Cocaína
Por Thais Pacievitch
Produção
No processo de extração das substâncias ativas das folhas da coca para a produção da pasta base da cocaína, os laboratórios clandestinos usam produtos químicos como querosene, soda cáustica, gasolina, acido sulfúrico e carbonato de amônio. Da pasta da cocaína são produzidas outras drogas como a merla (também conhecida como “bazuca”), e o crack. A pasta de cocaína passa ainda por outros processos químicos e até chegar a forma de hidroclorido de cocaína, ou “pó”. Ao “pó”, são adicionados substâncias como talco, lactose, procaína, ácido acetilsalicílico (aspirina), pó de gesso, pó de mármore, pó de giz, entre outras, de forma a multiplicar a quantidade de quilos a serem comercializados, ou seja, o lucro dos traficantes.Consumo
A cocaína geralmente é consumida por aspiração nasal (“cheirada”), ou via intravenosa (dissolvida em água e injetada diretamente na corrente sanguinea). Os O inicio dos efeitos do uso da cocaína variam: cheirando o "pó", os efeitos aparecem entre 10 e 15 minutos. Via intravenosa, os efeitos surgem em 3 a 5 minutos após a injeção. Por tratar-se de uma substância que exerce ação estimulante, seu uso aumenta a atividade cerebral, sobretudo nas áreas motora e sensorial.Efeitos da Cocaína
Fisicamente, o consumo da cocaína eleva a temperatura corpórea, assim como aumenta os batimentos cardíacos e a pressão arterial, além de dilatar as pupilas. Como consequência desse estado geral de excitação do organismo, o usuário tem uma sensação de poder, euforia, onipotência. Os movimentos e o estado de alerta da pessoa que fez uso de cocaína aumentam, os pensamentos ficam acelerados e a pessoa fica mais comunicativa. Embora esteja “sentindo prazer”, parece inquieta, tremula e impaciente. Enquanto estiver sob o efeito da substância, não sente fome ou sono.O uso continuo de cocaína pode levar o cocainômano (viciado em cocaína) a ter efeitos físicos crônicos (distúrbios cardíacos, respiratórios/nasais e gastrointestinais) e psíquicos crônicos (distúrbios psiquiátricos), além do risco iminente de sofrer uma overdose, pois o uso continuo da cocaína desenvolve a tolerância a droga, o que leva os usuários a utilizarem uma dose cada vez maior para sentirem os mesmos efeitos. Insuficiência cardíaca ou respiratória são as causas mais comuns de morte causada por overdose de cocaína.
Referências:
CEBRID - Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas. Universidade Federal de São Paulo. Depto. de Psicobiologia.
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