sexta-feira, 30 de setembro de 2016

16 direitos do consumidor que muitos comerciantes fazem questão de esconder


16 direitos do consumidor que muitos comerciantes fazem questão de esconder



16 direitos do consumidor que os comerciantes fazem questo de esconder
Quem nunca perdeu a comanda na balada e teve que pagar um valor absurdo? Quem nunca comprou um negocinho na internet, se arrependeu, mas teve que arcar com o custo mesmo assim?
Como já vimos anteriormente, o cliente nem sempre tem razão, porém existem muitos lugares que fazem com que ele acredite que está sempre errado. Mas como consumidores, não precisamos entrar nessa onda!
Veja também:
10 direitos trabalhistas que todos devem saber
Para não deixar nenhum lugar levar vantagem sobre você, criamos uma lista com os direitos do consumidor que pouca gente sabe que tem.
Então, assim quando um lugar estiver passando a perna em você, use os amigos fiéis: Código de Defesa do Consumidor (Lei 8078/90) e Superior Tribunal de Justiça.

1. Não existe valor mínimo para passar no cartão

De acordo com o Artigo. 39, parágrafo IX do CDC não existe valor minimo para pagamentos no cartão tanto de credito ou debito. Então sim, você pode comprar uma bala de 10 centavos e passar no cartão.

2. Toda loja deve ter exposto de forma clara os preços e informações dos produtos

As lojas devem expor todas as informações sobre quantidade, composição, preço, e tudo o que o cliente quiser saber dos produtos e serviços que são vendidos. Então se quando você chegar no caixa de um estabelecimento e somente lá descobrir que o preço ou alguma das especificações do produto for diferente, você pode recorrer ao inciso III do Artigo 6 do CDC.

3. Quando você recebe uma cobrança indevida, deve ser reembolsado em dobro

Você recebe aquela conta, paga, e só depois viu que aquela cobrança estava errada. De acordo com o Artigo 42 (parágrafo único) do CDC, a empresa que te cobrou indevidamente deve devolver o valor pago a mais em dobro, com correção monetária e juros. Mas se o engano acontecido for justificável, a prestadora de serviços fica isenta da obrigação. Caso se interessar, temos um outro artigo falando de forma mais detalhada sobre a devolução em dobro.

4. Não se pode obrigar o cliente a pagar multa por perda de comanda de consumo

E para garantir isso o CDC não tem um, mais dois artigos sobre o assunto, Art. 39 (inciso V) e Art. 51 (inciso IV). Então quando aquela comanda sumir na balada, o estabelecimento não pode exigir que o cliente pague uma multa ou pague sobre possíveis produtos existentes na comanda mais a multa como alguns lugares exigem. Isso seria, de acordo com os artigos do CDCexigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva.”

5. Os 10% do garçom não é obrigatório

Muitos lugares sempre incluem na conta aqueles 10% do garçom mas se você sentir que não foi bem atendido, pode pagar só o que consumir, isso é totalmente opcional. Afinal, esse tipo de bonificação nem se encontra no CDC, e assim como está presente na Constituição Federal: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (Art. 5 – II).

6. É abusivo um local estabelecer consumação minima

A venda de entrada com consumação casada está prevista no inciso I do Artigo 39. Ou seja, um bar ou restaurante que coloca um valor minimo de consumação para o cliente é considerada, pelo CDC, uma forma de condicionar a pessoa a, além de pagar a entrada, consumir os produtos local.

7. Construtoras devem pagar indenização por obras atrasadas

Não sabe quais são os seus direitos no atraso da entrega de imóveis? Nesse caso, não é o CDC que vai te ajudar, mas uma ARE do STJ. De acordo com ela, se aquele seu apê maneiro atrasar na entrega porque a obra não acabou, a construtora deve pagar uma indenização ao cliente. Além disso, se os matérias tiverem danos devido ao atraso, o problema fica por conta dela, assim como o aluguel do consumidor que ficou sem o imóvel novo.

8. O Sati não é um serviço obrigatório

Geralmente, quando alguém compra um imóvel na planta, é cobrado o Serviço de Assessoria Técnico Imobiliária (Sati). A cobrança desse serviço não é ilegal, mas também “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”, Constituição Federal (Art. 5 – II). Afinal isso é só uma espécie de assistência dada por advogados indicados pela imobiliária.

9. Passagem de ônibus é válida por um ano

Se você avisar a empresa de ônibus com no máximo três horas de antecedências que sua viagem de feriado foi substituída por horas extras no trabalho, eles podem remarcá-la mesmo que na sua passagem tenha data e hora. De acordo com a Lei 11.975 de 2009, você tem até um ano para remarcar.

10. As mensalidades pagas antecipadamente de um curso que o aluno desistiu devem ser devolvidas

Mas a escola pode cobrar multa de cancelamento se estiver prevista em contrato. De acordoado com o artigo 9.º do Decreto 22.626/33, o valor do serviço contratado não pode passar de 10%.

11. Doadores de sangue dos estados de PR, ES e MS tem direto a meia entrada

Sim! Se você reside em alguns desses estados e tem registro em algum hemocentro e bancos de sangue pode usufruir do direito de pagar meia entrada. Tudo esta previsto nas Leis Estaduais 13.964/2002 (PR), 7.737/2004 (ES) e 3.844/2010 (MS).

12. Você tem até 7 dias para desistir de uma compra virtual

Então você viu que tinha um promoção incrível e gastou até a mãe naquele site de compras, você pode sim mudar de ideia e desistir sem pagar pelo produto ou serviço se a contratação for feita feita via internet ou telefone. A chamada ‘Lei do Arrependimento’, se encontra no artigo 49 do CDC. Conheça mais direitos do consumidor nas compras pela internet.

13. Se a ligação do celular cair, você pode refazer a ligação sem pagar nada em até 2 minutos

Você está falando com a pessoa e do nada a ligação cai, então você terá de pagar pra ligar pra ele de volta? Não, a Resolução nº 604, de 27 de novembro de 2012, da Anatel garante que chamadas de um celular para o mesmo número, sejam cobradas como uma única ligação, se for dentro de 120 segundos.

14. Seu nome tem de ficar limpo em até 5 dias após pagamento de divida

A partir da data do pagamento, o nome do devedor deve ser retirado em até 5 dias dos órgãos de proteção ao crédito. Está presente no artigo 43 do CDC.

15. Estacionamento são responsáveis por objetos deixados no interior do veículo

Todo cidadão já deve ter se deparado com o seguinte aviso: ''não nos responsabilizamos por objetos deixados no interior do veículo.'' Pois saiba que, mesmo que essa famigerada placa esteja afixada em letras garrafais na porta do estabelecimento, se algo for danificado ou roubado do interior do veículo, a culpa é do estacionamento, de acordo com a Súmula 130 do STJ.

16. Os bancos devem ter serviços gratuitos

As taxas de serviços de banco não são obrigatórias, porém de acordo com a Resolução no 3.919/2010 do Banco Central do Brasil, todo banco deve ter um pacote básico e gratuito que garanta o chamado“serviços essenciais”. O banco precisa disponibilizar fornecimento de cartão de débito, realização de até 4 saques e 2 transferências por mês, 10 folhas de cheque mensais e fornecimento de até 2 extratos.


