente

5 leis horrendas de países desenvolvidos que só foram alteradas recentemente

Publicado em 28.07.2016
suecia esterilizacao forcada
As leis são criadas com base na moral de determinado grupo e momento, e refletem diretamente o que aquela comunidade considera certo e errado. Em constante atualização, muitas delas são alteradas, enquanto outras se perdem no limbo legislativo.
Algumas delas são tão surreais que até se tornam divertidas, como a proibição de andar com uma casquinha de sorvete no bolso de trás da calça, do estado americano do Alabama.
Outras, porém, refletem pensamentos terríveis, e abordam assuntos sérios, como a liberdade de mulheres, crianças e grupos minoritários. Confia cinco delas que só foram alteradas recentemente:

5. Na Nova Zelândia, mulheres não poderiam responder por abuso sexual infantil até 2005

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Em 2013, uma instrutora de natação de 21 anos admitiu manter relações sexuais com seu aluno de 13 anos. Sua punição? Um ano de suspensão do time, porque ela atraiu atenção negativa para a equipe.
Essa punição levíssima aconteceu por que até 2005 mulheres não podiam ser punidas por assédio sexual. Até então, apenas homens podiam ser acusados de cometer estupro.
Em 2005, a lei passou a incluir mulheres no assédio sexual de crianças, mas até hoje elas ainda não podem ser acusadas de estuprar outros adultos. O máximo que pode acontecer é a acusação de “violação sexual”, que é mais leve que estupro.
10 práticas chocantes do passado

4. Na Dinamarca, era legal ter relações sexuais com animais até 2015

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Em 2007, dois jornalistas disfarçados se infiltraram em um bordel de animais na cidade de Jutland. Lá, receberam a oferta de se divertirem com cavalos. Em 2014, a revista Vice entrevistou um zoófilo que se recusava a alugar seu cachorro para outro zoófilo, porque não queria arriscar pegar doenças sexualmente transmissíveis.A lei anterior apenas proibia que o animal fosse ferido. A lei foi alterada em 2015, e agora quem for pego abusando sexualmente de animais será punido com prisão ou multas. Se você pensa que a lei foi aprovada por unanimidade, está muito enganado. O resultado da votação foi 91 a 75, sendo que o argumento principal de quem votou a favor foi que a Dinamarca não poderia ser o último país da Europa a permitir essa atividade.

3. Nos EUA, bancos não forneciam cartões de créditos ou empréstimos a mulheres até 1974

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Até o começo do século XX, mulheres ainda eram vistas como objetos que pertenciam ao pai ou ao marido. Por isso, se elas quisessem ter um cartão de crédito ou empréstimo, precisavam fazer isso no nome do seu “dono”. Os bancos tinham total liberdade de negar estes serviços com base no gênero da pessoa.
Não é à toa que antigamente se divorciar era muito mais difícil: a mulher não tinha liberdade para cuidar de suas próprias finanças. Comprar um imóvel ou abrir um negócio, por exemplo, era impossível se ela precisasse de um empréstimo. Assim, quem estivesse em um relacionamento abusivo ou violento, teria muito mais dificuldade em se livrar desse problema.
Mulheres solteiras tinham muita dificuldade em conseguir usar o crédito, enquanto aquelas casadas que usassem o crédito no nome do marido nunca iam ser as reais donas de nada, já que o objeto ou imóvel estaria no nome do marido.
Em 1974 o Ato da Igualdade de Oportunidade de Crédito foi aprovado nos Estados Unidos, tornando ilegal que bancos recusassem atendimento aos clientes com base no gênero.
20 leis bizarras sobre sexo

2. Na Austrália, pessoas aborígenes eram legalmente consideradas animais até 1967

referendum 1967 Aboriginal Australians
Até o referendo de 1967, australianos aborígenes eram tratados como animais. A legislação relativa a este povo estava inserida nas leis da fauna e flora do país.
Isso quer dizer que eles não tinham cidadania australiana ou seus benefícios, como o voto. O Ato de Aborígenes de 1905 até tornou ilegal a socialização entre descendentes de europeus e nativos australianos. Apenas 62 anos depois é que este povo passou a ser visto como pessoa pela constituição australiana.

1. A Suécia esterilizava pessoas à força até 1976

suecia esterilizacao forcada
Até 1976, a Suécia esterilizou cerca de 62 mil de seus próprios cidadãos. Apenas os nazistas superaram estes números. O programa sueco do Instituto de Biologia Racial começou em 1922 com objetivos pró-arianos.
Sabemos bem que qualquer programa com objetivos “pró-arianos” está fadado a ser horripilante.
Depois da Segunda Guerra Mundial, indo na contra mão dos outros países, a Suécia aumentou investimentos no programa, forçando à esterilização jovens internados em reformatórios, órfãos, pessoas pobres, pessoas com deficiência intelectual, filhos de pais de raças diferentes e mulheres que precisavam recorrer ao aborto.Outro detalhe de arrepiar os cabelos é que qualquer pessoa poderia indicar para o governo vizinhos ou colegas de trabalhos a serem esterilizados.
Ainda sobre a Suécia, apenas em 2013 o país deixou de obrigar transexuais que solicitavam a mudança legal de sexo a passarem por esterilização. A lei foi criada na década de 1970. Aposto que este país não parece mais tão progressista assim. [Cracked,Ice News, Find and Connect, Time]
(Fonte:HypeScience - Jul/16)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

20 coisas que você precisa abandonar para dar um novo rumo à sua vida.

20 coisas que você precisa abandonar para dar um novo rumo à sua vida.


