sexta-feira, 31 de julho de 2020

PNEUMONIA

PNEUMONIA

PNEUMONIA


Sinônimos:

pontada, pontada de pneumonia, infecção pulmonar ou infecção do trato respiratório inferior.

O que é?

A pneumonia é uma infecção ou inflamação nos pulmões. Ela pode ser causada por vários microorganismos diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitas ou fungos.

Esta doença é muito freqüente e afeta pessoas de todas as idades. Muitas destas, anualmente, morrem por pneumonia. A metade de todos os casos de pneumonia é causada por bactérias e, destas, o pneumococo é o mais freqüente.

Como se desenvolve?

Normalmente, a doença se desenvolve quando, por algum motivo, há uma falha nos mecanismos de defesa do organismo.

A pneumonia pode desenvolver-se por três mecanismos diferentes:
 

Um deles, bem freqüente, ocorre quando a pessoa inala um microorganismo, através da respiração, e este chega até um ou ambos pulmões, onde causa a doença.


Outra maneira freqüente é quando bactérias, que normalmente vivem na boca, se proliferam e acabam sendo aspiradas para um local do pulmão.


A forma mais incomum de contrair a doença é através da circulação sangüínea. Uma infecção por um microorganismo em outro local do corpo se alastra e, através do sangue que circula, chega aos pulmões, onde causa a infecção.



Mecanismos de proteção

É importante lembrar que, em circunstâncias normais, as vias respiratórias (incluindo os pulmões) têm mecanismos eficazes de proteção contra infecções por microorganismos.

O primeiro deles ocorre no nariz, onde grandes partículas são filtradas, não podendo chegar até os pulmões para causar infecções.

As partículas pequenas, quando são inaladas pelas vias respiratórias (que levam ar até os pulmões), são combatidas por mecanismos reflexos. Dentre estes estão o reflexo do espirro, do pigarrear e da tosse, que expulsam as partículas invasoras, evitando as infecções (pneumonias).

Quando as pessoas estão resfriadas ou gripadas, a filtração que normalmente ocorre no nariz e a imunidade do organismo podem ficar prejudicadas, facilitando o surgimento de uma pneumonia.

Naqueles casos onde ocorre uma supressão dos reflexos citados acima, também há um maior risco de surgimento de uma pneumonia. Esta pode ocorrer quando, por exemplo, uma pessoa dorme alcoolizada, fez uso de sedativos, sofreu uma perda de consciência por uma crise convulsiva ou é portador de seqüela neurológica.

Os pulmões também possuem um mecanismo de limpeza, em que os cílios que ficam no seu interior realizam, através de sua movimentação, a remoção de secreções com microorganismos que, eventualmente, tenham vencido os mecanismos de defesa descritos anteriormente.

Estes cílios ficam na parte interna dos brônquios, que são tubos que levam ar até os pulmões. É importante lembrar que este mecanismo de limpeza fica prejudicado no fumante, pois o fumo tem a propriedade de paralisar temporariamente os cílios envolvidos neste trabalho.

O último mecanismo de defesa da via respiratória ocorre nos alvéolos, onde ocorrem as trocas gasosas (entra o oxigênio e sai o gás carbônico) e é onde agem os macrófagos. Estes são células especializadas na defesa do organismo e englobam os microorganismos que, porventura, tenham vencido a filtração nasal, os reflexos de pigarrear, tossir ou espirrar, além da limpeza feita pelos cílios das vias respiratórias.

O que se sente?

A pneumonia bacteriana clássica inicia abruptamente, com febre, calafrios, dor no tórax e tosse com expectoração (catarro) amarelada ou esverdeada que pode ter um pouco de sangue misturado à secreção. A tosse pode ser seca no início.

A respiração pode ficar mais curta e dolorosa, a pessoa pode ter falta de ar e em torno dos lábios a coloração da pele pode ficar azulada, nos casos mais graves.

Em idosos, confusão mental pode ser um sintoma freqüente, além da piora do estado geral (fraqueza, perda do apetite e desânimo, por exemplo). Nas crianças, os sintomas podem ser vagos (diminuição do apetite, choro, febre).

Outra alteração que pode ocorrer é o surgimento de lesões de herpes nos lábios, por estar o sistema imune debilitado.

Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal, vômitos, náuseas e sintomas do trato respiratório superior como dor de garganta, espirros, coriza e dor de cabeça.

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser feito apenas baseado no exame físico alterado e na conversa que o médico teve com seu paciente que relata sinais e sintomas compatíveis com a doença. Os exames complementares são importantes para corroborar o diagnóstico e ajudarão a definir o tratamento mais adequado para cada caso.

Normalmente, o médico utiliza-se dos exames de imagem (raios-X de tórax ou, até mesmo, da tomografia computadorizada de tórax) e de exames de sangue como auxílio para o diagnóstico.

O exame do escarro também é muito importante para tentar identificar o germe causador da pneumonia. Com isso, o médico poderá prever, na maioria dos casos, o curso da doença e também definir o antibiótico mais adequado para cada caso.

Como se trata?

A pneumonia bacteriana deverá ser tratada com antibióticos. Cada caso é avaliado individualmente e se definirá, além do tipo de antibiótico, se há ou não necessidade de internação.

Nos casos graves, até mesmo a internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) poderá ser necessária.

Os antibióticos e demais medicações podem ser utilizados por via oral ou através de injeções, que podem ser na veia ou no músculo.

Além das medicações, podemos utilizar a fisioterapia respiratória como auxiliar no tratamento. Os fisioterapeutas podem utilizar exercícios respiratórios, vibradores no tórax e tapotagem (percussão do tórax com os punhos) com o intuito de retirar as secreções que estão dentro dos pulmões, agilizando o processo de cura dos pacientes.

Na maioria dos casos de pneumonias virais o tratamento é só de suporte. Visa melhorar as condições do organismo para que este combata a infecção. Utiliza-se uma dieta apropriada, oxigênio (se for necessário) e medicações para dor ou febre.

Nos casos de pneumonia por parasitas ou fungos, antimicrobianos específicos são utilizados.

Como se previne?

Como já foi mencionado anteriormente, muitas vezes uma gripe ou resfriado podem preceder uma pneumonia. Para tentar evitar isso, vacinas foram criadas.

Existe no mercado a vacina contra o vírus influenza e outra contra o pneumococo, que podem diminuir as chances do aparecimento das doenças causadas por estes germes.

Devemos lembrar que estas vacinas devem ser feitas antes do início do inverno, preferencialmente.

A vacina contra o vírus influenza deverá ser feita anualmente em idosos e naquelas pessoas com maior risco de ter uma pneumonia. A vacina contra o pneumococo deverá ser feita em idosos e naquelas pessoas com o vírus do HIV, doença renal, asplênicos (pessoas que não tem o baço, órgão que também ajuda na defesa do corpo), alcoolistas ou outras condições que debilitem o sistema de defesa do organismo. Esta vacina tem a duração de aproximadamente cinco anos.

Em alguns casos, deverá ser repetida após o término deste período. Em casos selecionados, a vacina contra o Haemophilus influenzae deverá ser aplicada. Ele também é um germe freqüente que pode causar pneumonias. Existem outras vacinas, contra outros germes, que ainda estão em estudos.

Medidas simples para prevenção de pneumonias incluem cuidados com a higiene, como a lavagem de mãos com sabonetes simples.

Uma dieta rica em frutas e vegetais, que possuem vitaminas, ajudam a reforçar o sistema de defesa do organismo às infecções.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

Durante quanto tempo deverá ser usado o antibiótico para o tratamento de uma pneumonia bacteriana?

