Os 10 mamíferos mais criativos na defesa contra predadores
O mundo animal apresenta uma enorme variedade de métodos de atacar
outra espécie, seja para se defender, proteger os filhotes ou caçar. Mas
nem todos se limitam a fugir ou enfrentar fisicamente o oponente.
Alguns vão bem além disso. E olha que só estamos falando de mamíferos!
10. Fingir de morto
Você já ouviu falar no Possum? É um bicho parecido com o gambá, mas
está na subclasse dos marsupiais, a mesma do canguru. E é perto deles
que o Possum vive, países como Austrália e Papua Nova Guiné. Por essa
razão, é chamado de “esquilo do hemisfério sul”.
Pois bem, o Possum tem uma tática muito peculiar para espantar os
predadores: se fingir de morto. Mas não é simplesmente cair no chão e
fechar os olhos, alguns animais seriam espertos o suficiente para
descobrir a encenação. O Possum realmente entra em um estado de morto,
babando e exalando cheiro do seu cadáver. Como a maioria dos predadores
só consome o que eles mesmos matam, o Possum é deixado em paz. E o mais
impressionante é que esse recurso não é consciente, o animal “cai morto”
quando seu organismo detecta uma situação de perigo.
9. “Pescoçada”
Outro animal pouco conhecido. É um primata, com nós, mas tem cara de
urso, e só encontrado em florestas na África Central. O nome dele é
Potto, e seu método de defesa é muito heterodoxo. Devido a seu corpo
lento e desajeitado, seriam presa fácil para carnívoros, não fosse por
um porém. Quando está ameaçado, o Potto faz suas vértebras saltarem, se
sobressaindo sob a pele na região da nuca. Essas vértebras são
pontiagudas, e dão ao Potto uma arma poderosa e uma forma de dar golpes
de nuca nos seus oponentes. Mesmo que ele não consiga atingir o predador
com uma “nucada”, as vértebras o tornam muito difícil de se engolir.
Osso duro de roer.
8. Enrolar-se
Agora achamos um nome um pouco menos estranho aos nossos ouvidos: é o
Pangolim. Trata-se de um mamífero disponível em sete espécies na Ásia e
na África. O Pangolim é coberto de escamas, e tem um grande arsenal de
defesas. Sua preferida é enrolar-se sobre si mesmo, formando um corpo
coeso, coberto por suas duras escamas, impossível de penetrar. Mas ele
tem outras cartas na manga contra os predadores. Pode exalar um cheiro
forte, tática usada por muitos companheiros de floresta, ou rolar como
uma bola. Isso mesmo, ele pode se transformar numa bola e rolar ladeira
abaixo se estiver ameaçado.
7. Transformar-se em bola
Aqui temos um ilustre amigo: o querido tatu-bola, que vive na
Argentina, Bolívia, Paraguai, e aqui no Brasil, especialmente no Estado
do Mato Grosso. Nem é preciso dizer qual é sua tática de defesa: ele se
transforma numa bola. Aqui vemos que o Pangolim, do item anterior, não é
nada original. E muita gente pensa que a carapaça do tatu-bola é dura, e
por isso os predadores não podem atacá-lo. Ledo engano. Sua pele é
relativamente macia, e esse recurso existe justamente para compensar
essa desvantagem. E ele tem dois trunfos: pode se enrolar como bola em
um instante, fazendo um barulho que assusta o predador. E, ao contrário
do que se poderia pensar, ele não fica lá parado em forma de bola. Pode
se mover e se move, rolando para longe do perigo.
6. Soltar espinhos
Esse não vive no Brasil, mas é famoso como se vivesse. É o
porco-espinho. Seu método de defesa é muito curioso. Para começar, ele
adota uma filosofia de “quem avisa, amigo é”. Quando o predador se
aproxima, ele balança os espinhos da parte de trás do corpo (os mais
pontiagudos e perigosos), fazendo um barulho que pretende afastar o
inimigo. Se o oponente não leva a sério e ataca o porco-espinho, este se
vira de costas para o golpe ou a mordida, e deixa os espinhos entrarem
no corpo do agressor. Alguns espinhos são longos, e, dependendo da
profundidade com que penetram ou do tamanho do predador, o atacante pode
até morrer por causa das feridas. Alguns espinhos chegam a perfurar
órgãos e vasos sanguíneos.
