quarta-feira, 27 de março de 2019

Metais pesados: entenda o que são e como afetam sua saúde

Metais pesados: entenda o que são e como afetam sua saúde

por Daruã Valente | 15 jun de 2017 | em Purificação
metais pesados
Os metais pesados são um veneno silencioso para o nosso corpo. Eles estão presentes em pequenas quantidades em praticamente todos os alimentos, mas não em doses suficientes para nos causar mal.
Entretanto, em muitos casos, a indústria e a agropecuária se descuidam, e eles atingem níveis alarmantes. Então, surge uma grande questão: como lidar com um mal que não vemos?
Neste post, vamos explicar detalhadamente o que são metais pesados, quais são os seus principais perigos, quais são os seus efeitos no organismo e como tratar a intoxicação diária. Confira:

O que são metais pesados?

O termo metais pesados é um pouco controverso, uma vez que há confusão entre as classificações química e biológica.
Na classificação química, qualquer metal cujo raio atômico esteja situado entre 63,546 Å e 200,590 Å e cuja densidade seja superior a 4,0 g/cm³ se enquadra entre os metais pesados. Além disso, eles se caracterizam por:metais pesados: metal pesado na mão
  • brilho
  • cor amarelada a prateada
  • excelente condutividade de calor
  • maleabilidade
  • elevados pontos de fusão e ebulição
Nesse sentido, muitos metais essenciais para o organismo humano seriam enquadrados como metais pesados. Por exemplo:
  • o cobre compõe diversas enzimas e cofatores essenciais para a síntese da hemoglobina
  • o cobalto é essencial para a produção das hemácias na medula óssea
  • o zinco é fundamental para uma resposta imunológica adequada em crianças e em adolescentes
  • o vanádio participa da regulação da atividade da insulina no metabolismo da glicose
Todos esses elementos estão presentes no nosso dia-a-dia, mas precisam de concentrações muito altas para nos causar algum mal.
Por isso, o conceito biológico nos interessa mais. Ele caracteriza como metal pesado somente aqueles que geram efeitos negativos para a saúde e para o meio ambiente em menores concentrações.
Nesse caso, serão todos aqueles que tendem ao processo bioacumulação, ou seja, que não são metabolizados pelos organismos vivos e que tendem a se acumular, causando doenças.
Isso ocorre porque eles são muito reativos, isto é, interagem facilmente com outras substâncias químicas para formar reações. Assim, agridem rapidamente as moléculas orgânicas do nosso organismo e comprometem permanentemente a sua função.
Para piorar, como não são passíveis de metabolização, tornam-se um veneno silencioso e duradouro. Assim, eles acabam danificando a saúde do indivíduo lentamente ao longo dos anos sem que ele sequer sinta os seus efeitos.

Mas de onde vêm esses metais pesados?

Se eles são tão maléficos para a vida, qual é a origem de sua intoxicação na espécie humana? Infelizmente, muitos deles são abundantes na natureza e são facilmente encontrados nos insumos utilizados na construção civil e na indústria alimentícia:

Das tintas

Antigamente, muitas tintas continham chumbo, um metal pesado muito tóxico. Então, pintores estavam expostos aos seus efeitos e, geralmente, sofriam severas consequências no sistema nervoso central com as chamadas encefalopatias. Os moradores de construções revestidas com tintas com chumbo também desenvolviam muitos sintomas.
Mesmo assim, durante muito tempo, os médicos não conseguiam estabelecer uma relação do chumbo com a encefalopatia. Dessa forma, essas tintas continuaram a ser utilizados por um longo tempo.
Somente no século XX, foi percebida essa relação quando a autópsia e a análise química do cérebro dos afetados com muitas enfermidades do sistema nervoso central demonstraram altas concentrações de chumbo.

Dos inseticidas

metais pesados : petiscidasA legislação atual é bastante rígida com os níveis de metais pesados em pesticidas. Porém, infelizmente, isso não representa uma maior segurança para os consumidores. Muitos agricultores não utilizam inseticidas aprovados e compram os perigosos produtos do mercado negro.
Eles possuem níveis alarmantes de mercúrio e de arsênio. Como consequência, os alimentos produzidos com essas plantas se tornam ricos nessas substâncias. Assim, as pessoas podem passar anos consumindo metais pesados sem saber.
Ainda há um agravante bem sério: mesmo depois de anos utilizando pesticidas seguros, o solo dessas plantações ainda permanecem contaminados devido ao uso dos agrotóxicos ilegais.