Qual o tratamento indicado para uma pneumonia viral?

Quanto tempo leva para uma radiografia de tórax mostrar um resultado normal, após o tratamento de uma pneumonia?

Quais as complicações que podem ocorrer com uma pneumonia?

Qual a importância de se descobrir o microorganismo causador da pneumonia?

Fonte:ABC da saúde Julho - 2020

terça-feira, 28 de julho de 2020

6 pontos sobre o contrato de aluguel que você não pode ignorar

6 pontos sobre o contrato de aluguel que você não pode ignorar

Uma parcela significativa dos brasileiros vive de aluguel, por isso é importante que as pessoas estejam atentas às regras previstas na Lei n. 8.245/1991.


Gabriel Araujo, Advogado
Publicado por Gabriel Araujo


O contrato de aluguel é um dos mais comuns e, por isso, suscita tantas dúvidas nas pessoas, principalmente aquelas que estão assinando seus primeiros contratos. Sendo assim, sem ter a mínima pretensão de esgotar o tema, selecionei seis pontos simples, mas que costumam confundir ou que despertam curiosidade nas pessoas.

1. O Contrato de aluguel pode ser realizado de forma verbal

É extremamente recomendável que seu contrato seja feito por escrito, com o auxílio de um advogado de confiança (nada de copiar modelos prontos da internet), mas como essa ainda não é a realidade de todos os lugares do Brasil, principalmente no interior, a lei não veda que o contrato seja feito de forma verbal.
Isso quer dizer que, mesmo que o contrato seja verbal, os contratantes poderão acionar a justiça, caso ocorram problemas decorrentes da relação de locação. Nesse caso, caberá ao demandante comprovar a existência da relação por outros meios, como uma conversa por mensagens onde se acertou as condições do aluguel, por exemplo.

2. O imóvel pode ser vendido durante a vigência da locação

A vigência de um contrato de locação não impede que o imóvel seja vendido; todavia, obriga o vendedor (o locador, no caso) a dar ciência do negócio ao locatário, com todas as condições do negócio, incluindo o preço e a forma de pagamento.
Isso acontece porque o locatário, quando puder aceitar as mesmas condições, terá preferência para adquirir o imóvel em relação a terceiros. Essa preferência, entretanto, deve ser manifestada em até 30 dias após a comunicação da proposta.
Ter conhecimento dessa regra é importante também para aquele que pretende adquirir o imóvel, porque sua inobservância dá ao locatário o poder de buscar na justiça alguma indenização ou até mesmo barrar o negócio, desde que possa depositar em juízo o valor do imóvel.

3. A Lei do Inquilinato prevê crimes e contravenções penais

Segundo o art. 43, a prática de exigir, seja para locação ou sublocação, quantia além do valor do aluguel e dos encargos ou mais de uma modalidade de garantia é considerada contravenção penal, assim como cobrar o aluguel antecipadamente, salvo no caso de locação por temporada ou quando o contrato não estiver garantido, nos termos do art. 42.
O art. 44, por sua vez, traz quatro hipóteses de crime: a) quando, no caso de habitações coletivas multifamiliares, o locador ou sublocador se recusar a fornecer recibo discriminado de pagamento e encargos; b) quando, no caso de o imóvel ser retomado para o uso de pessoal, de seu cônjuge ou companheiro, o retomante não o usá-lo para tal fim por 180 dias, ou, quando retomado para o uso residencial de ascendente, descendente ou cônjuge, que não tenha moradia própria, mesmo que usando, não cumprir tal fim em um ano. ; c) quando, no caso de retomar o imóvel para realização de obra, reparo ou demolição, e o proprietário não inicia-las no prazo de sessenta dias; d) executar o despejo antes do trigésimo dia seguinte ao falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou irmão de qualquer das pessoas que habitem o imóvel.

4. Após o encerramento do contrato, o aluguel passa a viger por prazo indeterminado

Após o fim do prazo ajustado do aluguel, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador, considera-se prorrogado, por prazo indeterminado o aluguel, mantendo-se as demais cláusulas e condições do contrato.
Sendo assim, aquele que quiser encerrar o aluguel deve comunicar ao outro sua decisão com prazo mínimo de 30 dias.

5. A lei não prevê nenhum prazo para a ação de despejo decorrente de falta de pagamento

Isso significa que logo após o atraso de uma parcela do aluguel o locador já poderá ajuizar a ação de despejo, estando restrito apenas ao prazo decadencial, que funcionaria, por assim dizer, como um “prazo máximo”.
É importante fazer essa colocação, porque paira no consciente popular a ideia de que é necessário que o locatário deixe de pagar vários aluguéis para só então ajuizar uma ação. Trata-se, pois, de um mito, já que o locador poderá ingressar com a ação de despejo no dia seguinte ao vencimento, mesmo que essa não pareça a melhor estratégia, devido aos custos de uma ação.

6. O contrato de aluguel pode ser revisto consensualmente pelas partes

A Lei do Inquilinato permite que as partes renegociem o valor do aluguel, ou insiram ou modifiquem cláusulas de reajuste. Entretanto, o art. 18, que trata deste assunto, deixa bem claro que esse reajuste deve ser feito de maneira consensual.
Mas, com a pandemia e a consequente diminuição da renda das pessoas e empresas, muitos locatários estão se vendo obrigados a recorrer à via judicial, diante da impossibilidade de pagar o aluguel e da impossibilidade de se obter um acordo. Você pode ler mais sobre isso aqui, em outro texto que escrevi tratando especificamente dessas situações.
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Advogado l Pós-graduando em Processo Civil e atuante na área cível, empresarial e consumerista. Formado pela UNESA, em 2018. E-mail: gabriel.araujo.adv@hotmail.com (JusBrasil -Julho 2020)

Essa é a verdadeira idade do universo, de acordo com a a luz mais antiga do Big Bang

Essa é a verdadeira idade do universo, de acordo com a a luz mais antiga do Big Bang

Por , em 27.07.2020luz mais antiga do universoParte da nova imagem da luz microondas mais antiga do universo. Crédito: Telescópio de Cosmologia do Atacama

Qual é a idade do universo

A mais antiga luz já detectada do Big Bang revelou a melhor estimativa da idade do universo: 13,77 bilhões de anos com uma margem de erro de 40 milhões de anos para mais ou menos.
A nova estimativa, que se baseia em informações de um conjunto de telescópios no deserto do Atacama (Chile), traz implicações para outro problema cosmológico importante: a taxa de expansão do universo.

A importante questão

Os astrônomos deveriam descobrir a que velocidade o universo se expande para entender a cosmologia: a estrutura, evolução e origem do Universo. Já sabemos que a enigmática energia escura promove um aumento na velocidade da expansão do universo para todos os lados. No entanto, quando os cientistas direcionam seus instrumentos para o céu com o propósito de calcular essa expansão através da constante de Hubble (H0) — um número que aponta a velocidade da expansão — os números não batem quando métodos diferentes são utilizados.
Por exemplo, quando medimos a que taxa as galáxias próximas se afastam de nós chegamos a um H0, ao estudarmos a radiação primordial do Big Bang, conhecida como radiação microondas de fundo (CMB, na sigla em inglês), o H0 é diferente. Apesar dessa discrepância deixar um ponto de interrogação os últimos resultados dos pesquisadores indica que as medições da CMB estão corretas.