20 coisas que você precisa abandonar para dar um novo rumo à sua vida.
· Deixe de se preocupar com o que as outras pessoas pensam de você. Crie os seus próprios parâmetros!
· Deixe de querer agradar a todos. Alimente sua autoestima!
· Deixe de participar de rumores ou fofocas. Socialize-se com pessoas inspiradoras!
· Deixar de se preocupe à toa. Concentre-se no que é realmente importante!
· Deixe de ser linear. Pense fora da caixa!
· Deixe de levar tudo para o lado pessoal. Confie em si mesmo!
· Deixe o passado para trás. Viva o agora e projete o futuro!
· Deixe de gastar dinheiro e energia em coisas desnecessárias. Valorize tudo o que você já tem!
· Deixe a raiva de lado. Perdoe e ame mais os outros!
· Deixe de controlar. Faça fluir a confiança!
· Deixe de querer ser o dono da razão. Esteja aberto a novos caminhos!
· Deixe de culpar os outros. Assuma os seus próprios erros!
· Deixe as crenças limitadoras. Acredite no seu potencial!
· Deixe a necessidade de impressionar os outros. Enxergue o outro como legítimo outro!
· Deixe a resistência à mudança e ao novo. Arrisque-se!
· Deixe os rótulos de lado. Amplie sua visão!
· Deixe de ver apenas o lado negativo do medo. Encare-o como um trampolim para o sucesso!
· Deixe de ser crítico. Observe mais!
· Deixe a procrastinação. Tenha atitude!
· Desapegue-se!

Para que Gritar

Para que Gritar

Para que Gritar ?
Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos :
“Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ?” “Gritamos porque perdemos a calma”, disse um deles.


“Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado ?”, questionou novamente o pensador.
“Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça”, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar :
“Então não é possível falar-lhe em voz baixa ?”
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu :
“Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido ?”
O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.
Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.
Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas ?
Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê ?
Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta.
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo :
“Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta”.
Mahatma Gandhi
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domingo, 17 de julho de 2016

8 Sintomas de Hepatite

8 Sintomas de Hepatite

Apesar de existirem diversas causas para hepatite, os seus sintomas acabam sendo muito semelhantes, já que, no final das contas, tudo se resume a um fígado inflamado e incapaz de trabalhar adequadamente.
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Neste artigo abordaremos os principais sinais e sintomas da hepatite. Vamos dar ênfase à hepatite aguda, pois os pacientes com hepatite crônica costumam passar anos assintomáticos, desenvolvendo sintomas apenas quando já há sinais de cirrose.

Sinais e sintomas da hepatite

Sintomas da hepatite #1 – ICTERÍCIA
A icterícia é provavelmente o sintoma mais característico das hepatites. Damos o nome de icterícia à coloração amarelada da pele, olhos e mucosas provocada pelo acúmulo no sangue de uma substância chamada bilirrubina.
icterícia
Vamos gastar algumas linhas explicando o que é bilirrubina, pois vários sintomas da hepatite são provocados pelo seu acúmulo no organismo.
As nossas hemácias (glóbulos vermelhos) vivem em média 120 dias, sendo destruídas no baço quando já estão velhas. Um dos elementos liberados pela hemácia quando esta é destruída é a bilirrubina, um pigmento amarelo-esverdeado.
Diariamente milhões de hemácias velhas são destruídas no baço, provocando uma liberação constante de bilirrubina para o sangue. Para que esta bilirrubina não se acumule no corpo, o mesmo precisa eliminá-la de algum modo. É neste momento que entra em ação o nosso fígado.
Um dos papéis do fígado é captar esta bilirrubina circulante no sangue, metabolizá-la e excretá-la em direção aos intestinos, para que a mesma seja eliminada nas fezes.
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Nos quadros de hepatite, o fígado encontra-se inflamado e doente, perdendo a capacidade de metabolizar e/ou eliminar a bilirrubina que é constantemente produzida pelo baço. Portanto, é muito comum nos quadros de hepatite haver acúmulo de bilirrubina no sangue. Este excesso de bilirrubina acaba extravasando para pele e mucosas, provocando a aparência amarelada dos mesmos.
A ictérica é um sinal típico da hepatite, mas pode também surgir em outras doenças do fígado, como cirrose (leia: CIRROSE HEPÁTICA) ou síndrome de Gilbert (leia: SÍNDROME DE GILBERT, CRIGLER-NAJJAR e DUBIN-JOHNSON), em infecções, como febre amarela (leia: FEBRE AMARELA | Vacina e sintomas) ou leptospirose (leia: LEPTOSPIROSE | Sintomas e tratamento), ou quando há destruição maciça de hemácias, um quadro chamado hemólise.
Para saber mais detalhes sobre a icterícia, leia: ICTERÍCIA | Neonatal e adulto
Sintomas da hepatite #2 – FEZES CLARAS
A presença de fezes claras, quase brancas, é chamada de acolia fecal, sendo também um sinal comum de hepatite.
A origem da acolia fecal é a mesma da icterícia. A bilirrubina é a substância responsável pela coloração marrom das fezes. Se o fígado encontra-se inflamado e mal funcionante, a bilirrubina que chega até ele não consegue ser metabolizada nem excretada em direção às fezes, impedindo o bolo fecal de ter sua coloração característica.
Sintomas da hepatite #3 – URINA ESCURA
A urina escura é outro sinal de hepatite que ocorre devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue.
O papel dos rins no nosso organismo é o de filtrar o sangue, eliminando substâncias desnecessárias ou em excesso. E é exatamente isso que os rins fazem nos pacientes com icterícia; eles excretam o excesso de bilirrubina, que por ser um pigmento escuro, acaba escurecendo a urina, deixando-a com cor de Coca-Cola ou mate.
Sintomas da hepatite #4 – COCEIRA DIFUSA NA PELE
A icterícia vem frequentemente associada à coceira, pois a bilirrubina depositada na pele causa irritação das terminações nervosas.
Muitas vezes o paciente com hepatite tem uma icterícia leve, o que pode passar despercebido, principalmente se o indivíduo tiver pele mais escura. Portanto, em alguns casos, o acúmulo de bilirrubina na pele se manifesta mais como uma coceira difusa e aparentemente sem explicação do que propriamente como uma pele amarelada.
Sintomas da hepatite #5 – DOR ABDOMINAL
A inflamação da hepatite aguda pode causar um inchaço do fígado, provocando dor no mesmo. A dor da hepatite é localizada caracteristicamente no quadrante superior direito do abdômen, logo abaixo das costelas, exatamente no local onde o fígado se encontra. Em alguns casos, o fígado pode estar inchado, podendo ser palpado através do exame do abdômen.
Para saber mais sobre os diferentes tipos de dor abdominal, leia: DOR NA BARRIGA | DOR ABDOMINAL | Principais causas
Sintomas da hepatite #6 – MAL ESTAR
As hepatites sempre causam um quadro pouco específico de mal estar, que podem incluir diversos sintomas, como fraqueza, cansaço fácil, perda do apetite, dor muscular, dor articular, diarreia, rash (manchas vermelhas no corpo), náuseas e vômitos. Se o paciente não desenvolver icterícia, o diagnóstico de hepatite pode não ser pensado logo de início, pois o quadro acaba se parecendo mais com uma virose inespecífica ou uma intoxicação alimentar.
Sintomas da hepatite #7 – FEBRE
Outra manifestação comum da hepatite, mas muito pouco específica, é a febre. A febre da hepatite é tipicamente baixa e costuma vir acompanhada de alguns dos sintomas inespecíficos descritos no item anterior.
Sintomas da hepatite #8 – INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA
Raramente, o quadro de hepatite pode se manisfestar como uma falência aguda do fígado, chamada de hepatite fulminante. A inflamação é tão intensa que o fígado, um órgão vital, para de funcionar por completo, levando a um quadro catastrófico.
Doentes com hepatite fulminante podem apresentar uma variedade de complicações, como redução do nível de consciência, coma, edema cerebral, insuficiência renal aguda, hipoglicemia grave, hemorragias espontâneas e falência de múltiplos órgãos. O único tratamento efetivo para estes casos é o transplante de fígado urgente. (Fonte MD saúde)

