sexta-feira, 20 de agosto de 2021
Tecnologia no setor público: benefícios, desafios e tendências Encontre todas as tendências na tecnologia no setor público brasileiro! Descubra seus benefícios, desafios e ferramentas úteis!
Tecnologia no setor público: benefícios, desafios e tendências
Encontre todas as tendências na tecnologia no setor público brasileiro! Descubra seus benefícios, desafios e ferramentas úteis!
Publicado por Blog do Jusbrasil
Quem passou pela pandemia do Covid-19 percebeu de forma nítida o processo de disrupção tecnológica desencadeado pelo isolamento social. Confinadas em suas casas, as pessoas foram praticamente obrigadas a recorrer à Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para executar várias atividades de seu diaadia.
Entretanto, o desenvolvimento tecnológico chega em ritmos diferentes a cada setor. No setor público, onde existe uma forte burocracia, esse processo é mais lento, mas não menos necessário.
De acordo com a pesquisa sobre o uso da internet no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), uma proporção maior de usuários de Internet procurou informações sobre serviços públicos ou realizou esses serviços de forma online, durante a crise sanitária.
O estudo constatou, por exemplo, que 72% dos usuários de internet procuraram informações sobre serviços relacionados a direitos do trabalhador ou previdência social, como auxílio emergencial. 32% dos usuários realizaram, integralmente pela internet, serviços públicos digitais relacionados a direitos do trabalhador ou previdência social.
Constatou-se, de fato, aumento categórico no uso de TICs para se informar sobre ou realizar serviços públicos, antes e depois da pandemia. Confira, no gráfico abaixo, a proporção desse aumento da tecnologia da informação no setor público, em relação a cada tipo de serviço:
Fonte: Cetic.br
Uma coisa é certa: existe agora grande demanda, por parte da população, para que os serviços públicos sejam digitalizados. A digitalização representa praticidade e economia de recursos, tanto para população quanto para governo.
Além de promover integração tecnológica nos serviços públicos, é interessante levá-la a cabo também na rotina de trabalho dos servidores. Isso pode originar vários benefícios, como acelerar o fluxo de trabalho e diminuir tarefas mecânicas.
No presente texto, vamos apresentar um verdadeiro guia sobre a Tecnologia no Setor Público. Nossa intenção é mostrar como a tecnologia pode contribuir para o desenvolvimento do setor público, para uma melhor comunicação com a sociedade e, também, para trazer mais eficiência à rotina de trabalho dos servidores. Confira!
Quais são os benefícios da tecnologia no setor público?
Podemos elencar os seguintes benefícios da aplicação de tecnologia no setor público:
Otimização dos processos internos ao setor;
Economia de recursos;
Aumento da produtividade;
Melhoria do atendimento e comunicação com a população;
Democratização da tomada de decisões.
De acordo com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP-TIC), a cada R$1 investido em TICs, estima-se que os governos estaduais são capazes de economizar uma média de R$9,79 no ano seguinte. Isso ilustra o grande potencial que a aplicação de recursos em tecnologia possui.
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A Tecnologia como recurso de inovação no setor público
Vale ressaltar, também, que as TICs foram consideradas pelas Nações Unidas como um dos meios para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030.
Além disso, podemos observar também no Poder Judiciário o que representa o maior investimento em tecnologia. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) está desenvolvendo um programa chamado “Justiça 4.0”, que tem como objetivo promover o acesso à justiça por meio de ações de inovação e inteligência artificial.
Essa iniciativa busca implementar uma verdadeira Justiça Digital no Brasil. Segundo afirma o CNJ, alguns benefícios incluem:
Incremento da governança, transparência e eficiência do Poder Judiciário;
Aproximar o cidadão da justiça brasileira;
Redução de despesas.
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Quais são os desafios de adoção de tecnologia no setor público?
O principal desafio para aplicação da tecnologia no setor público está relacionado à alta burocracia nesse campo. Certamente, a inovação caminha mais rápido no setor privado, em face da alta competitividade.
