10 cidadãos comuns que realizaram proezas dignas de cientistas
Publicado em 24.04.2015
Normalmente, os avanços científicos
requerem anos de trabalho duro e dedicação dos cientistas. Mas, às
vezes, tudo o que preciso é um pouco de perseverança, uma completa falta
de respeito pela segurança pessoal e uma ajudinha da boa e velha sorte.
10. O escoteiro que construiu um reator nuclear em seu quintal
Em 1994, o escoteiro David Hahn (que tinha recebido uma medalha de mérito por aferição de energia atômica, três anos antes) tentou construir um reator nuclear no galpão de sua mãe. Hahn acreditava que o projeto iria ajudá-lo a se tornar um Escoteiro Águia, e suas realizações incluíram a construção de uma arma de nêutrons, enganar funcionários da Comissão Reguladora Nuclear para que eles lhe fornecessem as informações de que precisava para construir um reator nuclear e a obtenção de elementos radioativos como o rádio e tório.
Em 1998, Hahn foi o tema de um artigo do jornalista Ken Silverstein, intitulado “The Radioactive Boy Scout”. Como Silverstein escreveu: “Ele me contou como usou filtros de café e frascos de picles para lidar com substâncias letais, tais como rádio e ácido nítrico, e ele timidamente divulgou as várias histórias incríveis que empregou para obter os materiais radioativos”.
Após a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos EUA) descobrir sobre o reator de Hahn, eles fecharam o projeto antes do escoteiro terminá-lo. Até então, o experimento de Hahn tinha sido tão perigosamente irradiado que toda a população da cidade de 40.000 pessoas estava em risco. Implacável, Hahn viria a ser preso em 2007 por roubar 16 detectores de fumaça que ele planejava usar em mais experimentos radioativos.
9. Os traficantes de drogas que construíram um supersubmarino
Durante décadas, traficantes de drogas colombianos tentaram escapar das autoridades norte-americanas em submarinos caseiros. Montados em estaleiros secretos, estes submarinos eram barcos de madeira, incapazes de manobrar como submarinos reais. No entanto, no início de 2000, as agências de inteligência começaram a ouvir rumores de supersubmarinos em pleno funcionamento sendo construídos nas selvas da América do Sul.
Os submarinos eram tão misteriosos que as autoridades dos Estados Unidos começaram a compará-los com o monstro do Lago Ness. Um agente disse: “Nunca vi um antes, nunca apreendi um antes. Mas sabemos que eles estão lá”. Em 2010, a Marinha do Equador foi capaz de capturar um deles. Jay Bergman, alto funcionário da Agência Antidrogas dos Estados Unidos na América do Sul, declarou o submarino “um salto quântico na tecnologia”.
Com 22 metros, o submarino podia armazenar até 9 toneladas de cocaína (um valor de mercado de 250 milhões de dólares) e estava equipado com 249 baterias que o permitiam viajar de forma quase invisível por até 18 horas antes de recarregar.
8. Fotos com qualidade da NASA por menos de 800 dólares
Em 2008, Robert Harrison, um diretor de T.I. de 28 anos e pai de três filhos, foi capaz de captar imagens com qualidade parecida com as da NASA do espaço usando apenas uma câmera Canon digital, um balão meteorológico de hélio e um GPS. O balão, que Harrison chamou de Icarus I, capturou imagens da Terra a partir de mais de 1.600 quilômetros acima da superfície.
O custo total do projeto foi de apenas 747 dólares (no câmbio atual, R$ 2.253). A qualidade das imagens era tão boa que a própria agência espacial norte-americana contactou Harrison para entender como ele foi capaz de realizar esta façanha com o salário de um diretor de T.I. “As pessoas pensam que isso é algo que custa milhões”, disse ele, “mas não é verdade. Você só precisa de um pouco de know-how técnico. Eu não sei nada sobre eletrônica, e o que eu sei, aprendi com a internet”.
7. A estrela do rock que desenvolveu um sistema de defesa antimísseis
Jeff “Skunk” Baxter é bem conhecido dos fãs de música como guitarrista dos Doobie Brothers e um dos membros fundadores do Steely Dan, mas ele agora desfruta de uma segunda carreira como um dos maiores especialistas em contraterrorismo nos EUA. Enquanto estava em turnê, Baxter começou a pesquisar a tecnologia da música, e eventualmente voltou sua atenção a sistemas de armas.
Ele se tornou um autodidata sobre o assunto e até mesmo escreveu um artigo sobre defesa antimíssil. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, Baxter foi contatado para fornecer consulta nos Estados Unidos nos esforços de contraterrorismo por causa de seu pensamento original. A congressista Dana Rohrabacher afirmou na época: “Skunk não cresceu no sistema. Ele não foi abatido pelo sistema. Assim, sua própria liberdade de pensamento e sua compreensão visceral da tecnologia contribui muito, e as pessoas sabem disso”. Hoje, o ex-astro do rock preside o Conselho Consultivo do Congresso americano sobre Defesa contra Mísseis e serve como um consultor para empresas como a Northrop Grumman e General Atomics.
6. O estudante da Tanzânia que provou que água quente pode congelar mais rápido do que água fria
O efeito Mpemba (em homenagem a seu fundador, Erasto B. Mpemba) afirma que, em circunstâncias específicas, água quente congela mais rapidamente do que a água fria. Ao fazer sorvete com seus colegas de classe, Mpemba notou que o leite morno congelava mais cedo do que o leite refrigerado. Isso parece absurdo, mas Mpemba não estava sozinho em suas descobertas. Os cientistas, incluindo Aristóteles, Francis Bacon e René Descartes fizeram essa afirmação, mas nenhum foi capaz de prová-la. Mpemba, juntamente com o físico Denis Osbourne, realizou seus próprios experimentos e foi capaz de alcançar resultados que verificaram sua hipótese. Nas últimas décadas, os resultados da Mpemba foram anotados por muitos cientistas, mas ninguém foi capaz de reproduzi-los até 2010, quando James Brownridge, da Universidade Estadual de Nova York (EUA), publicou um estudo detalhando resultados reproduzíveis.