sábado, 16 de julho de 2016

Acabar em pizza


Acabar em pizza

O Brasil é um país onde o cumprimento das leis ainda sofre uma série de problemas estruturais. Ao invés de observarmos o cumprimento daquilo que é determinado, vemos que nossas leis acabam se enfraquecendo pela falta de fiscalização ou pelo fato dessa tal lei “não ter pegado” entre a população. Pior ainda é saber que a posição social dos indivíduos também determina o cumprimento ou não daquilo que nossos extensos códigos dizem. Afinal, nunca se sabe “com que se está falando”.
Vez ou outra, observamos que importantes figuras políticas são processadas e acusadas por crimes de corrupção que podem lhes custar a carreira e a própria liberdade. Provas são reunidas, indícios organizados e discussões feitas para se falar sobre o caso. Geralmente, quando as medidas legais demoram a ser aplicadas, vemos que sempre aparece algum tipo de subterfúgio que salva o acusado. Logo, os populares e os meios de comunicação, bradam que tudo “acabou em pizza”.
Para quem não sabe, essa expressão foi criada por um jornalista esportivo chamado Milton Peruzzi, que trabalhava na Gazeta Esportiva. Tudo começou na década de 1960, quando uma série de conturbações gerou uma grave crise entre os dirigentes da Sociedade Esportiva Palmeiras. O caso era tão grave que uma reunião de mais de quatorze horas foi realizada para que as questões do time de futebol fossem resolvidas de uma vez por todas.
Em uma reunião tão longa assim era normal que a fome acabasse incomodando aquele bando de cartolas nervosos. Foi então que, pela praticidade e a própria descendência italiana dos dirigentes, eles fizeram um pedido de dezoito pizzas gigantes, muito chope e vinho para sustentar aquela jornada de debates. Ao fim do bate-boca e da comilança, parece que tudo chegou a um acordo. Dado o desfecho, Milton Peruzzi publicou uma notícia com o seguinte título: “Crise do Palmeiras termina em pizza”.

Por Rainer Sousa
Mestre em História
Equipe Brasil Escola

Déicit de atenção

Déficit de Atenção

Cresce o uso de medicamentos para déficit de atenção entre crianças e jovens saudáveis
A Academia Americana de Neurologia lançou na semana passada um alerta sobre o aumento do uso de medicamentos moduladores da atenção e humor entre crianças e adolescentes que acreditam terão melhor concentração e desempenho escolar. Dados recentes apontam que nos Estados Unidos 1,7% de alunos da oitava série e 7,6% do último ano do ensino médio têm utilizado estimulantes por razões não médicas, diferente, por exemplo, do uso em pacientes com diagnóstico de déficit de atenção.
Segundo o comunicado, jovens com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH), claramente se beneficiam com o tratamento. Porém, é preocupante o crescimento de sua utilização por pessoas sem este transtorno, já que pouco se conhece sobre os efeitos a longo prazo do uso indiscriminado.
Os autores do alerta concluem que a prescrição de drogas moduladoras da atenção para crianças e adolescentes saudáveis não é justificável.
No Brasil, em 2012 o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica em que esclarece que os medicamentos que possuem o princípio ativo para tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA e que os seus usos aprovados são:
 
Tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH), em crianças a partir de 6 anos de idade;
Tratamento de narcolepsia (sintomas incluem sonolência durante o dia, episódios de sono inapropriados e ocorrência súbita de perda do tônus muscular voluntário).

A nota técnica alerta para possíveis casos de uso fora de situações aprovadas com o seguinte esclarecimento:

-- "CASO o medicamento seja usado fora de tais indicações, configurar-se-á uso fora da bula, não aprovado pela ANVISA, isto é, uso terapêutico do medicamento que a ANVISA não reconhece como seguro e eficaz. Nesse sentido, o uso e as consequências clínicas de utilização desse medicamento para tratamento não aprovado e não registrado na ANVISA é de responsabilidade do médico."
Autor: Equipe ABC da Saúde
Referência Bibliográfica
  • * Neurology on line 13 de março de 2013; 80:1-10
  • * Ministério da Saúde - Brasil - Nota Técnica N° 38 /2012

Você sabe a diferença entre Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial?

Você sabe a diferença entre Patrimônio Material e Patrimônio Imaterial? 

