CÂNCER DE BOCA
De
uma maneira geral, quanto mais evidente for a alteração epitelial
(camada mais externa dos tecidos) de uma lesão e quanto mais tempo
permanecer, maior será a possibilidade de transformação maligna.
Entretanto, não existe como prever se anormalidades de desenvolvimento
celular (displasias ) leves ou graves progredirão ou não para um
carcinoma.
Portanto, deve-se estar atento aos
sinais identificadores de que alguma coisa não vai bem com sua boca:
Feridas na cavidade bucal, com 15 ou mais dias de evolução, que não
cicatrizam, precisam ser melhor investigadas. Alterações de cor
(particularmente brancas ou vermelhas), consistência, tamanho ou
formato, sugerem alterações celulares que podem ou não evoluir para uma
neoplasia maligna. E carecem de avaliação por Cirurgião Dentista.
As
lesões indolores, porém de longa evolução, são um sinal importante. O
carcinoma quase nunca apresenta sinais dolorosos, apenas nos estágios
muito avançados da doença. Portanto, dor não necessariamente é
indicativo de câncer.
Pacientes maiores de 40
anos, tabagistas pesados (20 ou mais cigarros ao dia) e ou de longa
duração (10 anos ou mais), alcoolistas crônicos (especialmente aqueles
que ingerem destilados como uísque, vodka ou cachaça), que usam água
muito quente no chimarrão ou que se expõem ao sol com frequência estão
dentro do grupo de risco para o desenvolvimento de câncer na boca.
O
cirurgião-dentista, profissional que normalmente tem o primeiro contato
com o câncer bucal, esta preparado para diagnosticar ou encaminhar
para outro profissional que avalie adequadamente o problema.
O
termo “tumor” não é sinônimo de câncer, mas sim de um crescimento
anormal dos tecidos, assim como o “cisto”. Portanto, não dê ouvidos a
leigos que, sem o conhecimento da causa, consideram qualquer lesão com
crescimento exagerado como câncer.
Tumor, ou
neoplasia maligna, só é assim considerado quando vier acompanhado por
sinais e sintomas específicos identificados pelo cirurgião-dentista,
como história clínica, ausência de limites na lesão, geralmente indolor e
de crescimento lento e envolvimento de gânglios linfáticos (“ínguas”).
Mesmo com estes dados presentes, a lesão maligna só é confirmada após
biópsia (exame que identifica, ao microscópio, as invasões de epitélio
no tecido sadio), e deverá ser tratada por médico oncologista. Ao
cirurgião-dentista cabe o exame clínico e diagnóstico.
Os
termos “lesão”, “tumor”, “crescimento” e “biópsia” denotam terríveis
conotações para o paciente. Porém, é bom saber que a maioria das lesões
encontradas nas regiões oral e maxilofacial é benigna, tendo completa
resolução com o tratamento e o diagnóstico precoces.
Não
tenha medo! Se tiver dúvida a respeito da sua saúde bucal, consulte o
cirurgião-dentista da sua confiança. Ele é o profissional que pode
esclarecer e sanar os seus problemas bucais.
(Fonte: ABC Saúde - Odontologia)
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