terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Saúde Bucal

Saúde Bucal

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Minimizar os problemas e melhorar a saúde dental faz parte da história da odontologia no Brasil.
A história da Odontologia é análoga à da Medicina, tendo caminhado lado a lado com ela até chegar ao progresso atual. Galgou, no decorrer de sua trajetória, várias etapas, iniciando-se com o empirismo na Idade Antiga, passando pelo período pré-científico nos Séculos XVI e XVII e chegando ao período científico com o surgimento de escolas especializadas. As primeiras referências à odontologia datam de 3.700 a.C tendo sido encontrados, em manuscritos egípcios, citações sobre alguns problemas bucais, entre os quais dor de dente e feridas gengivais (Crivelaro,A.C.)
Ao longo desse tempo pesquisadores de todos os continentes têm se mostrado preocupados com a saúde bucal de suas populações, pois descobriram que problemas relativos à saúde geral do corpo, muitas vezes advém de doenças bucais que podem comprometer o todo.
Com o auxílio de tecnologias inovadoras surgindo nas várias áreas do conhecimento; com a expansão da divulgação das novas descobertas; incentivos governamentais para a elaboração de programas educativos de prevenção e tratamento das doenças bucais, bem como a disponibilização de locais para atendimentos gratuitos (transmitidos através da mídia de massa), a população se conscientiza cada vez mais sobre a importância de se consultar um profissional da área. Foi-se o tempo em que cuidar da saúde bucal era exclusividade dos mais abastados, e de educação e cultura privilegiadas. Obviamente existem aqueles que frequentam este profissional somente quando algum dente dói, ou a gengiva sangra, porém, uma boa parcela da população já sabe que a melhor maneira de manter seu organismo saudável, também é frequentar periodicamente um profissional dessa área, mesmo não tendo estes sofrimentos sintomáticos, pois sabe que a prevenção ainda é o melhor remédio.
O profissional dessa área está apto inclusive para ajudar a elucidar outras doenças que por ventura sejam causadas pela ausência de higienização correta dos dentes e da boca.
O dentista não se restringe puramente ao seu trabalho. Educa o paciente em áreas correlatas transmitindo conhecimentos de forma simples e eficaz. Muitos escrevem artigos científicos que são divulgados em mídias específicas, produzem artigos e/ou enviam para os profissionais de jornalismo para que a leitura seja compreendida pela população leiga, prestam serviço de extensão à comunidade, exercem funções administrativas, ministram aulas, fazem cirurgias, orientam alunos, fazem pesquisa, participam de bancas examinadoras, proferem palestras, realizam congressos e workshops, interagem cientificamente com profissionais do país e exterior. Vivem suas vidas dedicadas aos inúmeros trabalhos que suas profissões lhes impõem, restando-lhes pouco tempo para o lazer. Apesar do tempo que lhes é diminuto, muitos são os que também expandem suas atuações em áreas consideradas de abrangência comum, como por exemplo, a ambiental. Interessante tomar ciência do “Guia Prático da FORP/USP” onde um dos inúmeros Projetos FAPESP 01/01º65-1, que traz informações sobre uso e despejo do amálgama odontológico, tratando desde riscos de contaminação do meio ambiente ao treinamento do pessoal auxiliar. Algumas informações, apenas para exemplificar, seguem abaixo:
Dados do guia FORP/USP apontam que, de acordo com o Ministério da Saúde, 30% do amálgama preparado é liberado para o meio ambiente sob a forma residual. Em média, o cirurgião-dentista utiliza 2 g de amálgama em cada restauração, estimando-se produção de 80 kg por ano na rede pública municipal (de Ribeirão Preto). Deste total produzido, há 30% de perdas, gerando anualmente em torno de 24 kg de restos, contaminando o meio ambiente.
O mercúrio tem impacto especial no meio ambiente porque é bioacumulativo. Em face disso, muitos países introduziram regulamentos para o tratamento do mercúrio nas vertentes das estações de tratamento de águas servidas. Identificou-se que as clínicas odontológicas são uma das fontes de descarga de mercúrio no meio ambiente devido ao trabalho de colocação ou remoção de restaurações com amálgama.
O amálgama dentário contribui potencialmente à contaminação do meio ambiente com o mercúrio, por meio de sua descarga nas águas de despejo, de sua sedimentação no lodo das águias servidas, nos aterros e resíduos e por sua incineração. (Pécora,J.D.)
Eliminar a doença, a dor, promover o bem estar sócio-ambiental, e restituir a autoestima para quem deseja um sorriso que ilumine a “alma” são desafios constantes enfrentados pelos pesquisadores. Para tanto, equipes multidisciplinares interagem em prol das soluções que possam viabilizar essas necessidades.
A Odontologia caminha a passos largos. Crianças e adolescentes já veem o profissional “Dentista” como um “tio amigo”. Adultos e idosos compreendem agora a necessidade de “visitarem” o seu dentista periodicamente, assim como se visita um parente, um amigo...

Fonte: Mais Interior.

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