Esqueça o Viagra – a moda agora é veneno de aranha
Por Natasha Romanzoti em
7.03.2011
as 17:57
Uma certa aranha possui um veneno bastante único, com efeitos colaterais bizarros, para não dizer outra coisa. Alguns diriam que só podia ser brasileira.
A picada da aranha armadeira brasileira, também conhecida como aranha da banana (ou mais formalmente Phoneutria nigriventer), provoca ereções nas vítimas (in)felizes.
Segundo fisiologistas, o veneno da P. nigriventer é uma mistura muito rica de várias moléculas. Essas moléculas são chamadas de toxinas, e cada toxina tem uma atividade diferente. Devido a isso, quando um humano é picado por essa aranha, são observáveis diversos sintomas, incluindo o priapismo, uma condição na qual o pênis fica ereto continuamente.
Além da dolorosa ereção que dura muitas horas, a mordida da aranha armadeira pode causar perda do controle muscular, dor, dificuldade para respirar e, se não for tratada, morte devido à privação de oxigênio.
Felizmente, com anti-veneno a vítima geralmente se recupera dentro de uma semana. Tanto que as mortes causadas por esta criatura não são tão comuns. De acordo com um site mantido por Rod Crawford, curador de aracnídeos, mais de 7.000 casos autênticos de mordidas destas aranhas foram registrados, com apenas cerca de 10 mortes conhecidas.
Normalmente encontrada em plantações de bananas nos trópicos, aranhas armadeiras tendem a vagar por aí, com recentes aparições relatadas em supermercados em Tulsa, EUA, lojas em Russell, EUA, e uma mordida em Somerset, Inglaterra.
Tá, tá, tá. Dito tudo isso, vamos ao que interessa: e o tal do priapismo?
O veneno excêntrico da aranha pode vir a ser um recurso valioso, quando se trata de disfunção erétil em homens? Sim.
Pesquisadores investigaram qual parte do veneno – que toxina – era responsável por este sintoma. Em seguida, realizaram experiências com ratos hipertensos que tinham disfunção erétil grave. A toxina foi capaz de normalizar a função erétil dos animais.
Depois de isolar a toxina (conhecida como PnTx2-6), os cientistas estudaram seu mecanismo de ação e descobriram que a toxina funciona de forma diferente de outros fármacos para a disfunção erétil, como o Viagra. Isso é bom, porque é sabido que alguns pacientes não respondem ao tratamento convencional. Segundo os pesquisadores, essa poderia ser uma opção alternativa de “cura”.[MSN]
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