Corroborando investigações anteriores sobre a idade do Universo

As novas medidas coincidiram aproximadamente com aquelas feitas pela sonda espacial Planck, outro estudo sobre a CMB, o que aumenta a confiabilidade dos resultados.
Uma característica fundamental da ciência é a reprodutibilidade dos resultados: outros cientistas realizarem o mesmo experimento e chegarem aos mesmos resultados. E foi o que aconteceu aqui: os resultados da CMB da sonda espacial Planck de 2018, os mais precisos até então, foram corroborados com os dados do Telescópio de Cosmologia do Atacama (TCA). E a taxa de expansão ainda não coincide com a taxa em que galáxias próximas se afastam de nós.Os resultados de ambos instrumentos foram muito similares apesar dos novos cálculos do CMB terem sido realizados do zero. Isso não quer dizer que sejam uma verdade absoluta, já que as teorias físicas utilizadas poderiam ser o problema. Mas as medições dos dois instrumentos parecem estar corretas.

O que é a radiação microondas de fundo e porque ela é importante

A CMB é uma visão de antes da formação das estrelas do universo, um resquício do Big Bang. Ela se formou a medida que o universo foi resfriando depois do Big Bang e pode ser detectada em qualquer direção do espaço como radiação de microondas.
Ao integrar teorias da física sobre a formação da CMB e suas variações os cientistas conseguem saber qual era a velocidade em que o universo se expandia naquela ocasião. Posteriormente essa informação foi usada para o cálculo do H0.

Como os estudos foram realizados

Foram três anos de detecções metódicas da radiação de microondas pelo TCA, de 2013 a 2016. Vários outros anos foram necessários para polir os dados com o uso de supercomputadores chegando a um mapa final de todo o CMB. Apenas no final do processo o mapa foi utilizado para o cálculo do H0.
Para o novo cálculo da idade do universo os cientistas usaram o novo mapa da CMB para descobrir a distância entre a Terra e a CMB. Ao comparar essa distância com o H0 foi possível determinar quantos anos tem o universo.
Os artigos científicos sobre a análise dos dados do TCA foi disponibilizada aqui e enviados para a revisão por pares para publicação em revista científica. [Space] HScyence - Julho/2020

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Dormir pouco faz mal à saúde

Dormir pouco faz mal à saúde. Mas tem remédio: tire um cochilo. | ABC da Saúde

Dormir pouco faz mal à saúde. Mas tem remédio: tire um cochilo
O sono é um processo fisiológico fundamental para a manutenção do estado biológico normal e consequente promoção da saúde do organismo. Noites mal dormidas induzem desequilíbrios metabólicos, hormonais e imunológicos, além de levar a dias sonolentos com redução da cognição, aumento da chance de erros nas tarefas diárias e redução da produtividade.
Distúrbios do sono e sua privação podem predispor o indivíduo a diversos tipos de doenças crônicas como obesidade, depressão, diabete e hipertensão, sendo reconhecidos como um problema de saúde pública. Nos Estados Unidos 30% dos adultos reportam dormir menos de 6 horas por dia, tempo insuficiente para os processos biológicos que ocorrem durante o sono.
Uma pesquisa, publicada online esta semana na revista científica Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, traz um alento aos que dormem pouco durante a noite.
O estudo foi conduzido em 11 homens saudáveis com idades de 25 a 32 anos que sofreram uma restrição importante de sono por uma noite. Na tarde seguinte foram medidas as concentrações na urina de substâncias que aumentam com o estresse, como noradrenalina, adrenalina e dopamina (estas substâncias produzem aumento dos batimentos cardíacos e do açúcar no sangue) e na saliva foi medida a concentração de uma proteína do sistema imunológico chamada interleucina-6 que contribui na resposta imunológica contra viroses.
A noradrenalina apresentou um aumento de duas vezes e meia na sua concentração, enquanto a interleucina-6 teve uma redução significativa.
Na noite seguinte os voluntários sofreram nova restrição de sono, porém, na tarde seguinte, antes das dosagens hormonais, eles tiraram dois cochilos de meia hora. As dosagens tanto da noradrenalina como da interleucina-6 foram normais, evidenciando que os cochilos reverteram os efeitos deletérios da falta de sono no que tange a alteração destas duas substâncias.
Dormir bem é fundamental para a manutenção da saúde e bem-estar (o tempo recomendado é de 8 horas por noite), no entanto, se por algum problema você não pode atingir esta recomendação, reserve um tempinho na tarde seguinte. O seu organismo agradece!

Autor: Dr. Gilberto Sanvitto - ABC da Saúde
Referência Bibliográfica
  • -Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism 100: - 2015 - doi: 10.1210/jc.2014-2566

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Se você fizer isso, dificilmente terá câncer por toda a vida

Se você fizer isso, dificilmente terá câncer por toda a vida

Por , em 9.06.2020A Sociedade Americana de Câncer acaba de atualizar o guia de dieta e atividades físicas com o objetivo de reduzir o risco de se ter câncer. Essas orientações são revistas de cinco em cinco anos desde o início dos anos 80 com base em evidências científicas.
O guia é feito por um comitê de especialistas voluntários de vários setores com base em recomendações da Agência Internacional de Pesquisa de Câncer e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
Vejas as principais diferenças entre as recomendações atuais e as anteriores:

Atividade física

Antes: adultos deveriam realizar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.
Agora: adultos devem fazer entre 150 e 300 minutos de atividade moderada ou 75-150 minutos de atividade vigorosa por semana. Atingir ou superar 300 minutos é o ideal.
Crianças e adolescentes devem se envolver em pelo menos uma hora de atividade moderada ou vigorosa por dia. Todos devem limitar atividades sedentárias como sentar, deitar, assistir TV e outras formas de entretenimento que envolvem computadores, smartphones e tablets.

Dieta

Antes: consumir dieta saudável, com ênfase em vegetais. Manter um peso saudável. Limitar o consumo de carnes vermelhas ou processadas. Consumir pelo menos 2,5 xícaras de frutas e verduras todos os dias. Escolher grãos integrais ao invés de produtos com grãos refinados.
Agora: consumir vegetais verde-escuros, vermelhos e alaranjados, legumes ricos em fibras, frutas com variedade de cores e grãos integrais. Limitar ou cortar o consumo de carnes vermelhas ou processadas, bebidas açucaradas e produtos muito processados ou com grãos refinados.
Evitar vegetais com muito amido, como batata, mandioca e milho.

Álcool

Antes: adultos devem limitar consumo para 1 dose para mulheres e duas doses para homens por dia.
Agora: recomenda-se não beber álcool. Para os adultos que decidirem beber, o limite continua o mesmo que antes. [Guia da Sociedade Americana de Câncer 2020, EurekAlert!] HScyence -Julho 2020

terça-feira, 21 de julho de 2020

Novo tratamento experimental reduz em 79% o risco de morte para pacientes hospitalizados por Covid-19

Por , em 20.07.2020
Paciente com coronavírus no respirador artificial: novo medicamento com interferon beta pode reduzir a necessidade destes tratamentos agressivos
Um novo tratamento com remédio à base de spray nasal com interferon beta pode reduzir em números extremos as mortes ou necessidade de cuidados intensivos por infecções de coronavírus, informam dados preliminares relatados nessa segunda-feira por uma companhia de biotecnologia do Reino Unido.

Como foi realizado o estudo

No ensaio clínico feito com cem pacientes hospitalizados por Covid-19, os voluntários que receberam um spray nasal da proteína interferon beta reduziram o risco de desenvolver sintomas graves em 79% comparando com o grupo de placebo.
Os voluntários também duplicaram as chances de total recuperação na comparação com o grupo de controle.