Adriano Alves de Araujo, Advogado
Sócio do escritório Alves Araujo - Advogados Associados
Formado pela Faculdades Integradas de Guarulhos em 2009, inscrito nos quadros da OAB/SP sob o n. 299525. Membro e sócio fundador do escritório Alves Araujo - Advogados Associados(Fonte: Jus Brasil - Set/16)

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A importância dos saneantes na sala de cirurgia

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Produtos químicos indispensáveis da limpeza doméstica à esterilização de artigos cirúrgicos

As substâncias químicas têm a propriedade de interagir umas com as outras de várias formas e, quando associadas, podem somar estas propriedades e gerar produtos formulados que auxiliam nas mais diversas necessidades, como, por exemplo, os produtos de limpeza.

Estes produtos, tecnicamente denominados Saneantes, são definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como aqueles destinados à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e/ou públicos, em lugares de uso comum e no tratamento da água, e têm sua regulamentação sob a responsabilidade da Gerência Geral de Saneantes (GGSAN) daquele órgão.

Dentre as categorias de saneantes, podem ser destacados:
  • os produtos de limpeza geral, como os sabões, os detergentes, os alvejantes, as ceras/lustradores/polidores, os removedores;
     
  • os produtos com ação antimicrobiana, como os desinfetantes e os esterilizantes;
     
  • os desinfestantes, como os inseticidas, os produtos para jardinagem amadora, os raticidas e os repelentes, que são aqueles produtos usados com o intuito de matar, controlar ou repelir vetores indesejáveis, como, por exemplo, baratas, mosquitos, formigas, dentre outros.
Antes de serem colocados no mercado, estes produtos são desenvolvidos e têm sua qualidade controlada por profissionais com conhecimentos químicos específicos para o trabalho em cada setor da fábrica. Para se alcançar um produto com qualidade, devem ser estudados criteriosamente os componentes e suas possíveis associações, além das maneiras de realizá-las, o que configura o processo de fabricação. Além disso, devem ser definidos quais métodos de controle da qualidade serão empregados para verificar a ação desejada e controlar qualquer risco associado ao seu uso.

Outra medida importante é definir o tipo de embalagem que será adequada à sua comercialização. Para os produtos que oferecem um risco maior à saúde se ingeridos, é necessário adotar tampas à prova de abertura por crianças, como aquelas em que é preciso não só rosquear, mas também apertar para abrir o produto.

Todo esse trabalho tem como objetivo colocar no mercado produtos que realmente atendam os fins a que se destinam. Assim, um sabão ou um detergente deverá auxiliar na remoção de sujeiras; a água sanitária deverá desinfetar ou alvejar; um repelente ou um inseticida deverá manter afastado ou matar o inseto indesejado; um esterilizante deverá eliminar microrganismos de artigos cirúrgicos, de forma a evitar que pacientes venham a contrair infecções hospitalares por contaminação. Isso tudo sem que nenhuma substância química presente nestes produtos, ou que venha a ser formada durante o seu prazo de validade, cause efeitos indesejados aos usuários ou danos ao meio ambiente.

Tecnicamente, para certificar-se de que o produto não oferece tais riscos, é necessário realizar testes de eficácia e segurança exigidos pela GGSAN. Um saneante, para ser aceito por esta gerência, deve apresentar uma documentação técnica, a qual inclui os referidos testes, que é submetida à avaliação dos especialistas em vigilância sanitária da Anvisa. Somente após a sua aprovação, estará legalmente autorizado a ser comercializado.

Estes testes consistem em submeter amostras dos desinfetantes ou esterilizantes a microrganismos representativos, ou, no caso dos desinfestantes, aos vetores alvo, para comprovação das suas eficácias. Como parte do gerenciamento de risco do uso destes produtos, eles são também submetidos a estudos, como por exemplo, de irritabilidade da pele e dos olhos, para classificação toxicológica, e de estabilidade, para determinação do seu prazo de validade.

Ainda no processo de gerenciamento do risco que os produtos oferecem aos usuários, a GGSAN classifica os saneantes em dois grupos distintos:
  • Risco I: produtos de limpeza em geral que, por sua destinação de uso e pelas características de suas formulações, oferecem menor risco. Por isso, passam por um processo mais simples de avaliação na Anvisa, denominado notificação;
     
  • Risco II: produtos que apresentam características mais ácidas ou alcalinas e os que requerem comprovação de eficácia, por exemplo, os antimicrobianos e os desinfestantes. São registrados e passam por uma avaliação mais profunda, principalmente quanto à eficácia e propriedades toxicológicas. Desta forma, devem apresentar algumas frases específicas em sua rotulagem para uma melhor orientação aos usuários.
A importância das informações geradas por estes estudos aos usuários pode ser verificada quando uma das frases obrigatórias nos rótulos de produtos saneantes alerta:

“LEIA ATENTAMENTE O RÓTULO ANTES DE USAR O PRODUTO”

O perigo dos produtos “caseiros”.

Os produtos de limpeza conhecidos como “caseiros” ou clandestinos não passam por nenhum desses testes tampouco têm qualquer documentação técnica submetida à averiguação dos especialistas da Anvisa. Também não há garantia de que o processo de fabricação tenha sido acompanhado por profissional da química, o que significa que ele, na maioria da vezes, foi conduzido por pessoas leigas, sem nenhum conhecimento do que ocorre na interação entre as matérias-primas. Resultado: o produto pode até deixar um cheirinho gostoso na casa, mas dificilmente vai limpá-la adequadamente ou eliminar os microorganismos. Ou seja, são ineficazes.

Isso sem contar que a cor atribuída a esses produtos e as embalagens inapropriadas em que são comercializados (geralmente, garrafas de refrigerante) são um grande atrativo para as crianças. Infelizmente, várias já sofreram intoxicações por terem ingerido o produto, confundindo-o com refrigerante.

A GGSAN mantém um sistema em sua página da internet para que qualquer cidadão possa verificar se determinado saneante está ou não devidamente regularizado, ou seja, se teve a sua formulação avaliada quanto às características de eficácia e segurança previstas, inclusive com a possibilidade de visualização da rotulagem dos produtos. Também é mantido um programa de orientação quanto ao uso e os riscos no uso de produtos não registrados, como o guia Orientações Para os Consumidores de Saneantes.

O programa inclui alertas técnicos quanto às novas avaliações de substâncias químicas anteriormente autorizadas, nas quais se detectaram riscos, como por exemplo, os associados ao uso de substâncias que contém o grupamento funcional aldeído – o Formaldeído (Formol) e o Glutaraldeído.

Desta forma, os produtos de limpeza estão constantemente sendo inovados e monitorados pelos fabricantes e pelos órgãos reguladores, com o intuito de promover e proteger a saúde do cidadão.