Dos peixes

A indústria frequentemente lança os resíduos de metais pesados no ambiente sem nenhum tratamento. Isso leva a uma contaminação de todo o ecossistema ao redor das fábricas.
Frequentemente, esses ambientes também produzem alimentos para o consumo humano, o que pode levar ao envenenamento das populações humanas.
Os peixes são a principal preocupação, pois podem possuir enormes quantidades de metais pesados devido à bioacumulação.
A cada avanço na cadeia alimentar, o peixe seguinte está mais contaminado, uma vez que terá se alimentado de vários organismos também contaminados.

4 metais pesados presentes na sua vida

1. O arsênico

Fontes

metais pesados : arroz importado da ásiaO arsênico pode ser encontrado em concentrações tóxicas em cigarros, pesticidas e em algumas fontes de água mineral (que podem conter esse metal naturalmente ou ter sido contaminadas por resíduos industriais).
Também, alguns alimentos, como o arroz importado da Ásia, podem conter elevadas quantidades de arsênico.

Sintomas

Como todos os metais pesados, há uma diferença entre o envenenamento agudo e o crônico.
Se a exposição ocorrer durante um curto período de tempo (quadro agudo), os sintomas podem incluir vômitos, dor abdominal, encefalopatia e diarreia aquosa sanguinolenta. Nesse caso, é necessário consumir uma quantidade muito grande da substância.
Por outro lado, a exposição prolongada (quadro crônico) pode resultar no espessamento e no escurecimento da pele, dores abdominais, diarreia, cardiopatias, dormência e câncer.
Esses sintomas podem demorar anos para surgir e podem ocorrer com a acumulação progressiva de quantidades ínfimas do material, como foi o caso da embaixadora.

Efeitos no organismo

Para produzir energia eficazmente, nosso corpo precisa metabolizar totalmente a glicose da alimentação. O arsênico é capaz de inibir enzimas importantes nesse processo.
Assim, as células não são capazes de produzir energia suficiente para se manter e se deterioram.

2. O mercúrio

Fontes

O mercúrio pode se apresentar de 3 formas:
  • o mercúrio metálico;
  • os sais inorgânicos;
  • e os sais orgânicos.
Dentre elas, a última é a mais perigosa porque 90% da quantidade ingerida chega a ser absorvida. Já na forma metálica, somente 10% é absorvida.
Além da ingestão, outro perigo do mercúrio vem do fato de poder ser absorvido em praticamente todos as mucosas e os epitélios do nosso corpo. Assim, a intoxicação por mercúrio pode resultar da inalação, da injeção e da absorção por meio da pele.
Para o nosso azar, os compostos orgânicos de mercúrio (especificamente o metilmercúrio) metais pesados : mercuriose concentram à medida que avançam na cadeia alimentar, em um processo chamado de bioacumulação.
Peixes de águas contaminadas são as fontes mais comuns. A poluição por mercúrio industrial é muitas vezes na forma inorgânica, mas os organismos aquáticos e a vegetação em cursos de água — como rios, lagos e baías — são capazes de convertê-lo no altamente tóxico metilmercúrio.
Devido à bioacumulação, muitos desses peixes acabam adquirindo concentrações elevadíssimas de mercúrio. Nem mesmo os métodos de cozimento mais vigorosos (ferver, fritar e assar, por exemplo) são capazes de remover o perigoso metal..

Sintomas

Os sintomas de intoxicação por mercúrio são diversos e numerosos, o que dificulta os processos diagnósticos.
Como o arsênico, as intoxicações podem ocorrer rapidamente ou após um longo período de exposição.
Dessa forma, os sintomas são dependentes da dose: ocorrem e progridem mais aceleradamente quanto maior a dose de mercúrio encontrada na circulação sanguínea.
A exposição às várias formas de mercúrio pode resultar em alguns sintomas semelhantes e em alguns diferentes. Assim, podem ser agrupados em 3 categorias, com base na forma de toxicidade do mercúrio:
  • Mercúrio metálico e vaporizado
Mudanças bruscas de humor, nervosismo, irritabilidade, insônia, dor de cabeça, sensações anormais, espasmos musculares, tremores, fraqueza, atrofia muscular e diminuição das funções cognitivas.
Exposições a altas concentrações de mercúrio metálico podem também causar mau funcionamento dos rins, insuficiência respiratória e morte.
  • Mercúrio orgânico
O envenenamento do mercúrio causa disfunções neurológicas, especialmente em fetos.
Outros sintomas incluem a perda de visão periférica, perda de coordenação, fraqueza muscular e deficiências de fala e de audição.
  • Mercúrio inorgânico
A intoxicação de mercúrio inorgânico causa frequentemente erupções cutâneas e inflamação (dermatite).
Grandes quantidades de mercúrio inorgânico ingeridas também podem causar diarreia sangrenta. Caso seja absorvido pelo organismo, podem causar alterações mentais, incluindo mudanças patológicas de humor e perda de memória.