Outro desafio diz respeito à aplicação das tecnologias em si, que precisam ser unificadas. Se não houver interação entre os softwares jurídicos, a otimização do fluxo de informações fica prejudicados. Dizendo de outra forma, todos os programas precisam conversar entre si para aproveitar ao máximo o potencial de cada um.
Para entender melhor os desafios da tecnologia no setor público a partir de um exemplo real, confira o que diz Valéria Aparecida Pereira da Silva, auditora fiscal da Receita do Estado do Paraná, servidora pública há 27 anos:
“A Receita Estadual do Paraná conta com uma tecnologia muito avançada, utiliza-se para as tarefas de fiscalização o Business Intelligence, que auxilia no desenvolvimento de auditoria, mapeamento e tem-se uma fiscalização preventiva.
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Desafios e perspectivas
Valéria também explica que apesar de tudo isso “temos que aliar a matéria fiscal com a matéria tributária. A nossa escola de gestão disponibiliza vários cursos voltados à área de fiscalização, mas em matéria tributária não contamos com muitas ferramentas. As decisões em processo administrativo, tanto da 1.ª instância, quanto do Conselho não estão disponíveis em plataforma interativa e dinâmica.”
Valéria é formada em administração de empresas, especializada em Direito Tributário e graduanda em Direito. Conta, em seu depoimento, sobre o problema da falta de unificação de ferramentas.
Por fim, podemos destacar também o desafio relacionado à falta de informação sobre tecnologia no setor público. Muitas pessoas, entre servidores e tomadores de decisão, não estão familiarizados com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) que hoje estão disponíveis.
Esse problema de desinformação acaba por gerar noções deturpadas, como a crença de que as novas ferramentas irão substituir o trabalho humano.
A boa notícia é que este desafio será combatido a partir do próximo tópico. Vamos apresentar, em detalhes, as principais tendências sobre tecnologia no setor público.
Como implementar tecnologia no setor público brasileiro?
Como é garantida a tecnologia da informação no setor público?
Para implementar tecnologia no setor público, o primeiro passo consiste em conhecer e estudar mais sobre cada uma das tendências na área.
A partir de agora, vamos apresentar cada uma dessas tendências, a partir da teoria, de exemplos reais e links para iniciativas e pesquisas relevantes. Assim, você pode aprofundar seus estudos e se prepara melhor para implementar cada solução.
Quais são as tendências de tecnologia no setor público em 2021?
Internet das Coisas;
Cidades inteligentes;
Open Data;
Big Data;
Multicanais Digitais;
Omnichannel;
Inteligência Artificial;
Analytics Operacionalizada;
Identidade Digital do Cidadão (e-ID);
Ferramentas de Gestão.
Conheça as 10 principais tendências de tecnologia no setor público
1. Internet das Coisas
Também conhecida pelo seu nome em inglês, “Internet of Things” (IoT), essa tendência diz respeito a uma verdadeira revolução tecnológica.
Atualmente, é normal que aparelhos eletrônicos como computadores e televisões tenham acesso à internet. Imagine, entretanto, se eletrodomésticos, meios de transporte e até mesmo peças de vestuário possuíssem conexão à rede?
Tal fenômeno é viabilizado pelo intenso avanço em microeletrônica, desenvolvimento de softwares, armazenamento e processamento de dados. Além disso, a difusão de tecnologias no direito como redes 5G, WiFi e Bluetooth já permitem que diversos dispositivos conversem entre si sem precisar de fios.
Essa é a ideia da IoT: cada vez mais dispositivos ganham acesso à comunicação em nuvem, através das redes. No setor governamental, essa aplicação potencializa o levantamento de dados e a comunicação entre cidadãos e governo.