Material de interesse: 
 
1. Conceitos técnicos de saneantes:
http://www.anvisa.gov.br/saneantes/con ceito.htm

2. Consulta de Produtos Registrados:
http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Consulta_Produto/consulta_saneante.asp

3. Consulta de Produtos Notificados:
http://www7.anvisa.gov.br/datavisa/Notificado/notificado.asp

4. Manual de Protocolos para Testes de Eficácia de Produtos Desinfetantes (em revisão):
http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/saneantes/desinfestantes.pdf

5. Orientações para os consumidores de saneantes:
http://www.anvisa.gov.br/saneantes/cartilha_saneantes.pdf

6. Uso de Formaldeído como Substância Ativa em Formulações de Saneantes:
http://www.anvisa.gov.br/saneantes/cates/parecer/formaldeido2.htm

7. Norma Técnica que institui medidas de controle sobre o uso do Glutaraldeído nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde:
ftp.saude.sp.gov.br/ftpsessp/bibliote/informe_eletronico/2007/ielsabr.07/iels73/E_RS-27-REP_280207.pdf

 

Ubiracir Fernandes Lima Filho
Químico Industrial, mestre em Produtos Naturais e doutor em Vigilância Sanitária. É coordenador do curso de pós-graduação em Tecnologia de Saneantes,promovido pela Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes (ABAS) em parceria com o CRQ-IV.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Diferença entre veia, artéria e capilar

Diferença entre veia, artéria e capilar

Biologia

A diferença entre veia, artéria e capilar pode ser encontrada no calibre de cada vaso e no caminho que o sangue percorre pelo corpo.
Os vasos sanguíneos, assim como o coração, são componentes do sistema cardiovascular, também chamado de sistema circulatório. Apesar de todos serem vasos que transportam sangue, existem algumas diferenças básicas entre veia, artéria e capilar.
Característica comum aos vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos normalmente são formados por algumas camadas (túnicas) em comum: a túnica íntima, túnica média e túnica adventícia. A túnica íntima, camada mais interna, é formada por células endoteliais que se apoiam em tecido conjuntivo. Em seguida, temos a túnica média, formada por células musculares lisas e tecido elástico. Nais externamente, temos a túnica adventícia, formada principalmente por tecido conjuntivo denso não modelado e tecido conjuntivo frouxo.
Artérias
As artérias saem do coração e tornam-se cada vez mais finas à medida que se ramificam. Esses vasos apresentam como função principal levar o sangue e, consequentemente, nutrientes e oxigênio do coração para os tecidos.
As artérias transportam sangue sob alta pressão, sendo necessário, portanto, paredes elásticas e fortes. Como dito anteriormente, os vasos sanguíneos, de uma maneira geral, apresentam três túnicas, entretanto, nas artérias maiores, a túnica média é bem mais espessa e rica em fibras elásticas quando comparada a outros vasos.
Observe a espessura da túnica média da artéria e da veia
Observe a espessura da túnica média da artéria e da veia
Veias
As veias resultam da convergência de vasos sanguíneos, que se tornam de maior calibre à medida que chegam próximo ao coração. Diferentemente das artérias, a túnica média das veias apresenta músculos e fibras elásticas em menor quantidade, e a pressão sanguínea nesses vasos é baixa.
A tarefa principal das veias é levar sangue do corpo para o coração para que ele possa ser bombeado novamente para o corpo. Como algumas veias transportam sangue contra a gravidade e a pressão sanguínea é baixa, essas estruturas apresentam algumas válvulas. Essas válvulas, formadas por pregas da túnica íntima, garantem o fluxo correto do sangue em direção ao coração.
Capilares
Os capilares são vasos sanguíneos muito delgados, sem túnica média e adventícia, que formam uma rede complexa de vasos. Por possuírem parede fina, com apenas poucas camadas de células, tornam-se local ideal para que ocorram as trocas gasosas.
Curiosidade: algum tempo o termo sangue venoso e arterial era utilizado para indicar o sangue que corria nas veias e nas artérias, respectivamente. Entretanto, o sangue venoso, que é rico em gás carbônico, circula também em artérias, mais precisamente na artéria pulmonar. O mesmo ocorre com sangue arterial, rico em oxigênio, que circula nas veias pulmonares. Assim sendo, é inadequado dizer que nas veias há apenas sangue venoso e que nas artérias há apenas sangue arterial.

Por Ma. Vanessa dos Santos
Fonte: Brasil Escola

Curiosidades Matemáticas

Curiosidades Matemáticas
Um número é Capicua é um número que se lê do mesmo modo da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda. Por exemplo 77, 434, 6446, 82328.
Para obteres um número capicua a partir de outro, inverte-se a ordem dos algarismos e soma-se com o número dado, um número de vezes até que se encontre um número capicua.
Exemplo:

Partindo do número 84 ,
84 + 48 = 132;
132 + 231 = 363, que é um Número Capicua.

 
Conheces o Número Mágico?

1089 é conhecido como o Número Mágico. Vê porquê.
Escolhe qualquer número de três algarismos distintos, por exemplo, 875.

Escreve este número de trás para frente: 578
Subtrai o maior do menor.
875 - 578 = 297
Agora inverte também esse resultado (792) e soma as duas parcelas.
297 + 792 = 1089   => O Número Mágico!!!!

Experimenta!!
 
 

O maior número aceite no sistema de potências sucessivas de dez, é o Centilhão, (registrado  pela primeira vez em 1852). Representa a centésima potência de um milhão, ou seja, o número 1 seguido de 600 zeros (apenas é utilizado na Grã-Bretanha e na Alemanha).
 
Data histórica: 20/02 de 2002.

Quarta-feira, dia 20 de Fevereiro de 2002 foi uma data histórica. Durante um minuto, houve uma conjunção de números que somente ocorre duas vezes por milénio.

Essa conjugação ocorreu exactamente às 20 horas e 02 minutos de 20 de Fevereiro do ano 2002, ou seja, 20:02 20/02 2002.
 É uma simetria que na matemática é chamada de capicua (algarismos que se leêm do mesmo modo da esquerda para a direita, e vice-versa). A raridade deve-se ao facto de que os três conjuntos de quatro algarismos são iguais (2002) e simétricos entre si (20:02, 20/02 e 2002).

A última ocasião em que isso ocorreu foi às 11h11 de 11 de Novembro do ano 1111, formando a data 11h11 11/11/1111.
A próxima vez será somente às 21h12 de 21 de Dezembro de 2112 (21h12 21/12/2112). Provavelmente não estaremos aqui para presenciar.  
Depois, nunca mais haverá outra capicua. Em 30 de Março de 3003 não ocorrerá essa coincidência matemática, já que não existe a hora 30.
  
Vê o que acontece se multiplicarmos 37 por Múltiplos de 3.
 
 
                                 
 

                                                          Trabalho realizado por Marco Barbosa,
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Entenda a diferença entre votos brancos e nulos