A criação do organismo federal de proteção ao patrimônio, ao final dos anos 30, foi confiada a intelectuais e artistas brasileiros ligados ao movimento modernista. Era o início do despertar de uma vontade que datava do século XVII em proteger os monumentos históricos.

Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional foi criado em 13 de janeiro de 1937 pela Lei nº 378, no governo de Getúlio Vargas.

A criação da Instituição obedece a um princípio normativo, atualmente contemplado pelo artigo 216 da Constituição da República Federativa do Brasil, que define patrimônio cultural a partir de suas formas de expressão; de seus modos de criar, fazer e viver; das criações científicas, artísticas e tecnológicas; das obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; e dos conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. 
Patrimônio Material
O patrimônio material protegido pelo Iphan, com base em legislações específicas é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis como os núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e móveis como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
Patrimônio Imaterial
Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural."

O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.
Livro TomboA expressão Tombamento e Livro de Tombo, provém do Direito Português, onde a palavra tombar tem o sentido de registrar, inventariar inscrever bens nos arquivos do Reino. Tal inventário era inscrito em livro próprio que era guardado na Torre do Tombo, a torre albarrã, do castelo de São Jorge, em Lisboa (Portugal). Ali se guardavam, para além dos referidos tombos de registo e demarcação de bens e direitos, os documentos da Fazenda, os capítulos das Cortes, os livros de chancelaria, os registos de instituição de morgados e capelas, os testamentos, os forais, as sentenças do juiz dos feitos da Coroa, as bulas papais, os tratados internacionais, a correspondência régia e muitos outros documentos oficiais da história do país, e muitos referentes à História do Brasil

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Tem dúvidas sobre direitos do trabalhador? Veja 15 direitos básicos

Tem dúvidas sobre direitos do trabalhador? Veja 15 direitos básicos

Profissional só pode começar a atuar com carteira assinada, diz legislação. Pagamento de salário e de 13º salário também possuem regras.


Tem dvidas sobre direitos do trabalhador Veja 15 direitos bsicos

A Consolidação das Leis Trabalhistas garante diversos direitos aos trabalhadores, mas muitas pessoas ainda não conhecem o que é garantido pela CLT, que estabelece as obrigações da empresa ou empregador sob pena de ter que responder judicialmente e pagar indenização ao trabalhador.
"É importante frisar que o conhecimento desses principais pontos é relevante para o trabalhador e para o empresário. Só com essa informação que se pode regularizar as relações, garantindo proteção e segurança jurídica a todos os envolvidos", afirma Gilberto Bento Jr, sócio da Bento Jr. Advogados.
Segundo Bento Jr, a lista tem apenas alguns dos direitos, sendo importante verificar o que dizem as convenções coletivas de trabalho da categoria dos contratados.
1) Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de trabalho Segundo Bento Jr, não existe aquela história de esperar para conhecer o trabalho do funcionário antes da contratação efetiva. "A carteira deve ser assinada obrigatoriamente ao iniciar os trabalhos".
2) Exames médicos de admissão e demissão A saúde do trabalhador deve ser uma preocupação constante, prevenindo situações de riscos, por isso é primordial que a empresa saiba previamente como essa se encontra e posteriormente ao fim do contrato de trabalho também, é uma garantia jurídica.
3) Repouso semanal remunerado Todo trabalhador tem direito a descansar pela lei, devendo ter ao menos uma folga por semana.
4) Salário pago até o 5º dia útil do mês "Pode parecer difícil obter caixa para cumprir em dia com essa obrigação, mas está na lei. A empresa não pode atrasar esse pagamento, caso contrário poderá ser alvo até mesmo de processos", afirma Bento Jr.
5) Primeira parcela do 13º salário paga até 30 de novembro e segunda parcela até 20 de dezembro Segundo Bento Jr, essa é uma dúvida muito frequente e é comum acontecer atrasos.
6) Férias de 30 dias com acréscimo de um terço do salário "Esse período deve ser somado anualmente. Importante é que legalmente não se deve admitir acúmulos de férias e mesmo a venda de férias deve ser liberada por convecção da categoria", diz Bento Jr.
7) Vale-transporte com desconto máximo de 6% do salário Independentemente de onde more o trabalhador, ele tem direito a ser ressarcido de seu deslocamento à empresa, sendo necessário contabilizar os meios de transportes tomados, diz Bento Jr.
8) Licença maternidade de 120 diasToda mulher depois do parto tem direito a esse período. Contudo hoje a legislação já permite e algumas empresas já aplicam a ampliação do prazo para até seis meses, ou 180 dias.
9) Licença paternidade de 5 dias corridos Para o pai, o período que poderá auxiliar no cuidado com o filho é bem menor, contudo, já existe projeto de lei que possibilita as empresas ampliares esses prazos. Para funcionários das empresas que fazem parte do Programa Empresa Cidadã, a licença foi ampliada para 20 dias.
10) FGTS O depósito de 8% do salário em conta bancária a favor do empregado é obrigatório, tornando-se uma garantia em caso de perda de emprego e em outras situações como entrada para a casa própria.
11) Horas-extras As horas extras são devidas toda vez que o empregado trabalha além da sua jornada normal de trabalho. Ela deverá ser paga com acréscimo de no mínimo 50% em dias úteis e 100% aos domingos e feriados.
12) Garantia de 12 meses em casos de acidente Quando há a ocorrência de acidentes de trabalho se tem uma preocupação legal muito grande em proteger o trabalhador, que ficará até um ano sem poder ser demitido;
13) Adicional noturno de 20% para quem trabalha das 22h às 5h "Esse é um dos pouco motivos que podem levar uma pessoa a querer trabalhar até altas horas da noite, pois os ganhos são podem ser interessantes", afirma Bento Jr.
14) Faltar ao trabalho Em alguns casos como casamento (três dias), doação de sangue (um dia por ano), alistamento eleitoral (dois dias), morte de parente próximo (dois dias), testemunho na Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico, nesses casos não ocorrerão descontos;
15) Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão As empresas também podem pagar para o trabalhador esse período, sem que ele precise trabalhar.
Fonte: G1
Leonardo Teles Gasparotto
Advogado.
WhatsApp (celular): 41-9767-8972 - Fixo: 41-3039-4031 - 41-3024-8964 - E-mail: leongasparotto@gmail.com - 6 anos de experiência. Áreas de atuação: Direito Civil, Empresarial, Família e Trabalhista. - Atuação em Curitiba, São José dos Pinhais, Piraquara, Pinhais, Colombo, Almirante Tamandaré, Araucá...

