quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Você é pior que pensava


10 estudos que provam que você é pior do que você pensava

Por em 18.09.2013 as 18:00
A maioria de nós gosta de pensar que não julga as pessoas com base apenas em coisas como raça, sexo ou sexualidade. A realidade é mais ou menos o oposto. Segundo a ciência, você pode até querer ser uma pessoa melhor, mas muitos fatores além da sua compreensão estão jogando contra você. Confira:

10. Tornamos o Google racista

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No início deste ano, o Google ganhou uma tremenda má propaganda quando um estudo da Universidade Harvard (EUA) mostrou que seus motores de busca eram racistas. Ao buscar termos genéricos e estereotipados como “branco” e “negro” no Google, os pesquisadores descobriram que “negros” eram 25% mais propensos a voltar com anúncios para pesquisas de antecedentes criminais do que seus colegas brancos. Em resumo, o Google acha que os negros são criminosos – e a culpa é nossa.
O Google opera algoritmos que se baseiam nas pesquisas em massa de usuários. Então, se todas as pessoas começassem a pesquisar “HypeScience” e “canetas” ao mesmo tempo, todo mundo que procurasse simplesmente “HypeScience” iria começar a ver anúncios de canetas também. Em suma, pesquisar termos com “negros” retorna anúncios racistas porque as pessoas fazem pesquisas racistas em primeiro lugar. Já diria o ditado: “Não podemos culpar o espelho pela cara”. O Google está apenas refletindo a sociedade intolerante que somos.

9. Vemos mulheres como ferramentas

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Essa é para os homens: o que vocês pensam quando veem uma mulher de biquíni? Se você disser algo na linha “uma mulher” ou mesmo “sexo”, estará errado. De acordo com um estudo da Universidade Princeton (EUA) de 2009, você vê uma ferramenta.
Ao analisar a atividade cerebral de homens frações de segundo depois de verem imagens de mulheres tanto vestidas quanto despidas, os pesquisadores descobriram que as áreas do cérebro associadas com o uso de ferramentas acendem quando eles veem uma mulher despida. Ainda mais estranho, um estudo separado feito em 2012 descobriu que as mulheres têm um problema semelhante. Quando os pesquisadores mostraram a um grupo de homens e mulheres imagens sexualizadas de ambos os sexos em ângulos estranhos, seus cérebros automaticamente “corrigiram” a foto dos homens (sugerindo que os participantes o viam como humanos), mas não fizeram o mesmo com as fotos femininas. Isso significa que nossos cérebros, não importa o que estejamos sentindo no departamento genital, automaticamente processa mulheres sexy como objetos não humanos.

8. Assumimos que os negros sentem menos dor

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A menos que você seja um torturador profissional, está bem consciente da dor de outras pessoas. É pura ciência: quando vemos alguém com dor, a parte do nosso cérebro que lida com a nossa própria dor é ativada. Daí a dificuldade que as pessoas têm em assistir coisas como Jogos Mortais, por exemplo. Mas esta consciência não é indiscriminada; de fato, parece ser totalmente baseada na cor da pele da outra pessoa.
Para provar isso, pesquisadores na Itália monitoraram um grupo de pessoas enquanto elas assistiam vídeos de pessoas de ambas cores de pele sendo picadas com agulhas. Incrivelmente, o cérebro dos participantes mostraram uma resposta maior para a dor quando o branco era picado do que quando o negro era picado, mesmo que o participante fosse negro também. Em suma, nossos cérebros se recusam a aceitar que os negros sentem dor como os brancos. Outro estudo pediu que profissionais da saúde avaliassem em uma escala de 1-4 quanta dor um paciente imaginário estava sentindo. Surpreendentemente, os indivíduos negros imaginários foram sempre pensados como tendo menos dor do que os brancos, mesmo quando uma pessoa negra estava fazendo a avaliação.

7. Crianças odeiam minorias

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Em 2010, pesquisadores reuniram um grupo de crianças em idade escolar e fizeram uma série de perguntas sobre as qualidades que elas atribuíam a certos tons de pele. Esmagadoramente, todas as crianças tendem a atribuir características “positivas” para a pele branca e “negativas” para a pele negra, incluindo as crianças negras. A suposição de que as pessoas brancas são sempre boas e as negras ruins é tão arraigado na cultura ocidental que até mesmo os filhos de pais negros acreditam nisso. Não dá para ficar mais deprimente do que isso.

6. Assumimos que somos irresistíveis aos gays

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Há duas escolas de pensamento científico sobre o que causa a homofobia. Uma afirma que as pessoas homofóbicas são mais propensas a serem secretamente gays. A outra acredita que os homofóbicos pensam que são irresistíveis para os homossexuais. Em um estudo feito no Arizona (EUA) recentemente, enquanto heterossexuais não tinham problemas com a ideia de lésbicas, ficavam revoltados com o pensamento de homens gays. Mulheres heterossexuais reagiram vice-versa. Segundo os cientistas, isso significa que uma proporção significativa dos homofóbicos temem os gays porque superestimam sua própria gostosura, ou assumem que todos os gays são como animais selvagens incapazes de não avançar em qualquer coisa que se mova.