Entenda a diferença entre votos brancos e nulos

CNJ Servio entenda a diferena entre votos brancos e nulos
As próximas eleições municipais no Brasil acontecerão em outubro, quando serão escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. O voto é obrigatório para os maiores de 18 anos e menores de 70, e facultativo aos jovens de 16 a 18 anos. Além de conhecer melhor o candidato, tema do CNJ Serviço da semana passada, é importante o eleitor saber também o conceito dos votos brancos e nulos.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tanto os votos brancos quanto os nulos não são considerados válidos. Isso quer dizer que estes tipos de votos não contam na apuração das eleições e nem são contabilizados para o candidato que está ganhando. Para os cálculos eleitorais, são considerados válidos apenas os votos nominais e os de legenda. A contagem dos votos de uma eleição está prevista na Constituição Federal de 1988, que determina que "é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos".
Voto em branco – De acordo com o Glossário Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos. Antigamente, o voto branco era considerado válido e contabilizado para o candidato vencedor, como se o eleitor se declarasse satisfeito com qualquer candidato que vencesse as eleições. Isso mudou.
Voto nulo – O voto nulo, aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de anular o voto como manifestação de protesto, não invalida a eleição, mesmo que mais de 50% dos eleitores votem desta forma. De acordo com informações do TSE, os votos nulos podem sim interferir no resultado da eleição, já que quando um eleitor vota desta forma, o candidato com mais votos fica mais perto de vencer a eleição no primeiro turno. Assim, quanto mais votos nulos ou brancos, menos votos válidos um candidato precisará para atingir mais de 50% dos votos e ser eleito.
Nulidade de voto – A anulação dos votos ocorre quando se verifica uma irregularidade (por exemplo, fraude ou coação) do candidato vencedor das eleições. Os votos só serão anulados se o candidato eleito for condenado por abusar do poder econômico, por comprar votos ou por interferir com o poder político ou da autoridade. Conforme o Código Eleitoral, neste caso, a eleição é anulada e o Tribunal Regional Eleitoral marca novas eleições no prazo de 20 a 40 dias.
Eleição majoritária e eleição proporcional – Enquanto os prefeitos são escolhidos por meio da eleição majoritária, os vereadores são eleitos pelo critério proporcional. No primeiro sistema, o candidato precisa alcançar a maioria absoluta dos votos válidos, isto é, 50% dos votos mais um – caso isso não aconteça, a disputa é definida no segundo turno entre os dois candidatos mais votados. No entanto, na eleição majoritária o segundo turno só ocorre em cidades com mais de 200 mil eleitores, conforme determinado no artigo 29 da Constituição Federal. Nas eleições proporcionais é permitido votar diretamente no candidato ou em algum partido. Assim, as vagas ao cargo de vereador são distribuídas de acordo com o número de votos recebidos por cada partido.
Data e horário da votação - De acordo com a Lei 9.504, de 30.09.1997, o primeiro turno das eleições deve ocorrer no primeiro domingo do mês de outubro do ano eleitoral, e o segundo turno no último domingo de outubro, que em 2016 serão nos dias 2 e 30 de outubro, respectivamente. A votação terá início às 8 horas e se estenderá até as 17 horas, sem intervalo.
Para mais informações acesse o Guia do Eleitor, do TSE.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Casamento, uma invenção cristã

Casamento, uma invenção cristã


A união indissolúvel, celebrada por um sacramento, substituiu antigos costumes de poligamia, provocando grande mudança nos hábitos europeus. Em 392, o cristianismo foi proclamado religião oficial. Entre 965 e 1008 eram batizados os reis da Dinamarca, Polônia, Hungria, Rússia, Noruega e Suécia.
Casamento de Felipe da Macedônia com Olimpia. Miniatura do séc. XV

Desses dois fatos resultou o formato do casamento, em princípios do ano 1000, com uma face totalmente nova. Durante o Sacro Império Romano Germânico - que sucedeu ao desaparecido Império Romano -, dirigido por Oto III de 998 a 1002, houve uma fabulosa transformação das sociedades urbanas romanas e das sociedades rurais germânicas e eslavas. As uniões entre homens e mulheres eram, então, o resultado complexo de renitências pagãs, de interesses políticos e de uma poderosa evangelização.

"Amor: desejo que tudo tenta monopolizar; caridade: terna unidade; ódio: desprezo pelas vaidades deste mundo." Esse breve exercício escolar, escrito no dorso de um manuscrito do início do século XI, exprime bem o conflito entre as concepções pagã e cristã do casamento. Para os pagãos, fossem eles germânicos, eslavos ou ainda mais recentemente vikings instalados na Normandia desde 911, o amor era visto como subversivo, como destruidor da sociedade. Para os cristãos, como o bispo e escritor Jonas de Orléans, o termo caridade exprimia, com o qualificativo "conjugal", um amor privilegiado e de ternura no interior da célula conjugal. Esse otimismo aparecia em determinados decretos pontificais, por meio de termos como afeto marital (maritalis affectio) ou amor conjugal (dilectio conjugalis). Evidentemente, o ideal cristão era abrir mão dos bens deste mundo desprezando-os, o que constituía um convite ao celibato convencional.

A Europa pagã, mal batizada no ano 1000, apresentava portanto uma concepção do casamento totalmente contrária à dos cristãos. O exemplo da Normandia é ainda mais revelador, por ser muito semelhante ao da Suécia ou da Boêmia. Os vikings praticavam um casamento poligâmico, com uma esposa de primeiro escalão que tinha todos os direitos, e com esposas ou concubinas de segundo escalão, cujos filhos não tinham nenhum direito, a menos que a oficial fosse estéril, ou tivesse sido repudiada. As cerimônias de noivado organizavam a transmissão de bens, mas não havia casamento verdadeiro a não ser que tivesse havido união carnal. Na manhã da noite de núpcias, o esposo oferecia à mulher um conjunto muitas vezes bastante significativo de bens móveis. Ele era chamado de presente matinal (Morgengabe), que os juristas romanos batizaram de dote. Portanto, o papel da esposa oficial era bem importante, sobretudo se ela tivesse muitos filhos, já que o objetivo principal era a procriação.

Essas uniões eram essencialmente políticas e sociais, decididas pelos pais. Tratava-se de constituir unidades familiares amplas, no interior das quais reinasse a paz. Por isso, as concubinas de segundo escalão eram chamadas de Friedlehen ou Frilla, ou seja, "cauções de paz". Na verdade, elas vinham de famílias hostis de longa data. A partir do momento em que o sangue de ambas as famílias se misturava, a guerra já não era mais possível. Assim, as mães escolhiam as esposas dos filhos, ou os maridos, das filhas, sempre nos mesmos grupos clássicos, a fim de salvaguardar essa paz. Se uma esposa morresse, o viúvo se casaria com a irmã dela. Dessa forma, pouco a pouco as grandes famílias tornavam-se cada vez mais chegadas por laços de sangue (consangüinidade), pela aliança (afinidade) e, finalmente, completamente incestuosas. Acrescentemos a esse quadro as ligações entre os homens, a adoção pelas armas, o juramento de fidelidade e outras ligações feudais que triunfaram no século X como um verdadeiro "parentesco suplementar", segundo a expressão de Marc Bloch, e teremos a prova de que esses casamentos pagãos não deixavam nenhum espaço livre para o sentimento.

Amor subversivo

Assim, quando o amor se manifestava, ele só podia ser adúltero, ou assumir a forma de um estupro, maneira de tornar o casamento irreversível, ou de um rapto mais ou menos combinado entre o raptor e a "raptada", a fim de ludibriar a vontade dos pais. Nesses casos o amor era efetivamente subversivo, uma vez que destruía a ordem estabelecida. Ele se tornava sinônimo de morte e de ruína política, como prova o romance, de fundo histórico verdadeiro, Tristão e Isolda, transmitido oralmente pelo mundo europeu de então - celta, franco e germânico. Tristão, sobrinho do rei e seu vassalo, cometeu ao mesmo tempo incesto, adultério e traição para com o rei Marco, o marido de Isolda. Aliás, ele mesmo diz, após seu primeiro encontro: "Que venha a morte". Nas sociedades antigas, obcecadas pela sobrevida, a vontade de potência, de poder, era mais importante do que a vontade de prazer, pois aquelas tribos de imensas famílias não conheciam nenhuma limitação administrativa ou externa.
Esse quadro deve ter sido abrandado pelo fato de eles terem estado em contato com países cristãos, ou povos de regiões mergulhadas no cristianismo, como por exemplo os normandos batizados do século X. Em decorrência, duas estruturas coexistiam, mais ou menos confundidas. Por volta do ano 1000, o bispo da Islândia teve muita dificuldade para separar um chefe de tribo, já casado, de sua concubina, especialmente porque ela era sua própria irmã - fato que sustentava a opinião de que seu irmão, o bispo, não passava de um tirano. Nos séculos X e XI, os duques da Normandia tinham dois tipos de união, regularmente: uma esposa oficial, franca e batizada, e uma ou várias concubinas.