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Cobrança do transporte escolar durante as férias é legal?

Transporte escolar

Cobrança do transporte escolar durante as férias é legal?


Desde que informada antecipadamente e de forma clara ao consumidor, não há ilegalidade na cobrança. O mesmo vale para mensalidades diferenciadas cobradas pelas instituições de ensino durante o recesso de julho

Atualizado em 14/7/2016
Julho é o mês de férias escolares. Nesse período em que as crianças não vão à escola, porém, é quando surge uma das dúvidas mais frequentes dos pais: por que o transporte escolar precisa continuar sendo pago se meu filho não está indo à escola? 
 
No entanto, o serviço de transporte escolar pode, sim, cobrar mensalidade nos meses de férias desde que esse fato seja informado previamente ao consumidor.
 
Se os pais assinam um contrato com a empresa pela prestação do serviço, a cobrança nos meses de férias deve ser informada em cláusula expressa, assim como as regras para reajuste da mensalidade.
 
Caso não haja contrato, essas informações devem ser prestadas de outra forma, garantindo que o consumidor tome conhecimento desse fato previamente.
 
Se o consumidor não foi devidamente avisado e for surpreendido com uma cobrança com a qual não contava, pode contestá-la devido à infração ao direito à informação, previsto no artigo 6º, III, do Código de Defesa do Consumidor.
 
A mesma lógica se aplica quando há cobrança de mensalidades diferenciadas no período de férias para atividades extracurriculares na escola.
 
Mais dicas
 
Se você está pensando em contratar um serviço de transporte escolar para a volta às aulas, fique atento a essas dicas do Idec:
 
- Verifique se o motorista possui habilitação de categoria D, curso de transportador escolar concedido pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e licença para trabalhar. Para isso, ele deve ter mais de 21 anos, não ter cometido nenhuma infração gravíssima no trânsito, nem ser reincidente em infrações médias durante os últimos 12 meses.
 
- Solicite também o número da licença do condutor e consulte no Departamento de Transportes Públicos de sua cidade (órgão geralmente ligado à Secretaria de Transportes da prefeitura) se ele está autorizado a circular.
 
- O veículo deve estar em boas condições de uso e higiene, possuir placa vermelha e autorização do Denatran fixada no lado interno e em local visível. Entre os itens de segurança, deve ter extintor de incêndio com capacidade mínima de 4 kg e limitadores de abertura de vidros.
 
- O uso obrigatório de cadeirinha nos veículos de transporte escolar para crianças de até 7 anos e meio foi aprovado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) em 2015. Inicialmente, a medida entraria em vigor em janeiro de 2016, mas depois a fiscalização (ou seja, a aplicação de multa para quem descumprir a regra) foi adiada para 2017.  
 
- Quanto mais informações tiver antes de assinar o contrato, melhor. Buscar referências na escola e com outros pais sobre o serviço é sempre recomendável.
(Fonte: Boletim IDEC - Jul 2016)

Tratamento de água

Tratamento de água 


 



A água é o constituinte mais abundante da Terra e o ingrediente essencial da vida. Aproximadamente 70% da superfície terrestre encontram-se cobertos por água. No entanto, menos de 3% do volume da água existente são de água doce, cuja maior parte está concentrada em geleiras polares e neves nas montanhas, restando uma pequena porcentagem de águas superficiais disponíveis para uso no planeta.

O Brasil é um país privilegiado com relação à disponibilidade de água porque detém 53% do manancial de água doce disponível na América do Sul e possui o maior rio do planeta, o Amazonas. Os climas equatorial, tropical e subtropical que atuam sobre o território proporcionam elevados índices pluviométricos. No entanto, mesmo com grande disponibilidade de recursos hídricos, o país sofre com a escassez de água potável em algumas regiões. A água doce disponível em território brasileiro está irregularmente distribuída: aproximadamente, 72% dos mananciais estão presentes na região amazônica, restando 27% na região centro-sul e apenas 1% na região nordeste do país.

A água consumida na Grande São Paulo vem principalmente de rios e represas. O sistema de abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo atualmente atende cerca de 60% da população por meio da captação de águas superficiais de mananciais mas nas regiões mais distantes a captação é realizada por intermédio de bombeamento de águas subterrâneas. Grande parte do interior do Estado de São Paulo também é abastecida por poços subterrâneos.

Tratamento

A água deve ser tratada para eliminar qualquer tipo de contaminação e para evitar a transmissão de doenças, tornando-a potável. O tratamento da água é importante porque, em função do aumento da poluição e do aumento da população, que trouxe como conseqüência o aumento do consumo, há necessidade de remoção de contaminantes para que a água disponível possa ser usada para consumo humano. A remoção desses contaminantes se dá por intermédio de tratamentos específicos. O tratamento consiste em um conjunto de procedimentos físicos e químicos para que a água fique em condições adequadas para ser consumida. As principais etapas do processo de tratamento convencional são as seguintes:

1.Coagulação: Quando a água em seu estado natural (bruta) entra na ETA – Estação de Tratamento de Água – ela recebe uma quantidade de um determinado coagulante. Este produto tem a função de aglomerar partículas sólidas que se encontram na água, formando flocos. Essa etapa do processo ocorre sob agitação muito forte, chamada de mistura rápida. Nessa etapa, quando necessário, adiciona-se um alcalinizante para correção do pH.

2.Floculação: Nessa etapa do processo, com a água ainda em movimento mas em velocidade menor que a etapa anterior, as partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores, ganhando peso, volume e consistência.