5. Julgamos habilidades femininas com base na roupa que as mulheres usam

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Se você é uma pessoa com o mínimo de inteligência, sabe que o talento não está ligado à aparência física. Então – a conclusão lógica seria – a maneira como uma mulher está vestida não deveria ter nenhum efeito sobre a nossa percepção de sua capacidade musical.
Mas um estudo de 2010 descobriu que a nossa capacidade de apreciar a música de uma violinista depende totalmente do que ela está vestindo. Pesquisadores pediram que profissionais musicais avaliassem a música de quatro violinistas renomadas, usando um vestido de concerto, jeans ou um vestido de boate. Os vídeos das violinistas foram editados para que as pessoas assistindo ouvissem sempre a mesma música, não importa qual fosse a violinista ou sua roupa. Os “especialistas” elogiaram de forma consistente a violinista com vestido de concerto, ao mesmo tempo que desvalorizaram a vestida para a balada, apesar de sua música ser exatamente a mesma. Seria insensato extrapolar tal estudo para todas as situações da vida real, mas a probabilidade é de que haja situações ainda piores no nosso dia-a-dia. Preocupante.

4. Somos preconceituosos por natureza

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Se você quer mexer com sua mente um pouco, faça algum dos testes do Projeto Implícito de Harvard. Eles são concebidos para medir seu preconceito subconsciente (há opção para se fazer os testes em português). Basicamente, eles agem como jogos de associação de palavras, pedindo-lhe para categorizar em “bom” ou “ruim” palavras ou imagens em alta velocidade. Geralmente, revela que quase todo mundo é preconceituoso. A maioria de nós, por exemplo, têm um viés racial moderado e até 80% de nós aparentemente têm preconceito grave contra idosos. Outro teste online da Universidade de Chicago (EUA) ainda mostrou que a maioria de nós é mais rápido para “atirar” em homens negros ameaçadores do que brancos.

3. Ignoramos fatos que desafiem nossas crenças

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Se você acha que suas crenças são baseadas em fatos, está errado. De acordo com a ciência, a maioria de nós, quando encontra um fato que desafia nossos preconceitos, na verdade acaba se tornando mais preconceituoso. Normalmente isso é usado para explicar coisas como a crença em teorias da conspiração, mas funciona para a discriminação também. Se você sinceramente acredita que os gays, digamos, são pais terríveis que prejudicam seus filhos adotivos, você não vai mudar de opinião não importa quantos estudos disserem o contrário. Na verdade, você vai terminar de lê-los e ter ainda mais certeza de que a adoção homossexual não deveria ser permitida. Esse status quo faz com que erradicar preconceitos seja bastante complicado – afinal, as pessoas apenas usam os fatos para reafirmar suas crenças.

2. Ficar quieto é concordar

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Vamos dizer que você está com alguns amigos de amigos e um deles de repente faz uma observação sexista/racista/homofóbica não irônica. O que você faz? Chama sua atenção ou fica quieto para manter a paz? Má notícia para diplomatas lá fora: deixar de confrontar alguém em uma observação preconceituosa o torna mais preconceituoso.
No início deste ano, cientistas criaram um estudo no qual mulheres eram colocadas com um ator masculino disfarçado para escolher ajudantes em um cenário hipotético de “encalhados em uma ilha deserta”. O trabalho do cara era escolher apenas homens para ajudar, e, em seguida, adicionar uma mulher no último minuto enquanto comentava algo como “e ela, ela tem peitões”. Metade dos participantes não teve nenhuma chance de desafiar o sexismo, devido à experiência ter imediatamente terminado. A outra metade recebeu 10 segundos para confrontar o cara ou deixar passar. As participantes foram interrogadas depois do estudo, e as que tinham tido a chance de desafiar o cara, mas não o fizeram, eram mais propensas a pensar melhor sobre ele e a não desafiar o preconceito no futuro. Em outras palavras, a sua tolerância para o preconceito subiu, porque deixaram passar uma chance de enfrentar a opinião machista.

1. Nascemos “preconceituosos”

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A discussão sobre se o racismo é aprendido ou inato é tão antiga quanto o próprio racismo. Temos boas e más notícias. A boa notícia é que provavelmente não nascemos racistas. A má é que provavelmente ficamos com a idade de nove meses. Um estudo da Universidade de Massachusetts (EUA) analisou como os bebês poderiam facilmente identificar rostos e emoções de diferentes raças. Os pesquisadores descobriram que bebês de cinco meses têm desempenho igual ao identificar todas as raças. Com nove, são significativamente melhores em identificar sua própria raça.
Isso não torna os bebês automaticamente racistas, certo? Não. Mas há outros estudos, como aquele em que os bebês se identificaram com um de dois bonecos de pelúcia em forma de coelho e, em seguida, os viram ser “ajudado” ou “danificado” por um cão. Nesse estudo, 83% dos bebês mostraram sentimentos positivos para com o cão que “ajudou” seu coelho. Mas gritantes 88% mostraram sentimentos positivos para o cão que “prejudicou” o outro coelho. A inferência é que os bebês odeiam coisas que classificam como “outros” – eles odeiam tanto a diferença que sentem alegria em vê-la ferida. [Listverse]

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