segunda-feira, 13 de abril de 2020

Por que o dólar está sempre mudando de valor?

Por que o dólar está sempre mudando de valor?

Entenda o que determina a flutuação da moeda americana e quem se beneficia com o sobe e desce


No Brasil, a cotação do dólar varia como o preço de qualquer produto comercializado: seguindo a lei da oferta e da procura. Resumindo, quando há dólar demais em circulação – ou seja, sobrando –, o valor dele diminui; quando há poucas verdinhas no mercado, elas ficam mais concorridas por quem compra e vende, e a cotação sobe.
O modelo vale para qualquer moeda no mercado internacional e influencia a vida de muita gente – especialmente de quem investe ou comercializa em moeda estrangeira.
Veja também
A seguir, veja quem mais se dá bem com os altos e baixos do valor do dólar em relação ao real:

Gangorra da fortuna

Importador
Quem compra mercadoria estrangeira, como produtos têxteis, calçados e eletrônicos, se dá bem quando o dólar está “barato”. É que os produtos desembarcam com preços bem menores que os nacionais, aumentando o lucro de quem os traz de fora para vender
Turista gringo
Com dólar valorizado, nossos bosques têm mais vida para os estrangeiros. No mesmo lado da moeda dá para dizer que, com o aumento do movimento turístico, o parque hoteleiro e as cidades preparadas para receber viajantes também saem ganhando com uma bela injeção de grana.
Turista brasileiro
Com o real valorizado diante do dólar, destinos internacionais ficam mais perto do bolso. E dá para sacar isso até antes de embarcar: pacotes de viagem cotados em dólar costumam ter as parcelas fixadas em real na hora da compra, evitando aumento do valor mesmo se o dólar subir.
Exportador
Quem vende para fora do Brasil, recebendo em dólar, se dá bem com a alta em relação ao real. É o caso dos produtores de carne brasileiros. Para ter mais segurança diante do sobe e desce da cotação, algumas empresas fixam o valor do dólar entre um piso e um teto para operar no exterior.
Investidor nacional
Grandes empresas brasileiras nascidas de fusão ou que são parte de pools – como a AmBev (Brahma + Antarctica etc.) – aproveitam o dólar baixo para investir no exterior.
Banco central
Os economistas do governo tentam mudar a cotação – nem sempre dá certo – por meio do Banco Central. O método é simples: com dólar baixo, o BC compra verdinhas, tirando-as de circulação para valorizar. Caso contrário, vendem-se dólares para saturar o mercado e desvalorizar a moeda americana.
Investidor estrangeiro
Quando a confiança do investidor gringo no Brasil – o famoso “risco-país” – está abaixo da média, as verdinhas param de chegar até rarear no mercado e valorizar-se diante do real. Isso anima investidores mais ousados a aproveitar sua moeda forte para reinjetar dólares no Brasil. (Fonte: super interessante)

Nenhum comentário:

Postar um comentário