Descubra de uma vez por todas porque o chocolate amargo faz bem à saúde
Publicado em 23.03.2014
Se você é uma dessas pessoas viciadas em chocolate, e que não perde a oportunidade de vasculhar todos as gavetas da casa em busca de uma barra esquecida, vai ficar feliz em saber que estudos recentes encontraram o porquê do chocolate amargo fazer bem de verdade à nossa saúde.
Você deve estar aí se perguntando: “mas essa notícia não é velha?”. Bom, não.
A verdade é que os benefícios do chocolate amargo à saúde têm sido exaltados há muitos séculos. Inclusive já falamos aqui sobre alguns deles, que esclarecem em partes porque o chocolate é bom para a saúde. Mas, até agora, a razão exata permanecia às escuras.
A novidade, descoberta por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Louisiana, nos Estados Unidos, é que algumas bactérias encontradas no nosso sistema digestivo se alimentam do chocolate amargo fazendo com que ele seja fermentado e transformado em anti-inflamatórios que são bons para o coração.
De acordo com um dos pesquisadores envolvidos no estudo, eles descobriram que há dois tipos de micróbios no intestino: os bons e os ruins. Os bons, como Bifidobacterium (um gênero de bactéria anaeróbica que vive na flora intestinal) e bactérias lácticas, fazem a festa quando comemos chocolate amargo. São eles que crescem e fermentam, fazendo os anti-inflamatórios de que falamos.
“Quando estes compostos são absorvidos pelo organismo, eles diminuem a inflamação do tecido cardiovascular, reduzindo também o risco de longo prazo do acidente vascular cerebral”, disse John Finley, que liderou o trabalho. Ele disse também que essa pesquisa é a primeira a olhar para os efeitos do chocolate amargo sobre o ponto de vista dos vários tipos de bactérias do sistema digestivo.
Ele explica que o cacau em pó, um ingrediente do chocolate, contém vários polifenóis, ou antioxidantes, compostos com uma pequena quantidade de fibra dietética. Ambos os componentes são mal digeridos e absorvidos. Mas quando eles chegam ao cólon, os micróbios bons assumem a função. “Em nosso estudo, constatamos que a fibra é fermentada e os grandes polímeros polifenólicos são metabolizados em moléculas menores, que são mais facilmente absorvidas. E estes polímeros menores exercem a função anti-inflamatória”, completa.
Segundo Finley, nós poderíamos aproveitar ainda mais os benefícios do chocolate amargo se o combinássemos com frutas como romãs e açaí. Inclusive, ele prevê que este, em um futuro não muito distante, é o próximo passo dos fabricantes de chocolates.
Viu só? Agora, ao invés de ficar se torturando, você pode falar à vontade: “Espelho, espelho meu. Sobrou algum chocolate amargo que alguém ainda não comeu?”. [Science Daily]
Nenhum comentário:
Postar um comentário