quarta-feira, 4 de novembro de 2020
Na ponta do lápis
Na ponta do lápis
Ter um controle financeiro é importante. E 48% dos brasileiros não faz isso. Seja porque confia na própria memória ou por falta de disciplina, cerca de metade da população envolvida na pesquisa afirmou não fazer um controle do orçamento.
Fazer um orçamento significa cuidar melhor das finanças? Não necessariamente – mas ajuda. O nosso cérebro não processa valores altos tão bem e quem faz apenas cálculos mentais para ir controlando as finanças corre o risco de esquecer contas ou assumir despesas que não tem como pagar.
Fazer um orçamento pessoal é uma forma de se organizar. Existem planilhas, aplicativos e até profissionais que fazem isso por você. Mas a verdade é que até um caderno e caneta podem servir a esse propósito. O método não importa – o essencial é que você se sinta confortável e consiga visualizar os números bem.
Não precisa ser complexo. Quem está começando a se organizar não precisa de fórmulas, gráficos e curvas de gastos – esses recursos até podem ser bons, mas, se este é o seu primeiro orçamento, vale mais a pena fazer algo simples para se acostumar a manter o controle.
Passo a passo para montar um orçamento pessoal simples
1. Calcule quanto você ganha por mês. O valor que importa é o líquido – já com eventuais descontos. Faça uma coluna listando todas as fontes de renda, se houver mais de uma (como salário, pensão, recebimento de aluguel, benefício social, vale refeição etc).
2. Liste suas contas. Listão mesmo. Pegue todas as contas da casa, do dia a dia e as excepcionais – por exemplo: você precisa ocasionalmente ajudar com alguma conta dos seus pais? Coloque na lista, mesmo que não seja um gasto constante.
3. Levante todas as outras despesas. Comprou no débito, no crédito ou no dinheiro? Fez alguma transferência? Anote. É trabalhoso, mas você não terá que fazer isso sempre. Seja minucioso no primeiro mês para ver seus gastos em detalhes e desenhar uma estratégia para economizar.
4. Some tudo e olhe para a diferença. Esse é o momento em que, num mundo ideal, a soma dos ganhos é maior que a soma dos gastos. Seja este o caso ou não, em mais alguns passos será possível descobrir onde (ou se) há margem para cortar gastos.
5. Classifique seus gastos. Escolha algumas categorias e coloque todas as contas dentro delas. Essas categorias podem variar de acordo com o estilo de vida e tipos de despesas de cada pessoa, mas essas são as mais comuns:
Moradia: aluguel, condomínio, contas de água, luz, gás, IPTU;
Transporte: gasolina, aplicativos de carros, transporte público, estacionamento;
Alimentação: restaurantes, mercado;
Saúde: convênio, farmácia, consultas;
Educação: cursos, mensalidade, material escolar;
Manutenção da casa: produtos de limpeza, faxina, consertos;
Serviços: TV a cabo, internet, plano de celular, streaming;
Dívidas: financiamentos, empréstimos, parcelas atrasadas;
Lazer: compras, passeios, viagens.
6. Determine um teto para cada categoria. Quanto você está gastando em cada tipo de despesa? Os valores parecem adequados? Tem margem para diminuir em algum lugar? Com a listagem minuciosa que você fez, dá para visualizar onde há espaço para cortes e estabelecer um valor máximo para cada categoria.
Fiz tudo isso e continuo no vermelho. Não é todo mundo que tem o privilégio de ter supérfluos para cortar das despesas – afinal, o Brasil passa hoje por uma das piores crises de desemprego em sua história recente.
Como entrar no saldo positivo? Se não conseguir encontrar margem de corte suficientes, talvez seja o caso de buscar como aumentar sua receita. Uma das alternativas é pesquisar programas e auxílios sociais que você talvez seja elegível
Fonte:blog nubank
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