Guilherme, o Conquistador, que tomou a Inglaterra em 1066, tinha o codinome de bastardo, por ter nascido de uma união desse tipo. À entrada de Falésia, seu pai, Roberto, o Demônio, teve a atenção chamada por uma jovem que, no lavadouro da cidade, calcava a roupa com os pés, nua como suas companheiras de tarefa, para melhor sovar a roupa. Naquela mesma noite, com a autorização de seu pai, Arlette, a jovem, se viu no quarto do duque, usando uma camisola aberta na frente, "a fim de que", nos diz o monge Wace, que contou a história, "aquilo que varre o chão não possa estar à altura do rosto de seu príncipe". Esses amores "à dinamarquesa" demonstram que as mulheres eram livres, com a condição de aceitar uma posição secundária.

Essa duplicidade de situação num mundo ocidental oficialmente cristão, mas ainda pagão, complicou-se quando as mulheres conquistaram poder, algo facilitado pela matrilinearidade das origens germânicas. Algumas incentivavam os maridos a se proclamarem reis, por serem elas de origem imperial carolíngia. Castelãs, senhoras de grandes propriedades, ou mulheres de alta nobreza, elas utilizavam o casamento como trampolim para sua ambição. Em Roma, Marozia (ou Mariuccia) foi mãe do papa João XI, filho de sua ligação com o também papa Sérgio III. Viúva do primeiro marido, Guido da Toscana, meio-irmão do rei da Itália, Hugo, ela convidou este a se casar com ela. Mas Alberico II, seu filho do primeiro casamento, expulsou do castelo de Santo Ângelo onde foram celebradas as núpcias, aquele intruso manipulado por sua mãe.

Punição para a libido

Aos olhos de inúmeros escritores eclesiásticos, como o bispo Ratherius de Verona, a libido feminina era perigosa e devia ser reprimida severamente. O fato de que velhos países como a Espanha, a Itália e o reino dos Francos, embora cristãos havia já cinco séculos, não tivessem ainda integrado a doutrina do casamento - a ponto, por exemplo, de o rei Hugo ter tido duas esposas oficiais e três concubinas - prova o quanto essa doutrina estava na contramão de seu tempo. E contudo ela fora claramente afirmada e repetida desde que Ambrósio declarara em 390 que "o consentimento faz as bodas". A isso, o Concílio de Ver acrescentara, em 755: "Que todas as bodas sejam públicas" e "Uma única lei para os homens e mulheres".

Reclamar a liberdade do consentimento dos esposos e a condição de igualdade do homem e da mulher era utópico, sobretudo numa sociedade romana patriarcal. Todavia, progressos importantes ocorreram no século X, graças à repetição da apologia do casamento, símbolo da união indissolúvel entre Cristo e a Igreja. Após a atitude irredutível do arcebispo Hincmar e do papa Nicolau I, o divórcio de Lotário II por repúdio a sua esposa Teutberga - devido a sua esterilidade - tornou-se impossível após 869, ano de sua morte. Incompreensível para os contemporâneos, o casamento não se baseava somente na procriação. A aliança era mais importante do que um filho. Mais do que ninguém, longe dos discursos sobre a superioridade da virgindade, Hincmar havia demonstrado que um consentimento livre sem união carnal consecutiva não era um casamento. Ele prefigurava assim a noção de nulidade instituída pelo decreto de Graciano, em 1145. Em decorrência, os rituais, como escreveu Burchard de Worms por volta do ano 1000, traduziam no nível da disciplina do casamento a doutrina otimista dos moralistas carolíngios.

A união carnal, conseqüência do consentimento entre um homem e uma mulher (e não várias), é o espaço de santificação dos esposos. O ideal de monogamia, de fidelidade e de indissolubilidade tornou-se tanto mais possível porque no final do século X desapareceu a escravidão de tipo antigo, nos países mediterrâneos. Um novo espaço se abria para o casamento cristão, graças ao surgimento do concubinato com as escravas, que não tinham nenhuma liberdade. Essa foi também a época em que as determinações dos concílios tornaram obrigatória a validade do casamento dos não libertos.

Mas um outro combate chegava a seu ponto culminante no ano 1000: a proibição do incesto. Iniciada a partir do século VI e quase bem-sucedida na Itália, na Espanha e na França, essa interdição enfrentou contudo forte oposição na Germânia, na Boêmia e na Polônia. Proibidos em princípio até o quarto grau entre primos irmãos, os casamentos de consangüinidade e de afinidade foram punidos, e os culpados separados. Mais tarde, a partir de Gregório II (715-735), a proibição foi estendida ao sétimo grau (sobrinhos à moda da Bretanha), assim como aos parentes espirituais (padrinho e madrinha): não haveria mais aliança a não ser com estranhos, com quem fosse outro (Deus ou o próximo de sexo diferente), mas de modo algum com aquele ou aquela com quem já existisse um tipo de ligação.

As conseqüências sociais de tal doutrina foram incalculáveis. Ela obrigou cada um a procurar um cônjuge longe de sua aldeia e de seu castelo. Acabou por destruir as grandes famílias, de dezenas de pessoas, que viviam sob o mesmo teto, e por favorecer a formação de um grupo nuclear, do tipo conjugal. Ela suprimiu, assim, as sucessões matrilineares e a escolha dos esposos pelas mulheres. A exogamia tornou-se obrigatória. A Europa se abriria para o exterior.

Elogio da virgindade

Na Alemanha, desde os concílios de Mogúncia, em 813, e de Worms, em 868, os casos de casamentos incestuosos mantidos pela obstinação das mulheres eram numerosos. Na Boêmia, o segundo bispo de Praga, Adalberto, grande amigo do imperador Oto III, havia conseguido, em 992, um edito público que o autorizava a julgar e separar os casais incestuosos. Foi um insucesso tão retumbante que ele se desgostou para sempre de sua tarefa episcopal. Preferiu ir evangelizar os prussianos, que o martirizaram em 23 de abril de 997.

A dinastia dos Oto, que havia restaurado o império em 962 na Alemanha e na Itália, nem por isso deixou de apoiar a Igreja em sua empresa de transformação e cristianização. E suas esposas deram o exemplo, já que Edite (946), Matilde (968) e Adelaide (999) foram consideradas santas. Os clérigos que relataram suas vidas, em particular a de Matilde, insistem não na viuvez ou nos atos de fundação de mosteiros, mas sim no papel de esposa e mãe. Sua santidade provinha essencialmente do casamento e do papel de conselheira, junto a seu imperial esposo. A leitura dos ofícios de passagens da vida de santa Matilde não teve uma influência desprezível sobre as audiências populares.

Se a Alemanha foi então uma frente pioneira na cristianização do casamento, não foi bem esse o caso do reino dos francos. Ema, esposa traída do duque da Aquitânia, Guilherme V, vingou-se de sua rival mandando que ela fosse violada por toda sua guarda pessoal. Berta, filha do rei da Borgonha, mal tendo enviuvado, pousou seu olhar sobre o jovem Roberto, filho de Hugo Capeto, para fazer um casamento hipergâmico.

Esse exemplo é revelador. A legislação da Igreja acerca do casamento cristão ia de encontro à mentalidade da época. E no entanto o amor conjugal de caridade (dilectio caritatis) começava a sobressair ao amor de posse (libido dominandi). Por volta do ano 1000, a expansão urbana e o início do desbravamento e da cultura dos campos permitiram que a família nuclear monogâmica se multiplicasse. As células rurais foram destruídas pela necessidade de ir buscar um cônjuge mais longe. Somente a nobreza e as famílias reinantes mais antigas resistiram, fechadas em suas relações feudais, ao contrário dos recém-chegados ao poder, os Oto, que acolheram e adotaram a doutrina cristã como uma liberação e se lançaram com ousadia na direção do leste, para além do rio Elba, a nova fronteira da expansão européia.