Efeitos no organismo

As alterações orgânicas causadas pelo mercúrio ainda não foram muito bem compreendidas. No entanto, acredita-se que envolvam a inibição de enzimas antioxidantes importantes.
Assim, em tecidos com alto consumo de oxigênio — como o cérebro e a pele —, os efeitos são mais exacerbados devido ao grande estresse oxidativo sofrido.
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3. O chumbo

Fontes

O chumbo é um poluidor muito eficaz, pois é capaz de contaminar vegetais e animais das mais diferentes formas. Nas plantações, ele é capaz de penetrar por meio das raízes das plantas e das folhas, quando está presente no ar.
metais pesados : tintasAlguns compostos de chumbo são coloridos e foram amplamente utilizados em tintas, constituindo uma importante rota de exposição ao chumbo em crianças. Um estudo realizado entre 1998 e 2000 descobriu que 38 milhões de unidades de habitação nos Estados Unidos tinham tintas à base de chumbo.
A deterioração dessas tintas podem produzir níveis perigosos de chumbo na poeira doméstica e no solo. Essa tem sido uma das principais causas de intoxicação crônica no meio urbano.

Sintomas

No envenenamento agudo, os sinais neurológicos típicos são dor, fraqueza muscular, dormência e formigamento e, raramente, sintomas associados à inflamação do cérebro.
Outros sintomas comuns são dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e constipação. Na boca, surge um dos primeiros sintomas identificáveis: o gosto metálico.
Além disso, a absorção de grandes quantidades de chumbo durante um curto período de tempo pode causar choque hipovolêmico (quantidade de líquido insuficiente no sistema circulatório devido à perda de água do trato gastrointestinal).
Uma outra consequência grave é a hemólise, que pode causar anemia e hemoglobina na urina. Também, as pessoas que sobrevivem ao envenenamento agudo costumam apresentar sintomas de intoxicação crônica com o passar dos anos.
Já o envenenamento crônico geralmente apresenta sintomas que afetam múltiplos sistemas, mas está associado a 3 principais: o gastrointestinal, o neuromuscular e o nervoso central.
Os sinais de exposição crônica incluem perda da memória de curto prazo e da concentração, depressão, náusea, dor abdominal, perda de coordenação, dormência e formigamento nas extremidades.
Fadiga, insônia, dores de cabeça, estupor, fala arrastada e anemia também são encontrados frequentemente no plumbismo crônico.
Em alguns casos, um sinal mais aparente pode surgir: uma linha azul ao longo da gengiva com borda negra azulada no limite com os dentes. Ela é conhecida como linha de Burton.

4. O Cádmio

Esse é um metal pesado extremamente tóxico e comumente encontrado em regiões industriais.
Por isso, suspeita-se que durante a Revolução Industrial muitas pessoas possam ter sido envenenadas pela substância. Afinal, mesmo doses pequenas são capazes de causar efeitos bem severos.

Fontes

Atualmente, há duas fontes muito importantes de cádmio para os seres humanos:
  • Fabricação de baterias de celulares: o processo de fabricação desse equipamento libera diversos metais na natureza, como o lítio, o mercúrio e o próprio cádmio.metais pesados : bateriasEntretanto, como este último é tóxico em quantidades ínfimas, os casos de envenenamento são mais comuns.

  • Fuligem e fumaça industrial: o cádmio está presente em diversos processos industriais, mas não faz mal para os trabalhadores protegidos.Porém, quando não há um tratamento adequado, o cádmio é absorvido no trato respiratório, de onde ele facilmente invade outros tecidos corporais e pode levar à morte.