“Grande avanço”

De acordo com a empresa, que chamou o medicamento de SNG001, estes resultados iniciais inspiram um “grande avanço” no combate ao coronavírus.
“Estamos todos satisfeitos com os resultados dos testes anunciados hoje, que mostraram que o SNG001 reduziu bastante o número de pacientes COVID-19 hospitalizados que necessitaram de oxigênio ou respiradores.”
Richard Marsden, CEO da Synairgen
Spray nasal de interferon beta contra covid-19 (coronavirus) pode ser esperança no tratamento
Spray nasal entrega as moléculas de proteína interferon beta diretamente aos pulmões para uma resposta imune contra a infecção de coronavírus (Covid-19)
Deve ser considerado que o artigo com os dados publicados nesta segunda-feira ainda não passaram pela revisão por pares e o tamanho da amostra é pequeno, relativamente falando. Mas, após futura confirmação em estudos maiores, o medicamento tem capacidade de revolucionar o tratamento ao Covid-19. O que é o interferon beta?
O interferon beta é uma molécula natural no corpo humano e costuma ser usada para tratamento de esclerose múltipla. É parte do sistema imune no combate a infecções. No entanto o coronavírus inibe a produção da proteína pelo corpo, amenizando a resposta imunológica.

Por que um spray nasal?

A inalação do medicamento faz com que ele seja entregue diretamente aos pulmões de pacientes com Covid-19 e tem o propósito de iniciar uma forte resposta imunológica contra o coronavírus em pacientes, até mesmo naqueles que já foram imunocomprometidos pelo vírus.
“Os resultados confirmam nossa crença de que o interferon beta … tem um enorme potencial como droga inalada para restaurar a resposta imune do pulmão.”
Tom Wilkinson, médico e professor de medicina respiratória da Universidade de Southampton (Reino Unido)
Segundo Wilkinson o ensaio clínico evidenciou que o SNG001 teve eficácia na melhora da proteção, na aceleração da recuperação e no combate ao impacto do vírus SARS-CoV-2.

Outros tratamentos disponíveis

No momento, há alguns tratamentos disponíveis para pacientes que com COVID-19. Mês passado, pesquisadores do Reino Unido descobriram uma redução significativa em mortes de pacientes graves com Covid-19 tratados com o corticoide dexametasona, amplamente disponível, para reduzir a inflamação. E inúmeros países também tem usado o remdesivir antiviral no combate ao vírus. [Medical XPress] HScyence - Julho/2020

domingo, 19 de julho de 2020

Quer parar de menstruar?

Quer parar de menstruar?

Por , em 18.07.2020
mulher com fortes cólicas menstruais
Hoje a menstruação pode ser considerada um processo eletivo do seu corpo. Médicos oferecem a possibilidade de para a menstruação completamente — conhecido como amenorréia — para pacientes jovens a partir de 14 ou 15 anos de idade.
“Uma vez que suas menstruações sejam estabelecidas, podemos desativá-las. Agora temos a tecnologia para tornar as menstruações opcionais.”
Disse-me Sophia Yen, professora de pediatria da Stanford Medical School em entrevista para o The Atlantic
A menstruação é confusa, dolosa e cara. Quem menstrua costuma passar, em média, 2,3 mil dias das suas vidas menstruada. Parar de menstruar vai diminuir o risco de anemia (muito mais comum em mulheres), dor e muito menos gastos com absorventes e medicamentos para dor.

Métodos para parar a menstruação

Uma opção para deter a menstruação é utilizar um DIU (dispositivo intra-uterino) hormonal. A vantagem desta opção é que o hormônio não é sistêmico portanto não age em todo o corpo, mas apenas na região uterina.
DIU hormonal instalado pode parar a menstruação, causando amenorréia
DIU hormonal instalado pode parar a menstruação

Como os métodos de supressão da menstruação funcionam no corpo

Se você não estiver tentando engravidar não há necessidade médica para menstruar. A menstruação é uma preparação para a gravidez através do espessamento do revestimento uterino, como um ninho estivesse sendo tecido para receber delicados ovos. O hormônio impede esse acúmulo no revestimento uterino. Muitas pessoas que utilizam DIUs hormonais, pílulas, injeções, implantes, adesivos, anéis vaginais observam uma menstruação mais leve ou nenhuma menstruação.

Estes produtos hormonais param a menstruação nas seguintes taxas:

  • Para 40% das mulheres que usaram o DIU Liletta;
  • Mais de 50% das que tomaram Medroxiprogesterona a cada três meses e quase 70% no segundo ano;
  • Algumas pílulas, adesivos e anéis possuem taxas próximas a 100% de amenorréia.
Anel anticoncepcional vaginal pode parar a menstruação causando amenorréia
O anel vaginal com hormônios pode levar a amenorréia
Algumas mulheres possuem menstruações extremamente dolorosas ou por períodos muito longos. Mulheres com Síndrome do Ovário Policístico, que são 6 a 12% das mulheres nos EUA, podem ter cólicas tão fortes que não conseguem caminhar e sangramento tão profuso que precisam trocar de absorvente a cada hora. - HScyence -Julho 2020

É saudável parar a menstruação?

Associações de médicos obstetras e ginecologistas garantem há mais de uma década que é seguro tentar reduzir ou eliminar a menstruação, seja por escolhas pessoais ou motivos médicos, com o uso de contraceptivos hormonais.
Uma pesquisa de 2013 nas Américas e Europa perguntou para quatro mil mulheres se elas sabiam que é seguro tentar eliminar ou reduzir a severidade das menstruações com contraceptivos hormonais. 10% das mulheres o faziam e apenas um terço sabia que era possível.

A simples verdade

A realidade é que, se você estiver fora do período de dois anos após a primeira menstruação e não estiver querendo engravidar, não precisa menstruar. Isso seriam cerca de 28 menstruações ao longo de toda a vida ao invés de várias centenas delas.
Não ter que faltar na natação, na escola ou trabalho dois dias por mês e não ter cólicas durante o vestibular pode colocar as meninas em melhores condições competitivas com os meninos, segundo a Dra. Yen disse ao The Atlantic.

O tabu de não menstruar mais

Em um estudo recente pesquisadores descobriram que a maioria das voluntárias “achou a idéia de não menstruar estranha”. Em outra pesquisa com pequena amostra de 2016, investigadores canadenses relataram que as participantes desconfiavam dos anúncios de uma indústria farmacêutica em adotar a supressão da menstruação como uma opção de estilo de vida. Muitas voluntárias expressaram preocupações com a saúde. Uma delas afirmou: “Eu sei que meu corpo está saudável quando sangra todo mês e eu ficaria muito preocupada se isso não acontecesse”.

Preocupações que você não deve ter ao induzir a amenorréia:

  • Não há risco aumentado de infertilidade;
  • Não há redução na densidade óssea;
  • Você não estará se enchendo de “sangue menstrual preso”. Não haverá o acúmulo de nenhum tipo de sangue tóxico no corpo;
Amenorréia espontânea, no entanto, pode ser sintoma de problemas no organismo como distúrbios alimentares, problemas na hipófise, na tireóide, ou hepatite. Vale a pena investigar.
Muitas mulheres também levam tempo para se adaptar a não menstruar mais, segundo ginecologistas entrevistadas pelo The Atlantic, já que desde pequenas aprendem que sangrar todo mês é algo natural.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

10 curiosidades sobre saúde e bem-estar


10 curiosidades sobre saúde e bem-estar


Você sabe porque nossa pele descama no sol? Qual foi o primeiro hospital? Porque a nossa barriga ronca quando estamos com fome? Separamos 10 curiosidades sobre saúde e bem-estar para você.