3.Decantação: A etapa de decantação ocorre por ação da gravidade. Os flocos formados com as impurezas se depositam e ficam sedimentados no fundo de tanques, chamados de decantadores, separando assim as impurezas inicialmente presentes na água.

4.Filtração: - Após a decantação a água ainda contém impurezas que não foram sedimentadas. Por isso, ela precisa passar por filtros constituídos por camadas de areia ou areia e antracito, suportadas por cascalho de diversos tamanhos. Nesta etapa, as impurezas de menor tamanho ficam retidas no filtro.

5.Desinfecção: A água já está limpa quando chega a esta etapa, mas ela recebe ainda mais uma substância: o cloro, ou em alguns casos, o ozônio, que além de desinfectante, funciona como um oxidante. Estas substâncias aplicadas na etapa de desinfecção têm a função de eliminar microrganismos causadores de doenças, garantindo também a qualidade da água nas redes de distribuição e nos reservatórios. Atualmente no Brasil, para atendimento às legislações, deve-se manter sempre um residual mínimo do desinfectante na rede de distribuição.

6.Correção de pH: Para proteger as canalizações das redes e das casas contra corrosão ou incrustação, a água recebe uma dosagem de alcalinizante. Normalmente é utilizado a cal, para corrigir seu pH.

7.Fluoretação: - Finalmente, a água é fluoretada, em atendimento à Portaria do Ministério da Saúde. Essa etapa consiste na aplicação de uma dosagem de um composto de flúor (ácido fluorsilícico). Esse composto reduz a incidência da cárie dentária, especialmente no período de formação dos dentes, que vai da gestação até a idade de 15 anos. A aplicação do ácido também previne a formação de cárie dentária em crianças.

O tempo de duração do tratamento varia de acordo com a qualidade da água recebida. Isto porque é a qualidade da água que chega à estação de tratamento que vai determinar o tempo necessário em cada etapa do processo. A qualidade da água que chega à população é garantida por monitoramentos diários e freqüentes no processo de tratamento. O químico tem o papel de manter o controle operacional do processo de tratamento de água, de modo a garantir que todos os parâmetros regulados pela legislação sejam atendidos.

Os produtos químicos utilizados no tratamento da água e suas finalidades são:

Oxidantes (cloro, ozônio, permanganato de potássio) - Oxidar metais (ferro e manganês) e matéria orgânica presentes na água bruta (sem tratamento).
Coagulantes (sulfato de ferro e alumínio, cloreto férrico): Desestabilizar as partículas de modo que elas se combinem com as partículas de “impurezas” e formem os coágulos.
Alcalinizantes (cal, carbonato de sódio) : Corrigir o pH das etapas do processo e da água final que será distribuída para a população, de modo que ela não mantenha características corrosivas ou incrustantes.
Desinfectantes (cloro, ozônio, hipoclorito de sódio, hipoclorito de cálcio): Eliminar microrganismos prejudiciais à saúde, que podem estar presentes na água.
Fluoretantes (ácido fluorsilícico): Reduzir e prevenir cáries dentárias.

A partir do momento em que a água sai do processo de tratamento, ela atende os padrões de potabilidade exigidos pela legislação. Para garantir que está sendo mantida a qualidade exigida até o ponto de consumo, diariamente é realizado um monitoramento de todo o sistema de abastecimento. Todos os dados coletados são acompanhados pela Vigilância Sanitária. Mesmo assim, não é recomendável o consumo direto da água sem a utilização de filtros ou outros equipamentos de purificação. É que as impurezas de tamanho reduzido que não ficaram retidas no processo de decantação durante o tratamento precisam passar por filtros. Por esse motivo recomenda-se que, para o consumo humano, a água passe por esse processo de filtração, para garantir sua potabilidade.

A importância do cloro e do flúor

Adiciona-se gás cloro ou hipoclorito de sódio à água tratada com o objetivo de combater a disseminação de doenças, do ponto de vista bacteriológico. A ação do cloro ou do hipoclorito consiste na desinfecção da água e na eliminação de microrganismos patogênicos. Os compostos de cloro usados para o tratamento da água são: gás cloro, hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio. Mas, quantidades em excesso desses compostos podem ser prejudiciais à saúde. Numerosos estudos mostram que quando o cloro se mistura com substâncias orgânicas naturais podem se formar organoclorados, chamados THMs (trihalometanos). Em estudos de laboratório, THMs são conhecidos por danificar a glândula tireóide, causar tumores cancerosos e afetar o sistema nervoso, fígado e rins, além de causar distúrbios no sistema reprodutivo. Atualmente se faz o controle de THMs através de análises de cromatografia, que são realizadas por profissionais da química. Além dessas análises, existe um controle constante dos resíduos de cloro, cuja frequência depende do caso, isto é, se a água é superficial ou subterrânea.

Água da chuva e água de reúso

A água da chuva pode ser utilizada para consumo humano, desde que seja tratada de forma a manter os padrões determinados pela legislação. Já a água de reúso pode ser utilizada de várias formas:
 
-Reúso indireto não planejado – ocorre quando a água utilizada em alguma atividade é descarregada no meio-ambiente e novamente utilizada de maneira não intencional e não controlada.

-Reúso indireto planejado – os efluentes são tratados e depois descarregados de forma planejada em corpos superficiais de água ou subterrâneos. A água poderá ser
 utilizada novamente de maneira controlada.

-Reúso planejado – o reúso da água é resultado de uma ação humana consciente, que começa com a descarga de efluentes. Para que o reúso seja planejado, é preciso que o efluente seja tratado em uma estação de tratamento que atenda aos padrões de qualidade exigidos pelo uso desejado.

- Reciclagem de água – trata-se do reúso da água para o mesmo fim que tivera quando potável, antes de sua descarga no sistema de tratamento ou outro local onde ficou depositada.