É possível, por exemplo:
Obter mais precisão sobre o itinerário dos meios de transporte, e levantar diagnósticos em tempo real sobre trânsito e engarrafamento;
Acessar, de forma remota, dispositivos de iluminação ou câmeras de vigilância;
Ter mais exatidão sobre dados de saneamento, serviços sociais e segurança pública;
Otimizar a coleta de lixo por meio de sensores de movimento em lixeiras, a fim de medir a quantidade em cada recipiente (como inclusive já ocorre na cidade de Barcelona)
No final do ano passado, foi publicada a Lei nº 14.108, de 16 de dezembro de 2020, também conhecida como a Lei da Internet das Coisas, que procura incentivar essa tendência. De forma resumida, essa norma reduz a zero as taxas de fiscalização de instalação e as taxas de fiscalização de funcionamento dos sistemas de comunicação máquina a máquina.
Em outras palavras, dá incentivos financeiros à IoT. Entrou em vigor desde janeiro de 2021 e ficará válida por cinco anos.
2. Cidades Inteligentes
As Cidades Inteligentes, ou Smart Cities, são os centros urbanos que recorrem às soluções tecnológicas para desenvolver sustentabilidade, infraestrutura e mobilidade urbana, e estão intimamente ligadas à Internet das Coisas. De forma mais ampla, visam a melhorar a qualidade de vida dos cidadãos por meio das TICs.
Esses processos são levados a cabo através de uma melhor comunicação com os moradores da cidade, que é potencializada pelas tecnologias de informação e comunicação. A partir do aperfeiçoamento dessa comunicação, é possível compreender melhor as demandas sociais e efetivar políticas bem direcionadas para atendê-las.
Em outras palavras, as pessoas passam a participar melhor da tomada de decisões. Por isso, podemos falar em planejamento urbano mais democrático e estratégico.
Podemos também definir as Cidades Inteligentes de outra forma, nos termos da União Europeia, que as considera enquanto “sistemas e pessoas interagindo e usando energia, materiais, serviços e financiamento para catalisar o desenvolvimento econômico e a melhoria da qualidade de vida”.
Como medir a inteligência de uma cidade
Existe um estudo relevante, publicado recentemente, que busca compreender melhor as Cidades Inteligentes. É o Cities In Motion Index (CIMI), do IESE Business School. Trata-se de uma pesquisa que analisa o nível de inteligência de diversas cidades no mundo, medido em 9 dimensões:
Governança,
Administração pública,
Planejamento urbano,
Tecnologia,
Meio-ambiente,
Conexões internacionais,
Coesão social,
Capital humano
Economia
Neste site, é possível escolher uma cidade no mundo, dentre as que foram analisadas pelo estudo, e conferir sua classificação segundo os parâmetros acima. Para ilustrar, um exemplo da cidade de São Paulo:
De acordo com a pesquisa Tecnologias de Informação e Comunicação da Gestão Urbana: desafios para a medição de cidades inteligentes, do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.br), metade da população mundial já mora em cidades. A previsão é que, até o ano de 2050, essa importância suba para dois terços da população mundial.
Daí surge a importância de repensar os centros urbanos e otimizar os serviços públicos. Nos termos do mesmo estudo, as TICs são “a base de uma cidade inteligente e sustentável”. Na mesma nota, a pesquisa cita alguns exemplos de aplicação real das TICs para:
Prestação de serviços gerais;
Melhoria de suas instalações de reaproveitamento de água;
Aprimorar os estabelecimentos de saúde;
Gerenciar redes de energia;
Melhorar a resposta de autoridades a emergências.
3. Open Data
A noção de Open Data (no português: dados abertos) está diretamente relacionada à ideia de cidades inteligentes.
Por meio das novas tecnologias, é possível levantar uma quantidade enorme de dados sobre a realidade urbana. Da mesma forma, existem dados sobre a realidade do governo que também podem ser armazenados e tratados por algoritmos, a fim de orientar melhor as decisões e ações do Poder Público.
Como comunicar esses dados à população? Uma abordagem interessante nesse sentido relaciona-se ao conceito de Open Data.