1 – Quando surgiram os Hospitais?

No Ceilão (atual Sri Lanka) , no Sul da Ásia em 431 a. C. foi onde aconteceram os primeiros registros de hospitais. Alguns séculos depois, o imperador Azoka construiu na Índia instituições especiais para tratar doenças semelhantes aos hospitais de hoje.
Já na Europa, sua introdução coube aos romanos ( por volta de 100 a .C. ), que ergueram locais, chamados de “valetudinaria”, para cuidar dos soldados feridos em batalha.
Em 431 a. C. foi onde aconteceram os primeiros registros de hospitais
A partir do Século IV, com o crescimento do cristianismo , que os hospitais se expandiram.
Comandados por sacerdotes e religiosos, serviam de refúgio para viajantes e doentes pobres.
Esses lugares possuíam um “infirmitorium”(enfermaria),onde os enfermos eram curados, uma farmácia e um jardim com plantas medicinais.
A palavra hospital é de raiz latina (Hospitalis) e de origem relativamente recente. Vem de hospes – hóspedes, porque antigamente nessas casas de assistência eram recebidos peregrinos, pobres e doentes.
Já no Brasil o primeiro hospital é a Santa Casa de Santos, do Estado de São Paulo, que foi inaugurado em 1° de novembro 1543. A construção teve início em 1542, por iniciativa do português Braz Cubas, líder do povoado do porto de São Vicente, posteriormente Vila de Santos. Ele teve o auxílio dos próprios moradores da região.

2 – Por que uma emoção forte pode provocar um infarto?

Quando uma pessoa sofre uma emoção forte as glândulas adrenais (localizadas na parte superior dos rins) liberam adrenalina.
Ela entra na corrente sanguínea e no coração provocando aumento dos  batimento cardíacos, com isso mais sangue é bombeado para os músculos. A adrenalina estimula, ainda, uma contração dos vasos sanguíneos, que serve para “empurrar” o sangue e melhorar a irrigação em centros vitais como o cérebro.
O aumento da intensidade do trabalho cardíaco e o estreitamento dos vasos podem ocasionar um infarto.
O aumento da intensidade do trabalho cardíaco e o estreitamento dos vasos podem ocasionar um infarto (morte de tecidos por falta de oxigenação), se já houver alguma artéria coronariana (as que levam sangue para o coração) semi-obstruída.
O coração é um músculo que, como qualquer outro, precisa de oxigênio.
Quando seu trabalho aumenta, cresce também a necessidade desse gás vital.
Outra possibilidade é que a contração de uma artéria que já tenha certo entupimento resulte em um bloqueio total, também causando o infarto

3 – Ter apenas um testículo impede a procriação?

Não, os dois testículos produzem os espermatozoides e os hormônios masculinos do homem e dos mamíferos machos.
A fertilidade do homem é vinculada às características do esperma como a quantidade de espermatozoides, a capacidade de se mover e sua morfologia. Essas características são vinculadas a certos problemas nos testículos, níveis hormonais e problemas genéticos.
A fertilidade do homem é vinculada às características do esperma.
O homem que possui apenas 1 testículo, mas não apresenta nenhum outro problema desses continuará fértil.
A falta de um deles não interrompe essas funções.
“Quando ocorre uma perda, o órgão que sobra trabalha mais, e muitas vezes até aumenta de tamanho”, diz o andrologista Roberto Tulli, da Clínica de Moléstias Vasculares Roberto Tulli, em São Paulo.
Mas, depois dos 50 anos, quando há uma queda na produção de espermatozoides, a falta de um testículo pode prejudicar a reprodução.

4 – O ferro que existe no nosso sangue é o mesmo de um carro?

Esse mineral escuro que está no  carro, na estrutura da sua casa, dentro do seu celular, é sim um nutriente.
Há apenas uma diferença: o dos carros é insolúvel em água e o que circula pelo corpo é solúvel porque está na forma de íons (átomos com carga elétrica) que reagem com a água. Caso não fosse solúvel, não se ligaria aos aminoácidos para formar a hemoglobina, o pigmento do sangue que carrega oxigênio até os tecidos do corpo.
A anemia por falta de ferro, é um dos distúrbios nutricionais que mais têm aumentado no mundo.
“Além dessa tarefa, o ferro está envolvido na transferência de elétrons dentro das células para fabricação de energia”, diz o bioquímico Jaime A. Farfan, da Universidade de Campinas, em São Paulo.
A falta de ferro resulta em anemia. A anemia ferropriva, por falta de ferro, é um dos distúrbios nutricionais que mais têm aumentado no mundo – um dos motivos para isso é o alto consumo de produtos industrializados, pobres em nutrientes.

5 – Por que nós temos duas dentições e de onde vem os dentes?

A Cirurgiã-Dentista Renata Martins, CRO-SP 102411, explica: “porque cada uma se adéqua à nossa fase de desenvolvimento”.
Os dentes se formam no osso e após os seis meses começam a sair os primeiros , encravados na arcada dentária.
Até mais ou menos 24 meses surgem toda primeira dentição; no total são 20 dentes (dentes de leite).
Até mais ou menos 24 meses surgem toda primeira dentição.
Além da estrutura física que pode mudar, o organismo adulto precisa de alimentos mais consistentes e fibrosos.
Por volta dos sete anos, a criança come os mesmos alimentos que os adultos, com isso, seus dentes começam a cair. Por volta dos 13 anos de idade, a segunda dentição, a permanente, está quase completa, faltando apenas os quatro dentes do siso (terceiros molares) que erupcionam entre 17 e 30 anos.
O adulto tem 32 dentes permanentes, sendo 16 em cada arcada.

6 – Por que a nossa barriga ronca quando estamos com fome?

Nosso corpo é equipado com uma série de mecanismos para que funcione bem. Até o barulho da barriga é um sinal do organismo, indicando que o estômago está se preparando para receber o alimento.
O processo se inicia com a produção de saliva. Muita gente não sabe, mas encher a boca d’água é a primeira fase da digestão. A saliva irá lubrificar os alimentos triturados pelos dentes para serem engolidos mais facilmente.
Depois ocorre uma alta na produção dos ácidos digestivos e pepsina, uma enzima digestiva.
A produção de tais ácidos estimulam contrações no estômago e intestino (movimentos peristálticos), preparando estes órgãos para uma futura digestão.
Até o barulho da barriga, é um sinal do organismo, indicando que o estômago está se preparando para receber o alimento.
O “ronco” acontece quando os movimentos peristálticos chacoalham o líquido digestivo e o ar presente no estômago.
O horário em que eles acontecem varia de acordo com o período em que a pessoa costuma se alimentar.
Para quem não tem horário o ronco costuma aparecer entre cinco ou oito horas de jejum.
Algumas pessoas têm mais tendência desencadear estes ruídos, mas isso não significa que seja um problema.
O ronco no estômago, seja de fome ou recorrentes da digestão, são contrações fisiológicas, naturais e involuntárias.

7 – Por que a pele fica rosada em contato com o gelo?

A região onde está em contato com o gelo fica com um tom de rosa ou violáceo porque há uma contração dos vasos sanguíneos da região. Com isso, diminui bruscamente a quantidade de sangue dentro deles.
Mas o sangue não desaparece: migra para regiões bem próximas, ficando acumulado até a temperatura do local voltar ao normal.
Esse acúmulo provoca a cor rosada.
A região onde está em contato com o gelo fica com um tom de rosa.
Em seguida, os receptores (terminações nervosas especializadas em perceber diferentes estímulos) identificam a baixa temperatura e transmitem mensagens de dor. Por isso, surge a sensação de queimadura, mesmo sem a presença de fogo.

