sábado, 3 de dezembro de 2016

Câncer de Mama - O alho pode ser um grande aliado no combate

Câncer de Mama - O alho pode ser um grande aliado no combate

Câncer de Mama - O alho pode ser um grande aliado no combate
Câncer de Mama - O alho pode ser um grande aliado no combate

Todo mundo já conhece as diversas propriedades medicinais do alho, inclusive contra o câncer em geral

Então você já deve ter ouvido falar da alicina. Ela é o fitoquímico contido no alho, responsável por áquele cheirinho gostoso que você conhece. Mas suas propriedades vão além...

Ela tem ação antiviral, antibiótica e ainda é uma aliada contra o câncer de mama
  Quando preparamos algum alimento e fritamos alho para temperá-lo, o cheiro que sobe no ar agrada muita gente. Além de dar sabor e exalar um aroma gostoso, é um aliado e tanto para a saúde, e a responsável por muitos de seus benefícios, é a alicina.

Esse fitoquímico presente no alho tem ação anti-inflamatória e hipotensora, e também ajuda no controle do colesterol. Possui ainda função antibiótica, auxiliando no combate a infecções causadas por micro-organismos; é um potente antifúngico, prevenindo ou inibindo a proliferação de fungos. Some-se a ação antiviral, que auxilia no combate de infecções causadas por vírus. Ou seja, é muito mais do que um aroma a mais no alimento de cada dia.

De acordo com Gabriela Forte (SP), nutricionista clínica, “a maior ação da alicina está em sua potente atividade antioxidante, inibindo os radicais livres, amenizando o envelhecimento celular e diminuindo o risco de alguns tipos de câncer”.

O efeito protetor do alho aparece em um relatório do Instituto Americano de Pesquisa para o Câncer (AICR), que afirma que a maior exposição ao alimento diminui o risco de tumores, por isso os especialistas sugerem mantê-lo na dieta e até aumentar o consumo em alguns casos.

Preferencialmente, o alho deve ser ingerido cru, já que a alicina é degradada com o aumento da temperatura. “Por exemplo, no molho tipo pesto, patê de alho ou picadinho sobre a salada”, exemplifica a nutricionista e pesquisadora em saúde pública da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), Daniela de Assumpção.

Consumo diário

Nosso corpo tem capacidade de absorção seletiva, por isso a vantagem de usar o nutriente no dia a dia, já que ninguém vai conseguir comer uma vez por semana um quilo de alho.

“Quando o alho for amassado vai liberar alicina na boca, e se conseguirmos engolir um dente inteiro, não dá mau hálito. De forma rotineira, dá para levar”, afirma o nutrólogo Celso Cukier, do Hospital Samaritano (SP).
Não existe um consenso sobre a recomendação diária de alho para consumo, mas o Ministério da Saúde do Canadá assim como a Comissão da Agência Federal Alemã de Saúde sugerem que a ingestão de 4 g de alho cru (1 dente pequeno de alho) ou 8 mg de óleo essencial (duas ou três cápsulas) seja suficiente para a prevenção de fatores de risco cardiovascular.
Já a American Dietetic Association indica o consumo de 600 a 900 mg de alho por dia, o que equivale a um dente de alho cru. Deve-se aguardar de cinco a dez minutos antes de ingerir após ser amassado, porque é nesse período que ocorre um aumento na disponibilidade da alicina.

Varie na ingestão

De acordo com o nutrólogo do Hospital Samaritano não há estudos que mostrem o efeito tóxico em altas doses, e já que o alho só faz bem, inclua-o diariamente em sua dieta, seja no arroz e feijão de todo dia, seja no tempero de carnes, frangos, vegetais cozidos e também na salada; além de fazer bem à saúde, a comida ficará com um sabor agradável.
A maior exposição ao alimento diminui o risco de tumores, por isso, os especialistas sugerem incluí-lo na dieta

O fator boa alimentação

O nutrólogo acrescenta que ainda não há evidências científicas que comprovem que grandes doses de alicina possam ser capazes de controlar os radicais livres, mas alguns experimentos mostraram que a substância produz um efeito anti-inflamatório contra algumas doenças. Cukier faz ainda uma ressalva: no caso de um hipertenso, por exemplo, não é indicado para substituir o medicamento por altas doses do alimento. “Ele é um tratamento auxiliar.”

A nutricionista Gabriela Forte afirma que já é reconhecida a ação do alho no combate ao câncer, principalmente relacionada à presença da alicina.“Esse benefício parece ter relação com vários mecanismos incluindo a proteção hepática contra substâncias carcinogênicas, o aumento do reparo do DNA e a redução da proliferação celular”, explica a nutricionista.

Já o médico Cukier, do Hospital Samaritano,diz que não só o alho, mas a boa alimentação de forma geral auxilia na prevenção do câncer. “Vários vegetais in natura auxiliam. Cada vez mais se estimula esse tipo de orientação, a população acaba comendo melhor e o nível de câncer tem impacto positivo. Não é o alho sozinho, o tomate sozinho, as folhas verdes sozinhas, é o conjunto de vegetais”, conclui.

De acordo com um relatório do AICR, o alho provavelmente diminua as chances de alguém desenvolver câncer colorretal, por isso, o órgão sugere incluir o alimento como parte de uma dieta balanceada e predominantemente baseada em vegetais.

Ainda segundo o instituto, os componentes do alho, entre eles a alicina, têm a capacidadede retardar ou impedir o crescimento de tumores na próstata, na bexiga e no tecido do estômago. Uma recente pesquisa feita pela Escola de Farmácia da Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, mostrou que a alicina induz a apoptose (autodestruição celular) em várias células cancerígenas e inibe o crescimento de tumores. Assim, a alicina também pode ser útil para evitar a progressão do câncer de mama, inclusive.

Fonte: Revista Viva Saúde - Nov/16

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