A expressão “vítima fatal”
A expressão “vítima fatal” é considerada como incorreta
Comumente nos deparamos por aí com discursos proferidos mais ou menos assim: Naquele acidente houve duas vítimas fatais. Ora, fatal será o acidente? Ou serão as vítimas?
Coitadas! Pois bem, a título de melhor esclarecermos essa recorrente polêmica, atenhamo-nos ao significado da palavra “fatal”, retratada pelo dicionário:
Adj.2g. 1. Determinado pelo fardo (1). 2. Que tem de ser, inevitável. 3. Funesto nefasto [Pl.: - ais].
Com base em tais pressupostos, resta-nos admitir que o acidente é que foi fatal, não as vítimas. Dessa forma, convém reformularmos o discurso, de modo a adequá-lo ao padrão formal da linguagem, tornando-se materializado:
Aquele acidente foi fatal, haja vista que houve duas vítimas.
Em face de tal ocorrência, cumpre-nos ressaltar um detalhe: não somente essa expressão, mas também tantas outras, já se tornaram cristalizadas em meio aos discursos cotidianos, bem ao gosto popular. Não seria, portanto, o caso de aceitá-las e considerá-las como corretas, visto que a ideia nela implícita faz referência ao fato de que uma determinada pessoa morreu em razão de algum motivo?
Antes de tudo devemos ter em mente que somos regidos por um sistema, convencional a todo e qualquer usuário, representado pela norma padrão, pela norma tida como culta. Resta-nos, portanto, incorporar tais normas aos nossos conhecimentos e deles fazermos uso sempre que necessário.
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