8 – Como saber se um esqueleto é de homem ou de mulher?

Além do tamanho dos ossos, as principais diferenças podem ser notadas no crânio e na pelve (bacia).
Os ossos cranianos do homem têm saliências e sua fronte é achatada, enquanto o crânio da mulher é mais liso e a fronte reta.
A pelve de uma mulher adulta é adaptada ao parto.
A pelve feminina é mais larga e profunda, enquanto a masculina é mais estreita e menos profunda.
As principais diferenças podem ser notadas no crânio e na pelve.
Outra diferença é quanto ao arco do púbis, na mulher é arredondado, no homem em forma de V.
Se a ossada for de uma criança a identificação do sexo é mais difícil, pois a diferenciação da pelve ainda não ocorreu sendo muito parecidas nos dois sexos.
As diferenças entre a pelve feminina e masculina é induzida pela produção de estrogênio durante a puberdade feminina.

9 – Por que a pele descasca depois do sol?

Ao tomar muito sol, os raios ultravioletas atravessam a epiderme – camada superficial da pele – e estimulam a divisão de células da pele, enquanto o calor faz com que elas ressequem e morram.
Assim, forma-se uma camada mais grossa de células mortas que acaba descascando.
O sol apenas acelera o processo natural da pele. Estamos sempre descamando aos poucos e, mesmo sem que a gente perceba, a pele se renova, em média, a cada 15 dias”, diz o dermatologista Guilherme de Almeida, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Ao tomar muito sol, os raios ultravioletas atravessam a epiderme e estimulam a divisão de células da pele.
O efeito do sol dura uma semana, por isso demora alguns dias para a pessoa descascar depois de pegar um bronze. A proliferação mais rápida das células também explica por que o maior perigo do sol é mesmo o câncer de pele.
Para evitar esse efeito, o ideal é usar protetor solar e não se expor ao sol entre às 10h e 16h.

10 – Por que temos Câimbras?

Câimbras podem acontecer quando menos se espera.
De repente, a pessoa sente uma dor intensa provocada por contrações involuntárias de um ou mais músculos, repentinas e prolongadas.
Em geral, as câimbras musculares são causadas pela prática de esportes ou por determinadas atividades profissionais.
Em geral, as câimbras musculares são causadas pela prática de esportes ou por determinadas atividades profissionais.
Já as câimbras noturnas na perna, muitas vezes não têm causa aparente, mas sugerem a associação com algumas doenças sistêmicas.
Algumas outras causas são: uso exagerado da musculatura, desidratação, baixas temperaturas, má circulação, carência de sais minerais, etc.(Fonte:farmaciadelevery.com.br)

domingo, 12 de julho de 2020

Crianças não transmitem Covid-19 e escolas devem reabrir, afirmam especialistas

Crianças não transmitem Covid-19 e escolas devem reabrir, afirmam especialistas

Por , em 10.07.2020
Criança com máscara facial na sala de aula
Um artigo de opinião, que apareceu na revista Pediatrics, a revista científica oficial revisada por pares da Academia Americana de Pediatria, EUA, informa que crianças raramente transmitem Covid-19. Se as escolas seguirem as orientações de segurança e observarem a taxa de alastramento da doença nas suas regiões, podem reabrir no próximo semestre letivo.
Os médicos redatores do artigo de opinião são os especialistas em doenças infecciosas pediátricas Benjamin Lee e William V. Raszka, Jr., que trabalham na Universidade Larner e na Universidade de Vermont (ambas nos EUA), respectivamente. Dr. Raszka é um dos editores da revista Pediatrics.
Os médicos baseiam suas conclusões em um estudo recente, publicado na mesma edição da revista científica, e outros quatro estudos novos que investigam como o Covid-19 se transmite nas crianças.

Os estudos sobre Covid-19 em crianças e suas transmissão

  • Em um estudo foram acompanhados os lares de 39 crianças na Suíça que estavam contaminadas com Covid-19. O rastreamento detalhado mostrou que em apenas três casos (8%) a criança era suspeita de ser o primeiro caso na família.
  • Um novo estudo chinês de rastreamento de transmissão mostrou que, das 68 crianças com o coronavírus internadas em um mesmo hospital, 96% contraíram em casa de adultos que já estavam infectados. Outro estudo em crianças na China mostrou que 90% das crianças, internadas em diversos hospitais, contraíram coronavírus de um adulto e foi confirmada apenas uma transmissão possível de uma criança para a outra.
  • Outro estudo na França mostrou a exposição de um menino contaminado com Covid-19 a 80 colegas em três escolas diferentes. Ninguém mais ficou doente. No entanto outras doenças respiratórias como a da gripe eram comuns nas escolas.
  • Um estudo australiano observou que 9 estudantes e 9 colaboradores contaminados de 15 escolas diferentes que expuseram 735 estudantes e 128 funcionários ao novo coronavírus. Apenas dois casos foram registrados como resultado e um deles foi transmissão de adulto para criança.
  • Estudo com 17 milhões de pessoas descobre os fatores aumentam o risco de morte por Covid-19

Os verdadeiros culpados

“Os dados são impressionantes”, afirmou Dr. Raszka. “O principal argumento é que as crianças não são os focos da pandemia. Após seis meses, temos uma série de dados acumulados que exibiram que crianças têm chances menores de serem infectadas e parecem ser menos infecciosas; são os adultos gregários, que não seguem os protocolos de segurança, que são os responsáveis pela subida da curva”.

Outras evidências que mostram que as escolas podem reabrir

Modelos matemáticos também contribuem para a idéia de que crianças não são transmissores significativos da doença, de acordo com os médicos. Eles mostram que o uso de máscaras faciais e distanciamento físico são muito mais eficazes para conter propagação de doenças do que fechar escolas. Outros dados que acrescentaram: escolas reabriram na Europa e no Japão sem aumento de casos. Essas são confirmações dos modelos, na opinião deles.
A reabertura das escolas, se realizada com segurança é fundamental para que as crianças se desenvolvam de maneira saudável, dizem os médicos. “Ao fazer isso poderíamos minimizar os custos sociais, de desenvolvimento e de saúde adversos potencialmente profundos que nossos filhos continuarão sofrendo até que um tratamento ou vacina eficaz possa ser desenvolvida e distribuída, ou na sua falta, até atingirmos a imunidade de grupo”, concluem os autores. [Pediatrics/EurekAlert] HScyence Julho 2020

sábado, 11 de julho de 2020

Sintomas de depressão: 13 sinais de que esse mal está dominando você e quando procurar ajuda

Por , em 9.07.2020
Mulher confortando amiga com sintomas de depressão
Todos nós nos sentimos tristes ou solitários de vez em quando. Isso é normal frente a uma perda, frustração, lutas do dia-a-dia… No entanto, quando essas sensações duram por um período muito longo, sendo um obstáculo para viver uma vida normal, elas podem ser sintomas de depressão.
E quando isso acontece você deve procurar ajuda.
O ideal é procurar uma psicóloga ou psiquiatra… ou ambos. Esses profissionais podem avaliar e tratar seus sintomas e a causa do seu problema. Se você ignorar a sua depressão ela tem risco de piorar e se prolongar podendo persistir por meses, talvez anos. Pode causar dor psicológica frequente ou até ao suicídio, como ocorre a 10% das pessoas com depressão.
Identificar os sintomas é importantíssimo. Infelizmente grande parte das pessoas que sofrem depressão nunca se tratam ou sequer recebem o diagnóstico.