Nas áreas urbanas a água de reúso é utilizada para irrigar jardins, campos de golfe e quadras esportivas, canteiros ao longo das ruas e estradas, torres de resfriamento, parques e cemitérios. Ela também pode ser usada para descarga em banheiros, na lavagem de veículos, no combate a incêndios, em lagos e lagoas para recreação, na limpeza de tubulações e sistemas decorativos e em muitas atividades da construção civil, como a compactação do solo, controle da poeira, lavagem de equipamentos e na produção de argamassa e concreto.

A água de reúso não deve ser utilizada para se beber e nem deve ser tocada, pois pode conter coliformes fecais. Dependendo do tipo de uso que se quer dar à água, o tratamento deve ser mais ou menos rigoroso.

A água de reúso não deve ser utilizada para consumo humano porque não se conhece os riscos que pode trazer à saúde nem quais doenças pode transmitir. Mas o reúso indireto, quando o esgoto é lançado em um rio ou lago e depois esta água poluída é tratada, já é utilizado em muitas estações de tratamento da Sabesp, em São Paulo. A represa de Guarapiranga, na Grande São Paulo, é um dos exemplos de reúso para fins potáveis, pois a água poluída da represa é tratada nas estações de tratamento e depois distribuída à população já como água potável.

Curiosidades

 
Uma pessoa sobrevive apenas uma semana sem água;
  • 9.400 litros de água são necessários para produzir 4 pneus de carro;
  • Todos os anos, 10 milhões de pessoas morrem no mundo todo, metade com menos de 18 anos, com doenças que não existiriam se a água fosse tratada.
Mais sobre tratamento de água:

 
Texto: Mari Menda
Ass. de Comunicação e Marketing CRQ-IV
crq4.comunica3@totalwork.com.br
Especialista consultada: Francismeire Ana dos Santos Costa
Engenheira Química, Pós-Graduada em Engenharia Sanitária Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Supervisão: Prof. Antonio Carlos Massabni
Unesp-Araraquara
Imagens sxc.hu

Paronímia

Paronímia


Paronímia
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Quando estudamos a língua portuguesa, deparamo-nos com uma infinidade de regras e também algumas exceções. Nosso idioma pode parecer complicado, mas quem tem interesse e curiosidade pela Gramática também tem muito mais chances de conhecer todas as suas singularidades. Entre os diversos fenômenos relatados pela Linguística, ciência que estuda as línguas, está a paronímia. Você sabe o que é paronímia?
A paronímia é um fenômeno explicado pela Semântica, ramo da Linguística que estuda o significado das palavras. As palavras parônimas são “palavras gêmeas”, ou seja, apresentam diversas semelhanças, mas, na verdade, são diferentes. Elas são parecidas em sua estrutura fonológica, isto é, têm uma pronúncia aproximada, mas são divergentes em relação aos seus significados. Quer ver alguns exemplos? Observe o quadro:
As palavras acima são exemplos de palavras parônimas. Contudo, existem muitos outros vocábulos que exemplificam esse fenômeno da língua
As palavras acima são exemplos de palavras parônimas. Contudo, existem muitos outros vocábulos que exemplificam esse fenômeno da língua
As palavras parônimas podem diferir na base de prefixos ao mesmo radical, como no exemplo abaixo:
proscrever e prescrever
E também podem diferir em seus radicais. Observe:
matilha e mantilha
Além das vinte palavras que listamos na tabela, existem muitas outras que exemplificam a paronímia. Essa semelhança entre os vocábulos é causadora de muitos deslizes gramaticais, pois muita gente acaba confundindo e trocando uma palavra por outra, o que pode gerar problemas de compreensão na modalidade oral e na modalidade escrita. Essa alteração semântica é muito comum, mas nem todos sabem como e quando usar a palavra correta no momento ideal. Para não errar, sempre que houver dúvidas, consulte um bom dicionário e bons estudos!

Por Luana Castro
Graduada em Letras  (Escola Kids)

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Os 10 cargos mais bem pagos que não exigem Ensino Superior

Os 10 cargos mais bem pagos que não exigem Ensino Superior

Ranking da Catho revela as funções mais bem remuneradas - média salarial da primeira posição chega a ultrapassar 5 mil reais

Redação, Administradores.com, iStock
Mesmo sem um diploma do Ensino Superior, há profissões que oferecem salários interessantes. É o que revela um levantamento feito pela Catho, site líder em empregos no país.
Na lista com os 10 cargos mais bem remunerados e que não exigem formação superior, a média salarial mensal pode ultrapassar R$ 5 mil. Esse é o caso do Técnico de Petróleo, profissão que lidera o ranking da Catho.
“O diploma técnico é capaz de preparar profissionais para exercer determinadas atividades que tiveram um crescimento importante nos últimos anos e passaram a oferecer remunerações mais atraentes”, afirma Murilo Cavellucci, diretor de gente e gestão da Catho.
Veja a tabela completa abaixo:

Já na área de Assistência Técnica, o Técnico em Inspeção de Equipamentos ocupa o quarto lugar na lista de melhores remunerações, com um rendimento mensal de R$ 4.127,80.O segmento Industrial/Operações é o que possui mais profissões na lista de cargos mais bem remunerados e que não exigem formação superior. Do total de 10 profissões no ranking, seis pertencem à área: Ferramenteiro de Corte e Repuxo (2º lugar), Técnico Sucroalcooleira (3º lugar), Ferramenteiro de Manutenção (7º lugar), Ferramenteiro de Moldes Plásticos (8º lugar), Projetista Mecânico (10º lugar). (Fonte: Adm Newsletter)

Pesquisa sugere ingestão de micronutrientes para tratar depressão e hiperatividade



Pesquisa sugere ingestão de micronutrientes para tratar depressão e hiperatividade

A abordagem polêmica é adotada por dois médicos brasileiros e, segundo estudos, pode reduzir as doses de medicações tradicionais


Isabela de Oliveira - Correio Braziliense -  Publicação:12/07/2016 13:30
“Oferecer a mesma prescrição de medicamentos para indivíduos diferentes é como dizer que todos calçam o mesmo número de sapato”, diz o engenheiro químico William Walsh, cientista norte-americano que defende o tratamento e a cura de doenças psiquiátricas pelo equilíbrio de micronutrientes no organismo. Não que Walsh seja contra a ingestão de drogas psiquiátricas. “Mas nem todos os pacientes precisam usá-las e muitos dos que necessitam poderiam se beneficiar com doses menores”, ressalta o cientista, criador de um protocolo de tratamento de doenças mentais baseado na influência de alimentos e de suplementação sobre a epigenética, processo que regula a atividade dos genes sem alterar o código de DNA.

