Publicado em 27.05.2016
Terrível descoberta: esta bactéria é resistente a TODOS os antibióticos
Quando se trata de combater bactérias que são resistentes a antibióticos, a colistina era a solução, até bem pouco tempo. Apesar de existirem bactérias resistentes à colistina, esta resistência não era passada para outras bactérias, o código genético responsável por esta resistência não era transferido.Mas isto já é passado, no final de 2015 os alarmes soaram na comunidade de microbiologistas, quando o primeiro gene transferível para a resistência à colistina foi identificado na China. Desde que o relatório da descoberta foi publicado, a comunidade internacional de saúde tem monitorado, em busca da ocorrência deste gene nos alimentos e em humanos.
Até agora, este gene da resistência à colistina foi identificado na Europa e no Canadá. Os Estados Unidos acabam de entrar na lista. Uma amostra clínica de uma infecção urinária, coletada de uma paciente de 49 anos em uma clínica na Pensilvânia foi testada para suscetibilidade à colistina, e o resultado foi que não havia dose segura de colistina que seria efetiva para tratar aquela infecção bacteriana.
Assim que foi identificada a resistência, amostras da bactéria foram sequenciadas, e o gene responsável pela resistência à colistina, mcr-1, foi identificado na amostra. A mesma bactéria foi identificada em casos na Europa, Canadá e China.
“A colistina é um dos últimos antibióticos ainda eficazes para o tratamento de bactérias resistentes. O surgimento de um gene transferível que dá a resistência a este antibiótico é extremamente perturbadora. A descoberta deste gene nos Estados Unidos é igualmente preocupante, e a vigilância contínua para identificar reservatórios deste gene na comunidade de saúde militar e outras é crítica, para impedir sua propagação.”
Uma das fontes encontradas é uma infecção intestinal em suínos, que contém uma cepa de E. coli que reagiu positivamente para o gene mcr-1. Ainda não há uma evidência que conecte estas duas descobertas, mas estas descobertas foram suficiente para preocupar as autoridades de saúde.
Por enquanto os sistemas de saúde estão tratando de tentar conter e evitar mais propagação do gene mcr-1. O assunto é muito sério, em outro relatório os pesquisadores sugerem em casos de infecção com este tipo de bactéria, metade dos pacientes infectados podem morrer.
Anualmente, segundo o centro de controle de doenças americano, o CDC, pelo menos 2 milhões de pessoas acabam infectadas com outros tipos de bactérias resistentes a boa parte dos antibióticos, e destes, 23.000 morrem a cada ano como resultado destas infecções. [ScienceDaily, CNN, Reuters]
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