A pesquisa da cirurgiã-dentista Sybele Saska, utiliza a celulose da bactéria Acetobacter xylinum, um microorganismo encontrado em frutas e legumes em decomposição.
O material pode recuperar tecidos ósseos em um período de 7 a 15 dias, o tempo varia de acordo com o tamanho do dano. A capacidade regenerativa foi comprovada por testes in vitro e por um ensaio piloto com coelhos.
O produto levou cerca de um ano e meio para ser produzido e teve sua patente depositada em maio do ano passado, com o apoio do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, Fapesp.
A membrana é composta, além da celulose bacteriana, por colágeno, um mineral que compõe o esmalte do dente, chamado de hidroxiapatita e peptídeos sintéticos, que são sequências de aminoácidos. Os peptídeos utilizados na pesquisa são capazes de regular o crescimento ósseo e contribuem com a regeneração.
“Essa inédita combinação traz uma nova perspectiva para o processo de regeneração de tecido ósseo”, explicou a pesquisadora. Segundo ela, apenas defeitos ósseos pequenos podem ser tratados com esse tipo de material.
A pesquisa foi premiada durante a 88ª Sessão Geral da Associação Internacional de Pesquisa Dentária, em julho de 2010, em Barcelona, na Espanha.
*Com informações da Unesp.
Nenhum comentário:
Postar um comentário