Na América do Sul, apenas dois médicos estão aptos a aplicar o protocolo de Walsh: o neurologista Raimundo Santos, no Rio de Janeiro, e o psiquiatra Honório Roberto Yamaguti, de São Paulo. “A ciência exige que tenhamos mente aberta e estejamos abertos a novos conhecimentos, e muitos estudos têm apontado um caminho promissor para esse tipo de tratamento”, diz Yamaguti. Ele pretende levar a abordagem para o Sistema Único de Saúde (SUS). Por enquanto, os exames são feitos apenas em laboratórios dos Estados Unidos pelo valor médio de US$ 300.

Com Carl Pfeiffer — indicado ao Prêmio Nobel por estudos em nutrigenômica e medicina molecular na década de 1980 —, Walsh listou um conjunto de sinais e sintomas que guiam a avaliação clínica. “Ao detectar o problema, pego o protocolo específico e introduzo nutrientes. Observo ao longo das semanas se o paciente responde e, se piorar, vou para o caminho oposto. Medicamentos psiquiátricos nunca perderão o seu lugar, nem durante esse procedimento. O papel deles em crises e em surtos é incontestável por agirem mais rápido para aliviar os sintomas do que os nutrientes. A importância deles é evidente, mas precisamos saber onde ela está”, diz Yamaguti.

A abordagem é polêmica e até perigosa, considera Antonio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). “Não existem recomendações internacionais que incluam essa estratégia como um tipo de tratamento. Também não há comprovação científica de que ela ofereça benefícios. Tudo isso pode ser achismo”, diz o psiquiatra. Segundo Emmanuel Fortes, terceiro vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), a estratégia não é incomum na medicina. “Médicos sempre usaram vitaminas D e C, e complexo B, em seus pacientes, o que não dispensa o tratamento clássico. Pode até acontecer de a pessoa diminuir as doses do medicamento, mas não há ainda correlação com os suplementos”, pondera Fortes, também coordenador da Câmara Técnica de Psiquiatria do CFM.

Neurotransmissores
Os estudos de Walsh, contudo, indicam ligação entre melhora e suplementação, apesar dos medicamentos. Um estudo que durou 12 meses e foi publicado em 2010 no Jornal do Australasian College of Nutritional and Environmental Medicine (ACNEM) mostrou que 44,9% de 567 pacientes com transtornos mentais diversos tiveram melhoras com medicação e suplementação. No grupo não tratado com os micronutrientes, 19% das pessoas relataram progresso. Walsh acredita que a sobrecarga ou a deficiência de micronutrientes altera o funcionamento dos neurotransmissores no cérebro, causando doenças.

Mas nem sempre os neurotransmissores estão envolvidos (veja arte). Em 2014, o cientista mostrou, no Congresso da Associação Americana de Psiquiatria, que a depressão pode ser dividida em cinco subtipos, sendo que três não estão relacionados com o neurotransmissor serotonina. “Isso significa que nem todos os casos de depressão devem ser tratados com medicamentos inibidores seletivos da recaptação da serotonina, drogas que aumentam a disponibilidade desse neurotransmissor”, diz. A análise contou com 300 mil amostras de testes de sangue e urina e 200 mil históricos médicos de 2,8 mil pacientes.

Coordenador do Ambulatório de Transtornos do Humor do Hospital Universitário de Brasília (HUB), o psiquiatra Fabiano Gomes diz que ainda é cedo para determinar como esses micronutrientes funcionam no organismo. “Sabemos que a dieta predispõe e/ou agrava os sintomas de doenças mentais, mas não sabemos exatamente como isso ocorre. Pode ser que seja uma influência na composição da microbiota, que interfere no metabolismo do organismo, mas pode também ser melhorando o funcionamento cerebral”, especula Gomes, membro da International Society for Nutritional Psychiatry Research.

Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais  (Cristiano Gomes / CB / D.A Press)
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Prevenção
Na incerteza, o especialista recomenda que as estratégias sejam preventivas. “Alguns colegas prescrevem, sim, micronutrientes. Mas essa não é uma abordagem amplamente difundida. Como coadjuvante, acredito que seja válida”, diz. Apesar dos efeitos cada vez mais estudados dos suplementos, a nutricionista Mariana Melendez Araújo, especialista em pesquisa clínica pela Faculdade de Medicina de Harvard (EUA), também não aconselha o tratamento de transtornos psiquiátricos apenas com nutrientes. “O medicamento tem ação curativa, enquanto o nutriente, ação protetora. O trabalho deve ser multidisciplinar e profiláxico. Se a pessoa sabe que tem histórico familiar para certas doenças da mente, deve fazer de tudo para evitar o adoecimento. A resposta pode estar na alimentação, mas antes que a doença se instale”, defende.

Walsh também prefere prevenir a remediar. “Crianças com distúrbios do comportamento são as que mais se beneficiam, porque o ambiente em que elas crescem é crucial para o desenvolvimento de problemas futuros. Mais tempo vivendo em desequilíbrio significa um problema agravado. Claro que há casos impossíveis, como o do assassino Charles Manson (fundador de um grupo que cometeu uma série de assassinatos que chocou os Estados no fim da década de 1960), que eu pude analisar. Independentemente da família, ele apresentaria o comportamento nocivo.”

Dimitri Gabriel Homar, diretor-presidente da regional Brasília da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), compartilha da opinião de que o tratamento nutricional de pacientes com graus acentuados da doença é mais difícil. “Esse ajuste deve ser feito desde cedo, com nutroterapia, não dieta. Nesse sentido, acho o trabalho de Walsh muito válido.” (Fonte: Estado de Minas - 13062016)