A lista vermelha dos animais em risco de extinção
Lista vermelha de animais ameaçados de extinção acrescenta novas espécies
Por Jennifer Fraczek (rc)
População de ocapis reduzida pela metade
O ocapi, também chamado girafa das florestas, tem seu habitat na
República Democrática do Congo. Segundo a União Internacional para a
Conservação da Natureza (IUCN), não é possível especificar quantos
desses animais ainda existem. Estimativas de 1990 afirmam que, então,
eles eram em torno de 4.400. Dez anos mais tarde, devido sobretudo a
conflitos na região do Congo, restavam apenas 2.500.
Os quase extintos
A UICN relaciona o ocapi como "
espécie ameaçada".
No entanto, as categorias mais preocupantes são as de "criticamente
ameaçados", "extintos na natureza" e "extintos". Entre os animais que
existiam há 200 anos e que, agora, não podem mais ser vistos estão o
lobo da Tasmânia e o tigre de Bali. Todas as subespécies de tigre são
classificadas como ameaçadas. Na foto, um tigre do Amur.
Mais de 200 aves ameaçadas
Mais de 200 espécies de aves estão próximas da extinção, como o
abutre-indiano-de-dorso-branco, predominantemente encontrado na Índia e
no Sudeste Asiático. Segundo a IUCN, os abutres já estão extintos na
China e na Malásia. Entre os mais novos na lista das aves em risco está o
frango-d’água-d’asa-branca, que vive na Etiópia, no Zimbabué e na
África do Sul.
Cada vez menos elefantes asiáticos
Estima-se que o número de elefantes asiáticos hoje em dia esteja
entre 40 e 50 mil. Os animais entraram na lista vermelha após sua
população cair pela metade nas últimas três gerações, de acordo com a
IUCN. A tendência de redução ainda continua. Os elefantes asiáticos
podem ser encontrados em Bangladesh, Índia, Indonésia e Butão.
Ameaçados pelo comércio ilegal de marfim
O elefante africano também corre risco de extinção, devido à
destruição de seu habitat e à caça furtiva para a obtenção do marfim.
Apesar de a população desse animal ter aumentado nos anos recentes, o
comércio de marfim também cresceu.
O perigo das redes de pesca
O maior perigo para toninhas e golfinhos é que acabem capturados
acidentalmente pelas redes de pesca. A toninha-comum, mostrada na foto,
não está ameaçada, mas a espécie vaquita – comumente encontrada no golfo
da Califórnia – conta com uma população de apenas 500 ou 600
indivíduos.
Tartarugas de volta
A tartaruga-de-couro está entre as espécies cuja situação demonstrou
melhoras. Há uma década elas estavam quase extintas, mas hoje em dia são
classificadas apenas como ameaçadas. Essas são as maiores tartarugas
vivas, chegando a medir 2 metros de comprimento e pesando até meia
tonelada. Os maiores perigos a elas são a caça, a pesca e a poluição da
água.
Boas e más notícias
Existem boas notícias também relacionadas ao
albatroz-de-sobrancelha, que tem cada vez mais exemplares. A atualização
da lista vermelha revela alguns "
fantásticos
sucessos de conservação", segundo a diretora do Programa Global de
Espécies da IUCN, Jane Smart. Ainda assim, ela alerta que há uma
quantidade significativa de espécies aparecendo na categoria "ameaçadas"
- atualmente são 21 mil.
Os últimos exemplares
Alguns exemplos de espécies criticamente ameaçadas incluem o panda
gigante, com uma população entre mil e 2 mil, o rinoceronte de Sumatra,
dos quais estima-se que restem apenas 220, e o lince-ibérico, cujo
número de exemplares deve estar entre 80 e 150. A lista vermelha,
publicada desde 1963, reúne estimativas e registros de diversas nações
sobre as populações de animais.
Edição: Rafael Plaisant
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