Dessa forma, da concepção do amor como subversivo e criador de morte passamos à de um amor construtivo, promotor de vida. O desejo foi integrado no casamento com a união carnal, espaço de gozo mútuo. A procriação tornou-se um bem do casamento, entre outros. A poligamia desapareceu. A publicidade do casamento se instalou. As proibições de incesto permitiram que se descobrisse a necessidade de alteridade e a afirmação da diferença sexual como força de construção. Esse momento de otimismo e de vitória sobre o amor de morte pagão, à moda de Tristão, explica o elã prodigioso da Europa no início do ano 1000. Mas ele não iria além do final do século XI. Também por volta do ano 1000, as diatribes de São Pedro Damião e Ratherius de Verona contra o casamento dos padres anunciavam um outro combate que terminaria na reforma gregoriana e no triunfo do celibato convencional.

Em conseqüência, o elogio da virgindade passou a ser mais e mais preponderante, a ponto de fazer triunfar uma visão pessimista do casamento. Tanto isso é verdade que a história do casamento cristão é feita de alternâncias entre sucessos e crises.
(Fonte: Curiosidades - uol)

O SORVETE NO BRASIL

O SORVETE NO BRASIL


No Brasil, os cariocas foram os primeiros a experimentar a delícia gelada que vinha ganhando o mundo. Em 1834, o navio americano Madagascar, vindo de Boston, aportou na cidade do Rio de Janeiro com cerca de 200 toneladas de gelo em blocos. O objetivo: fazer sorvete, claro! Os blocos de gelo foram armazenados com serragem em depósitos subterrâneos e conservados por aproximadamente cinco meses.

Como naquela época não havia como conservar o sorvete depois de pronto, as sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo, causando alvoroço na cidade. Até as mulheres, que então eram proibidas de entrar em bares, cafés e confeitarias, resolveram quebrar o protocolo e fizeram fila para experimentar a novidade.

O sorvete começou a ser distribuído em escala industrial no país em 1941, quando nos galpões alugadas da falida fábrica de sorvetes Gato Preto, no Rio de Janeiro, instalou-se a U.S. Harkson do Brasil, a primeira indústria brasileira de sorvete. Seu primeiro lançamento em 1942 foi o Eski-bon, seguido pelo Chicabon. Dezoito anos depois, a Harkson mudou o seu nome para Kibon.

Os anos se passaram e o sorvete caiu mesmo no gosto do brasileiro. Segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Sorvete (ABIS), em 2006 tivemos um consumo de 507 milhões de litros. Mas, apesar do aumento do consumo, a taxa em torno de 2,7 litros por pessoa ao ano ainda é baixa, se comparada com outros países de clima frio ou com a Nova Zelândia, campeã da lista. Por lá a média ultrapassa 26 litros por habitante!

Para incentivar o consumo de sorvete o ano todo e não apenas no verão, a ABIS instituiu o dia 23 de setembro como o Dia Nacional de Sorvete. Se você é fã da guloseima, delicie-se, mas com moderação. Afinal, a maioria dos sorvetes contém alto índice de gordura saturada e hidrogenada. Dê preferência aos picolés de fruta ou a outros sorvetes sem gordura, que são muito mais saudáveis.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Os 9 tipos de inteligência

Os 9 tipos de inteligência

Publicado em 27.04.2016

Você já deve suspeitar que ir bem na escola não é a única medida de inteligência do mundo. Isso porque a educação acadêmica ignora certos tipos de habilidade em detrimento de outros.
Se você não é bom em matemática ou línguas, você pode ainda ser talentoso em outras áreas, mesmo que não saiba que é um tipo de inteligência também.

São nove

Em 1983, o psicólogo do desenvolvimento americano Howard Gardner descreveu nove tipos de inteligência:
  1. Naturalista (inteligência de natureza);
  2. Musical (inteligência de som);
  3. Lógico-matemática (inteligência de números e raciocínio);
  4. Existencial (inteligência de vida);
  5. Interpessoal (inteligência de pessoas);
  6. Corporal-cinestésica (inteligência corporal);
  7. Linguística (inteligência de palavras);
  8. Intrapessoal (autointeligência);
  9. Espacial (inteligência de imagens).
O que outros cientistas pensaram que eram apenas habilidades menores, Gardener percebeu eram na realidade formas de inteligência.
Assim como ser um gênio da matemática lhe dá a capacidade de compreender o mundo, saber ler pessoas lhe dá a mesma capacidade, só que a partir de uma perspectiva diferente.

Naturalista


A inteligência naturalista designa a capacidade humana de discriminar entre seres vivos (plantas, animais), bem como a sensibilidade para outras características do mundo natural (nuvens, formações rochosas). Esta capacidade foi claramente de valor no nosso passado evolutivo como caçadores, coletores e agricultores, e continua a ser central em profissões como botânica ou chef de cozinha. Também é especulado que grande parte da nossa sociedade de consumo explora as inteligências naturalistas, que podem ser mobilizadas na discriminação entre carros, tênis, tipos de maquiagem e afins.

Musical

A inteligência musical é a capacidade de discernir entre ritmo, timbre e tom. Permite que as pessoas reconheçam, criem, reproduzam e reflitam sobre música, como demonstrado por compositores, maestros, músicos, vocalistas e ouvintes sensíveis. Curiosamente, muitas vezes há uma ligação afetiva entre música e emoções. Além disso, inteligências matemáticas e musicais podem compartilhar processos de pensamento comuns. Adultos jovens com esse tipo de inteligência são geralmente muito conscientes de sons que outros podem não notar.

Lógico-matemática

A inteligência lógico-matemática é a capacidade de calcular, quantificar, considerar proposições e hipóteses e realizar operações matemáticas completas. Ela nos permite perceber relações e conexões e usar pensamento abstrato, simbólico; ter habilidades de raciocínio sequencial; e ter padrões de pensamento indutivos e dedutivos. A inteligência lógico-matemática é bem desenvolvida em matemáticos, cientistas e investigadores. Adultos jovens com muita inteligência lógica são interessados geralmente em padrões, categorias e relacionamentos. São atraídos por problemas de aritmética, jogos de estratégia e experimentos.

Existencial


A inteligência existencial é a sensibilidade e capacidade de abordar questões profundas sobre a existência humana, tais como o sentido da vida, por que morremos, e como chegamos aqui.

Interpessoal


A inteligência interpessoal é a capacidade de compreender e interagir eficazmente com os outros. Trata-se de uma comunicação eficaz verbal e não verbal, a capacidade de notar as distinções entre outros, a sensibilidade aos humores e temperamentos dos outros, e a capacidade de ter múltiplas perspectivas. Geralmente, professores, assistentes sociais, atores e políticos exibem inteligência interpessoal. Adultos jovens com esse tipo de inteligência são normalmente líderes, bons em se comunicar e parecem compreender sentimentos e motivações dos outros.

Corporal-cinestésica


A inteligência corporal-cinestésica é a capacidade de manipular objetos e usar uma variedade de habilidades físicas. Essa inteligência também envolve um senso de tempo certo e perfeição de habilidades através da união mente-corpo. Atletas, dançarinos, cirurgiões e artesãos exibem essa inteligência bem desenvolvida.

