sábado, 7 de setembro de 2013

Refrigerante zero

10 incríveis super-poderes dos golfinhos

Por  em 5.09.2013 as 17:30
Os golfinhos, aqueles mamíferos marinhos inteligentes, divertidos e curiosos que todo mundo ama, não só são os preferidos de todo mundo: eles também têm “super-poderes”. Se pensarmos bem, é bastante compreensível, considerando o ambiente hostil em que eles evoluíram. Veja aqui algumas das habilidades que permitem que estes adoráveis mamíferos sobrevivam nos oceanos.

10. Insônia

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A maioria dos animais (o que inclui os seres humanos) precisa dormir e sonhar, mas os os golfinhos, aparentemente, não. Ou quase isso – eles dormem, mas conseguem fazer isto com metade do cérebro de cada vez.
Cientistas que testaram estes mamíferos por cinco dias descobriram que as reações deles não ficaram mais lentas, e testes de sangue não mostraram sinais de estresse ou falta de sono. Além disso, outro teste mostrou que eles são capazes de usar o sonar por 15 dias direto, sem perda de precisão. De uma certa maneira, enquanto uma metade do cérebro dos golfinhos dorme, a outra assume todas as funções. É quase com se eles tivessem dois cérebros.

9. Visão

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Os golfinhos contam com um sofisticado sentido de visão — de fato, melhor que o nosso. Para começar, seu ângulo de visão é de 300 graus, pois os olhos estão bem separados, um de cada lado da cabeça. Isto permite que eles vejam atrás de si mesmos.
Cada olho pode se mover independentemente, o que permite que eles examinem duas direções diferentes ao mesmo tempo. Com uma camada de células refletoras atrás da retina, chamada tapetem lucidem, os golfinhos veem excepcionalmente bem mesmo com pouca luz. E, como se não bastasse tudo isso, eles também conseguem ver fora da água tão bem quanto debaixo da água.

8. Pele

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A pele dos golfinhos é incrível: em um ambiente cheio de cracas e mexilhões que grudam em baleias e peixes, eles (e as orcas) sempre têm a pele limpa e lisinha – e esta é só uma das vantagens conferidas a eles pela pele. Mesmo não sendo uma epiderme mais forte que a nossa, ela é 10 a 20 vezes mais espessa que a de qualquer animal terrestre, e cresce 9 vezes mais rápido (uma camada inteira é substituída a cada duas horas), o que é importante para manter a pele suave, sedosa e hidrodinâmica.
Além disso, a pele contém rugas microscópicas que permitem nadar rápido e evitam que os parasitas consigam se fixar. Porém, o segredo maior é um gel especial que resiste ao muco dos mexilhões. De uma certa forma, é como estar sempre coberto de solvente de cola. Também não podemos nos esquecer das enzimas que se escondem na gordura do golfinho e que atacam os parasitas.

7. Respiração

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Para conseguir segurar o fôlego por 12 minutos e mergulhar até 550 metros, os golfinhos têm que contar com pulmões incríveis. Eles não são muito maiores que os pulmões humanos, mas são extremamente eficientes. Por exemplo, a cada respirada, nós trocamos cerca de 17% do ar dos nossos pulmões, enquanto os golfinhos conseguem renovar 80%. O sangue e os músculos deles conseguem, ainda, armazenar e transportar mais oxigênio (em parte graças a uma quantidade maior de hemácias, que por sua vez têm concentrações maiores de hemoglobina que as nossas).
Mas só isso não explica como eles conseguem ficar sem respirar por tanto tempo e mergulhar tão fundo: a razão é que eles conseguem restringir a circulação do sangue apenas aos órgãos mais importantes quando necessário.

6. Cura e cicatrização

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A capacidade de cura dos golfinhos parece coisa de ficção: já foram encontrados golfinhos sobreviventes de ferimentos do tamanho de bolas de basquete, e os tecidos se regeneram em questão de poucas semanas, fazendo com que eles voltem à antiga forma, em vez de ficar com uma cicatriz profunda — eles não apenas se curam, mas se regeneram (quase como o Wolverine). Sua capacidade regenerativa já foi comparada à de fetos dentro do útero.
E não só a capacidade de regeneração é fantástica: eles também não têm hemorragias graves. Se um de nós perdesse uma parte da carne, provavelmente morreria de hemorragia, mas os golfinhos parecem usar os mesmos mecanismos que lhes permitem mergulhar a grandes profundidades para contrair os vasos sanguíneos e interromper a perda de sangue.