E a natureza pensou em tudo: como eles vivem em árvores, às vezes
caem dos galhos, de grandes alturas, enquanto fogem de alguém, e na
queda podem se ferir com seus próprios espinhos. Por isso, o organismo
do porco-espinho tem fortes antibióticos, sem os quais o animal poderia
pegar uma infecção por causa das suas próprias armas.
5. Soltar pigmentos na água
Sabem a Cachalote, aquela Baleia gigante que pode medir até 20 metros
de comprimento? Existe uma rara espécie, chamada cachalote-pigmeu, que
não passa de 1,20 metros. Considerando seu desavantajado tamanho em
relação às parentes, a cachalote-pigmeu usa uma forma de defesa parecida
com a dos polvos: solta pelo ânus uma substância avermelhada que se
espalha rapidamente, formando uma nuvem na água e despistando o
predador. Curiosamente, os polvos, de quem a ideia do pigmento foi
“plagiada”, é a principal presa das baleias-pigmeu!
4. Deixar a cauda para trás
Um pequeno roedor, chamado no Brasil de Arganaz, prefere fugir de
seus inimigos correndo mesmo. Quando isso não é possível, no entanto,
ele tem uma última alternativa. Quando o predador o agarra pela cauda,
ele simplesmente livra-se dela e foge. Mas essa é uma alternativa
extrema, porque a cauda não se regenera. Uma vez perdida, a cauda não
volta, por isso essa fuga só pode ser usada uma vez na vida do pequeno
roedor. Sabendo disso, ele prefere despistar seus inimigos com a própria
cauda, fazendo-a parecer com a cabeça, o que os confunde.
3. Glândulas malcheirosas
O gambá merece uma menção honrosa nessa lista, pela destreza com que
usa o seu método. O mau cheiro que ele exala para se defender vem de um
fluido produzido por glândulas na região anal. Quando está ameaçado, ele
solta o seu fluido com impressionante força e precisão. O jato pode
atingir mais de 3 metros de distância e geralmente acerta o inimigo
direto na face. Se o predador leva a rajada sobre os olhos, pode até
ficar cego. Contudo, é uma última alternativa para o gambá, já que a
glândula precisa de 10 dias para recarregar. Mesmo com esse poder de
fogo, uma espécie de coruja se atreve a enfrentar o gambá, já que faz um
ataque aéreo, pelas costas, antes que o mamífero tenha tempo de se
defender.
2. Garras venenosas
Ninguém imaginaria que o Ornitorrinco, aquele bicho de aparência tão
inofensiva e esquisita, pudesse ter um meio de defesa tão agressivo.
Ameaçado, ele pode fincar no predador suas garras afiadas, com veneno na
ponta. Alguns humanos já tiveram a infeliz experiência de sofrer esse
ataque do ornitorrinco. Em animais até do tamanho de um cachorro, o
veneno das garras dele podem até matar. No caso dos humanos, não chega a
tanto, mas causa uma dor lancinante, que deixa a vítima incapacitada de
movimentar o local atingido por vários dias. Essas garras venenosas são
apresentadas apenas pelos machos. Isso sugere que esse sistema de
defesa do ornitorrinco seja também usado para duelos pelas fêmeas.
1.Passar veneno pelo corpo
Quem já assistiu ao filme Madagascar pode achar esse bicho familiar.
Esse primata tem cara de lêmure, o corpo é parecido com o de um lêmure,
mas não é um lêmure. É um Lóris, animal pouco conhecido que vive no
sudeste asiático. O que o torna notório é seu sistema nada ortodoxo de
defesa. Ele tem glândulas venenosas em seus cotovelos. Com isso, ele
fica continuamente lambendo os cotovelos e espalhando o veneno pelo
corpo, que pode causar dores fortes e inchaço no predador. As mães
espalham esse veneno nos filhotes antes de deixá-los para sair caçar. E o
Lóris, ao passar o veneno na boca, torna sua mordida igualmente
venenosa, deixando a sua arma duplamente letal. É claro que o mais
impressionante nisso tudo é que ele pode, ao contrário de você, lamber o
próprio cotovelo.
Fonte: HypeScience /
Listverse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário