domingo, 28 de julho de 2013

Visionários e Drogas

10 visionários de Ciência e Tecnologia que experimentaram drogas

Por  em 25.07.2013 as 18:00
Embora ainda não se tenha encontrado um vínculo forte entre inteligência e uso de drogas, não faltam exemplos de pessoas de destaque que gostavam de se aventurar nessa prática. De cientistas a “gurus tecnológicos”, conheça a seguir 10 exemplos famosos – e as respectivas substâncias que preferiam.

10. Sigmund Freud – Cocaína

Sigmund Freud
Freud tinha um apreço especial pela cocaína, chegando a propor em um artigo científico que ela fosse usada de forma terapêutica para combater (ou, melhor, “substituir”) o vício em morfina – a “substituição de vícios” não funciona bem no caso dessas duas substâncias, mas é uma prática usada em outros casos.
“Se tudo der certo”, escreveu Freud em uma carta à sua futura esposa, Martha Bernays, “eu irei escrever um ensaio [sobre cocaína] e espero que ela ganhe um lugar na medicina ao lado e acima da morfina… Eu uso regularmente doses muito pequenas contra depressão e indigestão, com muito sucesso”.

9. Francis Crick – LSD

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Um dos principais responsáveis pela descoberta da estrutura do DNA usava pequenas doses de LSD como “ferramentas de pensamento” durante a pesquisa.

8. Thomas Edison – Elixir de Cocaína

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O químico francês Angelo Mariani inventou em 1863 um vinho bordô (chamado “Vin Mariani”) que continha em torno de 230 mg de cocaína por litro. Entre os consumidores regulares da bebida estava o célebre inventor Thomas Edison.

7. Paul Erdös – Anfetaminas

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Não por acaso, o matemático Paul Erdös ficou conhecido por sua hiperatividade e por seguir uma rotina incansável (19 horas de trabalho por dia) mesmo durante a velhice. De acordo com seu biógrafo, Paul Hoffman, ele consumia anfetaminas, um tipo de droga estimulante.
Ele chegou a fazer uma aposta com o colega Ronald Graham, dizendo que seria capaz de passar um mês sem a droga. Erdös ganhou (US$500), mas disse o seguinte a Graham: “Você me mostrou que não sou viciado. Mas eu não consegui produzir nada. Eu acordava de manhã e encarava uma folha de papel em branco. Eu não tinha ideias, como uma pessoa comum. Você atrasou a matemática em um mês”. Foi apenas um mês, de fato, porque logo em seguida ele voltou a tomar anfetaminas.

6. Steve Jobs – LSD

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Nas palavras do próprio Jobs, experimentar LSD na década de 1960 foi “uma das duas ou três coisas mais importantes” que ele já fez na vida. Em sua biografia escrita por Walter Isaacson, há uma declaração do ex-CEO da Apple sobre como o LSD poderia ter tornado Bill Gates um cara mais criativo. “Bill é basicamente sem imaginação e nunca inventou coisa alguma, e acho que é por isso que ele se sente mais confortável agora com filantropia do que com tecnologia. Ele seria um cara mais ‘amplo’ se tivesse usado ácido ou ido a um ashram [congregação de seguidores de um guru hindu] quando era mais jovem”.

5. Bill Gates – LSD

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Na verdade, o fundador da Microsoft usou LSD (embora pouco, aparentemente), conforme admitiu em uma entrevista à Playboy, publicada em 1994:
PLAYBOY: Já tomou LSD?
GATES: Minha juventude errante terminou há muito tempo.
PLAYBOY: O que quer dizer?
GATES: Quer dizer que há coisas que eu fiz antes dos 25 anos e que acabei não fazendo mais depois.
PLAYBOY: Uma história de LSD envolvia você olhando para uma mesa e pensando que a quina ia furar seu olho.
GATES: [Sorri]
PLAYBOY: Ah, um vislumbre de identificação.
GATES: Isso foi no outro lado da fronteira. A mente jovem consegue lidar com certos tipos de “viagens” com que eu não conseguiria nesta idade. Eu não acho que você é tão capaz de lidar com falta de sono ou qualquer desafio que lance ao seu corpo quando envelhece. Contudo, eu nunca perdi um dia de trabalho.

4. John C. Lilly — LSD, Cetamina

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Pioneiro no campo da estimulação cerebral por meio de eletrônicos, o neurocientista John C. Lilly devia parte de sua produção inovadora ao LSD e à cetamina: ele estudou em si mesmo a ação dessas drogas, mapeou os circuitos cerebrais de dor e prazer e inaugurou um ramo da ciência dedicado ao estudo da comunicação entre humanos, golfinhos e baleias.

3. Richard Feynman – LSD, Cetamina e Maconha

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Esse físico teórico, conhecido por suas contribuições no campo da mecânica quântica, tomava um cuidado especial para não prejudicar seu cérebro com substâncias químicas. “Eu me divirto ao imaginar que não quero destruir essa prazerosa máquina que faz da vida um ‘estouro’. É por essa mesma razão que, mais tarde, eu estava relutante em fazer experimentos com LSD, a despeito da minha curiosidade sobre alucinações”, escreveu no livro “Surely You’re Joking, Mr. Feynman!”: Adventures of a Curious Character (“Você com certeza está brincando, Sr. Feynman!”: Aventuras de um personagem curioso). Isso não o impediu de conduzir estudos junto com John C. Lilly.

2. Kary Mullis — LSD

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O membro menos famoso dessa lista ganhou o prêmio Nobel de química por aprimorar a técnica de indução de PCR (“reação em cadeia de polimerase”), muito usada na bioquímica. Em uma entrevista publicada em 1994 no periódico California Monthly, Mullis disse que tomou “bastante” LSD nas décadas de 1960 e 1970. Algum tempo depois, no documentário Psychedelic Science, ele diz que não sabe se teria conseguido aprimorar a técnica PCR se nunca tivesse experimentado LSD. “Eu duvido seriamente”, conta.

1. Carl Sagan – Maconha

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Sob o pseudônimo de “Mr. X”, o célebre cosmologista e astrofísico escreveu um ensaio para o livro Marijuana Reconsidered (algo como “Maconha Repensada”), no qual falava sobre os benefícios do consumo da droga – que ele usava regularmente, em parte por acreditar que ajudava a vencer desafios intelectuais. [io9]

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