Para reproduzir o efeito Mpemba, Brownridge usou diferentes amostras de água (uma com água destilada, enquanto o outra era água da torneira). Hoje, a comunidade científica continua dividida sobre o efeito Mpemba, devido às circunstâncias muito específicas necessárias para reproduzir o fenômeno.
5. O padre que detém o recorde mundial de mais supernovas descobertas
O sacerdote australiano Robert Evans gosta de olhar para o céu em seu tempo livre, e é muito bom nisso. Evans decorou mais de 1.000 galáxias, de forma que pode verificá-las no céu rapidamente apenas a olho nu. Desde 1981, Evans descobriu mais de 40 supernovas, um recorde mundial. Em seu livro de 2003, “Uma Breve História de Quase Tudo”, Bill Bryson escreveu que a capacidade de Evans para descobrir supernovas era como a capacidade de detectar um único grão colocado em uma mesa cheia de sal com 3 quilômetros de comprimento.
Evans fez a maior parte de suas descobertas não em um telescópio profissional, mas em seu quintal. “Das 40 descobertas visuais”, conta ele, “10 foram encontradas com o meu refletor de 10 polegadas; 18, penso eu, com o meu de 16 polegadas; três com o telescópio de 40 polegadas no Observatório Siding Spring, e o resto com o de 12 polegadas que agora eu uso aqui em casa”.
4. A menina de 10 anos que descobriu uma nova molécula explosiva
Clara Lazen, uma estudante de 10 anos de idade, descobriu acidentalmente um novo explosivo durante sua aula de ciências. Clara estava brincando com bolas de madeira e paus usados para criar modelos de moléculas quando forjou uma molécula utilizando uma combinação de nitrogênio, oxigênio e carbono. Quando ela mostrou o projeto para o professor, Kenneth Boehr, ele concluiu que Clara poderia estar chegando em algum lugar.
Boehr tirou fotografias da molécula e enviou as imagens para o seu amigo Robert Zoellner, professor de química da Universidade Estadual de Humboldt, nos EUA. Depois de fazer algumas observações, Zoellner chegou à conclusão que Clara tinha descoberto uma nova molécula, o tetranitratoxicarbono. A nova molécula, que usa a mesma combinação de átomos que a nitroglicerina, armazena grandes quantidades de energia.
3. O garoto de 12 anos que desenvolveu a sua própria teoria da relatividade
Em 2011, o gênio de 12 anos de idade Jacob Barnett acreditava que tinha encontrado buracos na teoria da relatividade de Einstein. Jacob, que tem um QI de 170, explicou sua teoria da relatividade expandida a sua mãe, Kristine Barnett. Ela, que reprovou em matemática no ensino médio, pediu a seu filho para falar devagar enquanto filmava sua explicação.
Depois que o vídeo foi publicado no YouTube, a teoria de Jacob chamou a atenção de alguns cientistas notáveis. Scott Tremaine, professor do Instituto de Estudos Avançados dos EUA, escreveu: “A teoria em que ele está trabalhando envolve vários dos problemas mais difíceis em astrofísica e física teórica. Qualquer um que resolver estes problema está na fila por um prêmio Nobel”. Logo depois que o vídeo se tornou viral, Jacob estava sendo recrutado para uma bolsa de pesquisa na Universidade de Indiana.
2. O motorista de caminhão que construiu uma bomba atômica
A engenharia reversa é o processo pelo qual os cientistas dão uma olhada em tecnologia existente e, em seguida, constroem uma versão própria sem qualquer um dos planos originais. Militares fazem isso o tempo todo, mas quando um motorista de caminhão sem educação universitária começa a construir uma bomba atômica, a coisa é diferente.
Ao longo de 10 anos, o ex-motorista de caminhão estadunidense John Coster-Mullen analisou imagens e entrevistou mais de 150 cientistas e engenheiros que estiveram envolvidos com o Projeto Manhattan. Os cientistas ajudaram alegremente a saciar as dúvidas do cara tentando desenvolver seu próprio problema nuclear. O resultado foi uma bomba que recebeu “elogios” do Conselho de Defesa Nacional. Ironicamente, o Conselho de Defesa Nacional é formado pelas pessoas pagas para evitar que este tipo de coisa aconteça. Quando perguntado sobre sua realização, Coster-Mullen respondeu: “O segredo da bomba atômica é como elas são fáceis de fazer”.
1. O homem de 85 anos que construiu uma catedral a partir do lixo
Justo Gallego Martinez, um monge espanhol, construiu uma catedral inteira através de materiais recuperados, incluindo tijolos encontrados em fábricas locais. O projeto é vagamente baseado na Catedral de São Pedro, mas também incorpora elementos de design de castelos europeus, igrejas e até mesmo da Casa Branca. Justo não tem projetos formais ou planos de engenharia.
Na verdade, ele não tem nenhum conhecimento de engenharia ou de arquitetura. Depois de se aposentar como agricultor, Justo se tornou um monge beneditino, mas a tuberculose obrigou-o a deixar o mosteiro. Durante este período da doença, Justo orou à Senhora do Pilar (o nome dado à Virgem Maria depois de sua aparição em Zaragoza, Espanha) e prometeu a si mesmo que, se sobrevivesse à doença, iria construir uma igreja dedicada a ela. Depois que se recuperou, Justo não deixou que sua falta de experiência o impedisse de cumprir sua promessa. [Listverse]
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