sábado, 14 de setembro de 2013

Leite



Entenda as diferenças entre a alergia a leite e a intolerância a lactose

Na alergia, sintomas aparecem rápido só pelo cheiro ou contato do leite.
Já na intolerância, os sinais surgem de acordo com a quantia ingerida.

Do G1, em São Paulo
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O leite é um alimento extremamente importante porque, além de ser fonte de proteína, é também a maior fonte de cálcio, substância que ajuda na formação óssea.
No entanto, existem casos de pessoas que não podem tomá-lo por causa de algum problema, como alergia ou intolerância a lactose, o que pode deixá-las com deficiência dessas substâncias, como explicaram a pediatra e alergista Ariana Yang e o engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues no Bem Estar desta sexta-feira (13).
A primeira diferença entre esses dois problemas está na substância do leite – ou seja, a alergia está relacionada à proteína do leite de vaca enquanto a intolerância está ligada ao açúcar do leite, que é a lactose. Como explicou a pediatra Ariana Yang, geralmente quem tem alergia só descobre após os 6 meses de idade, quando para de tomar o leite materno já que não existe alergia ao leite da mãe – foi o caso do Matheus, de 9 anos, personagem do quadro “Diário do leite”, que estreou no programa.
Leite valendo (Foto: Arte/G1)
Depois de tomar leite em pó, vomitar, ficar com bolinhas vermelhas no corpo e com a boca inchada, o Matheus foi diagnosticado como alérgico.
Por causa disso, a mãe começou a dar leite de soja para o filho, porém, como explicaram os especialistas, a absorção do cálcio do leite de soja é muito pequena se comparada ao do leite de vaca, o que pode trazer deficiências para a saúde.
Por isso, é muito comum que crianças com alergia tenham baixa densidade óssea, já que não tomam leite de vaca e geralmente não fazem a suplementação correta. É possível, no entanto, tratar e recuperar essa perda, principalmente na fase da infância até a adolescência, período mais importante na formação dos ossos. Para ajudar, o Matheus fará um tratamento chamado de “dessensibilização ao leite”, que faz o paciente tomar doses diárias de uma solução diluída da bebida até o corpo se acostumar e conseguir tomar uma quantidade considerável sem dar reação.
Como explicaram os especialistas, a alergia costuma restringir mais a vida do paciente porque os sintomas aparecem rapidamente não só pela ingestão do leite, mas também pelo contato ou cheiro do alimento.
Na pele, pode ocorrer coceira, vermelhidão, bolinhas e inchaço nos lábios, olhos e orelha; já nas vias respiratórias, pode aparecer tosse, chiado, falta de ar, inchaço na glote e até mesmo choque anafilático. Por isso, além dos alimentos, é preciso tomar cuidado ainda com alguns cosméticos que podem ter leite, como xampus, hidratantes e até lenços umedecidos. De acordo com o engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues, pessoas alérgicas podem tomar leite hidrolisado, de soja, de arroz e de aveia.
Já a intolerância ocorre quando o paciente para de produzir a enzima capaz de quebrar o açúcar do leite, o que o faz sentir algum desconforto gastrointestinal quando ingere a bebida. Nesse caso, os sintomas podem ser gases, barriga inchada e diarreia, mas depende muito da quantidade ingerida, ao contrário da alergia, que pode ocorrer em qualquer quantidade. Nesse caso, o paciente pode tomar, por exemplo, leite com redução de lactose.
Comparação
Iogurtes e quejos são uma delícia, todo mundo gosta e existem diversas opções no mercado. Porém, há também diferenças nutricionais e na composição desses produtos, como mostrou a reportagem do Phelipe Siani, e por isso, é importante prestar bastante atenção no rótulo.
Por exemplo, no quesito gordura, o iogurte grego é o campeão, mas tem mais proteína, enquanto a bebida láctea tem menos gordura, mas menos proteína também. A bebida láctea perde também na quantidade de cálcio e, nesse caso, o campeão é o petit suisse (confira no vídeo).

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