Linguística

A inteligência linguística é a capacidade de pensar em palavras e usar a linguagem para expressar e apreciar significados complexos. Nos permite compreender a ordem e significado das palavras e aplicar habilidades metalinguísticas para refletir sobre nosso uso da linguagem. Essa inteligência é a competência humana mais amplamente compartilhada e é evidente em poetas, romancistas, jornalistas e oradores públicos. Adultos jovens com esse tipo de inteligência gostam de escrever, ler, contar histórias ou fazer palavras cruzadas.

Intrapessoal


A inteligência intrapessoal é a capacidade de compreender a si mesmo e seus pensamentos e sentimentos, e usar esse conhecimento no planejamento e direcionamento da vida. Essa inteligência envolve não só a valorização do eu, mas também da condição humana. É evidente em psicólogos, líderes espirituais e filósofos. Estes jovens adultos podem ser tímidos. São muito conscientes de seus próprios sentimentos e são automotivados.

Espacial


A inteligência espacial é a capacidade de pensar em três dimensões. Habilidades básicas incluem raciocínio espacial, manipulação de imagem, habilidades gráficas e artísticas e imaginação ativa. Marinheiros, pilotos, escultores, pintores e arquitetos exibem inteligência espacial. Adultos jovens com esse tipo de inteligência podem ser fascinados com labirintos ou quebra-cabeças, ou gostar de desenhar e sonhar acordado. [FundersAndFounders]
(Fonte: HypeScience - Set 2016)

As 24 pessoas mais inteligentes do mundo

As 24 pessoas mais inteligentes do mundo

Publicado em 19.09.2016
Fazer uma lista das pessoas mais inteligentes do mundo não é fácil, visto que a inteligência pode ser medida de muitas maneiras diferentes. Alguns acreditam em testes de QI, outros pensam que é preciso levar em conta a inteligência emocional, e há ainda o fator “realizações” – ser inteligente não é o mesmo que usar essa inteligência para criar algo que avance de alguma forma a humanidade.
Aliás, muitas pessoas inteligentes não alcançam seu potencial. Também é verdade que preconceitos e falta de oportunidades certamente já impediram mentes brilhantes de serem reconhecidas.
Abaixo, o portal Big Think usou todos os critérios à sua disposição para reunir 24 seres humanos incríveis que merecem nossos aplausos. Vale lembrar que, mesmo que o teste de QI só tenha sido desenvolvido no início de 1900, estudos subsequentes estimaram o QI de gênios do passado. Qualquer número acima de 140 é considerado geralmente do nível genial.

24. William Siddis (1898-1944)


William Siddis foi uma criança prodígio americana, cujo QI era declaradamente entre 250 e 300, talvez o mais elevado da história. Ele tinha habilidades excepcionais em matemática, entrou na Universidade de Harvard com apenas 11 anos, e afirmou saber 40 línguas. Um professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts previu que ele se tornaria o maior matemático do século 20. No entanto, quando adulto, William realizou apenas trabalhos braçais e se meteu em vários problemas com a lei, nunca vivendo de acordo com as expectativas que haviam para ele.

23. Judit Polgar (1976 -)


Judit Polgar é uma grande mestra de xadrez húngara, amplamente considerada a mais forte jogadora de xadrez de todos os tempos. Ela quebrou o recorde mundial do campeão Bobby Fischer para se tornar um grande mestre aos 15 anos. Seu QI é registrado como 170.

22. Philip Emeagwali (1954 -)


Emeagwali é um inventor e cientista da Nigéria, supostamente com um QI de 190, votado como o “maior cientista africano de todos os tempos”. Embora esta afirmação seja controversa, o seu trabalho com matemática é muitas vezes creditado como fundamental para a criação da internet.

21. Terence Tao (1975 -)


Tao é um chinês nascido na Austrália e uma ex-criança prodígio cujo QI varia de 220 a 230, um dos mais altos já registrados. Atualmente, ele é professor de matemática na Universidade da Califórnia em Los Angeles.

20. Cleópatra (68-30 aC)


Cleópatra foi o último faraó do Egito ptolemaico (ou a última rainha do Egito), governando o país por quase trinta anos. Ela era fluente em cinco idiomas e tinha um QI de cerca de 180.

19. Srinivasa Ramanujan (1887-1920)


Ramanujan foi um matemático indiano que fez grandes contribuições em áreas como teoria dos números, frações contínuas e séries infinitas, apesar de não ter qualquer educação formal em matemática. Seu QI foi estimado em 185.

18. Garry Kasparov (1963 -)


Kasparov, armênio-judeu, é considerado por muitos como o maior jogador de xadrez de todos os tempos, com um QI na casa dos 190. Ele foi o jogador número um de xadrez do mundo por quase duas décadas, ganhando o campeonato mundial quando tinha apenas 22 anos.

17. Aryabhata (476-55)


Aryabhata foi provavelmente o mais antigo matemático e astrônomo indiano. Ele é conhecido por aproximar o valor de pi e desenvolver o conhecimento e uso do zero.

16. Voltaire (1694-1778)


Voltaire foi uma das principais figuras do Iluminismo francês. Com um QI de 190 a 200, ele foi um escritor notoriamente espirituoso, historiador e filósofo. “Voltaire” era na verdade seu pseudônimo: ele nasceu com o nome de François-Marie Arouet.

15. Hipátia (350/70-415)


Hipátia foi uma astrônoma, filósofa e matemática grega, que viveu no Egito e mais tarde no Império Romano do Oriente. Ela foi a primeira mulher matemática de que temos conhecimento, com um QI estimado de 170 a 190. Ela foi acusada de bruxaria e brutalmente assassinada por um grupo de cristãos fanáticos.

14. Johann Goethe (1749-1832)


Goethe foi um polímata alemão, com realizações notáveis em ciência e considerado um dos maiores talentos da literatura ocidental, escrevendo o clássico “Fausto”. Seu QI projetado era de 213.

13. Avicenna (980-1037)


Polímata persa, Avicenna é considerado um dos pensadores mais importantes da Idade de Ouro islâmica. Ele escreveu sobre filosofia, medicina, astronomia, alquimia, lógica, matemática, física, psicologia e outras disciplinas. É particularmente conhecido por seu trabalho sobre filosofia aristotélica e seus livros de medicina que se tornaram padrão nas universidades medievais.

12. Galileu Galilei (1564-1642)


Galileu foi um dos maiores heróis científicos de todos os tempos, fazendo contribuições significativas em uma variedade de áreas, da astronomia à física, matemática e filosofia. Defensor do heliocentrismo, a descoberta do italiano de que a Terra girava em torno do sol o fez ser considerado um herege pela Inquisição romana. Sua QI era provavelmente de 180 a 200.

11. Gottfried Leibniz (1646-1716)


Leibniz é mais um polímata alemão desta lista. Ele foi um filósofo e matemático mais conhecido por ter inventado o cálculo. Em filosofia, é mais conhecida a sua conclusão de que vivemos no melhor universo possível que Deus poderia ter criado. Estimativas para o QI de Leibniz variam entre 182 e 205.

10. Nikola Tesla (1856-1943)


Tesla foi um inventor e futurista nascido sérvio, conhecido por trabalhos como eletricidade de corrente alternada, bobina de Tesla, transmissão sem fio de energia, “raio da morte”, bem como por prever tecnologias como smartphone, drones e outras. Seu QI estimado é de 195.

