Tecnologia transforma flatulência de vacas em sacolas plásticas
Durante a digestão, vacas expulsam entre 100 e 200 litros de gás metano por dia |
A sacolinha em questão é feita, literalmente, do ar que respiramos.
À primeira vista, as sacolas de metano são iguais às que conhecemos. A diferença é que os modelos comuns são feitos de petróleo, enquanto a engenhoca nas mãos de Campbell vem do AirCarbon, o carbono extraído do metano expulso pelas vacas, ou que se desprende de lixões.
O procedimento não apenas evita o uso de combustíveis fósseis, como também contribui com a diminiuição de gases tóxicos no meio ambiente. A versão proveniente do metano é produzida por uma empresa californiana chamada Newlight.
"(O metano) reage com um biocatalizador e cria uma reação que separa o carbono e o oxigênio no gás. Então passa por um período de fermentação, de onde surge este material plástico", exlpica Campbell à BBC.
"A partir daí, podemos criar vários tipos de plástico". Ele ressalta que este processo é mais barato do que o uso do petróleo.
Fungos
Material criado a partir de fungos é biodegradável, além de mais flexível e duradouro que o polietileno |
O material proposto é quase o oposto: embalagens cultivadas a partir de esporas de fungos, que produzem grandes blocos brancos com textura esponjosa.
Para criar este material, a empresa recolhe o substrato de antigas fazendas de cogumelos para moldar as esponjas. "Colocamos esta estrutura no molde e injetamos matrizes de fungos. As matrizes usam os carboidratos e açúcares ainda presentes no substrato para crescer", explica Campbell.
O material criado a partir dos fungos é biodegradável, mais flexível e duradouro que o polietileno.
"Testamos toda a cadeia de fornecimento para verificar se o produto se mantinha em boas condições. Isso é fundamental já que, no caso de danos, esta solução seria pior em termos de sustentabilidade."
Campbell mostra uma das embalagens sustentáveis |
Fonte: BBC Brasil.
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