As piores ferroadas do mundo organizadas por um cientista que levou todas elas
Publicado em 29.08.2016
No início de sua carreira, Justin Schmidt,
um entomologista, e sua esposa zoóloga viajaram ao redor dos Estados
Unidos recolhendo diferentes espécies de formigas-cortadeiras, insetos
com picadas desagradáveis cuja química do veneno era desconhecida.
Para saber os detalhes de tal veneno para a sua dissertação, eles tiveram que analisar um número incrivelmente grande de criaturas, o que significa que levaram bastante picadas.
Debbie, a esposa de Schmidt, descreveu sua primeira ferroada no livro que eles escreveram, “The Sting of the Wild”, como “se alguém estivesse alcançando abaixo da sua pele e rasgando seus músculos e tendões”.
As piores picadas
Para analisar a toxicidade dos insetos, Schmidt usou medidas já existentes. Mas não havia nenhuma escala existente para medir a dor das picadas. Assim nasceu a “Escala de Schmidt”, uma escala de dor para ferroadas de insetos.O sistema de quatro pontos é ancorado pela picada bem conhecida de uma abelha (que, aliás, é um 2), algo que pessoas de todo o mundo podem já estar familiarizadas. Para subir ou descer um ponto cheio, a picada tem que ser perceptivelmente mais ou menos dolorosa.
Ao longo dos anos, Schmidt foi picado por diferentes insetos mais de 1.000 vezes, e pelo menos 83 espécies diferentes foram avaliadas no seu índice. Ele não levou as ferroadas de propósito; foram ossos do ofício.
Confira algumas espécies e como elas se encaixam na classificação do entomologista:
Formiga-de-fogo
Gama: Nativa da América do Sul
Nome científico: Solenopsis invicta
Descrição da picada: “Aguda, súbita, levemente alarmante”.
Nível de dor: 1
Cigarra
Gama: América do Norte
Nome científico: Sphecius grandis
Descrição da picada: “Dor à primeira vista. Como o veneno do carvalho, quanto mais esfregar, pior fica”.
Nível de dor: 1,5
Abelha-europeia
Gama: Nativa da África e da Europa
Nome científico: Apis mellifera
Descrição da picada: “Queima, é corrosiva, mas dá para lidar com ela. Como uma cabeça de fósforo flamejante que cai em seu braço, e é apagada primeiro com soda cáustica e depois ácido sulfúrico”.
Nível de dor: 2
Vespa
Gama: América do Norte
Nome científico: Vespula pensylvanica
Descrição da picada: “Quente e fumegante, quase irreverente. Imaginem W. C. Fields apagando um charuto em sua língua”.
Nível de dor: 2
Vespa
Gama: América Central
Nome científico: Polybia simillima
Descrição da picada: “Como um ritual que vai mal, satânico. Parece uma velha lâmpada de gás que explode em seu rosto quando você a acende”.
Nível de dor: 2.5
Vespa
Nome científico: Dasymutilla klugii
Gama: América do Norte
Descrição da picada: “Explosiva e de longa duração, você soa insano quando grita de dor. Como óleo quente de fritura derramando sobre toda a sua mão”.
Nível de dor: 3
Formiga da Flórida
Gama: América do Norte
Nome científico: Pogonomyrmex badius
Descrição da picada: “Corajosa e destemida. Como uma broca escavando sua unha encravada”.
Nível de dor: 3
Vespa caçadora
Gama: América do Norte, América Central e América do Sul
Nome científico: Pepsis spp.
Descrição da picada: “Cegante, feroz, chocantemente elétrica. Como um secador de cabelo que cai ligado em sua banheira”.
Nível de dor: 4
Formiga-cabo-verde
Gama: América Central e América do Sul
Nome científico: Paraponera clavata
Descrição da picada: “Pura, intensa, dor brilhante. Como caminhar ao longo de carvão vegetal flamejante com um prego enorme incorporado em seu calcanhar”.
Nível de dor: 4
Vespa tatu
Gama: América Central e América do Sul
Nome científico: Synoeca septentrionalis
Descrição da picada: “Tortura. Como estar acorrentado ao fluxo de um vulcão ativo”.
Nível de dor: 4
(Fonte: HypeScience - Agosto / 16)
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