Nos termos da Open Knowledge Foundation (no português: Fundação de Conhecimento Aberto), dados abertos são “dados que podem ser livremente usados, reutilizados e redistribuídos por qualquer pessoa - sujeitos, no máximo, à exigência de atribuição da fonte e compartilhamento pelas mesmas regras”.
Para entender melhor, confira as três diretrizes que norteiam o conceito:
Disponibilidade e Acesso: os dados devem estar disponível de forma simplificada, para que as pessoas realizem sua consulta processual de forma gratuita, preferencialmente pela Internet, ou mediante pagamento de um valor que reflita apenas o custo de reprodução;
Reutilização e Redistribuição: além de consultar e baixar os dados, deve ser possível reutilizá-los e redistribuí-los;
Participação Universal: todos, de forma não discriminatória, devem ser capazes de interagir com os dados disponibilizados.
Quando o Open Data é utilizado corretamente, surge o benefício da interoperabilidade: vários setores e agentes diversos conseguem se comunicar e cooperar no tratamento e análise de dados.
Isso pode acarretar um grande avanço nas políticas públicas, que são executadas com um número muito maior de informações. Ao mesmo tempo, a população também possui acesso a todas elas, o que contribui para materializar o princípio da informação e da transparência.
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Open Data em Seattle
A cidade de Seattle, nos Estados Unidos, conseguiu efetivar o Open Data. Por meio deste site, o governo tornou o conjunto de dados gerados pela cidade disponível para o público, com o objetivos de:
Melhorar o entendimento das operações da cidade pela população, além de outras informações que dizem respeito às suas comunidades;
Gerar oportunidades econômicas para indivíduos e empresas;
Empoderar servidores da cidade para serem mais eficientes, com maior coordenação interna e aptos a identificar oportunidades para servir melhor ao público;
Encorajar o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras, que melhoram a qualidade de vida. or
4. Big Data
De forma simplificada, Big Data corresponde aos enormes bancos de dados que existem atualmente em função do contexto tecnológico. Ainda mais diante da LGPD e de como afeta o Direito do Consumidor.
A captação de informação cresce à medida que a tecnologia avança. Hoje, esses processos ocorrem de maneira exponencial, dando origem a um volume astronômico de dados.
Existem softwares capazes de analisar esses grandes sistemas de informação e cruzá-las, obtendo assim insights que dificilmente uma única pessoa, ou mesmo equipes de pessoas, seriam capazes de obter. Vamos dar um exemplo para ilustrar melhor.
Imagine se os prontuários médicos de um país, como o Brasil, são digitalizados e armazenados no mesmo banco de dados. Com programas de computador que realizam a leitura, interpretação e cruzamento desses dados, é possível investigar todos os prontuários e descobrir, por exemplo, a cura para determinada doença.
Essa cura hipotética só foi descoberta depois de analisar centenas de milhões de casos. Mesmo o médico mais experiente, com toda uma vida de experiência clínica, não seria capaz de recolher ou analisar toda a informação que o software analisou.
Dessa forma fica mais fácil enxergar o potencial de Big Data no setor público, não é mesmo? Analisando grandes quantidades de informação em uma única cidade, é mais fácil entender a realidade de cada local, assim como os anseios e problemas da população. Por isso, fica também mais factível realizar serviços públicos bem direcionados.
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5. Multicanais digitais
Muitos serviços públicos lidam diretamente com atendimento ao cidadão. Como abordamos na introdução deste texto, também muitos deles passaram a realizar o atendimento de forma virtual, por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação.
É nesse contexto que ganha destaque a estratégia de atendimento multicanal, que consiste basicamente na disponibilização de múltiplos meios para comunicar-se com os destinatários desses serviços. Dessa forma, o contato entre setor público e população ocorre, por exemplo, por meio de:
Atendimento presencial;
Sites oficiais da instituição, através de mensagens automáticas redigidas por chatbots;
Ligações telefônicas;
Mensagens de texto ou WhatsApp;
Troca de e-mails;
Redes sociais, dentre outros.