5. Tolerância à dor

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Golfinhos já foram observados a brincar, nadar e alimentar-se normalmente depois de sofrerem danos que incapacitariam quaisquer outros animais deste planeta. E não se trata de insensibilidade (os golfinhos são tão sensíveis quanto nós): aparentemente eles são capazes de produzir analgésicos naturais com a mesma potência da morfina, quando necessário.
Como os predadores normalmente atacam os elementos que mostram sinais de fraqueza, a capacidade de não demonstrar dor ou sofrimento faz sentido, do ponto de vista evolutivo — ninguém quer mostrar para os tubarões nas redondezas que acabou de perder um pedaço do corpo do tamanho de um melão e que pode ser uma presa fácil.

4. Impulsão

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Em um estudo de 1936, o biólogo Sir James Gray estudou a anatomia do golfinho, procurando uma explicação para as velocidades com que o animal consegue nadar. Ele não conseguiu descobrir nada, mas criou a hipótese de que a pele do golfinho teria alguma característica anti-arrasto que lhe daria mais eficiência.
O “Paradoxo de Gray” foi solucionado em 2008, e em parte deu razão à hipótese de Sir James: de fato, a pele do golfinho tem algumas propriedades anti-arrasto, mas ele subestimou a força da musculatura do animal. Enquanto um nadador olímpico consegue produzir um impulso de 27 a 31 kgf (quilograma-força) de impulso, o golfinho consegue produzir 90 kgf. E isto em “velocidade de cruzeiro”: quando dá tudo de si, consegue produzir de 136 a 181 kgf de impulso.
Além de produzir 5 vezes mais impulsão que o ser humano em sua melhor forma, ele também é bastante eficiente no gasto de energia, convertendo 80% de sua energia em impulso, contra cerca de 4% que o ser humano consegue. Sem dúvidas, um dos mais eficientes nadadores dos oceanos.

3. Resistência a infecções

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Outro dos poderes incríveis dos golfinhos é a resistência a infecções. Um humano que seja mordido por um tubarão morre de septicemia em poucos dias se não for hospitalizado, mas um golfinho não tem problema algum de levar uma mordida daqueles dentes cheios de bactérias. Nem mesmo as bactérias que existem no oceano parecem preocupá-los. Eles simplesmente não desenvolvem infecção alguma.
Mas como isso acontece? Ninguém sabe ao certo, já que o sistema imunológico deles é semelhante ao nosso. A nossa melhor hipótese é a de que eles conseguem aproveitar antibióticos feitos por plantas e algas — algumas das substâncias produzidas por estas criaturas microscópicas foram encontradas na gordura dos golfinhos. Conforme a gordura se decompõe no local dos ferimentos, ela libera estas substâncias antibacterianas. Mas a maneira que eles armazenam estas substâncias em vez de metabolizá-las ou excretá-las ainda é um mistério.

2. Sentido de magnetismo

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Um dos mistérios sobre os golfinhos e baleias por que eles acabam encalhando em praias. Teorias envolvendo doenças, poluição ou teste de sonares militares não puderam ser comprovadas ou descartadas com as autópsias, e, como este fenômeno é conhecido há centenas de anos, é pouco provável que a causa seja a atividade humana.
A hipótese mais recente é a do magnetismo solar: golfinhos e baleias têm cristais de magnetita no cérebro, que os ajudam a sentir o campo magnético da Terra, e especialistas notaram que os locais de encalhe coincidem com regiões onde as rochas magnéticas locais diminuem o campo magnético terrestre, enquanto outras evidências sugerem que os campos magnéticos emitidos pelo sol embaralham o sentido de magnetismo de animais aquáticos.
Uma análise dos eventos de encalhe mostra que eles coincidem com partes do ciclo solar que produzem um fluxo maior de radiação. Isto também poderia explicar por que, depois de libertados, os animais dão meia volta e encalham novamente.

1. Eletrorrecepção

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Os golfinhos têm mais um truque escondido na manga, algo que poucos animais têm: ele é capaz de perceber os pulsos elétricos que os seres vivos produzem. A descoberta foi feita em golfinhos da Guiana, que vivem próximos da costa da América do Sul, e se parecem com o golfinho nariz-de-garrafa. Os pesquisadores notaram algumas depressões norostrum (o focinho) do golfinho, que pode detectar impulsos elétricos dos músculos de peixes.
Acredita-se que a sensibilidade da eletrorrecepção dos golfinhos seja semelhante à dos ornitorrincos, e provavelmente é usada para encontrar peixes escondidos na lama. Os pesquisadores suspeitam que todos os golfinhos (e algumas baleias) tenham esta habilidade.

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