Sintomas

Os sintomas dependem da forma de contato com o metal, a dosagem e a duração da exposição:
  • Inalação aguda: Dor pleurítica no peito, dispneia, cianose, febre, taquicardia e náusea
  • Ingestão aguda: cólicas abdominais, diarreia, salivação, náusea grave e vômitos
  • Exposição crônica: doença pulmonar obstrutiva crônica (somente inalação), insuficiência renal crônica, pedras nos rins,dano hepático (raro), câncer de pulmão, osteomalacia e, possivelmente, hipertensão, câncer de próstata e proteinúria.

Como se livrar dos efeitos dos metais pesados?

Livrar-se do efeito de metais pesados não é uma tarefa fácil.
Quando você já está intoxicado e demonstra sintomas, o único caminho será procurar um tratamento médico. Porém, no dia a dia, é possível prevenir e tomar algumas medidas para reduzir os danos.
Por exemplo: há alguns alimentos com substâncias capazes de desintoxicar nosso organismo de diversas substâncias agressivas, incluindo os metais pesados.

A Chlorella

A Chlorella é um ótimo exemplo: estudos têm demonstrado que as moléculas de clorofila presentes nessa alga são capazes se ligar nos átomos de mercúrio e de chumbo. Com isso, eles se tornam inofensivos para a nossa saúde!
Esse processo funciona da seguinte forma: os agentes quelantes são aqueles que metais pesados : spirulina em pose ligam a íons de metais pesados de forma permanente e, em seguida, fazem com que essa substância seja excretada naturalmente pelo corpo.
Produtos farmacêuticos, como o 2,3-Dimercaprol, têm sido o principal suporte da terapia de quelação para o envenenamento por metais pesados. Entretanto, eles têm muitos efeitos colaterais graves.
O superalimento Chlorella, por sua vez, possui pequenas quantidades de quelantes poderosos para numerosos metais pesados. Assim, pode ser utilizada diariamente como uma terapia natural de desintoxicação.
Além disso, quando tomada antes das refeições, a Chlorella impede que o seu organismo absorva os metais pesados.
Mas atenção!
O uso deverá ser contínuo, e não ocasional. Caso contrário, você estará novamente exposta aos perigos do envenenamento.
Para atingir esses efeitos, tome 2 gramas por dia, equivalente a 4 cápsulas.
Elas podem ser misturadas na água, nos sucos, nas vitaminas e nos smoothies. De acordo com sua fisiologia, você pode  aumentar a quantidade para até 6 cápsulas.
Para saber mais sobre como o superalimento Chlorella remove toxinas como metais pesados do seu corpo, acesse esse artigo top que escrevemos sobre o assunto.
Caso você já se interessou, encontre a Chlorella clicando aqui.

A Spirulina

A Spirulina e a Chlorella são microalgas que estão na Terra desde o surgimento da vida. Ambas têm sido referenciadas como superalimentos poderosos em muitas sociedades tradicionais e antigas.
Hoje em dia, o conhecimento popular foi validado pela ciência e essas 2 algas são mais relevantes do que nunca para alcançar a saúde geral e o bem-estar.
A Spirulina tem se mostrado como um agente quelante eficaz para a remoção de toxinas, como o mercúrio e as substâncias radioativas do corpo. Também, ela já foi utilizada para remover os resíduos poluentes dos leitos de água.
Enquanto alguns desintoxicantes simplesmente liberaram mais toxinas para as células e os tecidos, a Spirulina contém peptídeos com afinidade especial por metais tóxicos, sinalizando para o nosso corpo que eles devem ser eliminados.
Outra grande vantagem da Spirulina e das demais microalgas vem do fato de aliarem esses benefícios a outros, como o emagrecimento, recuperação de lesões, suplementação para anemia, desempenho maior etc.
Saiba mais sobre a Spirulina e seus inúmeros benefícios neste blogpost!

Leve o processo de desintoxicação de metais pesados a sério

Para garantir a longevidade e a saúde, é essencial levar o processo de desintoxicação de metais pesados a sério.
O envenenamento causado por eles é insidioso e só mostra sinais quando já danificou permanentemente o seu organismo.
Para o nosso azar, não há uma fiscalização muito rígida dos níveis de metal pesado em muitos alimentos e utensílios do dia-a-dia. Portanto, podemos estar nos envenenando sem saber e ter a chance de tomar alguma medida. (Fonte:oceandrop.com.br)

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