6. Omnichannel
Omnichannel é uma tendência de tecnologia no setor público no Brasil relacionada aos multicanais digitais. Na verdade, trata-se de uma otimização dos multicanais.
O termo surge da junção de “Omni”, palavra do latim que traduz a ideia de “tudo”, e “channel”, que significa canal, em inglês. Trata-se da integração e sintonia entre todos os canais de atendimento, para que seu funcionamento seja aprimorado.
O Omnichannel, portanto, é uma estratégia que tem como objetivo agilizar o atendimento ao público e evitar retrabalho, uma vez que o fluxo de informações dos canais de comunicação são unificados. Quando essa unificação não existe, a comunicação interna dentro de um mesmo setor fica prejudicada.
Isso pode resultar, por exemplo, na duplicação de um atendimento. Suponha que a mesma pessoa entrou em contato com determinado órgão por telefone e, não tendo sua questão resolvida, estabelece o contato por e-mail. Se o funcionário que atende por e-mail não tem a informação sobre o contato por telefone, pode acabar realizando a mesma solicitação duas vezes.
No contexto de múltiplos canais de comunicação, típico da disrupção tecnológica em que vivemos, integrar os fluxos de informação é vital para otimizar os fluxos de trabalho.
7. Inteligência artificial
Inteligência artificial é definida pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) como “um sistema baseado em máquina que pode, para um determinado conjunto de objetivos definidos pelo homem, fazer previsões, recomendações ou decisões que influenciam ambientes reais ou virtuais. Os sistemas de IA são projetados para operar com vários níveis de autonomia”.
De forma mais simplificada, podemos compreendê-la enquanto um programa de computador que exerce funções de raciocínio e aprendizado, de forma semelhante à mente humana.
Muitas pessoas têm a falsa noção de que a Inteligência Artificial pode substituir o trabalho humano. Na verdade, essa aplicação tecnológica tem o potencial de otimizar o trabalho das pessoas, auxiliando, por exemplo, na organização de setores públicos, divisão de tarefas e controle de prazos.
No dia 9 de abril de 2021, foi publicada no Diário Oficial da União a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA). Também é conhecida como Portaria nº 4.617, de 6 de abril de 2021, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O documento é um norte para executar ações, no âmbito federal, que estimulem pesquisa, inovação e criação de soluções em Inteligência Artificial. Além disso, há uma preocupação em fazer seu uso consciente e ético, com respeito aos direitos humanos e diversidade.
O governo se compromete, por meio do documento citado, a aplicar recursos de IA em pelo menos 12 serviços públicos federais até 2022, além de criar um observatório de inteligência artificial no Brasil.
8. Analyitics operacionalizada
Trata-se do uso aplicado de tecnologias de dados para que o setor público tome decisões melhores, orientadas por indicadores concretos sobre a realidade da população. Dessa forma, podemos compreendê-la como uso da análise de dados nas operações do governo, através do uso combinado de outras tendências que vimos ao longo deste artigo.
Por meio de grandes bancos de dados, construídos em conjunto com a população e tornados transparentes, são levantadas instruções precisas sobre a demanda social. Se existem aplicações de inteligência artificial capazes de se debruçar sobre esses dados, o setor público alcança diretrizes claras para guiar suas ações, atualizadas em tempo real.
Dessa forma, as ações tornam-se mais eficientes e bem fundamentadas.
9. Identidade Digital do Cidadão (e-ID)
O abandono do papel é outra tendência forte quando se fala em digitalização e tecnologia, e essa tendência se aplica também à documentação das pessoas.
Atualmente, já é possível fazer uso, por exemplo, da Carteira Nacional de Habilitação Digital (CNH). O documento impresso possui, na parte interna, um QR Code que pode ser escaneado pelo aparelho celular, obtendo-se assim uma versão digital e válida da carteira de motorista.