Os sintomas de depressão podem incluir

  • Dificuldade de concentração, tomar decisões, recordar detalhes específicos
  • Cansaço frequente (fadiga)
  • Sentir-se desamparado, inútil, sentir culpa
  • Ficar pessimista e sem esperança
  • Problemas para dormir, dormir em excesso ou acordar cedo demais
  • Ficar irritável
  • Agitação
  • Perder o interesse por coisas que gostava que podem incluir sexo
  • Falta de apetite ou comer em excesso
  • Dores pelo corpo, dor de cabeça e/ou cãibras persistentes
  • Problemas de digestão que não melhoram ainda quando você se trata
  • Estados persistentes de tristeza, ansiedade ou “vazio”
  • Pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio
  • Este é um sintoma da depressão que às vezes nem os médicos conseguem perceber

Diagnóstico da depressão

Não há um único teste de depressão que um especialista faça para identificar se você tem ou não o distúrbio, no entanto, o caminho para o diagnóstico passa pelo seu histórico juntamente com um exame físico do psiquiatra.

O que o médico precisa saber:

  • Quando você começou a ter os sintomas
  • Quanto tempo seus sintomas duraram ou se persistem
  • São muito severos?
  • Se há histórico familiar de depressão ou outros distúrbios mentais
  • Uso de álcool e drogas
  • Se em outras épocas você já teve sintomas parecidos e como foi o tratamento

Tratamento para depressão

Caso o médico deduza que não há causas físicas para os sintomas apresentados é possível que ele prescreva tratamento medicamentoso e/ou encaminhe você a uma psicóloga. Além do tratamento com medicamentos (antidepressivos, por exemplo) prescritos pelo médico a psicoterapia junto a uma psicóloga tem excelente taxa de resultados positivos para a maioria das pessoas. 

Quais são os sinais de alerta para suicídio causados pela depressão que tenho que ficar atento?

Depressão traz consigo alto índice de suicídio. Considere pensamentos ou ações suicidas como muito graves. Os sinais de alerta para suicídio podem ser:
  • Alteração súbita da tristeza para uma calma extrema, talvez com aparência de felicidade
  • Falar ou pensar constantemente sobre a morte
  • Depressão clínica que piora (profunda tristeza, apatia, dificuldade para comer e dormir)
  • Correr riscos que poderiam levar a morte como atravessar a rua sem olhar para os lados ou atravessar sinais vermelhos enquanto dirige
  • Comentar sobre ser uma pessoa inútil, sem valor, sem conserto ou sem esperança
  • Organizar as coisas relativas a sua vida pessoal (como a situação financeira) para não dar trabalho aos seus familiares quando morrer, fazer ou mudar um testamento
  • Afirmar coisas como “seria melhor se eu não estivesse aqui”, “chega para mim”, “quero que tudo acabe”
  • Falar sobre suicídio
  • Visitar ou entrar em contato com amigos próximos ou parentes próximos

O que fazer se exibir algum destes sinais

Se tiver quaisquer destes sinais de alerta acima ou conhecer alguém que os tem ligue para 188, entre no chat do Centro de Valorização da Vida, contate um profissional de saúde mental agora mesmo ou vá para a unidade de saúde mais próxima.

Terapia eletroconvulsiva trata sintomas de depressão?

Terapia eletroconvulsiva é um dos últimos tratamentos oferecidos para aquelas pessoas que tem sintomas persistentes de depressão maior que não são aliviados com psicoterapia, medicamentos ou outras intervenções. Pode ser usada em caso de depressão grave que necessite tratamento imediato.

Quando procurar ajuda para os meus sintomas de depressão?

Procure ajuda profissional quando sua vida normal não é mais possível ser vivida por causa dos sintomas. Isto é, quando os sintomas causam problemas em uma ou diversas áreas de sua vida (trabalho, família, relacionamentos, amizades) não permitindo que você funcione normalmente sem que você não vislumbre uma solução.
Caso não tenha plano de saúde ou condições para pagar um profissional procure o CRAS mais próximo e ligue para as universidades próximas de você. Toda universidade que oferece curso de psicologia terá atendimento psicológico a custo baixo, talvez gratuito.
Se você estiver sofrendo sintomas físicos como esse ou estiver deprimido grande parte do tempo, consulte um profissional. Se observar um amigo assim, não julgue, ofereça ajuda. [WebMD] - HScyence - Julho 2020

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Análise das mudanças trazidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência

Análise das mudanças trazidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência

Com foco voltado ao instituto da prescrição


Publicado por Isaias Cunha

1. Introdução:

As pessoas com deficiências sempre existiram, isso não é algo novo, elas desde sempre estão presentes na nossa sociedade, pois são seres humanos assim como todos os demais. Só que antigamente estas pessoas chegavam a ser vistas como um problema, as pessoas com deficiência eram excluídas da sociedade como se fossem uma aberração.

Um exemplo disto era na Grécia Antiga, pois os bebês que nasciam com alguma deficiência eram por conta disso levados a morte, na maioria das vezes sendo jogados de um abismo. Pelo simples fato de que não iriam conseguir virar os guerreiros que a pólis esperava para defender o seu território. Outro exemplo deste preconceito que as pessoas com deficiência sempre sofreram ao longo da história foi no Egito Antigo, pois lá se acreditava que a deficiência era em decorrência de espíritos do mau, de demônios ou por causa de uma culpa que a pessoa carregava de uma vida anterior e a deficiência era a consequência deste pecado.
E esta visão histórica e preconceituosa das pessoas com deficiência ficou enraizada na sociedade, mas já conseguimos dar muitos passos importantes em busca da igualdade entre todos. Como por exemplo, as empresas que tem cotas de emprego para pessoas com deficiência e os concursos que também possuem estas cotas.
Ou seja, as pessoas com algum tipo de deficiência, no decorrer da evolução humana sempre passaram por grandes dificuldades para conseguirem terem os seus direitos efetivados, podemos dizer, inclusive, que estas pessoas passaram por uma luta pela sobrevivência. E para estes direitos serem efetivados de maneira correta, existe há necessidade de colocarem eles em normas, tanto na Constituição, quanto em leis específicas sobre o assunto.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi a primeira a incluir as pessoas com deficiência e trazer alguns direitos para estas, portanto, foi um marco muito importante para a sociedade. A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, de 2007, foi outro marco importante para estas pessoas, pois trouxe mais direitos que afirmavam a dignidade delas e foi ratificada e incluída na nossa Constituição com força de Emenda Constitucional em 2008. Já no Brasil, o primeiro marco que trouxe alguns dos direitos das pessoas com deficiência foi a Constituição Federal de 1988. E apenas em 2015 foi sancionada a Lei 13.146, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, pela então Presidente da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff.

2. Desenvolvimento:

E o Estatuto da Pessoa com Deficiência trouxe diversas mudanças em vários Códigos brasileiros. As mudanças mais drásticas ocorreram no Código Civil Brasileiro que tiveram muitos artigos revogados ou alterados. A mudança mais profunda é a trazida pelo art. 6º desta lei, pois confere as pessoas com deficiência a plena capacidade legal. Ou seja, aquelas pessoas que de acordo com o código eram absolutamente incapazes e deveriam ser representadas, agora são capazes para atos da vida civil, menos os menores de 16 anos (que de acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência são os únicos absolutamente incapazes). Portanto, este artigo permite as hipóteses abaixo:

Art. 6o A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:

I – casar-se e constituir união estável;
II – exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III – exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar;
IV – conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V – exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas.

