domingo, 11 de novembro de 2018

Conheça 10 plantas que curam

Conheça 10 plantas que curam

SAÚDE! entrevistou alguns dos mais renomados pesquisadores brasileiros para descobrir as propriedades da nossa flora sem correr riscos


Foto: Dercílio
“A flora nacional concentra a maior biodiversidade do mundo. São 55 mil espécies catalogadas, o correspondente a 20% do total distribuído pelo planeta”, dispara o médico Roberto Boorhem, presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia. Esse tesouro natural é uma oportunidade de avançar na descoberta de novos tratamentos médicos, desde que utilizado com critério científico.
Antes de tudo, apague a crença de que tudo que é natural não faz mal. “As plantas necessitam de recursos químicos para se defender, como alguns alcaloides, que, por serem amargos e tóxicos, afastam predadores, ou óleos essenciais, que atraem aves para a polinização”, exemplifica a farmacêutica Ivana Suffredini, da Universidade Paulista, na capital. “Assim como algumas dessas substâncias podem atuar positivamente no organismo humano, outras provocam sérios danos”, alerta.
Outra confusão que precisa ser desfeita é usar os termos plantas medicinais e fitoterápicos como sinônimos. “Fitoterápicos são remédios, que passam por uma rigorosa avaliação de segurança e eficácia em seres humanos, com uma concentração de ativos padronizada, o que nem sempre ocorre com as folhas para o preparo de chás”, diferencia a geriatra especializada em fitomedicina Rita Ferrari, de São Paulo.
Não quer dizer que a população tenha de abandonar as infusões, respeitando-se algumas medidas de cautela. Com o respaldo de investigações sérias e de anos de uso popular registrados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma lista de 66 espécies eficazes, com suas respectivas indicações de uso. As plantas mencionadas nesta reportagem aparecem nessa relação e são rotuladas como drogas vegetais. “Esses chás devem ser consumidos somente para alívio de sintomas agudos, sem ultrapassar 30 dias. A utilização prolongada exige o acompanhamento de um médico ou nutricionista”, esclarece Boorhem.

Conheça cada uma dessas plantas poderosas:



1. Passiflora: famosa por seu poder calmante, a folha do maracujá entra na fórmula de fitoterápicos e é receitada por especialistas no tratamento de ansiedade.
2. Aroeira-do-sertão: na Universidade Federal do Ceará, a farmacêutica Mary Anne Bandeira elegeu essa espécie para desenvolver uma fórmula fitoterápica contra infecções ginecológicas.
3. Valeriana: matéria-prima de fitomedicamentos, essa espécie aumentaria a disponibilidade de certos neurotransmissores, aplacando a ansiedade.
4. Boldo-do-chile: a espécie não é aquela com textura aveludada, que os brasileiros costumam colher no jardim – e sim outra, proveniente do Chile, que de fato ajuda na digestão, como comprovou o levantamento realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista. “A boldina, principal componente do vegetal, estimula a secreção da bile, substância produzida pelo fígado que atua na digestão de gorduras”, confirma o biomédico João Ernesto de Carvalho, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas e Biológicas da Unicamp.
5. Carqueja: “assim como o boldo, a carqueja favorece a produção da bile, facilitando a digestão”, conta Carvalho. Não para por aí. Há registros de redução das taxas de açúcar no sangue, além de propriedades antiúlcera e anti-inflamatórias, que auxiliariam no tratamento de artrites.



6. Alecrim: atua no combate à depressão. No cérebro, a planta inibe a degradação dos neurotransmissores serotonina, dopamina e noradrenalina, responsáveis pela sensação de bem-estar.
7. Guaco: aclamadas por aliviar sintomas de bronquite, asma e tosse, as folhas de guaco têm efeito paliativo para casos agudos de doenças respiratórias. 
8. Espinheira-santa: há séculos empregada pela população em forma de chás, a planta atenuaria azia e mal-estar estomacal.
9. Erva-baleeira: seu óleo essencial é matéria-prima de um consagrado fitomedicamento fabricado pelo laboratório Aché: um creme anti-inflamatório de uso tópíco, indicado para aliviar dores musculoesqueléticas e tendinites.
10. Barbatimão: típico do cerrado, concentra substâncias de grande potencial cicatrizante. Por isso, tornou-se alvo de interesse do laboratório Apsen, que, após 17 anos de pesquisas, lançou uma pomada à base de seu extrato.
(Fonte:saudeabril.com.br)

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