9 vacinas que os adultos precisam tomar
Você acha que vacina é coisa de criança? Nada disso! Existem várias vacinas que adultos precisam tomar para evitar doenças graves. Saiba quais são!
Se você morria de medo de tomar vacina e fazia a maior choradeira mesmo para tomar uma gotinha, você deve ter ficado muito feliz com a chegada da vida adulta e o fim dessa obrigação. Mas será que isso acabou mesmo? Na verdade, existem algumas vacinas que adultos precisam tomar também.
Isso acontece porque nem todas as vacinas que tomamos quando crianças conseguem nos proteger durante toda a vida, sendo necessário fazer um reforço alguns anos depois. Conheça as principais vacinas que os adultos precisam tomar:
1. Vacina tríplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche do tipo adulto
Uma das vacinas que costumamos tomar na infância é a vacina
tríplice bacteriana, que protege contra a difteria, o tétano e a
coqueluche.
Depois, na adolescência e na vida adulta, é necessário fazer um reforço para a difteria e o tétano a cada 10 anos (vacina dupla), e um reforço para a coqueluche a cada 20 anos (vacina tríplice). A vacina dupla está disponível gratuitamente pela rede pública de saúde, enquanto a tríplice pode ser adquirida na rede privada.
2. Vacina da hepatite B
Essa vacina está no programa de imunização infantil e é feita em
três doses no primeiro ano de vida. Para crianças mais velhas,
adolescentes e adultos que não foram imunizados, recomenda-se aplicar as
três doses com intervalos de um mês e cinco meses.
A vacina da hepatite B é especialmente recomendada para gestantes que não foram vacinadas na infância, para pacientes hemofílicos, para pessoas com comportamento sexual de risco (muitos parceiros e sem proteção) e para profissionais de saúde que podem ter contato com secreções e líquidos humanos.
3. Vacina contra a pneumonia
A pneumonia é uma doença que pode atingir pessoas de todas as
idades, mas é mais perigosa para crianças pequenas e adultos a partir
dos 60 anos. A rede pública disponibiliza essa vacina para as crianças
em seu calendário de vacinação, mas seu efeito é reduzido depois de
algumas décadas.
Por isso, pessoas acima dos 60 anos ou que estejam no grupo de risco podem fazer um reforço da vacina contra a pneumonia gratuitamente, mediante requisição médica. Também é possível fazer o reforço a qualquer momento nos centros privados.
Essa imunização é indicada principalmente para idosos que vivem em casas de repouso e para pessoas com o vírus HIV, transplantadas, diabéticas e que fazem tratamento com imunossupressores.
4. Vacina da febre amarela
A vacina da febre amarela é indicada para pessoas de 6 meses a 60 anos que moram ou que vão viajar para regiões de risco dessa doença (maiores de 60 anos podem tomar a vacina se tiverem boas condições de saúde).
Uma pessoa era considerada imunizada se tivesse tomado duas doses da vacina, com um intervalo de 10 anos entre elas. Para os viajantes que não recebiam as duas doses, a recomendação era tomar a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem, de forma que o organismo tenha tempo de desenvolver anticorpos contra o vírus.
Contudo, vale lembrar que a OMS, em 2013, anunciou que a partir deste ano uma única dose garante imunidade para a vida toda e não será necessário mais se vacinar a cada 10 anos, como era feito antigamente.
Além disso, a vacina contra a febre amarela é exigência para a entrada em vários países, como Austrália, Bahamas (via aérea), Costa Rica, República Dominicana e países da África e da Ásia. Nesses casos, é obrigatória a apresentação do certificado internacional de vacinação.
5. Vacina da gripe
O vírus causador da gripe apresenta uma alta capacidade de
mutação. Por causa disso, a vacina é constantemente modificada, de forma
a combater as novas formas do vírus, e é preciso tomar uma nova dose a
cada ano para se manter protegido.
As campanhas de vacinação contra a gripe na rede pública costumam oferecer a vacina para crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias e pessoas com mais de 60 anos. Em 2017, foram incluídos também professores, trabalhadores do sistema prisional e prisioneiros. As demais pessoas podem adquirir a vacina em clínicas privadas.
6. Vacina contra o HPV
A vacina quadrivalente contra o HPV, ou papiloma vírus humano,
também é uma forma de proteção contra verrugas genitais em homens e
mulheres, câncer de colo do útero, câncer de pênis e câncer de ânus.
Na rede pública, essa vacina está disponível para meninos e meninas de 9 a 14 anos e para pessoas de 9 até 26 anos com HIV ou AIDS, que tenham feito transplantes ou estejam em tratamento contra o câncer.
Nas clínicas particulares, são disponibilizadas a vacina quadrivalente para meninas e mulheres de 9 a 45 anos e a vacina bivalente (com proteção um pouco menor) para pessoas do sexo feminino a partir de 9 anos, sem limite de idade. A vacina quadrivalente também está disponível para meninos e homens de 9 a 26 anos.
7. Vacina contra herpes-zóster (cobreiro)
Qualquer pessoa que teve catapora na infância pode desenvolver o
herpes-zóster ou cobreiro, que causa dores muito fortes durante três
semanas a seis meses.
Isso acontece porque, mesmo depois da cura, o vírus pode ficar “escondido” em algumas células sem fazer nada por muitos anos, até que a pessoa tenha uma queda na resistência e o vírus resolva despertar.
Como o tempo de incubação do vírus é longo, mais de 60% dos casos da doença acontecem em pessoas com mais de 50 anos, por isso a vacina é indicada a partir dessa idade.
8. Vacina tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola
Geralmente, tomamos duas doses da vacina tríplice viral, que
protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, a partir do primeiro
ano de vida.
Caso você não tenha tomado as duas doses ou não tenha certeza sobre a sua imunização, saiba que as unidades básicas de saúde fornecem gratuitamente duas doses para pessoas entre 12 e 29 anos e uma dose para pessoas de 30 a 49 anos. Nas clínicas privadas, é possível adquirir a vacina tríplice viral em crianças e adultos de qualquer idade.
Como a rubéola é muito perigosa para o feto quando uma gestante é acometida pela doença, é importante que mulheres que pretendem engravidar verifiquem se realmente tomaram a vacina na infância. É aconselhável aguardar três meses entre a aplicação da dose e a gestação.
9. Vacina da dengue
A vacina da dengue é indicada para pessoas de 9 a 45 anos de
idade que vivem em regiões endêmicas dessa doença. As campanhas de
vacinação variam conforme as características de cada localidade, por
isso nem todas as cidades oferecem essa vacina pela rede pública.
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