Além da CNH, existem também equivalentes virtuais do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, da Carteira da Ordem dos Advogados do Brasil e de Carteiras de Estudante.
Várias vantagens estão associadas a essa tendência, como evitar o desgaste de documentos físicos e otimização dos processos de registro eletrônico. Além disso, evita-se também que o documento seja perdido ou furtado.
10. Ferramentas de gestão
Por fim, existem vários softwares que foram desenhados para aprimorar a gestão de diversos setores de trabalho. Apesar de serem mais utilizados pelo setor privado, é plenamente possível fazer seu uso também no setor público.
Vamos apresentar, a seguida, nossa solução voltada a aprimorar a experiência de funcionários públicos e suas equipes.
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“Assinei o Jusbrasil para acompanhamento da tramitação de um processo judicial que temos impetrado contra uma franqueadora. Além disso, aderi para obter também informações recentes de decisões judiciais em matéria tributária, artigos e opiniões de profissionais do direito, inclusive para evitar algumas lacunas nos pareceres que elaboro a favor da Fazenda Pública.”
Esse é o depoimento de Valéria Aparecida Pereira da Silva. Valéria é formada em administração de empresas, com especialização em direito tributário e graduanda em Direito, com atuação no setor público há mais de 27 anos.
“O Jusbrasil faz com que eu tenha contato com a comunidade jurídica diariamente, pois observo muito a forma de redação dos artigos, me mantenho atualizada com o que está acontecendo no mundo jurídico. Isto contribuiu para o meu projeto de vida, pois estou prestes a me aposentar e pretendo exercer a advocacia.”
No trecho acima, ela conta um pouco sobre sua experiência com assinatura do Jusbrasil PRO, uma solução desenvolvida para otimizar a rotina de trabalho dos profissionais jurídicos.
Qualquer setor público possui a necessidade diária de operar com o Direito. Seja realizando pesquisas jurídicas, acompanhando processos ou redigindo documentos. Pensando nisso, criamos essa ferramenta tecnológica multifuncional.
Aplicação prática de tecnologia no setor público
O Jusbrasil constitui-se como um exemplo prático de tecnologia no setor público. Nossa plataforma é um grande banco de dados, que reúne e unifica informações jurídicas provenientes de todos os tribunais brasileiros. Por meio do nosso site, através de uma única barra de pesquisa você consegue acessar dados sobre processos em todo o território nacional.
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O que os Planos de Assinatura Jusbrasil PRO oferecem?
Busca e Download de Diários Oficiais: para qualquer servidor que tenha necessidade de consultar Portarias, publicações de Leis e decisões em processos.
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“No Jusbrasil encontrei subsídios para elaborar uma minuta da petição para o meu advogado na ação contra a franqueadora, pois tive muita facilidade nas buscas de matérias relacionadas ao caso. Também com base nos artigos e processos publicados e compilados pela Jusbrasil, a respeito de empresas de fachada, encontrei fundamentos para elaborar parecer de indeferimento de pedido de habilitação de créditos acumulados, o que reverte numa economia para o Estado do Paraná.”
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Confira o que Valéria tem a dizer, também, sobre essa aplicação:
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O ponto mais forte da Jusbrasil entendo que é a facilidade de encontrar material de qualidade, além da confiabilidade.”
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Jusbrasil: conectando pessoas à Justiça
Obrigado pela leitura deste artigo. Ela demonstra que você deseja ver tecnologia aplicada no setor público, e portanto faz parte desse grande movimento que busca o desenvolvimento através da inovação.
A missão do Jusbrasil é promover o acesso efetivo à Justiça através das tecnologias de inovação. Estamos juntos nesse movimento, e trabalhando em união será possível construir uma sociedade mais democrática, justa e igualitária.
Texto escrito por Tulio Campos
Fonte:Jus Brasil - Ago 2021
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