O art. 84 deste Estatuto também vai neste sentido e altera o art. 3 do Código Civil, pois agora só os menores de 16 anos são absolutamente incapazes. E o art. 4 do Código Civil, que trata dos relativamente incapazes, também acabou sendo alterado e foi retirado desta categoria os deficientes mentais com discernimento reduzido e os excepcionais com desenvolvimento mental incompleto (pois, agora estes possuem plena capacidade civil), e aqueles que estavam previstos no art. 3, inc. III, agora pertencem ao inc. III do art. 4 , que fala que são relativamente incapazes “aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade” (esta hipótese antes se tratava de incapacidade absoluta). E conforme trazido na obra “Estatuto da Pessoa com Deficiência Comentado Artigo por Artigo”:

A nova redação dedicada aos arts. e do Código Civil de 2002 é de clareza solar ao afastar qualquer tipo de incapacidade jurídica decorrente de deficiência. Assim, a deficiência, de qualquer ordem, não implica em incapacidade para a prática de atos jurídicos. Todavia, a pessoa com deficiência pode reclamar uma proteção diferenciada em determinadas situações, como estado de risco, emergência ou calamidade. (FARIAS; CUNHA; PINTO; 2016, p. 62).

Também ocorreram mudanças importantes em relação ao casamento, a curatela, no direito de ser testemunha, na novidade da tomada de decisão apoiada, entre outras. Mas aqui o nosso foco é em relação à mudança que ocorreu no instituto da prescrição. Pois, antes a prescrição não corria contra estas pessoas consideradas deficientes por elas serem absolutamente incapazes. E no caso destas pessoas com deficiência serem o devedor da relação jurídica, a prescrição andava normalmente contra o credor, pois isto beneficiava o devedor, que no caso era a pessoa com deficiência.
Mas agora que isto mudou, que as pessoas com deficiência não são mais absolutamente incapazes, na teoria, a prescrição correria normalmente contra elas e isto seria um prejuízo que o Estatuto da Pessoa com Deficiência teria ocasionado, conforme traz o Professor José Fernando Simão em seu artigo “Estatuto da Pessoa com Deficiência causa perplexidade (Parte 1)”. E isso acabaria prejudicando os deficientes que precisam desta proteção, a qual neste sentido da prescrição, estaria sendo tirada deles.

Portanto, com a vinda da Lei 13.146, podemos dizer que aquelas pessoas com deficiência que eram absolutamente incapazes, agora possuem uma capacidade limitada (como regra) e se fossem feita uma interpretação exclusiva do Código Civil, a prescrição correria contra elas.

Mas a o Estatuto da Pessoa com Deficiência surge com o intuito de tornar concreto no ordenamento jurídico interno o que dispõe a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a qual foi ratificada pela nossa Constituição com força de Emenda Constitucional, como já falado anteriormente. Portanto, deve ser respeitado e aplicado o exposto nesta Convenção.
3.Conclusão:

O Estatuto da Pessoa com Deficiência vem para ampliar os direitos destas pessoas e não para restringir o que elas já conquistaram. E por este motivo, apesar do Código Civil (em seus artigos 3 e 198, inc. I) deixar bem claro que a prescrição não correria somente para os menores de 16 anos (que são os únicos absolutamente incapazes agora), a prescrição também não deve correr contra as pessoas consideradas deficientes conforme com o que era exposto anteriormente no Código Civil.

Pois, se deve prestar atenção no art. 4.4 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que diz que se a norma interna do Estado Parte for mais favorável, é a que deve ser aplicada, porque a Convenção vem para proteger e ampliar o direito dos deficientes e não para limitar. E o que diz também o art. 121 do Estatuto da Pessoa com deficiência, que deve ser aplicada a norma que seja mais benéfica ao deficiente. Portanto, termino deixando claro que a prescrição não deve correr contra as pessoas com deficiência, por força dos já citados artigos da Convenção e do Estatuto.
*Referências:
file:///C:/Users/ASUS/Downloads/Estatuto%20da%20Pessoa%20com%20Defici%C3%AAncia%20comen.pdf
https://www.conjur.com.br/2015-ago-06/jose-simao-estatuto-pessoa-deficiencia-causa-perplexidade
https://flaviotartuce.jusbrasil.com.br/artigos/448311888/debate-sobreoestatuto-da-pessoa-com-deficiencia-com-jose-fernando-simao

Estudante de direito na PUCPR.JusBrasil Julho 2020

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Os 5 fatores que levam a uma vida mais longa

Os 5 fatores que levam a uma vida mais longa

Por , Cuidar da saúde e ter uma vida longa e próspera pode não ser tão complicado assim. Embora muito do que gostamos de comer e beber possa nos fazer mal, as regras para ter uma vida longa não são mais complexas do que seguir alguns passos bem conhecidos. Um estudo feito pela Universidade de Harvard neste ano, por exemplo, comprova: cinco simples passos são necessários para prolongar nossa vida por mais de uma década. São eles ter uma dieta saudável, fazer exercícios regularmente, manter um peso saudável, não beber muito álcool e não fumar. Nada de novo embaixo do sol.
Vida longa: 9 segredos IMPROVÁVEIS para viver mais de 100 anos
Participantes do estudo que mantinham este estilo de vida mais saudável ​​tinham 82% menos probabilidade de morrer de doenças cardiovasculares e 65% menos de morrer de câncer quando comparados a aqueles com estilos de vida menos saudáveis ​​durante os mais de 30 anos de duração da pesquisa.
Os pesquisadores examinaram 34 anos de dados de 78.865 mulheres e 27 anos de 44.354 homens participantes. A ideia era ver como estes cinco fatores de estilo de vida de baixo risco poderiam afetar a mortalidade.
Para os participantes do estudo que não adotaram nenhum destes hábitos, os pesquisadores estimaram que a expectativa de vida aos 50 anos era de mais 29 anos para as mulheres e 25,5 anos para os homens. Para aqueles que tinham todos os cinco hábitos, a expectativa de vida aos 50 anos foi projetada para 43,1 anos para as mulheres e 37,6 anos para os homens. “Em outras palavras, as mulheres que mantiveram os cinco hábitos saudáveis ​​ganharam, em média, 14 anos de vida, e os homens que o fizeram ganharam 12 anos, em comparação com aqueles que não mantiveram hábitos saudáveis”, diz texto publicado a respeito do estudo no site da Universidade de Harvard. Em comparação com aqueles que não seguiram nenhum dos hábitos de vida saudável, aqueles que acompanharam os cinco tiveram 74% menos probabilidade de morrer durante o período do estudo. Os pesquisadores também descobriram que havia uma relação entre a quantidade de cada um dos comportamentos saudáveis e um risco reduzido de morte prematura, e que a combinação de todos os cinco comportamentos saudáveis ​​estava ligada aos anos adicionais de vida.
Este estudo de Harvard está de acordo com outras análises feitas por especialistas a respeito da longevidade humana. Uma pesquisa feita sobre os lugares do mundo onde as pessoas vivem mais também mostra que estes hábitos saudáveis são importantes, mas inclui outros fatores relacionados ao convívio social que também parecem ser essenciais para uma vida mais longa e saudável. Estar incluído em grupos sociais que promovem estes hábitos saudáveis, por exemplo, é um fator importante para se viver mais. [Inc., Harvard News] HScyence - Julho 2020