9. Satyendra Nath Bose (1894-1974)


Bose foi um físico bengali indiano, cujo trabalho brilhante sobre a mecânica quântica ao lado de Albert Einstein resultou na estatística de Bose-Einstein. Bósons, uma classe de partículas, são nomeados em sua homenagem.

8. Marie Curie (1867-1934)


Curie foi uma física e química polonesa. Ela foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel. Na verdade, o venceu duas vezes. Também desenvolveu a teoria da radioatividade (cunhando o termo) e descobriu dois elementos (polônio e rádio). Seu QI foi estimado em 180 a 200.

7. Confúcio (551-479 aC)


Confúcio foi um filósofo e professor chinês muito influente, famoso por seus aforismos. Seus ensinamentos morais e políticos tiveram um profundo impacto em toda a Ásia Oriental. Alguns estudiosos recentes têm argumentado que muito do que sabemos sobre Confúcio é mito.

6. Albert Einstein (1879-1955)


Einstein foi um físico teórico alemão-judeu e provavelmente o mais famoso cientista que já viveu. Ele desenvolveu a teoria geral da relatividade, recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1921 e teve um impacto revolucionário em seu campo. Seu QI foi estimado entre 160 e 190.

5. William Shakespeare (1564-1616)


Shakespeare é amplamente visto como o maior escritor do idioma Inglês e um dos dramaturgos mais populares e conceituados do mundo. Com um QI de aproximadamente 210, Shakespeare escreveu peças clássicas até hoje reproduzidas, como “Romeu e Julieta”, “Hamlet” e “Macbeth”.

4 e 3. Platão (427-347 aC) e Aristóteles (384-322 aC)


Platão e Aristóteles foram filósofos gregos, que também tiveram uma influência científica importante na Idade Média. Platão foi uma figura fundamental da ciência, matemática e filosofia ocidentais, escrevendo uma série de obras famosas como “República”. Aristóteles foi um aluno de Platão, sendo parte de Academia de Platão (ou Academia de Atenas) por mais de 20 anos. Aristóteles teve uma grande influência sobre o desenvolvimento da filosofia e ciência ocidentais, escrevendo sobre física, biologia, metafísica, lógica, teatro, estética e outras disciplinas. O QI dos pensadores gregos foi projetado entre 180 e 190.

2. Sir Isaac Newton (1642-1726)


Newton foi um físico e matemático inglês, mais famoso por descobrir a gravidade. Um dos cientistas mais influentes de todos os tempos, Newton tinha um QI estimado de 193. O seu livro “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural” é um dos textos fundamentais da mecânica clássica e influenciou o pensamento científico por mais de 300 anos.

1. Leonardo da Vinci (1452-1519)


Da Vinci foi um homem do Renascimento italiano, que se destacou em uma variedade de campos, da ciência à pintura às suas invenções malucas. Sua obra de arte “Mona Lisa” é indiscutivelmente a mais famosa do mundo. O QI desse gênio com talentos diversos foi estimado em torno de 200. [BigThink]
(Fonte:HypeScience/Set/16)

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

6 mitos sexuais que já deveriam ser desaparecido

6 mitos sexuais que já deveriam ser desaparecido

Publicado em 20.09.2016

Mesmo quem frequentou direitinho as aulas de biologia na escola ou que se vê como pessoa bem-informada pode ter caído na armadilha de acreditar em algum desses seis mitos sobre o sexo. Veja o que a ciência tem a dizer sobre eles:

6. A vagina torna-se larga se a mulher faz muito sexo

Não há evidências de que a penetração cause mudanças permanentes no tamanho, formato ou cor de uma vagina. A médica Sari Locker explica em seu blog sobre educação sexual: “é um mito que a vagina da mulher fica permanentemente larga por fazer sexo com um homem de pênis grande. Depois de cada relação sexual, a vagina se contrai de volta ao seu tamanho original”. Ela explica que a única coisa que interfere permanentemente na elasticidade do órgão sexual feminino é o parto natural. “Como você sabe, um bebê é muito maior que um pênis humano”, diz ela.
Cada mulher tem uma característica, dependendo dos músculos da região pélvica. Esses músculos podem ser fortalecidos com exercícios de Kegel. Além disso, o nível de excitação sexual também faz diferença na elasticidade da vagina. Quanto mais excitada, mais elástica e lubrificada fica a região.
A verdade é que cada pessoa é única, e seus corpos são prova dessa diversidade. O artista Jamie McCartney criou painéis com modelos de vulvas em gesso para comprovar isto. Ele convidou mais de 400 mulheres entre as idades de 18 a 76 anos para participarem do projeto, que levou cinco anos para ser concluído.

5. A ejaculação feminina é falsa ou forçada

Algumas pessoas acreditam que a ejaculação feminina não é natural. Em 2014, o governo do Reino Unido chegou a proibir que esse tipo de ejaculação fosse mostrada em filmes pornôs, assim como sexo não consensual e estrangulação.
Um estudo publicado na revista Sexual Medicine em março de 2015 observou que entre 10 e 40% das mulheres liberam urina involuntariamente quando têm um orgasmo. Sim, algumas vezes aquele líquido é xixi.
Outro estudo analisou a composição desse líquido. Ele contou com a participação de sete mulheres que relatam produzirem a quantidade de líquido equivalente à um copo de água quando têm orgasmo. Os pesquisadores observaram que o líquido realmente é urina, mas que em alguns casos contém pequenas quantidades de uma substância que também é encontrada na ejaculação masculina. Essa substância ajuda os espermatozoides a nadar, então isso sugere que há uma função reprodutiva por trás disso.

4. Homens com pés grandes têm pênis grandes

Uma das crenças incorretas mais populares no mundo todo é que homens de raças diferentes têm pênis de tamanhos específicos. Um meta-estudo mostrou, porém, que os maiores pênis do mundo pertencem a homens da Jordânia, Alemanha e EUA, e não de países da África, como muitos acreditam.
De acordo com estudo publicado na revista British Journal of Urology International, também não é verdade que homens de pés grandes têm pênis grandes. Os pesquisadores mediram o comprimento do pênis de 104 homens do Reino Unido e compararam com o tamanho do pé, sem encontrar proporção entre as duas medidas.

3. Homens circuncisados sentem menos prazer

Um estudo publicado no The Journal of Urology examinou 62 homens entre as idades de 18 e 37 anos. Entre estes, 30 eram circuncisados e 32 não eram. Para verificar a sensibilidade dos pênis, os participantes tinham que detectar toque, calor e o limiar da dor em locais diferentes do órgão. O resultado mostrou que a circuncisão não influencia na sensibilidade dos homens.

2. O hímen se rompe no primeiro relacionamento sexual

O formato e estrutura dos himens variam de mulher para mulher, mas tipicamente ele consiste de uma membrana fina que cobre parcialmente a entrada da vagina. Essa membrana pode se romper na primeira relação sexual da mulher, mas também pode não se romper. Além disso, a penetração sexual não é o único momento em que ele pode se romper. Absorventes internos, atividades físicas, ginástica ou simplesmente motivo nenhum também podem causar o rompimento.

1. Apenas pessoas promíscuas têm herpes

90% das pessoas do mundo têm herpes. Há oito tipos do vírus, mas os mais preocupantes são o tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HVS-2), as duas formas que se manifestam com feridas na boca e nos órgãos genitais, respectivamente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos têm HSV-1 e 417 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos têm HSV-2. A grande maioria das pessoas não mostra sintomas. [IFLScience] - HypeScience - Set/16