Conheça os sete riscos de implantar silicone nos seios
Cirurgia tem complicações como o aumento de estrias ou falta de sensibilidade na mama
Muitas mulheres se assustaram com as últimas notícias que chegaram à imprensa, sobre as próteses de silicone
das marcas PIP e ROFIL. Segundo os especialistas na área, essas
próteses apresentam sérios riscos à saúde, principalmente pelas elevadas
chances de rompimento - problema específico relacionado à má qualidade
do material em questão. Mas o implante de silicone nos seios, em geral,
apresenta outros pontos que precisam de cuidado e nem sempre são
considerados pelas pacientes que resolvem se submeter ao procedimento.
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"Como toda cirurgia, a colocação de silicone
apresenta riscos. Tomando as precauções necessárias, como a escolha de
um bom médico e de uma clínica de confiança, a incidência de todos eles é
pequena. Mas não por isso deve ser ignorada", afirma o cirurgião
plástico Antonio Graziosi, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Veja os riscos que os especialistas apresentam às pacientes nas
consultas pré-cirúrgicas e analise se você tem disposição de
enfrentá-los.
Rejeição da prótese
"A rejeição acontece quando há a formação de uma
membrana em volta do silicone - essa capa é formada com a função de
tentar expulsar o corpo estranho", afirma o médico. Essa membrana não
causa prejuízos à saúde, mas o seio fica mais firme ao toque. E, nos
casos mais graves, pode haver deformação, com o seio em forma mais
arredondada do que o normal.
Rompimento da prótese
A prótese estoura em aproximadamente 10% dos casos.
Caso isso ocorra, a viscosidade típica do silicone impede que ele se
espalhe pelo organismo e o gel acaba retido na prótese. O risco de
rompimento, de acordo com o cirurgião, aumenta em três situações:
durante a própria cirurgia, devido a algum trauma ou durante a
realização da mamografia, exame em que é exercida pressão contra a mama.
Apesar dos casos de câncer
relacionados com as próteses de silicone PIP, no entanto, não existem
indícios de que, com ou sem rompimento, há relação entre implantes
mamários de boa qualidade e o aparecimento de tumores. "O caso PIP é um
problema específico e não deve assustar as outras pacientes", afirma o
cirurgião da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Abertura da incisão cirúrgica
Em alguns casos, pode ocorrer a abertura da ferida
operatória. O cirurgião plástico André Eyler, também da Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica, associa o problema a três fatores,
especialmente: surgimento de infecção, ausência de alimentação
balanceada ou subnutrição e tensão exagerada sobre a ferida (provocada
por excesso de esforço ou falta de repouso, por exemplo).
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"Pessoas que têm problemas de cicatrização e
propensão à quelóides devem optar pela cirurgia via axilar, em que o
silicone é colocado através de incisão nesta região. Isso porque essa
área forma menos cicatrizes e, caso elas ocorram, ficam mais
escondidas", afirma Antônio. Ele enfatiza ainda que não há como saber
qual será o tamanho das cicatrizes após a cirurgia. Quelóides podem
aparecer, mesmo no implante via axilas. Além disso, a paciente precisa
ser informada de que método dificulta o exame das mamas para detectar um
possível câncer, a cicatriz atrapalha o toque médico.
Outra opção é o implante periareolar, em que o silicone é colocado
através dos mamilos. Nesse caso, apesar dos bons resultados e da
movimentação dos braços ser liberada logo após a cirurgia (salvo nos
casos em que há dor), a amamentação fica impossibilitada pelo corte dos
canais que conduzem o leite. Há ainda o implante inframamário, em que a
manipulação cirúrgica é menor e o resultado, bastante satisfatório.
"Sempre tenho este método como minha primeira opção", afirma André.
Flacidez e estrias
Caso a qualidade da pele na região dos seios esteja
comprometida (mamas caídas ou com muitas estrias), pode surgir flacidez
após a cirurgia - a pele não sustenta o volume enxertado com a prótese e
cede. "Há risco de surgimento de novas estrias, inclusive", afirma o
cirurgião André Eyler. "Numa situação como esta, a inserção da prótese
no plano submuscular, que retira o peso do implante a ser suportado pela
mama, é mais indicada", afirma o especialista.
Alteração da sensibilidade
Antônio explica que a falta ou o excesso de
sensibilidade na região da cirurgia pode acontecer. "O procedimento
cirúrgico consiste na abertura da pele para colocação da prótese. Nesse
momento, pode haver a ruptura de nervos e alteração na sensibilidade.
Mas, na maioria dos casos, essa condição tende a regredir e a
sensibilidade volta ao normal", afirma o cirurgião plástico Antonio
Graziosi.
Infecção
Antônio explica que, com a assepsia correta e o uso
preventivo de antibióticos, as chances de infecção após a cirurgia são
muito pequenas. Em casos mais graves, caracterizados por sinais de
infecção locais e globais intensos, como edema, febre, vermelhidão, pode
haver necessidade de retirar a prótese.
Se isso acontecer, deve ser feito tratamento com antibióticos e, depois
que a infecção for curada, a prótese pode ser colocada novamente.
Inchaço e dor
A dor após o implante de silicone é certa,
principalmente se a colocação do silicone for submuscular. Este método
dói mais por que causa distensão dos músculos. Ele é indicado para
mulheres que têm pouco tecido glandular e são muito magras. Também é
recomendado em casos de risco de doeça da mama, pois facilita o exame de
biópsia.
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Caso as glândulas consigam dar boa proteção ao
silicone, a prótese deve ser subglandular. Essa implantação é a mais
comum. Existe também a técnica de colocação subfascial, em que o
implante é colocado sob a fáscia muscular, uma espécie de camada que
reveste o músculo. Este método é bom para quem tem a mama mais flácida.
O inchaço, que acontece em função da manipulação cirúrgica, está sempre presente e costuma melhorar um mês após a cirurgia.
(Fonte:minhavida.com.br)
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